Moedas culpa Governo pelo “caos” para chegar à Web Summit
Presidente da CML acusa o Governo de não ter chegado a acordo com os trabalhadores do Metro de Lisboa, que estão em greve durante a semana da Web Summit.
Carlos Moedas não tem dúvidas de quem é o culpado pelo caos que se vive esta terça-feira nos transportes na cidade de Lisboa, em dia de greve no metro e no segundo dia da Web Summit: o Governo.
“Esse caos está a ser causado pelo facto de o Governo não se entender como o Metro, isso deveria ter sido resolvido antes”, disse o recém-empossado presidente da Câmara Municipal de Lisboa, durante uma conferência de imprensa na Web Summit, cimeira tecnológica no qual são esperados 40 mil visitantes. “É uma pena que o Governo não tenha conseguido resolver a situação antes da semana da Web Summit”, disse.
“Estamos a fazer todos os esforços naquilo que conseguimos, naquilo que está em meu poder, seja em relação aos autocarros, seja em termos shuttles para trazer as pessoas para a Web Summit”, referiu ainda.
Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumpriram esta terça-feira uma nova greve parcial, entre as 05H00 e as 9H30 para a generalidade dos trabalhadores, e entre as 9H30 e as 12H30 para os administrativos, afetando a circulação. Para quinta-feira está agendada uma greve de 24 horas para a generalidade dos trabalhadores. Por causa da paralisação, a Carris, gerida pela CML, anunciou um reforço de quatro das suas carreiras rodoviárias.
O direito à greve “é um direito dos trabalhadores, em que acredito como democrata que deve existir, mas há aqui um papel do Governo de não ter deixado chegar a esta situação a este ponto.” “Acho triste que esta semana (que a Web Summit está) a acontecer e a transmitir essa imagem, mas aqui a culpa é que quem não se entendeu e não ter conseguido chegar a um acordo antes desta semana”, lamentou. “A minha pressão no Governo será sempre máxima em relação a estes assuntos.”
Transportes em Lisboa gratuitos
O presidente da CML voltou a frisar a promessa de Lisboa ter transportes públicos gratuitos “para os mais novos e para os mais velhos”, iniciativa que garantiu ser uma “grande prioridade” para o seu mandato. Além disso, apontou outras medidas de mobilidade para os jovens até 23 anos e de justiça social no caso da população mais sénior residente na cidade.
“Mas acho que é uma medida não politizada e que vamos conseguir com a unanimidade de todos, porque todos concordam que é a melhor medida que temos para a descarbonização da cidade”, disse em entrevista à Rádio Renascença.
Quanto às ciclovias, o autarca reiterou que o problema não está nas bicicletas, mas em “ciclovias mal feitas que põem em perigo a vida dos ciclistas”. Como tal, assume que há ciclovias que vão ter que mudar.
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