Inflação que conta já ultrapassa aumentos salariais
Aumentos salariais da Função Pública e das pensões já estão aquém da inflação, após estimativas do INE para fevereiro, levando os portugueses a perderem poder de compra.
Em fevereiro, a inflação que serve de referência aos aumentos salariais foi estimada em 1,82%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este número equivale ao dobro dos efetivos aumentos de 0,9% que o Governo decidiu aplicar na Função Pública, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). O mesmo acontece aos reformados, com a inflação a superar já o aumento extraordinário previsto para as pensões acima de 600 euros, levando-os a perder poder de compra.
Foi o maior aumento transversal de salários no Estado em 12 anos, mas pode não servir de muito face à atual escalada de preços. A taxa de inflação está atualmente no valor mais alto em quase nove anos. Há cerca de dois anos, o Governo decidiu que o aumento dos salários da Função Pública iria acompanhar a inflação registada. Foi o que aconteceu em 2021, mas fonte oficial do Executivo, questionado pelo Negócios, remete para o próximo Governo outra possível atualização dos aumentos salariais do Estado.
O mesmo acontece com as pensões. As atualizações decididas no final do ano passado para as pensões — de entre 0,24% e 1%, consoante os escalões — estão já aquém da inflação, e nem o prometido aumento extraordinário de dez euros para quem recebe até 1.108 euros anula, em muitos dos casos, as perdas de poder de compra.
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