CA Vida e CA Seguros rendem 9,2 milhões ao Crédito Agrícola até setembro
As seguradoras registaram ligeiro decréscimo de lucro conjunto face a setembro de 2020 e abrandaram crescimento da margem técnica face ao reportado no 1º semestre deste ano.
A CA Vida e a CA Seguros, companhias que desenvolvem atividade seguradora do grupo Crédito Agrícola (CA) contribuíram com 9,2 milhões de euros para os lucros do grupo bancário e cooperativo nos primeiros nove meses de 2021, indica um comunicado dirigido a investidores. Do valor agregado, a CA Vida gerou 5,7 milhões de euros de lucro para o grupo e a CA Seguros os restantes 3,5 milhões. Com estes números, a seguradora do ramo Vida, liderada por António Castanho (CEO) continua a ter maior peso na atividade seguradora do grupo.
A contribuição conjunta das seguradoras decresceu 1,5% face ao período homólogo de 2020 e representou cerca de 7,1% do resultado líquido consolidado pelo grupo CA para o período até final de setembro de 2021.
Com os lucros do grupo até setembro a situarem-se nos 129 milhões (+85,6% do que um ano antes) e o produto bancário (receita) a aproximar-se dos 430 milhões de euros (+5%), Licinio Pina, presidente do Grupo Crédito Agrícola afirmou que “o Banco tem vindo a verificar, nos últimos anos, um incremento sustentado nos resultados líquidos, tendência que reflecte uma forte resiliência quer na produção quer na geração de resultados, sobretudo nos depósitos, no crédito e nos seguros”.
A entidade explicou que o crescimento beneficiou de “revisões da margem financeira e das comissões líquidas” por montante global de 4,5 milhões de euros e de “acréscimos da margem técnica do negócio segurador que melhorou 41,9%”, para 50 milhões de euros (+14,7 milhões de euros face ao apurado um ano antes).
Num documento dirigido a investidores, o grupo CA refere ainda que as seguradoras, a área de gestão de ativos e fundos de investimento contribuíram, a par da Caixas Agrícolas e da Caixa Central, para a melhoria da rendibilidade dos capitais próprios do grupo em 3,6 pp, estabelecendo o RoE em 8,8% no final de setembro.
Sem outros detalhes sobre a evolução na atividade seguradora, que mereceu ainda breve referência (no comunicado internacional) a esforço de investimento em pessoal para suportar o crescimento em bancassurance, regista-se que o crescimento percentual da margem técnica da atividade em seguros também abrandou face aos 48,4% de variação reportada pelo CA no final do primeiro semestre do ano em curso.
A margem técnica corresponde, de uma forma simples, à soma dos custos e receitas da atividade (como sinistros, comissões, provisões técnicas, outras parcelas administrativas e rendimento de investimentos) dividida pela receita de prémios adquiridos (líquidos de resseguro). O conceito é habitualmente utilizado como indicador de atividade e/ou de rentabilidade nas demonstrações de resultados das companhias de seguros.
O capital social da CA Vida e da CA Seguros é detido maioritariamente (em cerca de 98% em ambas) pela Crédito Agrícola Seguros e Pensões SGPS, gestora de participações sociais da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM).
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