Dois terços dos europeus querem contratar apoio a idosos
Cerca de metade dos europeus trabalha regularmente a partir de casa e 68% admite que a inclusão de proteção cibernética influencia contratação ou renovação de um seguro, diz a Europ Assistance.
Telemedicina, cuidados a idosos, cibersegurança, trabalho remoto e estilo de vida dos cidadãos são áreas em que o impacto da pandemia impulsionou a procura por serviços de assistência na Europa, segundo resultados do barómetro “Live and work well at home” divulgado pela Europ Assistance.
Em relação à telemedicina, 78% dos inquiridos no estudo tem uma opinião positiva sobre o serviço e consideram tratar-se de uma solução útil “porque facilita o acesso a um profissional de saúde (51%), poupa tempo em deslocações (49%) e permite evitar locais com aglomeração de pessoas (39%)”. São os espanhóis quem mais usou ou contactou diretamente com alguém que usufruiu deste serviço ao longo do último ano.
O estudo revelou ainda que 65% dos europeus demonstra um elevado interesse por plataformas digitais de saúde e 49% já utiliza este tipo de serviço, pelo menos, uma vez por mês. Receber uma prescrição médica (75%), aceder remotamente a um médico (69%) e monitorizar o estado de saúde (68%) “são as principais razões que
levam à subscrição destes serviços”. O barómetro indica que os europeus “confiam e consideram legítimas as ofertas das seguradoras e das empresas de assistência neste âmbito.”
Relativamente aos cuidados a idosos, cerca de 60% dos participantes no estudo cuidam de um familiar idoso e 47% tem essa responsabilidade diariamente. Assim, 66% dos inquiridos tem interesse em subscrever um serviço de apoio ao idoso e consideram ser um “serviço altamente valioso para ajudar a cuidar de um parente sénior,” segundo a especialista de assistência, empresa subsidiária do grupo Generali.
Os europeus também estão mais preocupados com a cibersegurança e mais interessados em subscrever soluções de proteção online. Cerca de 68% dos questionados admite que “a inclusão de benefícios de ciber-proteção influencia a decisão em contratar ou renovar um serviço ou uma apólice de seguro.” Proteção financeira e de dispositivos (72%), bem como serviços de apoio a incidentes cibernéticos (71%) “são as proteções mais consideradas pelo cliente neste segmento”.
No que respeita ao teletrabalho, a análise mostra que 47% trabalha regularmente a partir de casa e metade admite ser difícil fazer uma gestão correta do tempo. A maior preocupação dos europeus relacionada com o trabalho remoto é atualmente o bem-estar físico (59%), mental (53%) e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (53%).
Em termos de gestão de tempo, os inquiridos relevam gastar uma quantidade significativa de tempo na organização de atividades sociais e de lazer, admitindo ponderar subscrever soluções profissionais nesta área. Assim, a maioria dos europeus mostrou interesse em contratar um serviço de assistência pessoal digital, que forneça sugestões personalizadas de atividades, de hotéis, de meios de transporte e de técnicos qualificados, tais como eletricista ou canalizador. A inclusão de um “serviço de assistência pessoal digital ganha mais relevo em contexto de mobilidade”. Cerca de 60% tem uma opinião positiva relativamente a este serviço, em que “mais de metade dos inquiridos prefere usar este tipo de solução em viagens, enquanto os restantes inquiridos têm preferência por utilizá-la diariamente.”
Ainda, 80% dos cidadãos participantes do estudo estão dispostos a desfrutar do seu tempo livre de uma forma diferente da anterior à pandemia, nomeadamente espanhóis e italianos.
De forma geral, com a pandemia, 85% dos inquiridos passou a estar mais tempo em casa, 78% estão mais preocupados com a sua saúde e bem-estar, enquanto 81% sente que os idosos estão mais isolados. Já 76% dos inquiridos indica que despende mais tempo online (socializar, teletrabalho ou compras) e 73% admite ter alterado os seus hábitos de lazer e aspirações de vida devido à pandemia, conclui o estudo.
O estudo Live and work well at home baseou-se em inquérito online a 1 600 indivíduos (França, Alemanha, Itália e Espanha). A pesquisa foi realizada em setembro e teve como objetivo oferecer uma perspetiva global do impacto da pandemia de Covid-19 nos hábitos, ideias e interesses individuais nas áreas abrangidas pelo barómetro.
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