“Maior padaria de Portugal” fatura 45 milhões e chega a 200 mil casas

Sediada em Leiria, a Panidor emprega 245 pessoas e exporta 30% da produção, que inclui mais de 700 mil de pastéis de nata por dia. Pão congelado ganhou quota de mercado com a pandemia.

É em Leiria que mora a Panidor, que ostenta o título de “maior padaria de Portugal”, que conta com mais de 3.600 empresas clientes e que fechou o ano passado com vendas globais de 45 milhões de euros, o que representou um crescimento de 28,5% em relação ao primeiro ano da pandemia.

A produtora de padaria e pastelaria ultracongelada, que exporta 30% da produção, atribui esta subida da faturação à entrada em novos mercados na Europa, na Ásia e na América do Sul, apontando agora ao aumento das vendas e do número de clientes nos países em que já está presente.

A Panidor emprega atualmente um total de 245 funcionários e, numa nota de imprensa divulgada esta quarta-feira, diz que ambiciona fazer esta equipa crescer em 30% ao longo deste ano. Com mais de 300 referências de pão e de pastelaria, produz mais de 700 mil de pastéis de nata por dia, que também estão a fazer sucesso nos EUA.

Uma consequência da pandemia foi a alteração dos hábitos de compra de pão e de pastelaria por parte dos portugueses, com o produto congelado a ganhar quota de mercado. A empresa fundada por um padeiro, que garante investir um milhão de euros por ano em atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) e ter criado mais de 170 novos produtos em 2021, estima já “marcar presença” em 200 mil lares portugueses.

Marta Casimiro, administrador da Panidor

“O ano de 2021 foi uma prova de enorme resiliência para a Panidor, que mostrou ser altamente inovadora nos produtos que apresenta ao mercado nacional e internacional. (…) No mercado doméstico, reforçámos ainda o posicionamento do ultracongelado ser o novo fresco, com os produtos de padaria e pastelaria a serem vendidos diretamente aos consumidores ainda ultracongelados, podendo ser terminados em casa”, refere a administradora, Marta Casimiro.

Diretos ao consumidor

Após 26 anos a comercializar produtos a empresas da grande distribuição, supermercados, restaurantes, cafés, hotéis, e companhias aéreas, a firma de panificação e pastelaria viu surgir com a pandemia a hipótese de disponibilizar os artigos diretamente aos particulares, criando novos canais para chegar à mesa dos portugueses. Desde logo uma loja online para produtos congelados acondicionados em embalagens adaptadas ao consumo de uma família, com uma percentagem das receitas do e-commerce a reverter para os clientes B2B, que se tornaram ponto de recolha, para minimizar as perdas na faturação.

A marca Panidor, que “só era conhecida por se verem os camiões a passar nas autoestradas”, como descreveu Catarina Castro, diretora de marketing e comunicação, passou a ter maior presença junto do consumidor final, marcando território em eventos como a Web Summit ou a Expo 2020 no Dubai, por decisão da administração da Panicongelados, empresa familiar constituída em 1994.

É nos mercados externos em que está presente – tem inclusive uma fábrica no Brasil – que essa “pegada” do Direct To Consumer (D2C) está cada vez mais marcada, sobretudo através das operações de street food, com bicicletas e motas com atrelados que andam pelas ruas a vender bolas de Berlim e pastéis de nata. Algo que até começou no ramo hoteleiro em Portugal e que acabou por “apaixonar os turistas, que quiseram levar [esse negócio] para o seu país”.

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