Catarina Martins admite “derrota pesada” e promete “intervenção parlamentar muito combativa”
Catarina Martins defendeu também que "uma maioria absoluta do PS traz necessidade de fiscalização e exigência absoluta à esquerda".
Catarina Martins admitiu que o Bloco de Esquerda teve uma “derrota eleitoral pesada” e promete uma “intervenção parlamentar muito combativa”, definindo as prioridades do partido para a reivindicação, após a reunião da Mesa Nacional do BE para analisar os resultados nas eleições legislativas de domingo.
“O Bloco teve uma derrota eleitoral pesada e estivemos a analisar as causas desse caminho e o que devemos fazer agora”, assumiu Catarina Martins, em conferência de imprensa transmitida pela SIC Notícias. A coordenadora já tinha dito que não se demitia do cargo à frente do partido e não voltou agora a tocar nesse assunto, garantindo apenas que o partido terá uma “conferência nacional em abril sobre o rumo estratégico”.
Quanto aos motivos que levaram a esta derrota, Catarina Martins reconheceu que o partido “não foi capaz de comunicar as razões” que levaram ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022: “foi muito difícil de explicar, num cenário de absoluta chantagem do PS”.
Além disso, salientou que “o medo levou ao voto útil da esquerda no PS, tendo causado uma perda pior que a Mesa tinha ponderado”. O Bloco “contribuiu” para este cenário, acrescenta ainda, porque direcionou a “campanha para o combate à direita”.
Agora, “é certo que não temos hoje a direita no Governo mas a maioria traz desafios”, reiterou. A coordenadora bloquista defendeu que “uma maioria absoluta do PS traz necessidade de fiscalização e exigência absoluta à esquerda”.
Neste cenário, Catarina Martins assegurou que o partido vai ter uma “intervenção parlamentar muito combativa”, definindo como prioridades um “pacote robusto de combate à precariedade”, o estatuto do SNS, onde se inclui a “valorização das carreiras dos trabalhadores e fixar profissionais”, e ainda “recomeçar o processo para a despenalização da morte assistida”.
A reunião deste órgão máximo do BE decorreu durante todo o dia, à porta fechada, em Lisboa. Ainda sem as votações dos círculos da emigração, o Bloco obteve 4,46% dos votos, tendo conseguido eleger cinco deputados (uma queda face aos 19 que tinha conquistado nas eleições anteriores).
(Notícia atualizada às 18h12)
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