Juros aliviam em dia de regresso de Portugal aos mercados
Yield a dez anos mantém-se acima dos 4%, mas a taxa a dois anos já está em mínimos de sempre. Dados positivos sobre a economia portuguesa ajudam.
Os juros da dívida soberana nacional aliviam em todas as frentes no dia em que Portugal regressa aos mercados para realizar dois leilões de curto prazo. No prazo a dois anos, a yield a dois anos está em mínimos de sempre. Apesar da quebra generalizada, a yield para o prazo a dez anos mantém-se acima da fasquia dos 4%, mas muito perto de a quebrar.
A taxa de juro a dez anos da dívida nacional recua três pontos base, para os 4,012%, com as restantes maturidades a seguirem no mesmo sentido. No prazo a dois anos está mesmo em mínimos de sempre, com a taxa nesse prazo a recuar dois pontos base para fixar-se nos 0,026% Nos restantes países periféricos o sentimento é semelhante, com estes a contrariarem também o agravamento dos juros alemães. A yield espanhola a dez anos cai um ponto base, para os 1,658%, enquanto a italiana recua quase três pontos base, para os 2,205%. Já a taxa de juro das bunds alemãs a dez anos sobe ligeiramente, quase um ponto base, para os 0,372%.
Taxa a dez anos em queda
O alívio da pressão sobre os juros soberanos nacionais acontece no mesmo dia em que o Tesouro português volta a testar o apetite dos investidores com a realização de dois leilões de dívida de curto prazo. Esta manhã, o IGCP vai tentar colocar um montante indicativo, entre mil milhões e 1.250 milhões, através de dois leilões com maturidades de três e onze meses.
Trata-se da segunda vez em 2017 que o IGCP vai ao mercado para emitir dívida de curto prazo, depois de esta semana o Tesouro ter obtido um financiamento de 1.180 milhões de euros em obrigações do tesouro a cinco e sete anos. Esta operação ficou aquém do máximo previsto (1.250 milhões de euros), tendo o Estado pago também acima das emissões anteriores comparáveis. Um resultado menos positivo que coincidiu com um período de agravamento dos juros soberanos nacionais, com a taxa a dez anos a fixar-se em máximos de março de 2014, acima dos 4%.
Os últimos dias têm contudo, sido marcados por um alívio da pressão sobre os juros. Ainda nesta terça-feira a taxa a dez anos caiu para valores inferiores à fasquia dos 4% depois na divulgação de dados positivos sobre a economia portuguesa. A economia portuguesa cresceu 1,4% no conjunto de 2016, uma performance que superou tanto as expectativas dos economistas, que apontavam para um aumento de 1,3%, como a meta definida pelo próprio Governo em outubro, que era de 1,2%.
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