Custos de energia, transportes e matérias-primas levam Super Bock a ajustar preços
O grupo Super Bock revela que o aumento dos custos de produção e transporte “tornou inevitável alguns ajustamentos pontuais” nos preços dos produtos, mas diz que está “a tentar minimizar” o impacto.
O aumento dos custos de produção e transporte já levou o grupo Super Bock a fazer “ajustamentos pontuais” nos preços dos produtos vendidos. Ao ECO, a empresa assegura que tem “uma política geral de cobertura de riscos de mercado” para as matérias-primas, por forma a “atenuar” a exposição a oscilações de preços e garante que está “a tentar minimizar” o impacto dos preços para os consumidores.
“Vivemos um momento deveras preocupante e estamos a acompanhar o evoluir da situação para perceber os seus reais impactos”, sinaliza fonte oficial do grupo que detém as marcas Super Bock, Somersby, Água das Pedras, entre outras, acrescentando, no entanto, que “o atual contexto, que já tem como uma das consequências conhecidas o aumento nos custos da energia, transportes e matérias-primas, tornou inevitável alguns ajustamentos pontuais“, nos produtos vendidos.
Apesar de não adiantar as percentagens de aumento “por questões de lei da concorrência”, o grupo Super Bock garante que está “a tentar minimizar” o impacto dos preços para os consumidores e assinala que “a informação disponível não indicia motivos para ruturas ou escassez de produtos”.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia veio juntar-se à subida de preços da energia e à seca, provocando uma escalada do custo de várias matérias-primas essenciais para a produção alimentar, como os cereais, ameaçando as cadeias de abastecimento. Não obstante, o grupo liderado por Rui Lopes Ferreira sinaliza que não têm “nenhuma relação comercial com estes países”, adiantando ainda que tem um mecanismo para atenuar oscilações de preços das matérias-primas.
“Temos uma política geral de cobertura de riscos de mercado no que respeita a matérias-primas, pelo que recorremos habitualmente a mecanismos de proteção financeira (hedging) para conseguirmos atenuar a nossa exposição a variações de preço nas principais matérias-primas”, assegura fonte oficial do grupo Super Bock, em resposta ao ECO.
Quanto aos aumentos dos preços da energia, a empresa adianta que tem vindo a desenvolver “nos últimos anos vários projetos que permitem à empresa obter ganhos de eficiência no que ao consumo de energia e combustíveis”. Esta aposta permitiu, por exemplo, uma redução de 3% no consumo de eletricidade do grupo na última década, gerando “poupanças na ordem dos 69.000 MWh”.
Além disso, o grupo liderado por Rui Lopes Ferreira tem ainda “vindo a otimizar a capacidade do transporte”, nomeadamente ao “minimizar os camiões necessários para movimentar a mercadoria ou a recorrer às vantagens do backhaul (viagens de retorno) em parceria com vários retalhistas”. Por outro lado, o grupo Super Bock tem também apostado na transição elétrica, utilizando camiões “mais eficientes e menos poluentes” para distribuir os produtos, “nomeadamente em centros históricos”. “Desta forma temos conseguido mitigar não apenas o impacto ambiental, mas também os custos de transporte”, conclui.
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