“CDS está ferido, mas não de morte.” Nuno Melo vai concorrer à liderança do partido

Centrista diz que mau resultado de "Chicão" nas eleições é "oportunidade" de recomeço e que o partido não morreu. Se houver "condições institucionais", Nuno Melo será candidato à liderança.

Nuno Melo será candidato à presidência do CDS-PP se vir que existem “condições institucionais e práticas” para que o partido possa “começar um caminho novo”. O centrista defende, num comunicado divulgado esta terça-feira, que o partido “está ferido”, mas não “de morte”.

“O resultado alcançado pelo CDS nas eleições legislativas foi trágico, mas não pode ser encarado como o fim do partido, antes sim, como a oportunidade para um recomeço”, começa por dizer Nuno Melo. O partido não conseguiu eleger nenhum deputado para o Parlamento, pela primeira vez desde 1976, o que levou o presidente Francisco Rodrigues dos Santos a demitir-se na noite eleitoral.

Para Nuno Melo, o CDS “está ferido, mas não de morte”, nomeadamente porque “o partido está implantado a nível nacional, governa sozinho seis autarquias, muitas mais em coligação, e está presente nos governos regionais dos Açores e da Madeira”. O centrista sublinha também as consequências do cancelamento do congresso já agendado, mas diz não querer fazer “ajustes de contas com o passado”.

O militante recorda ainda que é atualmente “o único deputado com mandato e palco nacional e europeu do CDS”, assegurando que, no que depender de si, o partido “não acaba aqui”. Assim, compromete-se a fazer “um conjunto de contactos para confirmar que há condições institucionais e práticos para que o CDS possa começar um caminho novo, unificador, mobilizador e respeitador”. Se tal se confirmar, será “candidato à presidência do CDS no próximo congresso”.

É de recordar que o eurodeputado já se tinha candidatado à presidência do CDS no ano passado, mas o congresso onde iria ser feita a votação acabou por ser cancelado devido à marcação de eleições legislativas antecipadas, com Francisco Rodrigues dos Santos a argumentar que a sua direção estava legitimada para ir a votos.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h40)

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