Preço grossista da luz vai descer 21,8% e fica abaixo dos 400 euros por MWh
O preço da eletricidade no mercado grossista vai descer pelo segundo dia consecutivo. Na quinta-feira, atingirá 369,75 euros/MWh, isto é, um decréscimo de 21,8% face ao registado esta quarta-feira.
O preço da eletricidade no mercado grossista vai voltar a recuar. Na quinta-feira, vai atingir uma média de 369,75 euros por megawatt-hora (MWh) em Portugal, o que representa uma descida de 21,8% face à média de 472,97 euros por MWh registada esta quarta-feira.
O valor vai oscilar significativamente durante o dia. Na quinta-feira, o mínimo será de 319,50 euros por MWh e o máximo de 452,69 euros por MWh, de acordo com os dados provisórios da Omie, o operador do mercado ibérico, publicados esta manhã. O preço deverá ser o mesmo para Espanha.
Trata-se, portanto, de um recuo pelo segundo dia consecutivo, depois de atingido um nível recorde de 542,78 euros por MWh, na terça-feira. Este desempenho acontece também numa altura em que os preços do gás estão a aliviar. Esta terça-feira, a cotação do gás está a recuar 16,79% para os 178,54 euros por megawatt hora (MWh), segundo o Barchart. Este valor que contrasta com o recorde de 345 euros alcançado na segunda-feira, quando os preços registaram uma subida inédita de 75%.
Nos últimos dias, os preços da energia têm aumentado significativamente, com a invasão da Rússia à Ucrânia a agravar os constrangimentos já sentido no mercado devido à pandemia. Na terça-feira, os EUA confirmaram a proibição das importações de petróleo russo em retaliação à invasão da Ucrânia ordenada pelo Kremlin, bem como de gás e carvão, ainda que a quota destes produtos no país seja reduzida.
Já o Reino Unido anunciou que “eliminará gradualmente” as importações de petróleo e derivados da Rússia até ao final do ano. Moscovo não tardou a responder e Putin assinou um decreto a autorizar a proibição da exportação de produtos e matérias-primas, cujos detalhes serão conhecidos nos próximos dias.
Em contrapartida, apesar das sanções já impostas, a UE não vai seguir para já as “pisadas” dos EUA, mas veio sinalizar que tem planos de contingência em vigor para fazer frente a uma eventual interrupção no fornecimento de gás russo. Em 2021, mais de 60% das importações feitas pela UE à Rússia diziam respeito à energia e o país fornece cerca de 40% do gás natural consumido na região.
(Notícia atualizada pela última vez ao 12h23)
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