Biden diz que a “democracia foi atacada” no ataque ao Capitólio

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2022

“Pela primeira vez na nossa história, um Presidente não apenas perdeu uma eleição, mas tentou impedir a transferência pacífica do poder", disse o presidente dos EUA.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou esta quinta-feira esperar que nunca se repita algo de semelhante ao ataque ao Capitólio pelos apoiantes do ex-Presidente Donald Trump (2017-2021), no primeiro aniversário desse fatídico dia.

Estou a rezar para que nunca tenhamos outro dia como o dia que tivemos faz hoje [6 de janeiro] um ano. É disso que vou falar”, disse Biden, em declarações à imprensa ao chegar ao Capitólio, onde se preparava para proferir um discurso sobre as sequelas deixadas pelo ataque à sede do poder legislativo do país, o Congresso norte-americano.

Biden condenou a “grande mentira” do seu antecessor Donald Trump sobre o resultado das eleições presidenciais de 2020, acusando-o de ser responsável pelo ataque ao Capitólio, há um ano. No discurso alusivo ao primeiro aniversário do ataque ao Capitólio, em Washington, Biden fez críticas severas ao “Presidente derrotado”, que culpou pela invasão da sede do Congresso norte-americano por parte dos seus apoiantes, dizendo que Trump foi o principal responsável pela insurreição.

“Pela primeira vez na nossa história, um Presidente não apenas perdeu uma eleição, mas tentou impedir a transferência pacífica do poder quando uma multidão violenta invadiu o Capitólio”, disse Biden.

“A democracia foi atacada”, disse o Presidente norte-americano, dizendo que, apesar das ameaças, “nós, o povo, prevalecemos”.

A 6 de janeiro do ano passado, cerca de 10.000 pessoas – a maioria das quais apoiantes de Trump – marcharam em direção ao Capitólio e 800 delas irromperam pelo edifício adentro para impedir que fosse ratificada a vitória do atual Presidente norte-americano, o democrata Joe Biden, sobre o candidato republicano, o Presidente cessante Trump, nas eleições de novembro de 2020.

Trump, que se recusou a aceitar a derrota eleitoral contra Biden, fez um comício perante os seus seguidores mesmo antes do ataque, no qual instigou a multidão a dirigir-se para o Capitólio e “lutar” para impedir que o resultado eleitoral fosse certificado.

Um ano depois, a trágica jornada, que se saldou em cinco mortos e 140 agentes policiais feridos, continua a marcar grande parte da agenda política dos Estados Unidos.

Para sublinhar a importância de se assinalar a data, o Capitólio acolhe hoje diversos eventos de “reflexão e memória” do sucedido, que incluem discursos de Biden e da vice-presidente norte-americana, Kamala Harris.

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