Joe Biden e Xi Jinping trocam avisos sobre Ucrânia e Taiwan
Conversa entre os dois líderes não aproximou posições. Presidente dos EUA ameaçou com consequências caso Pequim envie apoio militar a Moscovo. Xi Jinping criticou sanções.
A conversa de cerca de duas horas entre Joe Biden e Xi Jinping, na sexta-feira, não se traduziu numa aproximação de relações entre as duas partes, noticia o Financial Times (acesso condicionado) O Presidente dos EUA avisou para consequências se a China ajudar militarmente a Rússia. O líder chinês fez o mesmo em relação a Taiwan.
De acordo com o relato da Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos alertou o seu homólogo chinês que uma ajuda militar de Pequim a Moscovo teria “consequências”. O avanço mais lento das tropas russas no terreno indicia dificuldades em conseguir avanços significativos, em mais de três semanas de conflito, levando Washington a recear auxílio militar externo, nomeadamente por parte da China.
Segundo o diário britânico, Joe Biden mencionou esta preocupação e “descreveu as implicações e consequências se a China prestar um apoio material à Russia”.
A versão de Pequim sobre a conversa traduz uma mensagem conciliadora. O líder chinês disse que o seu país não queria nem quer a guerra, e que “conflitos e confrontações não são do interesse de ninguém”. “Além de encaminhar as relações entre os EUA e a China na direção certa, devemos assumir as nossas responsabilidades internacionais e trabalhar para a tranquilidade e paz mundial“, pediu.
Xi Jinping voltou também a criticar as sanções impostas pelo Ocidente. “Sanções indiscriminadas e generalizadas só fazem as pessoas sofrer. Se foram alargadas, podem desencadear crises sérias na economia e comércio globais, finanças, energia, cadeias de abastecimento alimentares e industriais, paralisando uma economia mundial já enfraquecida e causando perdas irreparáveis”, informa o relato chinês.
O Presidente chinês também deixou um aviso, segundo a Reuters, que cita órgãos de comunicação chineses. Xi Jinping disse a Joe Biden que a questão de Taiwan terá de ser gerida de forma apropriada, para evitar um impacto negativo nas relações sino-americanas.
“Alguns indivíduos nos Estados Unidos estão a enviar os sinais errados para as forças pró-independência em Taiwan e isso é muito perigoso. Se a questão de Taiwan não for gerida de forma apropriada, terá um impacto subversivo na relação entre os dois países”, afirmou o líder chinês.
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