Bruxelas vai avançar com pacote de sanções “pesadas”, avisa Von der Leyen
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quinta-feira que vai ser apresentado "ainda hoje" um novo pacote de sanções contra "setores estratégicos da economia russa".
Bruxelas vai avançar com sanções “pesadas e direcionadas” contra setores estratégicos da economia russa. O novo pacote de medidas contra a Rússia será apresentado aos líderes da União Europeia (UE) ainda esta quinta-feira para aprovação e visa bloquear “o acesso a tecnologias e mercados fundamentais” para Moscovo, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos visadas por um primeiro pacote de sanções, o novo conjunto de medidas prevê “enfraquecer a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização“, afirmou Von der Leyen, numa declaração à imprensa a partir de Bruxelas, acrescentando que este segundo pacote foi concebido para impor perdas pesadas aos interesses do Kremlin e à sua capacidade de financiar a guerra.
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Adicionalmente, as novas medidas irão congelar os ativos russos na União Europeia (UE) e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus. “Tal como com o primeiro pacote de sanções, estamos estreitamente alinhados com os nossos parceiros e aliados – EUA, Reino Unido e Canadá -, mas também, por exemplo, com o Japão e a Austrália“, assinalou a presidente do Executivo comunitário.
No entender de Bruxelas, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, está a tentar fazer reviver a época do Império Russo. “Mas, ao fazê-lo, está a pôr em risco o futuro do povo russo”, condenou Von der Leyen, notando que “milhões de russos não querem a guerra”.
As declarações da presidente da Comissão Europeia acontecem na sequência do anúncio de Putin, na madrugada desta quinta-feira, do início de uma operação militar no Leste da Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.
Nesse sentido, Von der Leyen exortou a Rússia para que pare “imediatamente” a violência e retire as suas tropas do território ucraniano. “Não deixaremos que o Presidente Putin derrube a arquitetura de segurança que deu à Europa a paz e a estabilidade de muitas décadas. Não permitiremos que o Presidente Putin substitua o Estado de direito pelo Estado de força e impiedade”, apontou.
Esta noite, os chefes de Estado e de Governo da UE discutirão o agravamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, numa cimeira extraordinária em Bruxelas convocada de urgência na quarta-feira pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
(Notícia atualizada às 8h57)
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