Passar pelo desemprego custa três vezes mais em Portugal
As perdas de rendimento depois de se ficar sem emprego são mais duradouras nos países do Sul da Europa em comparação com os escandinavos.
Em Portugal, cinco anos depois de uma passagem pelo desemprego, os rendimentos dos trabalhadores continuam aproximadamente 25% inferiores aos que tinham antes de ficarem sem trabalho. Passar por esta situação custa, assim, cerca de três vezes mais aos trabalhadores portugueses do que aos de outros países europeus, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).
A diferença é particularmente marcada face aos países do Norte, como a Dinamarca ou a Suécia, segundo um estudo do National Bureau of Economic Research, citado pelo jornal. Entre os países analisados, “os escandinavos experienciam, de longe, as perdas mais baixas de rendimentos: cinco anos depois da perda de emprego, os rendimentos dos trabalhadores são cerca de 10% inferiores aos que tinham antes de terem perdido o emprego”, explicam os peritos responsáveis pelo documento.
Por outro lado, “os rendimentos dos trabalhadores dispensados no Sul da Europa (Itália, Portugal e Espanha) são cerca de 30% mais baixos”, apontam. Os dados, de 1987 a 2018, mostram que, ao fim de um ano da perda do emprego, os trabalhadores portugueses têm uma redução nos seus rendimentos na ordem dos 45%, que se reduz para pouco menos de 30% três anos depois, e ronda os 25% passados cinco anos.
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