Já estão registadas quase 5.000 ofertas de emprego para refugiados ucranianos

Já há 4.900 ofertas de emprego inscritas na plataforma do IEFP que está a recolher ofertas de trabalho para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal, indicou ao ECO o Ministério do Trabalho.

As empresas nacionais já registaram 4.900 vagas de emprego na plataforma criada para reunir as ofertas de trabalho disponíveis para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal, indicou ao ECO esta quarta-feira fonte do Ministério do Trabalho.

Face à ofensiva que está a ser levada a cabo atualmente pela Rússia na Ucrânia, e tendo em conta que milhares de cidadãos já saíram, na sequência, desse país, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) lançou uma plataforma, na qual as empresas portuguesas podem carregar as oportunidades de emprego que têm disponíveis para os refugiados que cheguem a Portugal.

Na terça-feira, Ana Mendes Godinho adiantou que já havia 2.000 vagas aí registadas, tendo esse total crescido, nas últimas horas. Ao ECO, o Ministério do Trabalho indicou, inicialmente, que, “até às 11h30 de 2 de março, tinham sido registados 3.795 postos de trabalho“, mas, entretanto, avançou que, afinal, já subiu para 4.900 o total ofertas inscritas.

“Existe uma enorme diversidade de profissões pretendidas, sendo que os principais setores com ofertas de emprego colocadas são tecnologias de informação, transportes (motoristas), restauração e hotelaria, setor social e construção civil“, detalhou a mesma fonte, acrescentando que as vagas inscritas estão “dispersas por todo o país“.

O IEFP já se comprometeu a fazer o “mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos acolhidos” e das ofertas de emprego disponíveis, sendo que entrará, depois, em contacto com as empresas que se registem na referida plataforma para apresentar os candidatos, “caso exista ajustamento ao perfil pretendido“.

Caso haja, depois, intenção de avançar com a contratação, o IEFP terá de ser informado, de modo a que os empregadores possam aceder aos apoios disponíveis, nomeadamente o Ativar.pt e o Compromisso Emprego Sustentável.

Além disso, o IEFP vai também “disponibilizar cursos de Português Língua de Acolhimento para que os cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal.

Na reunião de Conselho de Ministros de terça-feira, foi também aprovada a criação de um mecanismo que prevê a entrada automática destes cidadãos em Portugal, bem como um programa ao abrigo do qual os refugiados ucranianos que cheguem ao país recebem de forma automática um número de identificação fiscal, de Segurança Social e de utente, facilitando a sua integração profissional.

Na segunda-feira, Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) já tinha mostrado “total disponibilidade para, em articulação com o IEFP, avançar com a integração profissional dos refugiados ucranianos que venham a chegar a Portugal, nos próximos meses.

De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados, mais de meio milhão de pessoas já fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde que a Rússia decidiu invadir esse país. A ofensiva arrancou a 24 de fevereiro e, em resposta, tanto os Estados Unidos, como a União Europeia já impuseram sanções, mas Vladimir Putin ainda não cedeu.

(Notícia atualizada às 16h26)

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