“É preciso fazer um reforço da estrutura” de vacinação contra a Covid-19

Carlos Penha Gonçalves alertou na reunião no Infarmed que "é preciso fazer um reforço da estrutura" que administra as terceiras doses das vacinas anti-Covid. Existem mais 1,8 milhões elegíveis.

A estrutura que está a administrar as terceiras doses das vacinas contra a Covid-19 precisa de ser reforçada, disse esta sexta-feira o coronel Carlos Penha Gonçalves, numa apresentação aos políticos no auditório do Infarmed. Em causa está o alargamento da população elegível em 1,8 milhões de pessoas, o que “duplica o esforço” que tinha sido planeado inicialmente.

Na quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde decidiu alargar o reforço da vacinação contra a Covid-19 às pessoas recuperadas com mais de 65 anos (cerca de 200 mil), aos maiores de 65 anos com cinco meses pós-vacinação (cerca de 600 mil) e a maiores de 18 que receberam a vacina de dose única da Janssen (cerca de 1.000 pessoas). Face a “esta nova ambição”, são necessários mais meios, quer na coordenação, quer na execução.

“Esta nova ambição, com alargamento da população-alvo na vacinação da Covid-19, indica-nos que é preciso fazer um reforço da estrutura, desde logo da estrutura de coordenação, com novas funcionalidades e mais capacidade respiratória, mas também da estrutura executiva, o dispositivo que administra a vacina. É nesse equilíbrio de aumento da capacidade no terreno que nós vamos conseguir atingir o objetivo de alargar a vacinação da população”, alertou Carlos Penha Gonçalves, do núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a Covid-19, que substituiu a anterior task-force, liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

“Nós vamos continuar focados no plano que estamos a fazer agora, e que obedece a uma lógica, que foi a lógica deste processo desde o início, que é vacinar as pessoas mais frágeis e mais expostas primeiro, e depois as outras. Os próximos grupos populacionais que irão entrar no plano de vacinação entrarão nesta lógica”, continuou Carlos Penha Gonçalves.

Nesse sentido, o atual núcleo de coordenação tem de “tomar opções de planeamento que têm a ver com a organização destes diferentes grupos”. “Precisamos de ter acesso a dados da vacinação por uns tempos, acesso a dados de infeção e acesso a dados de hospitalização, para fazermos esta priorização na base de quem mais está exposto e quem está mais frágil em relação a esta doença”, concluiu.

Estas declarações surgem menos de 24 horas depois de a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, ter garantido em conferência de imprensa que há “uma estrutura montada no Ministério da Saúde com quase todas as instituições que estiveram na primeira etapa” e que “[tem] capacidade de dar resposta” nesta nova fase da vacinação contra a Covid-19.

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