Investimento em Defesa atingiu 1,58% do PIB em 2024, segundo o Governo

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

A NATO estima que Portugal terá investido 1,46% do PIB no ano passado, sendo o sexto país da aliança que menos investiu em Defesa em 2024.

O Governo anunciou esta sexta-feira que o investimento em Defesa do país no ano passado ultrapassou as previsões e deverá situar-se nos 1,58% do Produto Interno Bruto (PIB), número que diverge da estimativa da NATO. Em comunicado, o Ministério da Defesa Nacional, tutelado pelo centrista Nuno Melo, escreve que “mesmo com uma revisão em alta do crescimento da economia nacional, a execução deverá fechar em 2024 em 1,58% do PIB, correspondente a 4.481,50 mil milhões de euros”.

Contudo, de acordo com as estimativas divulgadas no final de abril pela NATO, no relatório anual do secretário-geral da Aliança Atlântica, Portugal terá investido 1,46% do PIB no ano passado, sendo o sexto país da aliança que menos investiu em Defesa em 2024, abaixo do limiar de 2% para despesas militares.

No comunicado divulgado hoje pela tutela, o Governo refere que em 2023, “embora Portugal tenha declarado que pretendia alcançar 1,48% do PIB OCDE (3.921 milhões), na realidade apenas conseguiu executar 1,34% (3.563 milhões, ou seja, ficou 359 milhões abaixo do previsto)”.

Esta crítica já tinha sido feita por Nuno Melo no parlamento, em novembro do ano passado, altura em que acusou o PS de ter enviado à NATO um valor incorreto. “Em novembro de 2023, Portugal anunciou a intenção de atingir 1,51% do PIB (4.186 milhões) e, posteriormente, na Cimeira de Washington, aumentou essa previsão para 1,55% (4.290 milhões)”, lê-se na nota, já numa referência ao Governo de PSD/CDS-PP.

De acordo com o ministério, a Defesa “conseguiu executar mais de cerca de 300 milhões do que inicialmente previsto porque investiu de forma rigorosa, essencialmente, em três grandes áreas: nos aumentos em pessoal, no reforço do investimento em equipamentos de Defesa e no apoio militar à Ucrânia”.

Estes dados serão apresentados à NATO, acrescenta o comunicado do Governo. No final de abril, o Ministério das Finanças anunciou que vai pedir à Comissão Europeia a ativação da cláusula que permite que as despesas relacionadas com a área da defesa, até ao limite de 1,5% do PIB, não sejam contabilizadas nos limites impostos pelos tetos da despesa primária líquida, definidos no Plano Orçamental-Estrutural Nacional de Médio Prazo (POENMP), para 2025-2028.

Do mesmo modo, acrescentou em comunicado, as despesas relacionadas com a Defesa, até ao limite de 1,5% do PIB, não serão contabilizadas na avaliação do cumprimento do valor de referência para o défice (3%). “Esta decisão foi consensualizada com o maior partido da oposição, tendo o Partido Socialista sido ouvido pelo Governo neste processo”, referiu o executivo.

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Serviços prestados a ‘novos’ clientes foram antes da posse de Montenegro, esclarece a Spinumviva

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

A empresa familiar do primeiro-ministro indica que os novos clientes, incluídos na declaração de rendimentos de Luís Montenegro, foram apenas "clientes pontuais" entre 2021 e 2023.

A Spinumviva esclareceu esta sexta-feira que as empresas incluídas na declaração de rendimentos de Luís Montenegro na terça-feira foram apenas “clientes pontuais” entre 2021 e 2023, antes da entrada em funções do atual Governo.

Num comunicado destinado a “evitar especulações absurdas e infundadas”, assinado por Hugo Montenegro, a Spinumviva indica que em 2021 foram seus clientes a Portugalenses e Beetsteel (consultoria na área da gestão estratégica e empresarial) e Inetum (na área da adaptação ao RGPD) – “todos com valores reduzidos de serviços e respetivo valor”.

Em 2022, a “Itau e Sogenave, com serviços na área do RGPD, de valor reduzido” e, em 2022 e 2023, a “Grupel, com trabalhos iniciados num ano e concluídos no outro”, também de “valor reduzido na área do RGPD”, refere. Quanto ao Grupo Rodrigues, o comunicado adianta que “já foi dado conhecimento público pelo próprio” e que “os serviços foram prestados em 2021 e 2022”.

A Spinumviva indica que “a duração dos serviços variou entre seis e dezoito meses e em nenhum destes casos os valores dos serviços prestados excedeu um montante mensal superior a 1.500 euros”.

“Nenhumas dessas empresas é cliente da Spinumviva desde as datas indicadas”, afirma a empresa, reiterando a informação já publicitada de que “desde 2023 os clientes permanentes na área da proteção de dados representam mais de 99% da faturação” da empresa.

Com o comunicado, a empresa que foi criada por Luís Montenegro, mas entretanto passada aos seus dois filhos pretende evitar especulações, depois da polémica criada com o aditamento à declaração de rendimentos entregue na Entidade da Transparência na terça-feira passada em que o atual primeiro-ministro terá, segundo o semanário Expresso, indica o nome de sete novas empresas a quem terá prestado serviços.

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Carro abalroa multidão no sudoeste da Alemanha e faz oito feridos

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Oito pessoas ficaram feridas, três das quais em estado grave e uma necessitou de reanimação. Polícia aponta para "trágico acidente", sem provas de intenção terrorista.

A polícia alemã afirmou que não há provas de intenção terrorista no atropelamento que provocou no centro de Estugarda pelo menos oito feridos, três dos quais graves, apontando um “trágico acidente” como causa provável.

“Com base no estado atual da investigação e nas conclusões tiradas até ao momento, os nossos colegas presumem que ocorreu um trágico acidente de viação em [bairro de Estugarda] Olgaeck. Atualmente, não há provas de um ataque ou ato deliberado”, informou na rede social X a polícia de Estugarda, no sudoeste da Alemanha.

Pouco antes, as forças policiais tinham indicado que oito pessoas ficaram feridas, três das quais em estado grave e uma necessitou de reanimação. Segundo a emissora pública SWR, o condutor é um cidadão alemão de 42 anos e foi detido, tendo sido já sujeito a interrogatório.

Uma porta-voz da polícia descreveu ao jornal Stuttgarter Nachrichten que o acidente ocorreu por volta das 17:50 locais (16:50 em Lisboa). O jornal Bild relatou que um veículo Mercedes Classe G atingiu vários peões que atravessavam a rua num cruzamento movimentado no centro da cidade.

A área foi isolada enquanto as equipas de emergência, polícias e especialistas forenses examinavam a cena do atropelamento. Testemunhas estavam a ser entrevistadas no local e o serviço de metro naquela zona da cidade foi suspenso. A polícia aconselhou os habitantes a evitarem o centro de Estugarda, alertando para interrupções significativas no trânsito.

Os serviços de segurança alemães estão em alerta máximo após vários ataques mortais com automóveis nos últimos meses, principalmente nas cidades de Magdeburgo, no leste, e de Munique, no sul.

(Notícia atualizada às 20h20 com mais informação)

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“Não é democracia – é tirania disfarçada”. EUA atacam governo alemão

  • ECO e Lusa
  • 2 Maio 2025

O "ataque" de Marco Rubio à Alemanha – bem como à sua política de imigração – é feito depois da secreta interna alemã ter classificado o partido de extrema-direita AfD como "extremista".

A Alemanha acaba de conceder aos seus serviços de inteligência novos poderes para vigiar a oposição. Isso não é democracia — é tirania disfarçada“. As palavras são de Marco Rubio, secretário de Estado do Governo de Donald Trump, e surgem após os serviços secretos (Departamento para a Proteção da Constituição, BfV, na sigla em alemão), ligados ao Ministério do Interior, terem classificado o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, como “extremista”.

“O que é verdadeiramente extremista não é a AfD — que ficou em segundo lugar nas eleições recentes —, mas sim as políticas letais de imigração de fronteiras abertas instituídas, às quais a AfD se opõe. A Alemanha deveria mudar de rumo“, acrescenta o político norte-americano numa publicação na rede social X.

A classificação de “extremista”, atribuída pela BfV à AfD, é feita tendo em conta que o partido “desvaloriza grupos inteiros da população na Alemanha e mina a sua dignidade humana”, o que “não é compatível com a ordem democrática básica”, refere esta entidade em comunicado, onde destaca, em particular, “a atitude hostil geral do partido em relação aos migrantes e aos muçulmanos”.

A ideologia do partido de extrema-direita alemão “visa excluir certos grupos populacionais da participação igualitária na sociedade, submetendo-os a um tratamento desigual que não está de acordo com a Constituição”, aponta ainda o BfV, referindo na sua declaração o “grande número de declarações anti-estrangeiros, anti-minorias, anti-islão e anti-muçulmanos” feitas pelos dirigentes do partido.

A atribuição desta classificação por parte do serviço de informação interno alemão deverá permitir que o partido de extrema-direita, liderado por Alice Weidel e que conquistou mais de 20% dos votos alemães nas eleições de 23 de fevereiro, seja colocado sob forte vigilância. Deverá assim ser conferido às autoridades meios significativos de vigilância e controlo, incluindo as comunicações privadas.

O serviço de informação interno da Alemanha já tinha classificado a organização juvenil do partido de extrema-direita AfD, bem como vários braços regionais em estados da antiga Alemanha de Leste, como “extremistas”.

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Campanha presidencial romena fecha com polémica sobre fotos alegadamente manipuladas

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Cerca de 19 milhões de romenos voltam às urnas no domingo, após a primeira volta das presidenciais ter sido anulada pelo Tribunal Constitucional devido a alegada interferência russa.

O último dia da campanha para a polémica repetição das eleições presidenciais na Roménia, no domingo, ficou marcado por um escândalo provocado pela publicação de fotografias alegadamente manipuladas que podem comprometer dois dos principais candidatos.

A candidata centrista Elena Lasconi, que ficou em segundo lugar nas eleições anuladas de novembro passado, mas apenas em quinto nas sondagens atuais, publicou imagens, na sua página da rede social Facebook na noite passada, recebidas de um fotógrafo desconhecido, mostrando os candidatos Nicusor Dan e Victor Ponta após um suposto encontro com um ex-oficial dos serviços secretos romenos.

Dan, atual presidente da câmara de Bucareste e candidato independente, apresentou uma queixa esta manhã ao Ministério Público Anticorrupção (DIICOT), alegando que as imagens são “falsas e alteradas digitalmente” com o objetivo de manipular o eleitorado. O autarca pediu à Comissão Eleitoral Central que ordene a exclusão das fotos tornadas públicas por Lasconi, mas o pedido foi rejeitado pelo organismo, que alegou que não tinha como verificar a veracidade das fotos.

O ex-primeiro-ministro populista Victor Ponta falou de uma “mentira” espalhada pelos seus rivais e acusou a equipa do candidato apoiado pela coligação no poder, Crin Antonescu, de organizar uma campanha contra ele. Os dois candidatos visados nas fotografias divulgadas por Lasconi declararam que não se encontravam há anos com Florian Coldea, um general considerado uma figura importante e controversa nas sombras da política romena, acusado de corrupção e tráfico de influência.

A liberal Elena Lasconi, líder da União para a Salvação da Roménia (USR), terceira maior força política no parlamento, perdeu o apoio na corrida presidencial do seu partido, que preferiu endossar a candidatura de Nicusor Dan, por considerar que o autarca tem melhores hipóteses contra a extrema-direita numa segunda volta, prevista para 18 de maio.

De acordo com as últimas sondagens, Ponta e Dan competem, juntamente com Antonescu, pelo segundo lugar, atrás do candidato populista George Simion, o favorito na votação de domingo. Cerca de 19 milhões de romenos voltam às urnas este domingo para eleger o Presidente da República, após a primeira volta ter sido anulada em dezembro passado pelo Tribunal Constitucional devido a alegadas interferências russas.

Contra todas as probabilidades, o populista Calin Georgescu venceu a primeira volta das eleições, em 24 de novembro, com 23% dos votos, graças a uma grande campanha nas redes sociais, cujo financiamento nunca foi revelado.

Simion, admirador do Presidente norte-americano, Donald Trump, e considerado um “herdeiro político” da candidatura de Georgescu, lidera todas as sondagens com mais de 30% das intenções de voto para este domingo, pelo que a sua passagem à segunda volta parece garantida. Atrás surgem Dan, Antonescu e Ponta, com intenções de voto entre 20% e 25%, segundo várias sondagens, sem vantagem aparente para nenhum dos três.

A campanha eleitoral da Roménia é dominada por plataformas como o TikTok e o Facebook, onde circulam vídeos de apoio e de oposição aos candidatos com dezenas de milhões de visualizações. Nas ruas da capital, Bucareste, não há por estes dias vestígios de propaganda eleitoral ou ações de campanha.

Para o analista Radu Delicote, citado pela agência de notícias espanhola EFE, a candidatura do presidente da câmara de Bucareste poderá ser a principal beneficiária deste escândalo na reta final da campanha. “Com base no que estamos a ver nas redes sociais, a rápida resposta de Dan às alegações de Lasconi foi bem recebida por muitos eleitores”, disse o especialista em campanhas políticas.

Entretanto, Ponta pode acabar por ser uma “vítima colateral” da publicação das imagens. O cargo presidencial romeno não é meramente representativo. O chefe de Estado tem poderes diretos sobre a política externa e de segurança do antigo país comunista dos Balcãs, vizinho da Ucrânia e membro da União Europeia (UE) e da NATO há mais de 15 anos.

A UE e os parceiros da Roménia na NATO estão a encarar estas eleições com preocupação, dada a possibilidade de uma vitória de Simion, um populista eurocético que se opõe à ajuda europeia à Ucrânia.

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CGD paga dividendo “mais elevado de sempre” ao Estado a 9 de maio

O valor é de aproximadamente 94 cêntimos por ação, num total de 850 milhões de euros para o Estado, o acionista único do banco.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai proceder ao pagamento do dividendo, no valor de 94 cêntimos por ação, no próximo dia 9 de maio.

“Mais se informa que o pagamento será efetuado via Central de Valores Mobiliários, visto tratar-se de valores mobiliários integrados na referida Central, com o código CGD AM”, lê-se na informação divulgada esta sexta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O valor é de 0,939078239402 euros por ação.

Na quarta-feira, em assembleia geral, foi aprovada a proposta da administração do banco público para distribuição de dividendos no valor de 850 milhões de euros ao Estado, seu acionista único. É o “mais elevado de sempre”, como destacou a instituição bancária aquando da publicação do relatório e contas anual.

Na última assembleia geral anual, realizada a 30 de abril, confirmou-se que o banco liderado por Paulo Macedo distribuirá 698,02 milhões de euros em dividendos e procederá à entrega de um dividendo por distribuição de reservas e resultados transitados de 151.980.682 euros (cerca de 152 milhões de euros), o que perfaz os tais 850 milhões de euros.

A CGD registou lucros recorde de 1,74 mil milhões de euros em 2024, o que representa uma subida de 34% em termos homólogos.

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Da venda de software por 27 milhões às refeições de 31 milhões na Santa Casa. Os contratos dos clientes da Spinumviva com o Estado

Vários clientes da empresa de Montenegro agora revelados têm uma longa relação com o Estado português. Empresas como a ITAU e a Inetum assinaram contratos de milhões já na legislatura de Montenegro.

Antes do debate com Pedro Nuno Santos, na última quarta-feira à noite, foi divulgada uma lista atualizada com o nome de oito empresas que são clientes da empresa familiar do chefe de Governo, que está agora nas mãos dos filhos. Quem são estes oito clientes da Spinumviva e quanto ganham em contratos assinados com empresas do Estado?

A declaração de substituição entregue por Luís Montenegro na Entidade para a Transparência inclui novos nomes na lista de clientes da Spinumviva, a empresa familiar, além dos já conhecidos, como a Solverde ou a empresa de distribuição de combustíveis de Braga, para quem trabalhou na reestruturação do grupo. A ITAU, a Sogenave, os Portugalenses Transportes, a Beetsteel, a INETUM Portugal e Grupel SA são as novidades na nova declaração.

Outra novidade são duas empresas do Grupo Joaquim Barros Rodrigues e Filhos, a distribuidora de combustíveis de Braga que foi o principal cliente, em termos de faturação, da empresa para a qual Luís Montenegro fez um trabalho de consultoria de reestruturação empresarial. A Rodáreas (Felgueiras- Lousada) e a Rodáreas (Viseu) gerem áreas de serviço. Montenegro terá feito para estas empresas serviço de consultoria de reestruturação de empresa e planeamento estratégico.

Grande parte destas empresas conta com uma longa relação com o Estado, tendo faturado em torno de 100 milhões de euros desde que Luís Montenegro chegou ao cargo de primeiro-ministro.

ITAU “serve” 53 milhões de refeições ao Estado

O Instituto Técnico de Alimentação Humana (ITAU) é, dos oito novos clientes da antiga empresa de Luís Montenegro agora conhecidos, aquele que mais fatura em contratos com entidades que dependem diretamente da ação do Estado central ou com organizações de grande relevo público. Criado em 1963, o ITAU opera na área da alimentação coletiva, assegurando refeições em escolas, empresas, hospitais, lares e estabelecimentos prisionais.

Segundo o Portal Base, desde que Montenegro tomou posse como primeiro-ministro, a 2 de abril de 2024, o Estado fez 80 contratos com a ITAU, mas muitos deles foram para unidades locais de saúde, noticiou a CNN. O contrato mais valioso foi assinado com a Santa Casa da Misericórdia, num concurso de agosto de 2024, para a prestação de Serviços de fornecimento de refeições confecionadas, no valor de 31,9 milhões de euros. Apresentaram-se para este concurso a Eurest Portugal, Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados e a ICA – Indústria e Comércio Alimentar.

Já em 29 de janeiro de 2025, este cliente da empresa familiar do Chefe do Governo ganhou um concurso público para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades da CP, no valor de 12 milhões de euros, por um período de 1.003 dias, mostra o portal Base. Concorreram a este concurso a ICA – Indústria e Comércio Alimentar e a Newrail – Restauração e Serviços.

Além destes dois contratos, a ITAU saiu ainda vencedora em outros concursos públicos, contando com vários contratos com unidades de saúde local, na casa do milhão de euros. Contas feitas são mais de 53 milhões fechados com empresas com ligação ao Estado Central no espaço de um ano.

Os últimos indicadores financeiros divulgados pela empresa no seu site dizem respeito a 2022 e apontam um volume de negócios na casa dos 160 milhões de euros, com mais de 3.300 colaboradores e 29 milhões de refeições servidas por ano.

Segundo a informação partilhada pela empresa, “o ano de 2019 representou um novo capítulo na vida do ITAU, que passou a dedicar-se maioritariamente a clientes dos segmentos Saúde e Social: hospitais, clínicas, instituições sociais e residências sénior”. A estratégia para 2025 prevê a aposta na área social e da saúde, a aceleração digital e responsabilidade ambiental, mantendo o foco nas suas pessoas.

Software da Inetum fatura 140 milhões em Portugal

A multinacional Inetum é uma das empresas que integra a lista de clientes da Spinumviva divulgada esta semana. A consultora tecnológica, que em 2023 faturou cerca de 140 milhões de euros, conta com 2.700 colaboradores em Portugal, que operam nas áreas de SAP & OutSystems, Serviços de TI, Projetos de Transformação, Revenda de Valor Acrescentado e Software, é uma das empresas que tem ganho milhões em concursos públicos adjudicados por empresas ligados ao Estado.

Segundo cálculos da CNN, conseguiu 40 contratos com órgãos do Estado central desde 2 de abril de 2024, num valor total de 39.349.325 euros. O grosso deste montante foi conseguido num contrato para a aquisição de licenciamento de software e de serviços conexos, pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, no valor de 26.886.138,81 euros. O concurso, de 13 de fevereiro, foi disputado com a NOS e a Digibéria Information Technologies.

Com a Marinha, assinou um contrato de licenciamento de software, por 3.182.812,83 euros, por um período de 1.095 dias. Ganhou ainda um concurso de licenciamento de software ao Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), no valor de 1,7 milhões de euros.

A empresa está no país desde os finais da década de 1990, através da Roff, ainda sob o nome de Grupo GFI. No final de 2020, com a integração de quatro empresas – Roff, Gfi, i2s e Iecisa – nasceu a Inetum Portugal. Com presença em Lisboa, Porto, Aveiro, Bragança e Covilhã, a consultora tem em Portugal um mercado estratégico para a gigante dos serviços digitais, que fatura 2,5 mil milhões de euros.

Pedro Gomes Santos é, desde outubro de 2024, o CEO em Portugal, respondendo a Manuel Garcia del Valle, CEO da Inetum Iberia & Latam, e ao CEO do grupo, Jacques Pommeraud. A empresa justifica a nomeação do gestor com o objetivo de “liderar a próxima fase da Inetum em Portugal”.

Segundo a descrição feita pela própria empresa, “a Inetum Portugal ambiciona ser o parceiro local de eleição para a transformação digital, prestando serviços de excelência e alavancando tecnologias inovadoras como a GenAI, em colaboração com parceiros estratégicos e líderes de mercado como a SAP, Microsoft, Salesforce e ServiceNow”.

Sogenave também lucrou com Estado

Segundo dados da Iberinform, a Sogenave faturou 228 milhões de euros em 2023 e registou um resultado líquido de 2,14 milhões de euros. Com 376 funcionários e oito plataformas logísticas em Lisboa, Porto, Algarve, Covilhã, Viseu e nas ilhas de São Miguel, Terceira e Madeira, a empresa de Loures reivindica ser “um dos maiores operadores nacionais em fornecimento alimentar e não alimentar” em Portugal.

Tal como outras clientes da Spinumviva, a empresa de Loures, liderada por Alexandre Bastos, também ganhou contratos de vários milhões com o Estado central. Segundo o Portal Base, o valor total dos contratos fechados com a empresa aproximam-se dos nove milhões de euros, através do fornecimento de produtos alimentares a vários órgãos do Estado.

O contrato com o valor mais elevado remonta a julho de 2024 e foi assinado com o Instituto da Segurança Social. Em causa está o fornecimento de cereais de pequeno-almoço no âmbito do Fundo Europeu de Auxílio às Pessoas Mais Carenciadas – FEAC, por 1,8 milhões, pelo período de 335 dias. Concorreram outras três entidades.

A empresa ganhou ainda outros concursos, nomeadamente um contrato de 963 mil euros com Estado-Maior do Exército, ou outro do 911,6 mil euros com o Ministério da Defesa Nacional.

Grupel fornece Marinha

João Pintado é o diretor de marketing da Grupel.Grupel

A empresa de geradores Grupel liderada por Marco Santos está hoje presente em mais de 70 países nos 5 continentes, que representam cerca de 80% do seu volume global de negócios. Segundo dados da Iberinform, a empresa com sede em Vagos, Aveiro, fechou o ano de 2023 com uma faturação superior a 35 milhões de euros.

A Grupel iniciou a sua atividade, em 1976, e é hoje “a maior unidade de produção de grupos eletrogéneos, em Portugal, operando nos 5 continentes e com mais de 50 distribuidores”, reclama a empresa no seu site.

Uma consulta pelo Portal Base mostra que esta cliente da empresa familiar de Luís Montenegro apenas ganhou um concurso com ligações ao Estado. Em causa está um contrato de 34.500 euros para fornecer à Marinha “dois grupos eletrogéneos”.

Beetsteel e Rodáreas e Portugalenses Transportes sem contratos

As outras três empresas – Beetsteel, Rodáreas e Portugalenses Transportes – reveladas por Montenegro não aparecem em contratos com o Estado desde 2 de abril do ano passado.

Com sede em Braga e fábrica industrial em Fafe, a Beetsteel é especializada na construção e instalação de estruturas metálicas, atuando ainda na área da serralharia e no mobiliário urbano, tendo fechado 2023 com volume de negócios superior a três milhões de euros, segundo a Iberinform.

Já a Portugalenses Transportes apresenta uma faturação na casa dos 25,9 milhões de euros e uma equipa de 176 pessoas. A empresa de logística e transporte conta com 20 anos de atividade.

As duas empresas Rodáreas indicadas na nova declaração de Montenegro são autónomas e com personalidade jurídica própria. Tratam-se de gestoras de postos de combustíveis que pertencem ao grupo Joaquim Barros Rodrigues.

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CTT pagam dividendo de 17 cêntimos a 15 de maio

  • ECO
  • 2 Maio 2025

A data de ex-dividendo é o 13 de maio de 2025. O pagamento será realizado através do Banco Montepio. No ano passado, o operador postal lucrou 45,5 milhões.

Os CTT – Correios de Portugal vão pagar aos acionistas o dividendo de 17 cêntimos por ação, referente ao exercício de 2024, no próximo dia 15 de maio.

A data de ex-dividendo é o 13 de maio de 2025, de acordo com a informação transmitida esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “De acordo com os regulamentos aplicáveis, o pagamento dos dividendos será efetuado através da Central de Valores Mobiliários, sendo agente pagador o Banco Montepio“, lê-se no comunicado publicado pela CMVM.

Em causa está um dividendo que corresponde a um payout de 52%. O operador postal liderado por João Bento registou, no ano passado, um lucro de 45,5 milhões de euros, num exercício que ficou marcado por ser o primeiro em que a área de encomendas e expresso superou a de correios.

O resultado líquido de 2024 corresponde a uma descida de quase 25% face ao ano anterior, sobretudo devido a fatores extraordinários: comissões ganhas com a comercialização de certificados de dívida pública, particularmente forte em 2023; e nos impostos, que foram de 1,1 milhões então e de uns mais “normais” 9,3 milhões em 2024.

Na bolsa de Lisboa, os títulos dos CTT fecharam a sessão desta sexta-feira com uma desvalorização de 0,64% para 7,72 euros.

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Governo cria grupo de trabalho para “substituição urgente” do Siresp

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Siresp “mostrou limitações estruturais e operacionais em cenários de elevada exigência operacional”, sendo por isso necessário um novo sistema “mais robusto, fiável, resiliente e interoperável”.

O Governo anunciou esta sexta-feira a criação de uma equipa “de trabalho técnica e multissetorial” para “a substituição urgente” da rede Siresp, após esta ter falhado durante o apagão de energia.

“A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, emitiram um despacho que determina a constituição de uma equipa de trabalho técnica e multissetorial com a missão de desenvolver, no prazo máximo de 90 dias, um estudo técnico-estratégico para a substituição urgente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP)”, refere um comunicado conjunto daqueles dois ministérios.

A decisão “visa assegurar, com caráter de urgência, um sistema de comunicações robusto, fiável, resiliente, tecnologicamente adequado e plenamente interoperável, que responda eficazmente às exigências atuais e futuras das forças e serviços de segurança, emergência e proteção civil”, precisam os dois ministérios.

No comunicado conjunto, os ministérios da Administração Interna e das Infraestruturas e Habitação avançam que a decisão “é sustentada pela relevância estratégica das comunicações de emergência e proteção civil para a segurança e resiliência do Estado”, tendo o Siresp evidenciado “limitações estruturais e operacionais” em cenários “de elevada complexidade e exigência operacional, que se constataram, entre outras situações, no passado dia 28 de abril, durante o apagão”.

Segundo o Governo, a decisão surge em paralelo ao anúncio de três auditorias pedidas aos reguladores das áreas das comunicações, navegação aérea e transportes e mobilidade sobre as operações decorridas durante o “apagão”. Os dois ministérios indicam ainda que o coordenador da equipa de trabalho será designado por despacho conjunto das áreas governativas da Administração Interna e das Infraestruturas e Habitação.

A equipa incluirá representantes da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), do Estado-Maior General dos Forças Armadas, dos gabinetes dos ministérios da Administração Interna e da Infraestruturas e Habitação, do Gabinete Nacional de Segurança, da GNR, da PSP, do INEM e da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna e ainda técnicos independentes que serão designados.

A rede SIRESP é a rede de comunicações exclusiva do Estado português para o comando, controlo e coordenação de comunicações em todas as situações de emergência e segurança, responde às necessidades dos mais de 40.000 utilizadores e suporta anualmente um número superior a 35 milhões de chamadas.

A empresa pública Siresp S.A., que comanda e coordena a rede de comunicações de emergência e segurança do Estado, está sem liderança há mais de um ano, depois de Paulo Viegas Nunes ter deixado a presidência no final de março de 2024.

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Mercado automóvel cresce 0,2% até abril para 89.613 veículos

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

No período entre janeiro e abril, “as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 77.297 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 1,2%", indica a ACAP.

O mercado automóvel cresceu, até abril deste ano, 0,2% em termos homólogos, tendo sido colocados em circulação 89.613 novos veículos, disse esta sexta-feira a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) em comunicado. “De janeiro a abril de 2025, foram colocados em circulação 89.613 novos veículos, o que representou um ligeiro aumento de 0,2%, relativamente ao mesmo período do ano anterior”, indicou.

No que diz respeito ao mês de abril, foram “matriculados em Portugal 21.825 veículos automóveis, ou seja, mais 4,5% do que no mesmo mês de 2024”. No período entre janeiro e abril, “as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 77.297 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 1,2% relativamente a período homólogo de 2024”, disse a ACAP.

Já no mês de abril foram matriculados em Portugal 18.752 automóveis ligeiros de passageiros novos, mais 8,2% do que no mesmo mês do ano de 2024. Entre janeiro e abril, 65,8% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos “eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos”, verificando-se que 20,6% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram elétricos.

No mês de abril, o peso dos elétricos foi de 19,8% do mercado. Segundo dados da ACAP, entre janeiro e abril, as marcas de ligeiros de passageiros mais vendidas em Portugal foram Peugeot, Renault e Dacia, com aumentos de 5%, 2,5% e 0,1% respetivamente.

Já no caso dos veículos ligeiros de mercadorias, o mercado, no acumulado do ano, atingiu 10.171 unidades, o que representou uma queda de 4,3% face ao mesmo período do ano de 2024. Em abril, este segmento registou uma evolução negativa de 16,8% face ao mês homólogo do ano anterior, com 2.525 unidades matriculadas.

Segundo a ACAP, neste segmento, os modelos mais vendidos foram Peugeot, Opel e Toyota, no acumulado do ano, com um aumento de 17,1% e 13,6% e uma queda de 22%, respetivamente. Por fim, as matrículas de pesados, que incluem de passageiros e mercadorias, totalizaram 2.145 unidades, o que representou um decréscimo do mercado de 11,3% relativamente ao primeiro quadrimestre de 2024.

Em abril, verificou-se um aumento de 3% em relação ao mês homólogo de 2024, tendo sido comercializados 548 veículos desta categoria. Nos pesados, as marcas mais vendidas entre janeiro e abril foram a MAN (mais 79,6%), a Volvo (menos 40,2%) e a Iveco (mais 32,4%).

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Iberis Capital compra duas empresas à Dourogás

Sociedade gestora de fundos notificou a Autoridade da Concorrência sobre a compra da Dourogás Natural e Dourogás Líquido. Objetivo é "investir e desbloquear o significativo potencial de crescimento”.

A gestora de fundos portuguesa Iberis Capital notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a aquisição de duas empresas de energia à Dourogás. A sociedade de private equity e capital de risco chegou a acordo para comprar o controlo exclusivo sobre a Dourogás Natural e a Dourogás Líquido.

“É uma honra estabelecer uma parceria com a equipa de gestão das unidades de negócio de gás natural renovável veicular e autónomo da Dourogás para investir na empresa e ajudar a desbloquear o seu significativo potencial de crescimento”, escreveu a Iberis, numa publicação na rede social Linkedin.

A Dourogás Líquido – Comercializadora de Energia dedica-se à disponibilização de gás natural a empresas e pequenos clientes industriais através do abastecimento de Unidades Autónomas de Gás (UAG) privativas e emissão e comercialização de títulos de biocombustível associados à venda de gás natural veicular cuja composição seja biometano. As UAG funcionam como depósitos (armazenamentos) que permitem abastecer redes de distribuição ou grandes clientes.

Quanto à Dourogás Natural – Comércio de Gás Natural e Energia vende gás natural veicular, predominantemente a empresas de transporte rodoviário de mercadorias ou passageiros. Em julho do ano passado, a Dourogás Natural sofreu um projeto de cisão simples de forma a reestruturar os ativos e dar autonomia a negócios distintos.

“Parte do património da Dourogás Natural é transferido para a constituição de uma nova sociedade. O património a destacar e a transferir, para a constituição de uma nova sociedade, corresponde à parte do património da Dourogás Natural que se encontra afeto à atividade de comercialização de gás natural e eletricidade através da rede de distribuição a clientes domésticos e industriais”, informou a empresa aquando da reorganização societária.

A nova proprietária de ambas, a Iberis Capital, tem dez fundos sob gestão, que detêm participações em empresas de aeroespacial, serviços, tecnologias para saúde, marketing digital, entre outras. A título de exemplo, é um dos investidores na startup norte-americana Inflammatix, que tem um centro de investigação em Lisboa onde foi co-desenvolvido um equipamento médico chamado TriVerity, capaz de identificar infeções bacterianas ou virais em meia hora e que recebeu aprovação do regulador dos medicamentos dos Estados Unidos no final de janeiro.

“Quaisquer observações sobre a operação de concentração em causa devem ser remetidas à Autoridade da Concorrência, no prazo de 10 dias úteis contados da publicação do presente Aviso, indicando a referência Ccent 29/2025 – Iberis SCR / Dourogás Natural*Dourogás Líquido”, lê-se na nota publicada pela AdC após a notificação recebida a 24 de abril.

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Mais de um terço das empresas de Évora apresenta baixo risco de incumprimento

Grande parte das empresas de Évora é microempresa (89%). Mas são as PME, em menor número, que são responsáveis pela maioria do volume de negócios total da região.

Quase metade (46%) das empresas de Évora apresenta risco moderado de incumprimento de crédito e um terço (35%) baixo risco, de acordo com os dados da Iberinform divulgados esta sexta-feira. O tecido industrial deste distrito alentejano concentra-se sobretudo na capital e é dominado por microempresas e por empresas com atividade no setor dos serviços.

Os dados do Insight View mostram ainda que existem 19% de empresas com um risco elevado de incumprimento de crédito.

Numa radiografia feita ao tecido económico, a consultora coloca Évora no topo das cidades do distrito por concentrar mais de um terço das empresas (36%), seguida de Montemor-o-Novo (11%), Estremoz (9%), Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas (ambas com 7%) e Vila Viçosa (5%). Os restantes oito concelhos partilham entre si os 25% remanescentes das empresas do distrito alentejano.

No primeiro trimestre de 2025, registou-se em Évora uma variação de mais 66% dos processos de insolvência em relação a igual período de 2024, informa ainda consultora.

Fonte: Iberinform2 maio, 2025

Grande parte das empresas de Évora são microempresas (89%), apesar de traduzirem o menor volume de faturação (21%).

Em sentido inverso, as empresas de pequena dimensão representam apenas 10% e as de média 1% do universo das empresas do distrito; mas são estas que têm maiores vendas, respetivamente, 42% e 26%.

Por setor de atividade, grande parte das empresas (41%) diz respeito ao setor dos serviços, a que se segue a agricultura (17%). Ainda assim, estas empresas, em conjunto, representam 22% do total do volume de faturação em Évora (11% cada).

Segundo a Iberinform, são as empresas mais antigas que atingem o maior volume de faturação (59%). No distrito existem 38% empresas com 16 anos ou mais anos, 33% foram criadas entre seis e 15 anos, e 29% iniciaram a sua atividade há cinco anos ou menos.

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