Preços na produção industrial sobem 16% na zona euro em setembro ‘puxados’ por energia

  • Lusa
  • 4 Novembro 2021

Em comparação com setembro de 2020, os preços na produção industrial subiram em todos os Estados-membros. Em Portugal, subiram abaixo da média da zona euro e europeia (+15,3%).

Os preços na produção industrial subiram 16% na zona euro e 16,2% na União Europeia (UE) em setembro relativamente ao mesmo mês de 2020, principalmente devido aos aumentos no setor da energia, divulgou esta quinta-feira o Eurostat.

Dados publicados esta quinta-feira pelo gabinete estatístico, o Eurostat, revelam que esta variação homóloga foi, essencialmente, ‘puxada’ pelos aumentos dos preços no setor energético em setembro de 2021, tanto na zona euro (+40,7%) como na UE (+40,1%), seguido pelos dos bens intermédios, bens de capital e bens de consumo duradouros e bens de consumo não duradouros.

Por país, em setembro deste ano em comparação com o mesmo mês de 2020, os preços na produção industrial subiram em todos os Estados-membros, com os mais elevados a serem registados na Irlanda (+82,9%), na Dinamarca (+34,4%) e na Estónia (+29,9%). Em Portugal, subiram abaixo da média da zona euro e europeia (+15,3%).

Na variação mensal, os preços na produção industrial aumentaram em setembro 2,7% tanto na zona euro como na UE, em comparação com agosto de 2021.

Também aqui, os aumentos dos preços na produção industrial no mercado interno se deveram principalmente às subidas no setor energético (+7,7% na zona euro e +7,8% na UE).

Os principais aumentos mensais, entre os 27 Estados-membros, verificaram-se na Irlanda (+23,2%), Dinamarca (+8,4%) e Grécia (+5,8%). Em Portugal, os preços na produção industrial subiram 2,9% em setembro de 2021 face a agosto deste ano.

Os dados surgem numa altura de escalada dos preços da luz devido à subida no mercado do gás, à maior procura e à descida das temperaturas, que ameaça exacerbar a pobreza energética e causar dificuldades no pagamento das contas de aquecimento neste outono e neste inverno.

A Comissão Europeia apresentou, em meados de outubro, uma “caixa de ferramentas” para orientar os países da UE na adoção de medidas ao nível nacional.

No âmbito dessa comunicação, Comissão Europeia propôs aos Estados-membros que avancem com ‘vouchers’, reduções temporárias ou moratórias para aliviar as contas da luz aos consumidores mais frágeis, sugerindo ainda uma investigação a “possíveis comportamentos anticoncorrenciais”.

O executivo comunitário sugeriu ainda aos países que avaliassem “potenciais benefícios” de uma aquisição conjunta voluntária de reservas de gás.

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