Diário de campanha. O dia em que “o gado” entrou na corrida

  • Tiago Lopes
  • 24 Janeiro 2022

Na semana passada o Zé Albino, a Bala, o Camões e a coelha Acácia foram protagonistas da campanha nas redes. Esta semana arranca com o discurso de Costa a dizer que é preciso “tratar bem o gado".

Com o avançar da pandemia de Covid-19, os partidos foram obrigados a fazer algumas alterações nas suas campanhas. É, por isso, esperado que muitas das suas ações passem por uma comunicação mais presente nas redes sociais. O ECO vai resumir diariamente até ao dia 30 de janeiro tudo o que de mais importante foi dito pelos principais intervenientes na corrida às legislativas de 2022.

A menos de uma semana das eleições legislativas, os vários partidos continuam a apostar nas redes sociais para fazer passar a sua mensagem.

Margarida Balseiro Lopes, deputada do PSD, publicou um vídeo do discurso de António Costa nas Caxinas, Vila do Conde, onde o líder do PS disse este domingo que “não é só no tempo das vacas gordas” que se está no meio do povo, porque nos outros momentos também é preciso “tratar bem o gado, alimentar o gado, e acarinhar o gado, para que o gado engorde”.

O líder do PSD também comentou as palavras de António Costa. “Uma vez esclarecida a necessidade de alimentar e acarinhar o gado bovino, seria de esclarecer se este objetivo político também é extensivo ao dito cujo caprino”, comentou Rui Rio no Twitter. Na semana passada o Zé Albino, a Bala, o Camões e a coelha Acácia, animais de estimação dos candidatos, já tinham sido protagonistas da campanha nas redes.

Candidatos mudam de “farda”

Não foi só António Costa a mudar de vestimenta nesta campanha, quando usou uma samarra (transmontana) na semana passada, ou o o traje dos Caretos de Podence esta segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros.

André Ventura vestiu a camisola poveira e, no domingo, apareceu também de camuflado, uma oferta de ex-combatentes do ultramar. “Hoje é um dos dias mais emocionantes da minha vida política. Estamos num grande almoço de ex-combatentes do Ultramar e ofereceram-me o uniforme. Orgulho!”, escreveu Ventura no Facebook.

O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, que tem formação militar, reagiu pouco depois: “O uniforme e os restantes símbolos militares são para quem os mereceu, os percebe e os respeita. Se há quem não o entenda, isso são outros carnavais.”

Não foi a única troca de galhardetes. Já esta segunda-feira, André Ventura publicou uma imagem acompanhada do texto “estamos aqui para corrigir o erro histórico que foi o crescimento da extrema-esquerda”.

O líder do Chega aproveitou ainda para responder às declarações de António Costa que esta segunda-feira afirmou estar disposto para reunir como todos os partidos, exceto o Chega: “Alguma coisa estamos a fazer bem, quando o responsável pelo desastre português quer falar com todos menos connosco!”, escreveu André Ventura no Twitter.

Já Catarina Martins escreveu no Twitter que “Rui Rio representa os grupos seguradores e da saúde privada”, acrescentando que “a responsabilidade da esquerda é vencer a direita para abrir um novo ciclo de recuperação do SNS e proteção da segurança social”.

A propósito da sondagem da Aximage desta segunda-feira, que dá conta de que o secretário-geral do PS se saiu vencedor do frente a frente com o presidente do PSD, mas foi este último que mais conseguiu sedimentar a intenção de voto dos eleitores, Rui Rio ironizou no Twitter: “Ora aqui está um raciocínio absolutamente linear.”

O “Diário de campanha nas redes” é uma rubrica diária sobre os acontecimentos que estão a marcar a campanha eleitoral nas redes sociais.

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