“Saco azul” do Benfica terá pago milhares de euros ao árbitro Bruno Paixão

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2022

O árbitro Bruno Paixão terá recebido milhares de euros de uma empresa de consultoria informática que as autoridades acreditam ser o "saco azul" do Benfica que escondeu 1,9 milhões.

A investigação da Polícia Judiciária e do Ministério Público a uma empresa que terá servido de “saco azul” do Benfica encontrou pagamentos de milhares de euros ao árbitro Bruno Paixão, avança a CNN Portugal (acesso livre). As autoridades investigam indícios de corrupção desportiva, o que, a provar-se, pode fazer o clube descer de divisão.

Em causa está a empresa Best for Business, que está a ser investigada pela forma como recebeu 1,9 milhões de euros do clube encarnado por serviços de consultoria fictícios. Esta sociedade é detida pelo empresário José Bernardes, que já é arguido no processo “Saco Azul”.

O próprio Bruno Paixão admitiu ter recebido dinheiro, que justifica como pagamento por “um serviço de controlo de qualidade” à empresa. Disse ainda que se tratava de “uma mera coincidência” — de acordo com a CNN — ter trabalhado, no mesmo período de tempo, durante as épocas em que era árbitro da Liga portuguesa, para a Best for Business, que é suspeita de esconder 1,9 milhões do Benfica.

Benfica diz que “nunca foi confrontado com acusação de corrupção”

Entretanto, a SAD Benfica diz que o processo “Saco Azul” tramita há vários anos no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), o qual já foi “objeto de um pedido de aceleração processual” por parte dos encarnados.

“As diligências de inquérito foram já concluídas, aguardando o processo apenas o despacho final que põe termo ao inquérito”, acrescentam os responsáveis benfiquistas.

Em comunicado, o Benfica adianta ainda que “no âmbito do referido processo nunca a Benfica SAD ou os seus representantes legais foram confrontados com quaisquer factos que envolvessem o nome do senhor Bruno Paixão e/ou quaisquer acusações de corrupção desportiva”.

Também refere que foi confrontada “exclusivamente por factos respeitantes a indícios de fraude fiscal” neste processo, “tendo o Ministério Público abandonado a tese inicial de branqueamento de capitais”.

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