“Ambição da Galp no lítio é relevante”, diz BPI/CaixaBank

Ações da Galp aceleram 2% após anunciar joint-venture no lítio. Parceria apanhou analistas do BPI/CaixaBank de surpresa, que dizem investimento pode ser área interessante para crescimento do negócio.

Os analistas do BPI/CaixaBank dizem-se surpreendidos com o anúncio da Galp GALP 0,22% para a criação de uma joint-venture com os suecos da Northvolt para o desenvolvimento de uma fábrica de lítio em Portugal. Ainda sem os detalhes que foram apenas revelados pela empresa esta terça-feira, dizem, contudo, que consideram a ambição da Galp no lítio “relevante” e que é um passo inicial para “criar um novo e interessante ângulo de crescimento”.

“Foi um anúncio inesperado”, nota um research do banco publicado esta terça-feira, depois de o Governo ter antecipado o negócio na segunda-feira. Já esta terça as duas empresas deram mais informação: a “Aurora” será detida em partes iguais pela Galp e Northvolt e representará um investimento de cerca de 700 milhões de euros para construir a refinaria e lítio em Portugal e a criação de 1.500 empregos diretos e indiretos.

A unidade terá capacidade anual de produção de até 35 mil toneladas de hidróxido de lítio”, ou seja, o suficiente para a produção de 50 GW de baterias elétricas por ano (o suficiente para 700.000 veículos elétricos), segundo detalharam.

Ainda sem estes detalhes, o BPI/CaixaBank consideraram que “a ambição da Galp no lítio é relevante” e que a joint-venture com os suecos “poderá ser um primeiro passo para criar um novo e interessante ângulo de crescimento através dos objetivos para a transição energética”.

"A ambição da Galp no lítio é relevante e o projeto anunciado poderá ser um primeiro passo para criar um novo e interessante ângulo de crescimento através dos objetivos para a transição energética.”

Analistas do BPI/CaixaBank

Nota de research

“A Galp quer antecipar uma posição de vantagem (não há refinarias de lítio na Europa), tirando partido do compromisso da União Europeia para construir uma indústria vertical integrada de baterias e as vantagens competitivas de Portugal (recursos/geologia ou a infraestrutura chave como os portos marítimos)”, explicam os analistas do banco de investimento.

A companhia portuguesa liderada por Andy Brown avançou em junho que pretendia alocar 5% do seu objetivo de investimento de quatro a cinco mil milhões de euros entre 2021 e 2025 na área das Novas Energias, que inclui o Hidrogénio e a Cadeia de Valores das Baterias), mas também admitiu que poderá investir mais na segunda metade da década. “Os 417 milhões de euros de capex atribuídos pela Galp é mais elevado do que poderíamos prever no plano estratégico, mas poderá incluir investimentos para lá de 2025 e/ou ter fundos do plano de recuperação da UE”, admite o BPI/CaixaBank.

As ações da Galp aceleram 2% para 8,354 euros na bolsa.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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