Lisboa tem 30 mil euros para startups que promovam inovação sustentável

O concurso é aberto a startups com uma solução digital inovadora, num estágio mínimo de MVP (produto mínimo viável), e alinhada com o impacto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Lisboa acaba de lançar um prémio de 30 mil euros para premiar soluções alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O Digital With Purpose Startup Global Award é a primeira iniciativa que resulta da parceria entre a Unicorn Factory Lisboa e a Global Enabling Sustainability Initiative (GeSI). Candidaturas decorrem até 30 de setembro.

“O futuro da inovação passa por alinhar tecnologia aos principais desafios da sociedade. Esta parceria com a GeSI reforça o compromisso da Unicorn Factory Lisboa em posicionar Lisboa e o greenhub como um dos centros de inovação sustentável a nível global — onde startups, investidores, grandes empresas e decisores públicos se juntam para criar soluções com escala global”, diz Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, citado em comunicado.

O concurso é aberto a startups com uma solução digital inovadora, num estágio mínimo de MVP (produto mínimo viável), e alinhada com o impacto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. A vencedora, além de ganhar um prémio no valor de 30 mil euros, obtém um lugar no DWP Global Summit 2025, a decorrer entre os dias 27 e 28 de outubro, em Bruxelas, tendo oportunidade de apresentar a sua solução a “decisores políticos, líderes institucionais, pioneiros do setor privado e inovadores tecnológicos”, refere a Unicorn Factory.

“Todas as startups inscritas irão também receber quatro meses de membership no greenhub da Unicorn Factory Lisboa, onde poderão usufruir de oportunidades exclusivas à comunidade, e proximidade com outras startups e players do ecossistema de sustentabilidade”, pode ler-se em comunicado.

Parceria com a GeSI

O concurso é a primeira iniciativa da parceria fechada entre a Unicorn Factory Lisboa e a GeSI, organização que tem como associados empresas tecnológicas do mundo, como Google, IBM, DELL, Tencent, Deutsche Telekom, Verizon, Cisco, NEC, AT&T e Kyndryl, ETISALAT GROUP, Globant, TCS-TATA, UNIPARTNER, Innowave, Huawei e ZTE, entre cerca de 50 multinacionais a nível global, representando mais de 4 biliões (trillion USD) de dólares em capitalização de mercado, informa comunicado.

No âmbito desta parceria, as startups do greenhub da Unicorn Factory Lisboa terão acesso ao Digital with Purpose Performance Framework, “uma ferramenta de avaliação e certificação, com o propósito de apoiar outras empresas na medição e promoção do desempenho sustentável”.

“O greenhub da Fábrica da Unicórnios é um exemplo claro de como a colaboração entre inovação local e visão global pode acelerar soluções sustentáveis. Estamos entusiasmados por contribuir para este ecossistema extremamente dinâmico e apoiar o crescimento de tecnologias que têm impacto real e positivo no nosso planeta,” diz Luís Neves, CEO da GeSI, citado em comunicado.

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Projeto de residência de estudantes em Évora cai por desacordo sobre mudança da posse do imóvel

  • Lusa
  • 27 Agosto 2025

O projeto da residência da Universidade de Évora previa a criação de 41 camas num edifício propriedade do Ministério da Defesa Nacional. Não houve acordo na transferência da titularidade do imóvel.

O projeto de transformação do edifício da antiga Messe dos Sargentos em Évora em residência para estudantes, com verbas do PRR, caiu por falta de acordo para a transferência da titularidade do imóvel, revelou o Governo. A informação sobre este projeto foi prestada pelo gabinete do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, em resposta a uma pergunta que a deputada do PCP Paula Santos lhe dirigiu, em julho deste ano.

Na resposta, consultada esta quarta-feira pela agência Lusa no portal do parlamento, a tutela realçou que o projeto está “entre as candidaturas aprovadas no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”. Segundo o ministério, o projeto desta residência da Universidade de Évora (UÉ) previa a criação de 41 camas e o edifício onde seria implementado é propriedade do Ministério da Defesa Nacional (MDN).

“Contudo, segundo informação prestada pela UÉ, não foi possível chegar a acordo, em sede de pré-candidatura, entre o MDN e a Universidade de Évora para a transferência da titularidade do imóvel, o que impossibilitou a realização do projeto nos prazos do PRR”, adiantou. O gabinete do ministro Fernando Alexandre assinalou que a academia “dispõe atualmente de financiamento para intervenção em três residências, totalizando 388 camas”.

Além disso, “no próximo ano letivo, a UÉ poderá disponibilizar aos seus estudantes 90 camas adicionais”, ao abrigo do Programa “Alojamento estudantil já”, salientou. Este programa, recordou a tutela, “mobiliza camas da Fundação INATEL e das Pousadas de Juventude e financia as instituições para celebrarem protocolos de alojamento com entidades públicas, privadas ou do setor social”.

O Governo destacou ainda o reforço do apoio a estudantes deslocados, no âmbito do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior.

Na pergunta, a deputada do PCP Paula Santos alertava que, em Évora, “são muitas as necessidades de alojamento em residências estudantis públicas e os preços praticados pelos arrendamentos privados são demasiado elevados para que se possam constituir como uma resposta adequada às necessidades”.

Há cerca de dois anos, a reitora da UÉ, Hermínia Vasconcelos Vilar, revelou à Lusa que o edifício da antiga Messe dos Sargentos iria ser cedido à academia para ser transformado em residência para estudantes, com verbas do PRR.

Na altura, previa-se um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros para obras de adaptação do imóvel, permitindo criar cerca de 40 camas, mas, desde então, não foram divulgados desenvolvimentos sobre o projeto. Atualmente, o edifício da antiga Messe dos Sargentos encontra-se fechado.

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EDP paga 3,125% para emitir 500 milhões em dívida verde

  • ECO
  • 27 Agosto 2025

As receitas desta emissão serão usadas para "financiar ou refinanciar" a carteira de projetos verdes da empresa.

A EDP anunciou, esta quarta-feira, a emissão de 500 milhões de euros em dívida verde “com vencimento em dezembro de 2031” e “um cupão de 3,125%”.

A empresa, em comunicado ao mercado, explica que a operação foi realizada através da subsidiária EDP – Servicios Financieros España, S.A.U, e será solicitada a admissão à negociação na Euronext Dublin.

Com as receitas, acrescenta a nota divulgada através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP pretende “financiar ou refinanciar o portefólio de projetos” verdes alinhados “totalmente” com a taxonomia europeia.

Nesta operação participaram, como “joint-bookrunners”, o Bank of China, Citi, DBS Bank Ltd., Deutsche Bank, ICBC Standard Bank Plc., IMI – Intesa Sanpaolo, Millennium BCP, Mizuho, Standard Chartered Bank AG e Wells Fargo Securities.

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Polopiqué fecha unidades, renegoceia dívida e concentra negócio

O grupo iniciou um plano de reestruturação que passa por planos de revitalização e de insolvência de unidades de negócio. Grupo tem cerca de 800 trabalhadores e deve passar a metade.

O grupo têxtil Polopiqué está a avançar com um processo profundo de reestruturação do negócio para responder à quebra de faturação dos anos pós-crise energética, e com particular relevância neste ano de 2025, com o encerramento de duas das unidades de produção, reestruturação de dívida com a banca, venda de ativos e a concentração nos negócios que geram maior rendimento operacional. Para isso, interpôs um Processo Especial de Revitalização (PER) das sociedades das áreas de acabamentos e da Polopiqué Comércio, além do pedido de insolvência das unidades de tecidos e de confeção, apurou o ECO.

De acordo com uma resposta enviada ao ECO, por escrito e assinada pelo empresário e presidente do Conselho, Luís Guimarães, o grupo têxtil “manterá as atividades estratégicas e mais rentáveis da sua cadeia de valor, com foco nas áreas onde possui maior diferenciação, controlo e retorno operacional. Desta forma, manterá atividade de excelência nas áreas de design, logística e vendas, acabamentos têxteis e produção de fio“. Nesse comunicado, a Polopiqué garante que “a reestruturação será conduzida com total sentido de responsabilidade social“. Neste momento, o grupo tem cerca de 800 trabalhadores e este processo deverá levar à redução significativa da força de trabalho, provavelmente para cerca de metade da atual, tendo em conta a insolvência de duas das empresas e os planos de revitalização, já aprovados, que atingem outras duas unidades. Os PER apresentados pela Polopiqué vão permitir renegociar dívidas contraídas junto dos credores, particularmente a banca.

No contexto desta reestruturação, segundo apurou o ECO, algumas unidades, nomeadamente as que vão ser fechadas, não apresentavam resultados positivos e outras deixaram de ser competitivas, pesando nos números do grupo como um todo, o que levou a empresa a decidir focar-se no seu negócio core. “O Grupo avançará com um conjunto de medidas que visam a simplificação de processos, a otimização da cadeia de valor e o reforço da sustentabilidade económica e ambiental das suas operações”, aponta a companhia na resposta ao ECO. Qual é o objetivo? A “concentração da capacidade produtiva nas unidades com maior rendimento operacional e flexibilidade, encerrando as unidades de confeção de vestuário e tecelagem de tecidos“, lê-se no mesmo comunicado.

A “holding” que gere as várias empresas do grupo — e é acionista minoritária da Swipe News, dona do ECO -, a Polopiqué SGPS S.A., fechou o ano de 2023 com prejuízos de 1,3 milhões de euros, ainda assim melhor do que os cerca de dois milhões de prejuízo no ano anterior, pressionada pelos resultados de alguns negócios operacionais, agora alvo de PER e de pedidos de insolvência.

A Polopiqué Tecidos, por exemplo, apresentou resultados negativos nos últimos anos, tendo fechado o ano de 2023 com prejuízos de 1,6 milhões de euros. Já a Cottonsmile, a outra unidade que será encerrada, também tem apresentado números deficitários. Em 2023, a sociedade teve prejuízos superiores a um milhão de euros, um resultado sensivelmente em linha com o registado no ano anterior. Já o negócio têxtil, que inclui as empresas que entraram em PER, com o objetivo de viabilização num novo contexto concorrencial e de negócio, apresentava resultados positivos em 2024, mas terá sofrido uma quebra de vendas relevante, cujos números não são conhecidos. “O novo enquadramento de mercado exige uma readaptação estratégica“, reconhece o empresário, sem revelar valores financeiros associados à reestruturação. “Esta decisão reflete o compromisso contínuo da Polopiqué em manter-se como parceiro de referência no setor têxtil internacional, respondendo com maior rapidez e flexibilidade, sem comprometer a qualidade, às necessidades dos seus clientes, em especial num contexto marcado pela evolução dos padrões de consumo e pelo aumento da complexidade logística e produtiva“, garante o empresário Luís Guimarães.

Fundado em 1996, em Portugal, o Grupo Polopiqué é um dos principais players do setor têxtil europeu e está entre as empresas que participam o Projeto Lusitano, a agenda do setor têxtil e do vestuário, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O projeto, participado pela têxtil de Santo Tirso, juntamente com a Nau Verde, Calvelex, Paulo de Oliveira, Riopele e Twintex, contempla um investimento de 111,5 milhões de euros dos quais foram executados mais de 50% do investimento.

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Fabricantes de carros dizem que “não é viável” acabar com carros a combustão até 2035

  • ECO
  • 27 Agosto 2025

Fabricantes enumeram vários obstáculos como a dependência da Ásia para o fornecimento de baterias, custos mais elevados e as barreiras comerciais norte-americanas.

Fabricantes europeus de automóveis enviaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a dizer que “não é viável” a meta da União Europeia para acabar com as vendas de carros com motor de combustão até 2035.

“O plano de transformação da Europa para o setor automóvel tem de ir além do idealismo e reconhecer as realidades industriais e geopolíticas atuais”, escreveram os dirigentes nessa mesma carta, destacando que “atingir as metas de CO2 para 2030 e 2035, no mundo de hoje, já não é viável”.

Os fabricantes enumeram vários obstáculos como a dependência da Ásia para o fornecimento de baterias, custos mais elevados e as barreiras comerciais norte-americanas, recordando ainda que os carros elétricos novos têm apenas uma quota de mercado de cerca de 15% na UE, avança a Reuters.

O apelo surge dias antes de Ursula von der Leyen receber vários representantes do setor automóvel para discutir o futuro do cluster, que enfrenta a ameaça da concorrência chinesa em veículos elétricos e as tarifas dos EUA.

Esta é a última oportunidade da UE para adaptar suas políticas às realidades geopolíticas, económicas e de mercado atuais, ou correr o risco de colocar em risco um dos setores mais bem-sucedidos e competitivos globalmente”, concluem as organizações de empregadores na carta.

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EUA emitem licença para diamantes russos contornando as sanções internacionais

  • Lusa
  • 27 Agosto 2025

Até 1 de setembro de 2026 é autorizada a transação de algumas categorias de diamantes russos para os EUA, ainda que com várias condições.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu esta quarta-feira uma licença que autoriza a transação de algumas categorias de diamantes russos para o país até 1 de setembro de 2026.

O Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) indicou que é permitida a importação de diamantes não industriais de origem russa com peso igual ou superior a um quilate, desde que se encontrem fora da Rússia e não tenham sido exportados ou reexportados a partir do território russo desde março de 2024.

Além disso, o diretor do OFAC, Bradley Smith, indicou que a licença permite a importação de diamantes não industriais com peso igual ou superior a 0,5 quilates, desde que se encontrem fora da Rússia e não tenham sido exportados ou reexportados de lá desde setembro do ano passado.

“Esta licença geral não autoriza nenhuma transação proibida pelos regulamentos de sanções sobre atividades estrangeiras prejudiciais da Rússia, (…) incluindo aquelas que envolvem qualquer pessoa bloqueada, a menos que sejam autorizadas separadamente”, esclareceu.

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Marcelo defende que PSD tem de “afirmar a diferença da moderação” perante direita radical

  • Lusa
  • 27 Agosto 2025

Os sociais-democratas têm "uma tarefa difícil" no centro-direita, disse o Presidente da República, equiparando este desafio ao do PS no centro-esquerda.

O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que o papel do PSD no combate aos extremismos deve ser “afirmar a diferença da moderação”, tal como o do PS, alertando que será sempre mais fácil encontrar consensos ao centro.

Marcelo Rebelo de Sousa participou na Universidade de Verão do PSD, uma iniciativa de formação de jovens quadros que decorre até domingo em Castelo de Vide (Portalegre), tendo aparecido de surpresa presencialmente, quando estava prevista uma intervenção por videoconferência.

Num painel intitulado “As respostas do Presidente”, o chefe de Estado foi questionado qual deve ser o papel do PSD numa altura em que crescem as forças populistas e admitiu que os sociais-democratas têm “uma tarefa difícil” no centro-direita, equiparando este desafio ao do PS no centro-esquerda.

Ainda assim, Marcelo Rebelo de Sousa apontou um caminho: “Se não conseguir – eu acho que tem condições para conseguir, assim como o PS – afirmar a diferença da moderação que distingue o centro-direita da direita mais radical, que resolva os problemas dos portugueses, então torna-se muito difícil a função dos partidos desta natureza e isso não é boa notícia para a democracia”, disse.

“Não é que não haja espaço em democracia para todas as formações e todos os posicionamentos políticos. Agora, é evidente que é mais fácil fazer acordos de regime, fazer consensos, fazer encontrar soluções ao centro, se um partido centro-direita for um partido centro-direita e não de direita que é direita radical”, afirmou.

Na sua intervenção inicial, em que abordou a situação do mundo, da Europa e de Portugal, o Presidente da República já tinha deixado um alerta.

Este não é o tempo dos moderados com que tradicionalmente se faziam as democracias, ao centro-esquerda, ao centro-direita. Este é o tempo dos radicais com os quais as democracias se fazem de outra maneira, mas estamos a descobrir todos como é que se vão fazer, com que instituições e de que modo”, alertou.

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Meloni acusa UE de estar “condenada à irrelevância geopolítica”

  • ECO
  • 27 Agosto 2025

A primeira-ministra italiana também apelou ao bloco europeu que assuma uma maior responsabilidade pela sua própria defesa, alertando que o continente já não pode contar com os EUA.

A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni acusou esta quarta-feira a União Europeia (UE) de cair na irrelevância no cenário mundial, alertando que o bloco deve “fazer menos, mas fazer melhor” se quiser permanecer competitivo, avança o Politico.

A líder italiana afirmou, no encontro anual de Rimini, que a UE “parece cada vez mais condenada à irrelevância geopolítica, incapaz de responder efetivamente aos desafios de competitividade impostos pela China e pelos Estados Unidos”.

 

Giorgia Meloni também apelou ao bloco europeu que assuma uma maior responsabilidade pela sua própria defesa, alertando que o continente já não pode contar com os EUA. “Após décadas em que terceirizamos a segurança europeia para os Estados Unidos — ao custo de uma inevitável dependência política —, devemos estar dispostos a pagar o preço da nossa liberdade e da nossa independência”, disse.

Uma opinião partilhada pelo ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que na semana passada disse que a UE deve aprender a defender-se perante um mundo cada vez mais moldado pela guerra e pela competição entre “grandes potências”.

Meloni defendeu que o bloco deveria concentrar-se novamente nos princípios fundamentais e nas identidades nacionais. “O verdadeiro desafio é uma Europa que faça menos, mas faça melhor”, disse. “Afinal, ‘Unidos na diversidade’ é o lema da União Europeia, e acredito que é um lema no qual todos nós devemos realmente inspirar-nos”, realça.

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Marcelo aparece de surpresa na Universidade de Verão do PSD

  • Lusa
  • 27 Agosto 2025

"Esta vinda cá é a última porque eu tenciono depois afastar-me da politica totalmente. Quem foi Presidente da República não pode andar a opinar sobre primeiros-ministros", disse o Presidente.

O Presidente da República apareceu esta quarta-feira, de surpresa, presencialmente na Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide, Portalegre. A participação de Marcelo Rebelo de Sousa estava prevista por videoconferência, e os jornalistas já estavam a ver uma cadeira no Palácio de Belém, quando o Presidente entrou na sala e foi aplaudido pelos alunos.

Nas primeiras palavras que dirigiu aos jovens, o chefe de Estado fez questão de explicar porque decidiu mudar o formato da sua participação na iniciativa de formação de quadros do PSD, tendo seguido para Castelo de Vide diretamente de um funeral de um bombeiro em Mem Martins (Sintra).

“Esta vinda cá é a última porque eu tenciono depois afastar-me da politica totalmente. Quem foi Presidente da República não pode andar a opinar sobre primeiros-ministros, governos e líderes da oposição”, considerou, justificando que não se poderia despedir por videoconferência desta iniciativa, que considerou exemplar.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que, quando deixar de ser Presidente da República a 9 de março no próximo ano, pretende dar aulas no ensino básico e secundário e participar apenas no Conselho de Estado e em cerimónias oficiais como as do 25 Abril, 5 de outubro ou 10 de junho.

Por outro lado, admitiu que “falar por videoconferência é uma grande chatice, vê-se mal, é-se mal visto, não se tem metade do prazer”, dizendo que foi por isso que surpreendeu quer a segurança quer a filha e o neto, a quem já avisou que chegará atrasado a um jantar que tem previsto.

Esta é a 11.ª participação de Marcelo Rebelo de Sousa na Universidade de Verão do PSD, tendo a última sido há dois anos, num jantar-conferência centrado na situação da Ucrânia, naquela que tinha sido a sua única participação presencial nesta iniciativa de formação política desde que foi eleito Presidente da República (em 2016), a que se soma outra em 2022, em vídeo.

Antes, já tinha participado nas edições de 2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2012, 2013 e 2014 e foram muitos os temas de que falou aos jovens alunos.

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Guarda aposta na melhoria do apoio domiciliário aos idosos

Câmara da Guarda e Federação das Instituições de Terceira Idade unem esforços para melhorar os serviços de apoio domiciliário e arrancam com o projeto "GuardAfetos".

Chama-se “GuardAfetos” o projeto que visa analisar os serviços de apoio domiciliário prestados pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) no concelho da Guarda assim como definir um conjunto de recomendações para dar uma resposta mais eficaz às comunidades, por forma a evitar a institucionalização.

Numa iniciativa da Federação das Instituições de Terceira Idade (FITI), que conta com a Câmara da Guarda e o Centro de Dia e Lar de Santa Ana de Azinha como parceiros, este projeto visa, assim, analisar os serviços de apoio domiciliário prestados pelas IPSS deste município. Em análise estarão, por exemplo, aspetos como a “georreferenciação, a abrangência, os recursos afetos, as condições de funcionamento, e o perfil de profissionais e utentes”, detalha a FITI numa nota enviada às redações.

Outro dos objetivos, precisa esta entidade, consiste na “definição de recomendações que visem uma maior adequação destes serviços às necessidades concretas dos utentes, das suas comunidades, procurando prevenir a doença e promover o bem-estar e a saúde dos utentes, numa linha inovadora e sustentável”.

À agência Lusa o presidente da FITI, José Carlos Batalha, explicou que este projeto vai analisar as condições de vida destes idosos e problemas de saúde com o propósito de permitir que possam permanecer “nos seus espaços de afeto”, evitando a institucionalização.

O primeiro passo do projeto GuardAfectos foi dado esta quarta-feira com a assinatura de um protocolo entre o município da Guarda, a FITI, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) e Centro de Dia e Lar de Santa Ana de Azinha. Segue-se depois o estudo e análise sob a responsabilidade de uma equipa do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.

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Crise política atira juros da dívida francesa a 30 anos para níveis históricos

A moção de confiança do primeiro-ministro Bayrou mergulha a França na incerteza com a dívida numa escalada, o rating da República em risco e os investidores a punirem fortemente a economia francesa.

A instabilidade política em França está a colocar em xeque a confiança dos investidores na economia francesa, que estão a castigar fortemente os títulos de dívida do país.

As obrigações francesas a 30 anos negociam atualmente em máximos históricos acima dos 4,4%, enquanto o spread das obrigações do Tesouro a 10 anos face às congéneres alemãs escalam 18% desde o arranque da semana para mais de 82 pontos base – um nível não visto desde janeiro, que coloca França sob crescente pressão no mercado da dívida soberana europeia.

A tempestade perfeita começou quando o primeiro-ministro François Bayrou anunciou uma moção de confiança para 8 de setembro, numa jogada arriscada para forçar a aprovação do seu plano de austeridade de 44 mil milhões de euros.

No entanto, a estratégia saiu-lhe pela culatra: as três principais forças da oposição – a extrema-direita Rassemblement National, os Verdes e os socialistas – anunciaram que votarão contra o governo, tornando praticamente inevitável a queda do executivo.

O caso é de tal forma preocupante que o ministro das Finanças, Eric Lombard, advertiu que o país pode precisar da intervenção do Fundo Monetário Internacional se a situação não se estabilizar.

A reação dos mercados foi imediata e brutal. A yield das obrigações francesas a 10 anos dispararam até 3,53% – o nível mais alto desde março –, enquanto as taxas das obrigações a 30 anos alcançaram valores históricos.

No mercado acionista, o embate também foi forte, com o índice CAC 40 a cair quase 4% nas últimas duas sessões (estando a recuperar ligeiramente esta quarta-feira ao subir 0,3%), atingindo mínimos de três semanas, e com os bancos franceses a liderarem as perdas: BNP Paribas e Société Générale acumulam esta semana perdas de 8,5% e 10,3%

O spread entre as obrigações francesas e alemãs a 10 anos – um termómetro da confiança dos investidores – alargou para mais de 82 pontos base, o nível mais elevado desde início de janeiro. Esta divergência é particularmente preocupante quando comparada com Itália: o diferencial entre França e Itália estreitou para apenas 10 pontos base, invertendo uma hierarquia que se mantinha há décadas.

Guillaume Rigeade, da gestora Carmignac, alerta que o spread pode disparar para os 100 pontos base pela primeira vez desde 2012 se a crise política se agravar. Seria uma situação inédita para a segunda maior economia da Zona Euro, colocando França numa posição de maior risco que Itália, e com potencial de provocar danos colaterais para o resto das economias europeias.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O contexto político é explosivo. Bayrou propõe congelar as pensões e prestações sociais, eliminar dois feriados públicos e implementar cortes drásticos na despesa pública para reduzir o défice de 5,4% para 4,6% do PIB em 2026. Contudo, sem maioria parlamentar – o partido que sustenta o governo detém apenas 210 lugares num total de 577 –, estas medidas enfrentam uma oposição muito forte.

O caso é de tal forma preocupante que o ministro das Finanças, Eric Lombard, advertiu que o país pode precisar da intervenção do Fundo Monetário Internacional se a situação não estabilizar, embora tenha depois recuado nas declarações.

A Fitch tem marcada uma revisão do rating de França para 12 de setembro – apenas quatro dias após a moção de confiança –, podendo daí surgir um corte do rating para “A+”.

Se o governo cair, Emmanuel Macron terá três opções: nomear um novo primeiro-ministro, manter Bayrou como chefe de um governo de gestão, ou convocar eleições antecipadas. Nenhuma garante a resolução do impasse orçamental, perpetuando a incerteza política que assombra França desde as eleições legislativas de julho de 2024.

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Israel retém mais de dois mil milhões de dólares de receitas palestinianas

  • Lusa
  • 27 Agosto 2025

Desde maio deste ano, Israel não transferiu qualquer imposto aduaneiro cobrado em nome da Autoridade Palestiniana.

A Autoridade Palestiniana enfrenta uma crise económica sem precedentes, indicou esta quarta-feira a ONU, denunciando que Israel retém atualmente mais de dois mil milhões de dólares (1,73 mil milhões de euros) de receitas palestinianas.

A informação foi avançada ao Conselho de Segurança da ONU pelo coordenador das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente (UNSCO, na sigla em inglês), Ramiz Alakbarov, que explicou que, desde maio deste ano, Israel não transferiu qualquer imposto aduaneiro cobrado em nome da Autoridade Palestiniana.

Israel cobra impostos aduaneiros em nome da Autoridade Palestiniana, que supostamente lhe deve depois remeter, ao abrigo dos Acordos de Oslo assinados em 1994.

No entanto, após os ataques de 7 de outubro de 2023, Israel deixou de pagar integralmente estas receitas aduaneiras, alegando que se recusava a financiar o movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e que considera uma “organização terrorista”.

“Tudo isto representa uma grave ameaça à economia e ao sistema bancário palestinianos. Se não for resolvido, poderá ameaçar a viabilidade da Autoridade Palestiniana”, frisou Ramiz Alakbarov.

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