André Peralta Santos defende encerramento de bares, espetáculos e limites à lotação de espaços públicos
O antigo diretor de Serviços de Informação e Análise da DGS alerta para os riscos da situação pandémica em Portugal devido à nova variante.
André Peralta Santos, que estava na direção dos serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS) mas saiu em setembro para terminar o doutoramento, defende que se devem implementar restrições em Portugal para controlar a pandemia, como encerrar bares e discotecas e limitar lotações de espaços públicos.
O antigo responsável da DGS sublinha, numa série de publicações no Twitter, que Portugal “ainda não teve a explosão de casos mas muito provavelmente terá na próxima semana 20 a 26 de dezembro“. Quanto às hospitalizações, “continuamos com boa margem, mas com crescimentos exponenciais a margem pode acabar rapidamente”.
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Fazendo uma comparação com o Reino Unido e com a Dinamarca, André Peralta Santos salienta que a prevalência da nova variante Ómicron está mais adiantada que em Portugal, mas apenas por alguns dias. “Se tudo continuar igual, Portugal só fará um reforço de medidas não farmacológicas a 3 de janeiro, duas semanas depois” destes países, aponta, sendo que nessas semanas há “dois eventos de elevado risco de transmissão (Natal e Ano Novo)”.
Assim, o médico de saúde pública defende que o país deve implementar medidas semelhantes à Dinamarca: “encerrar sítios onde há risco de super spreading (bares, discotecas, espetáculos), limitar lotações de espaços públicos”, isto para baixar o risco de “voltarmos ao caos hospitalar de janeiro de 2021”.
É de recordar que o primeiro-ministro já admitiu que as restrições deveriam ser estendidas para além de 9 de janeiro (final da semana de contenção de contactos), mas não são ainda conhecidas medidas específicas para a altura das festividades.
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