“Novobanco sobreviveu a Salgado, pode não sobreviver à CGD”

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2025

O podecast 'O Mistério das Finanças' desta semana discutiu a consolidação na banca portuguesa, e o envolvimento do banco público no negócio de compra do Novobanco. Já disponível nas plataformas.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai comprar o Novobanco? Este foi o elefante na sala d’O Mistério das Finanças, que esta semana reuniu quatro jornalistas à mesa. Além de Pedro Santos Guerreiro e António Costa, participaram também Filipe Alves, diretor do DN, e Joana Petiz, diretora editorial do Sapo. Foi uma semana em que a venda do Novobanco voltou ao debate mediático, depois dos alertas de Mário Centeno para os riscos de um processo de consolidação na banca, nomeadamente com o banco público.

O Banco de Fomento existe mesmo? E quais são os impactos das tarifas aduaneiras numa economia como a portuguesa? Estes foram os dois mistérios do episódio desta semana, com direito ainda à Boa e à Má Moeda.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas.

Clique aqui para ouvir no Spotify

Clique aqui para ouvir no Apple Podcastt

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Nacional do PS reúne-se hoje ainda longe de decidir quem vai apoiar nas presidenciais

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2025

A Comissão Nacional vai debater hoje o tema das presidenciais mas não sairá da reunião o apoio formal a qualquer candidato.

A Comissão Nacional do PS reúne-se hoje, em Setúbal, para discutir as eleições presidenciais, mas ainda sem condições para decidir quem apoiar, embora em perspetiva estejam potenciais candidaturas de António José Seguro e de António Vitorino. O encontro começa antes da hora de almoço, sem hora prevista para acabar.

Em relação às eleições presidenciais de janeiro de 2026, apenas uma ideia central parece unir todos os socialistas e que tem sido salientada pelo secretário-geral, Pedro Nuno Santos: O PS só deve ter um candidato neste ato eleitoral.

No PS, de forma quase unânime, entende-se que uma dispersão de apoios será fatal para algum candidato do centro-esquerda conseguir passar à segunda volta das presidenciais. Além da candidatura presidencial do antigo líder do PSD Marques Mendes, as sondagens têm atribuído favoritismo ao ex-chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo.

António José Seguro, secretário-geral do PS entre 2011 e 2014, é quem tem dado mais sinais de poder entrar na corrida a Belém, mas uma sua candidatura deverá deparar-se com resistências, sobretudo entre os dirigentes que estiveram com os governos de António Costa.

António Vitorino, antigo comissário europeu e ministro do primeiro Governo de António Guterres, atual presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, parece reunir mais apoios entre os membros direção de Pedro Nuno Santos, mas, até agora, ainda não deu qualquer sinal de estar disponível para uma candidatura presidencial.

Numa segunda linha, está o ex-presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que gostaria de apoiar António Vitorino. Mas se este não se candidatar, ele próprio não excluiu avançar.

No mesmo plano, encontra-se também o professor jubilado Sampaio da Nóvoa, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais de 2016 e que várias figuras socialistas, entre as quais Pedro Delgado Alves, consideram uma hipótese para unir a esquerda em torno de uma só candidatura.

O presidente do PS, Carlos César, no fim de janeiro, quando anunciou a convocatória desta reunião da Comissão Nacional para discutir as presidenciais, disse acreditar que o seu partido estaria então em condições de “tomar uma boa decisão”.

Questionado então se seria tomada uma decisão final na reunião do órgão máximo do PS sobre eleições presidenciais, Carlos César colocou duas hipóteses. “Se já estiver em condições de optar por um desses nomes [Seguro ou Vitorino] ou por outro nome qualquer, muito bem; se não estiver também definirá um perfil ou um calendário para o tratamento do tema”, disse.

Porém, depois destas declarações de Carlos César na CNN/Portugal, já na passada segunda-feira, o secretário-geral do PS baixou expectativas em termos de resultados concretos, dizendo que a reunião da Comissão Nacional do PS de hoje serviria sobretudo para “debater” a questão das eleições presidenciais.

Entretanto, na última quinta-feira, foi admitida para discussão na Comissão Nacional uma proposta de Daniel Adrião, dirigente de uma corrente minoritária, no sentido de o PS realizar uma consulta aberta a simpatizantes para decidir qual o candidato a apoiar nas presidenciais.

Antes, no início de janeiro, o antigo líder Ferro Rodrigues tinha sugerido a realização de eleições primárias no PS entre os potenciais candidatos presidenciais do centro esquerda e que visariam a escolha de um só candidato.

Porém, tanto a ideia de consulta, como a de eleições primárias, parecem ter um apoio minoritário entre os dirigentes do partido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economias de Portugal e Espanha sobressaem na Europa com turismo e imigração a ajudar

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2025

Espanha, Lituânia e Portugal tiveram os maiores crescimentos da União Europeia no último trimestre de 2024, com o turismo a ser decisivo na Península Ibérica. Espera-se que o efeito continue este ano.

Portugal e Espanha tiveram em 2024 um desempenho acima da média europeia, assumindo o papel impulsionador da economia da zona euro, à boleia do turismo, imigração e menores custos energéticos, um caminho que os economistas acreditam que se vá manter.

Segundo os dados divulgados pelo Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro aumentou 0,7% em 2024 e o da União Europeia 0,8%. Entre os países da zona euro, Portugal apresentou, no quarto trimestre de 2024, o terceiro maior crescimento homólogo do PIB (2,7%), depois da Lituânia (3,6%) e de Espanha (3,5%) e o maior na variação trimestral (1,5%), com Espanha em terceiro (0,8%).

Por outro lado, as economias da Alemanha, conhecida como o motor da Europa, e da Áustria foram as que mais recuaram na variação homóloga, com uma contração de 0,2%. Já na variação trimestral, as maiores quebras observaram-se na Irlanda, Alemanha e França.

Portugal e Espanha estão, assim, entre as economias com melhor desempenho, tendo representado cerca de 50% do crescimento do euro no último trimestre do ano, segundo analistas da JP Morgan.

As perspetivas são para que estas economias ibéricas sigam a tendência: “Esperamos que as economias espanhola e portuguesa continuem a ter um desempenho claramente superior numa zona euro em dificuldades este ano”, salienta uma nota de análise da Oxford Economics.

Além disso, ambos os países reduziram as suas vulnerabilidades macrofinanceiras de longa data. “Uma melhoria das perspetivas demográficas também significa que estamos mais otimistas em relação ao crescimento a longo prazo de Espanha e Portugal do que outras economias periféricas”, notam os economistas.

“O crescimento está a ser impulsionado por alguns fatores comuns, tais como a natureza orientada para os serviços de ambas as economias, a expansão dos setores do turismo e os fortes fluxos migratórios líquidos”, que permitem crescimento populacional, salientam.

Para Filipe Grilo, especialista em Economia da Porto Business School, o “crescimento diferenciado destas duas economias em relação ao restante espaço europeu pode ser explicado por três grandes conjuntos de fatores: a estrutura económica, os custos energéticos e fatores conjunturais específicos”, segundo indica à Lusa.

Economias mais orientadas para os serviços do que para a indústria contribuem para este desempenho, bem como a menor exposição ao choque energético provocado pela guerra na Ucrânia, afirma o economista.

Além disso, outro fator é a imigração, que “tem sido fundamental para sustentar o crescimento dos serviços, sobretudo os de menor valor acrescentado”, diz.

Ricardo Ferraz, professor no ISEG e na Universidade Lusófona, também destaca, em declarações à Lusa, que “o consumo das famílias teve um papel decisivo no desempenho da economia portuguesa, e que o turismo terá voltado a dar um contribuído importante”, com o mesmo a aplicar-se ao caso espanhol.

“As projeções apontam para que Portugal e Espanha voltem a crescer este ano à boleia do consumo privado e do turismo, sendo também esperada uma aceleração do investimento”, avança o economista. Pelo que, “não sucedendo nenhuma catástrofe, os próximos anos deverão continuar a traduzir-se em aumentos dos rendimentos das famílias, o que alimentará o consumo privado, e num bom desempenho do turismo (ambas as economias beneficiam de excelentes condições enquanto destinos turísticos)”.

No entanto, ressalva que “os grandes motores da zona euro estão a marcar passo”, e por isso, “Portugal não pode contentar-se com o facto de estar a crescer acima da média europeia, dado que essa média é baixa”, defende o economista.

Os analistas da Oxford Economics dizem também que ainda preveem “pouca convergência adicional para os níveis de rendimento ‘per capita’ da zona euro para Espanha e Portugal”.

“A prevalência de empregos de baixo valor acrescentado, mantendo a produtividade baixa e o fraco investimento prolongado, serão fatores-chave que atrasarão as suas perspetivas a longo prazo”, defendem.

Quanto ao impacto deste novo equilíbrio nas economias da zona euro, Filipe Grilo admite que o crescimento português “dificilmente terá um impacto económico significativo noutros países, como a cadeia de valor dos setores que mais crescem em Portugal e Espanha não está fortemente interligada com os restantes países europeus”.

Ainda assim, é possível existir um efeito político, já que “se o diferencial de preço da eletricidade persistir, poderá gerar pressão política para que França desbloqueie o acesso do resto da Europa à energia produzida na Península Ibérica”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prazo para validar faturas do IRS termina este mês. Saiba as datas mais importantes

Até 17 de fevereiro, tem de confirmar os dados pessoais e dia 25 é a data limite para validar as faturas para efeitos de IRS. Prazo para declarar salários dos empregados domésticos termina no dia 28.

O calendário fiscal para 2025 é semelhante ao dos últimos anos. Durante este mês, há já várias obrigações para trabalhadores e pensionistas, no âmbito da declaração de IRS, caso queiram ter acesso a benefícios fiscais, isto é, a um alívio do imposto a pagar.

Até dia 17 de fevereiro, devem comunicar os dados do agregado familiar como o estado civil ou a idade dos filhos, apresentar, se for caso disso, o comprovativo de frequência de estabelecimento de ensino dos filhos com rendimentos, as despesas, incluindo com rendas, de dependentes a estudar no interior ou nas regiões autónomas e o custo com rendas devido a mudança de residência para o interior.

Perto do final do mês, até 25 de fevereiro, os contribuintes devem validar as faturas do ano anterior no portal E-fatura e a 31 de março termina o prazo para poderem reclamar o registo das despesas gerais e familiares. De lembrar que, no âmbito da agenda de simplificação fiscal, o Governo pretende harmonizar todas estas datas relativas a obrigações declarativas, no âmbito do IRS, atirando-as para o final do mês de fevereiro de cada ano.

O prazo para a entrega da declaração de IRS deverá manter-se, entre 1 de abril e 30 de junho, caso o Governo publique os respetivos anexos até ao final deste mês, em Diário da República. Normalmente, a portaria sai nos primeiros dias de fevereiro, mas, este ano, poderá demorar mais algum tempo, tendo em conta que o Executivo ainda tem de aprovar um decreto-lei para revogar duas obrigações declarativas introduzidas pelo PS e com o apoio do Chega no Orçamento do Estado para 2025 que iriam forçar os contribuintes a reportar, pela primeira vez, rendimentos anuais acima de 500 euros não sujeitos a IRS, isto é, isentos, como subsídio de refeição, ajudas de custo ou indemnização por despedimento, e rendimentos, também quando superiores àquele patamar, relativos a dividendos e juros sujeitos a taxas liberatórias.

Esta norma ainda está no número 7 do artigo 57.º do Código do IRS (CIRS) e levantou uma onda de críticas, uma vez que iria tornar o obrigação declarativa dos contribuintes muito burocrática e complexa e poderia mesmo colocar em causa a possibilidade de optar pela declaração automática.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

 

Tal como todos os anos, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) devido pelos proprietários pode ser pago de uma só vez ou em prestações, caso o valor supere os 100 euros. Assim, até 1 de junho, tem de ser pago o imposto até àquele limite. Se oscilar entre 100 e 500 euros, pode ser liquidado metade até 1 de junho e a outra parte até 1 de setembro. Montantes acima de 500 euros podem ser repartidos em três prestações, sendo que o prazo da última termina a 2 de dezembro.

Outra das novidades deste ano é o alargamento do prazo para entregar o modelo 10 relativo aos salários pagos aos empregados domésticos, de 10 para 28 de fevereiro. Graças a uma nova medida lançada pelo anterior Governo socialista, de António Costa, na lei do Orçamento do Estado para 2024, os contribuintes vão poder deduzir à coleta do IRS 5% da retribuição pela prestação de trabalho doméstico, com um limite máximo de 200 euros (por agregado familiar). É uma medida nova, que se aplicará este ano pela primeira vez.

O Imposto Único de Circulação (IUC) continuará, este ano, a ser pago até ao final do mês da matrícula. Mas o Executivo pretende também introduzir aqui alterações, que só deverão produzir efeitos depois de 2026. A agenda de simplificação fiscal do Governo prevê que todos os veículos passem a liquidar o imposto até fevereiro, podendo pagar em fevereiro e outubro, se o valor for superior a 100 euros.

Para as empresas, o calendário fiscal é também idêntico ao de anos anteriores. No início de cada mês, têm de reportar ao Fisco e à Segurança Social a declaração mensal de remunerações e por volta do dia 20 de cada mês são pagas as contribuições sociais.

Este ano, mais uma vez foi adiado o fim das faturas em papel ou PDF. O Orçamento do Estado para 2025 prolonga assim a sua elegibilidade até 31 de dezembro do próximo ano, equiparando aqueles documentos a faturas eletrónicas.

A lei orçamental prorroga novamente a submissão do ficheiro SAF-T (T) relativo à contabilidade das empresas. A obrigatoriedade de apresentação deste arquivo, inicialmente prevista para 2026, foi adiada para 2027, aplicando-se ao exercício correspondente a 2026. O atual Governo já reconheceu a dificuldade no preenchimento deste ficheiro pelo que pretende rever o regime, tendo em conta as alterações que serão introduzidas no âmbito do projeto ViDA (em linha com o enquadramento comunitário) e as mudanças que resultem da revisão do plano de contas, segundo o plano de simplificação fiscal apresentado pelo Executivo em janeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luís Pato e João Nicolau de Almeida entre os vencedores dos Óscares do vinho e da gastronomia de 2024

É das galas mais esperadas por produtores e enólogos de todo o país para conhecerem os vencedores dos Óscares do vinho e da gastronomia. E os vencedores de 2024 são…

Na sala do arquivo do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, com centenas de pessoas sentadas à mesa, a curiosidade começou a crescer na gala desta sexta-feira. Era a noite do ano tão esperada por produtores e especialistas da viticultura e gastronomia para conhecer os vencedores dos Óscares. E depois de muito suspense: “Os melhores do ano de 2024” são…

A primeira homenagem foi para o presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, pelo “trabalho que o autarca tem liderado, refletido em projetos como a recuperação do Mercado do Bolhão”, detalha a Revista dos Vinhos, organizadora desta gala que já vai na 28ª edição. E salienta ainda “a capacidade de atração turística e enoturística da Invicta, considerada em 2024 “Melhor Destino de Culinária Emergente da Europa”, nos “World Culinary Awards”.

O senhor que se seguiu foi o viticultor Luís Pato, da Bairrada, distinguido com o Óscar “Vinho do Ano” pela referência “Luís Pato Pé Franco das Valadas 2020” de casta Baga. Um tinto de acidez pronunciada, delicado e equilibrado, com grande potencial de evolução, descreve a organização deste evento.

Já o título “Personalidade do ano no vinho” foi para João Nicolau de Almeida, 40 anos ligado à Ramos Pinto até arrancar com o projeto familiar da Quinta do Monte Xisto, no Douro. Viu reconhecido o “trabalho ímpar promovido naquela região durante estas últimas décadas”.

Herdade do Rocim
Herdade do Rocim13 setembro, 2024

Já o “Produtor do Ano” foi atribuído à Herdade do Rocim, dos enólogos Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, no Alentejo, com um portefólio de vinhos que dá cartas fora do país, principalmente no mercado brasileiro.

Uma das referências mais mediáticas é o vinho Júpiter, numa parceria com o empresário Cláudio Martins, que esgotou em três tempos no mercado, apesar de cada garrafa custar 1.000 euros. O casal também fica na história da viticultura pela mentoria do evento Amphora Wine Day que celebra o vinho de talha.

O “Produtor Revelação do Ano” foi arrecadado pelo projeto Domínio do Açor, no Dão, que reúne uma dezena de investidores brasileiros.

Já Manuel Pinheiro, o carismático proprietário do restaurante e marisqueira “O Gaveto”, considerado “uma das catedrais gastronómicas” de Matosinhos, foi galardoado com o título “Personalidade do Ano na Gastronomia”. Em destaque o seu empreendedorismo e contributo para a divulgação dos vinhos e cozinha tradicional portuguesa.

O galardão de “Enólogo do Ano” foi para David Baverstock.

Conheça mais galardoados da noite de “Os melhores de 2024”:

  • Empresa do ano: José Maria da Fonseca, em Azeitão
  • Marca do ano: Dory elaborada na região de Lisboa pela Adega Mãe.
  • Enólogo Revelação do ano: Jorge Mata
  • Sommelier do ano: Joana ReisJ, a head sommelier do restaurante algarvio Avenida, em Lagos
  • Produtor de Vinhos Fortificados do Ano: Quevedo, que exporta 94% do que produz para 37 países.
  • Loja/Garaffeira do ano: Estado d´Alma, em Lisboa
  • Enoturismo do ano: Quinta de Ventozelo, em São João da Pesqueira, Douro
  • Viticólogo/investigador do ano: Ana Mota
  • Distribuidor do ano: Wine Concept
  • Personalidade do ano no Brasil: António Montenegro Fiúza
  • Restaurante do ano: o duas estrelas Michelin Ocean, em Porches, Algarve
  • Serviços de vinhos do ano: Tasquinha da Linda, em Viana do Castelo
  • Chefe de cozinha do ano: Octávio Freitas
  • Chefe revelação do ano: Aurora Goy, do restaurante portuense Apego
  • Produtor artesanal do ano: Granja dos Moinhos
  • Destino gastronómico do ano: Porto

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comemorações do 10 de Junho em Lagos e Macau presididas por Lídia Jorge

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

A escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge vai presidir à comissão que organiza as comemorações do dia de 10 de junho, que este ano passam por Lagos (Algarve) e Macau.

As comemorações do 10 de Junho deste ano vão realizar-se em Lagos, no distrito de Faro, e prosseguirão junto da comunidade portuguesa em Macau, com uma comissão organizadora presidida pela escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge. Estas informações sobre o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas constam de uma nota publicada esta sexta-feira no site oficial da Presidência da República na Internet.

O Presidente da República designou a cidade de Lagos como sede das comemorações, em 2025, do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estendendo-se as celebrações à comunidade portuguesa em Macau”, lê-se no texto.

Segundo a mesma nota, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu constituir para a organização das comemorações “uma comissão presidida pela Dr.ª Lídia Jorge, escritora, e que integra o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, a secretária-geral da Presidência da República e o chefe do Protocolo do Estado”.

Em dezembro do ano passado, o chefe de Estado já tinha admitido que o seu último 10 de Junho do seu mandato – que termina em 9 de março do próximo ano – viesse a ser celebrado junto de comunidades emigrantes portuguesas mais longínquas como as da Ásia-Pacífico, na Austrália, em Macau ou em Goa.

Quanto às comemorações em território nacional, o Presidente da República tinha anunciado, em junho do ano passado, que pretendia que fossem num lugar “no Sul” do país.

Lídia Jorge, romancista e contista, nasceu no Algarve, em 18 de junho de 1946, em Boliqueime, no concelho de Loulé. Autora de livros como “A Costa dos Murmúrios” e “O Vento Assobiando nas Gruas”, recebeu recentemente vários prémios pelo seu romance “Misericórdia”. Marcelo Rebelo de Sousa nomeou-a conselheira de Estado em 2021, no início do seu segundo e último mandato.

O Presidente da República já esteve na Região Administrativa Especial de Macau, em 2019, durante a sua visita de Estado à República Popular da China. Nessa passagem por Macau, de menos de 24 horas, no dia 1.º de maio, o chefe de Estado português deixou a mensagem de que “a diferença” desta região administrativa é o que lhe dá valor, destacando a importância da presença da língua portuguesa.

Como chefe do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa instituiu um modelo de duplas comemorações do 10 de Junho, em Portugal e junto de comunidades portuguesas no estrangeiro, que lançou no primeiro ano de mandato, em articulação com o então primeiro-ministro, António Costa.

Em 2016 o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde. Em 2020, devido à pandemia de covid-19, realizou-se apenas uma cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e em 2021 também só houve comemorações em território nacional, na Madeira.

Em 2022 as comemorações foram em Braga e no Reino Unido, e em 2023 no Peso da Régua, distrito de Vila Real, e na África do Sul, pela última vez com António Costa como primeiro-ministro. Em 2024, já com Luís Montenegro na chefia do Governo, o 10 de Junho foi celebrado em três concelhos de Leiria afetados pelos incêndios de 2017 – Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera –e em Coimbra, e na Suíça.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caso Tutti Frutti. Deputado do PSD Carlos Eduardo Reis suspende mandato no fim do mês

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2025

O social-democrata envolvido na operação Tutti Frutti diz que não queria suspender o mandato mas que não sente confiança política da sua bancada parlamentar para continuar.

O deputado do PSD e arguido no processo Tutti Frutti, Carlos Eduardo Reis, vai suspender o mandato no final deste mês de fevereiro. O social-democrata preferia manter-se em funções mas não sente confiança política da sua bancada parlamentar para continuar.

Segundo disse o deputado à SIC Notícias, que estava em Paris quando foi conhecida a acusação, não há choque com o grupo parlamentar social-democrata, mas existem visões diferentes. “O limite que eu coloco é a confiança política e se o grupo parlamentar entende que não há confiança política, não vou continuar”, refere Eduardo Reis, que garantiu ainda que não passará a deputado não-inscrito, como aconteceu com Miguel Arruda, ex-deputado do Chega.

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, avançou esta sexta-feira que Carlos Eduardo Reis e Luís Newton, envolvidos na Operação Tutti Frutti – que investigou desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD –, “não têm condições para continuar a exercer o mandato”. Newton, outro deputado do PSD arguido no caso, já renunciou às funções no Parlamento.

“Se me retiram a confiança política, estão a entregar a escolha dos deputados ao Ministério Público. Não é correto nem saudável. Até porque troca a presunção de inocência pela presunção de culpado”, diz Carlos Eduardo Reis, que responde por 22 crimes, entre os quais de corrupção ativa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hugo Soares garante que nenhum autarca do PSD acusado será candidato

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

O secretário-geral do PSD já avisou o deputado Carlos Eduardo Reis que "não têm condições para continuar a exercer o mandato" depois do caso Tutti Frutti.

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, afirmou esta sexta-feira ter “confiança ilimitada na seriedade” dos autarcas do partido e prometeu que nenhum presidente de junta acusado por crimes de relevância será candidato nas eleições deste ano.

Nenhum presidente de junta acusado em crimes de relevância será candidato pelo PSD” nas próximas eleições autárquicas, assegurou à entrada para uma iniciativa do partido na Guarda. Hugo Soares manifestou, contudo, confiança na seriedade e no trabalho dos autarcas sociais-democratas.

Tenho uma confiança ilimitada na seriedade dos autarcas deste país. Eu não sou daqueles, nem o PSD é um partido daqueles que lança suspeição constante sobre os autarcas. Os autarcas deste país são verdadeiros missionários”, afirmou Hugo Soares. Em declarações aos jornalistas, à entrada para a sétima edição da Academia do Poder Local (APL) do PSD, Hugo Soares disse haver casos de suspeita, em tribunal, que devem ser julgados “de forma exemplar”.

“Agora, separemos o trigo do joio, assentemos o princípio da presunção da inocência e, quando há responsabilidades políticas para tirar, o PSD habituou os portugueses a tirá-las, como eu fiz esta semana”, salientou.

“O PSD continua a fazer escolhas com base em critérios muito firmes, aqueles que melhor representam as suas comunidades, fizemo-lo para a Assembleia da República, vamos fazê-lo para as candidaturas das câmaras municipais, e estamos muito confortáveis com essas escolhas e hoje mesmo damos continuidade a um trabalho que temos feito”, declarou.

O secretário-geral do PSD considerou que, na operação Tutti Frutti “não há cargos de coordenação autárquica” envolvidos, já que o coordenador nacional é Pedro Alves e “os dirigentes regionais não escolhem candidatos” às eleições.

Sobre os dois deputados envolvidos na operação, Hugo Soares lembrou que um, Luís Newton, já renunciou às funções e que o outro deputado, Carlos Eduardo Reis, está no estrangeiro.

“Falei com ele ao telefone para lhe dizer que quero falar com ele, quando chegar, para lhe transmitir esta posição que ele já conhece, porque o país também já a conhece”, adiantou, lembrando que, no entender do PSD, os deputados “não têm condições para continuar a exercer o mandato”.

Hugo Soares afirmou ainda aos jornalistas que o PSD “vai tratar destas matérias com recato e responsabilidade” e também por isso destacou o trabalho que o partido tem vindo a fazer, como aquele que decorre este fim de semana na cidade da Guarda.

“Com sessões de formação, com sessões de consciencialização, de responsabilização dos nossos autarcas para que eles possam servir melhor as comunidades”, apontou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 52 milhões de euros

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2025

O jackpot desta sexta-feira é de 52 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 52 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 7 de fevereiro:

Números: 10, 23, 24, 29 e 45

Estrelas: 8 e 10

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“O futuro está em Portugal”. Vasco de Mello e Ilídio Pinho recebem honoris causa da Católica

Fundador da COLEP diz ter mais esperança do que nunca em Portugal, "com o mundo em convulsão e a Europa em crise". Presidente da José de Mello quer vocação empresarial na família "mais 120 anos".

Os empresários portugueses Vasco de Mello e Ilídio Pinho receberam esta sexta-feira o grau de doutor honoris causa da Universidade Católica Portuguesa (UCP), a distinção honorífica mais elevada que uma instituição de ensino superior pode atribuir.

“Com o mundo em convulsão e a Europa em crise, tenho esperança, mais do que nunca, em Portugal. A nossa geografia e a nossa história permitem-me dizer que o futuro está aqui. Da minha parte, vou continuar a trabalhar. Não me reformo, nem mesmo quando morrer”, afirmou Idílio Pinho na cerimónia doutoramento honoris causa.

Vasco de Mello enalteceu as suas raízes familiares e os valores que ainda hoje partilham de “união, integridade e excelência”. “O legado que transportamos dá-nos uma responsabilidade de continuarmos a ser uma família com vocação empresarial. Queremos continuar a sê-lo, pelo menos, mais 120 anos”, garantiu, preconizando também o “principal ativo” do grupo: os colaboradores.

A homenagem aos dois empresários de renome foi dada numa sessão solene do Dia Nacional da UCP, que se realizou esta tarde sob o lema “O saber como esperança”, no Auditório Cardeal Medeiros, em Lisboa. “Apesar de não ter estudado aqui, sinto que a Católica faz parte da minha biografia”, reconheceu Idílio Pinho, remetendo para o histórico de formados nesta universidade com os quais conviveu.

Já a família e o grupo José de Mello fizeram uma doação milionária à Católica, no valor 12 milhões de euros, para a construção do novo campus da UCP em Lisboa, o Veritati, que irá acolher a Católica Lisbon School of Business and Economics e a reitoria. Para agradecer o donativo, a UCP chamará ao principal edifício do Veritati “José Manuel de Mello”.

O evento contou ainda com a intervenção do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que destacou que “as qualificações dos portugueses são incomparáveis com as que existiam há alguns anos”, porque a universidade “transformou a capacidade de o país gerar conhecimento e dar resposta aos problemas da economia”.

O Governo aprovou ontem a proposta de lei que procede à revisão de fundo do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). Segundo o governante, este diploma é “transformador”, porque reforça a autonomia das instituições para gerir e para definirem o seu caminho. “Porque é que é isto importante? Se há instituições que têm a responsabilidade de pensar o futuro – e Portugal, durante muito tempo, deixou de pensar o futuro – e projetar o médio e longo prazo são as do ensino superior e tecnológico”, defendeu.

Na plateia, estava António Horta Osório, Nuno Amado, João Vieira da Almeida, Eduardo Catroga, Francisco Lacerda, entre outros.

A reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, subiu ao palco para deixar uma mensagem de esperança, que acredita ser possível ter através da sabedoria, uma condição que vai além do raciocínio e entendimento do mundo à nossa volta, mas “ensina-nos a ser pessoas. No discurso de abertura da cerimónia, alertou que é necessário “conceber o saber”, o conhecimento que se adquire nas salas da Católica, “além da lógica tecnocrática que instrumentaliza” e colocá-lo ao serviço da emancipação, da transformação societal e do combate às “profundas” desigualdades da atualidade.

O programa previa também um discurso de D. José Tolentino de Mendonça, mas o cardeal acabou por não estar presente e deixou uma mensagem de vídeo.

Das embalagens aos químicos e portagens

Ilídio Pinho fundou em 1964 a COLEP, a Ilídio Pinho Holding e a Fomentinvest, e lançou uma fundação com o seu nome. Já foi homenageado com o Grã-Cruz da Ordem do Mérito e a Medalha de Mérito Cultural pelos apoios que tem prestado à arte nacional. A COLEP Portugal – Embalagens, Produtos, Enchimentos e Equipamentos é o projeto empresarial mais emblemático de Ilídio Pinho, que tem o cunho das aprendizagens do seu pai e lhe gerou o interesse pela atualidade económica. “Sabe de cor os preços das matérias-primas nos mercados à vista e nos futuros”, admitiu o seu ‘padrinho’, o professor João Pinto.

Vasco de Mello é, desde 2004, presidente do conselho de administração da José de Mello Capital, holding de controlo do grupo José de Mello, que tem participações em grandes empresas portuguesas de infraestruturas e mobilidade (Brisa), saúde (CUF), indústria química e tratamento de águas (Bondalti), lares e serviços para séniores (José de Mello Residências e Serviços) e vinhos (Winestone).

É também presidente da Fundação Amélia de Mello, presidente da mesa da Assembleia Geral da COTEC Portugal, membro da direção da Associação Business Roundtable Portugal (BRP) e faz parte do Conselho Superior da Universidade Católica Portuguesa.

A universidade destacou ainda as funções de supervisão e gestão em empresas como Banco Crefisul de Investimento do Brasil, União Industrial Têxtil e Química, Sociedade Transitec-Lausanne, CUF Finance, Banco Mello de Investimentos e Banco Mello, SIC, Companhia de Seguros Império, José de Mello SGPS, BCP, ONI, União Internacional Financeira e Bank Millennium na Polónia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal alemão ordena X a fornecer dados para investigação sobre manipulação eleitoral

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Com o acesso aos dados pedidos, poderá investigar-se possíveis tentativas de interferência eleitoral no X, contribuindo para uma maior transparência no espaço digital.

O Tribunal de Berlim ordenou à plataforma X que fornecesse dados à organização Democracy Reporting International (DRI), que está a investigar possíveis tentativas de manipulação das eleições legislativas alemãs de 23 de fevereiro através daquela rede social.

“Esta decisão é uma grande vitória para a liberdade académica e para a nossa democracia! Garantimos o acesso a dados essenciais para a investigação e estamos a bloquear as tentativas de manipulação das eleições. É um sinal forte para a proteção dos direitos fundamentais na era digital”, afirmou Simone Ruf, advogada e diretora-adjunta do Centro para os Direitos dos Utilizadores da Sociedade para os Direitos Civis (GFF, na sigla em alemão), referindo-se à decisão do tribunal.

A ordem do tribunal é o resultado de um recurso apresentado em conjunto pela DRI e pela GFF, com base na Lei dos Serviços Digitais. A rede social X havia-se recusado a fornecer à DRI dados como o alcance, o número de “gostos” e as vezes que as publicações públicas foram partilhadas, impedindo uma análise sistemática da plataforma.

Com o acesso a estes novos dados, a organização poderá investigar possíveis tentativas de interferência eleitoral no X, contribuindo para uma maior transparência no espaço digital.

Nas últimas semanas, o proprietário do X, o multimilionário Elon Musk, tem interferido regularmente na política interna da Alemanha e de outros países europeus, publicando comentários na sua rede social e apoiando abertamente a Alternativa para a Alemanha (AfD), chegando mesmo a falar num evento no início da campanha do partido, através de uma videochamada.

No passado, Musk também chamou o chanceler social-democrata, Olaf Scholz, de “louco” e “imbecil incompetente” e o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, de “tirano”.

A Alemanha tem eleições legislativas antecipadas marcadas para 23 de fevereiro, depois de o Presidente ter dissolvido o parlamento a pedido de Scholz, na sequência do colapso da coligação governamental.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE pede audições do Governo e IHRU sobre atrasos ou cortes no apoio à renda

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Os bloquistas querem esclarecer os atrasos ou cortes significativos do apoio à renda "empurrando as pessoas para situações de quase incumprimento e mesmo de risco de perda de habitação”.

O Bloco de Esquerda (BE) deu entrada no parlamento com um requerimento para uma audição das secretárias de Estado da Habitação e dos Assuntos Fiscais e do presidente do IHRU sobre problemas no recebimento do apoio extraordinário à renda. O BE deu ainda entrada com uma pergunta ao Governo sobre o mesmo assunto, destacou.

“O apoio extraordinário à renda foi apresentado pelo governo anterior, através do Decreto-Lei n.º 20-B/2023, de 22 de março, como um ‘apoio eficaz’ para fazer face à crise da habitação”, disse o partido, lembrando que se aplica “a um conjunto de cidadãos elegíveis, cujos agregados familiares tenham uma taxa de esforço superior a 35%, com rendimentos até ao sexto escalão do IRS (38 632 euros), podendo chegar aos 200 euros mensais”.

No entanto, assegurou, “acumulam-se as notícias, bem como as denúncias recebidas pelo Bloco de Esquerda, de cortes significativos ou mesmo a completa falta de recebimento do apoio à renda, empurrando as pessoas para situações de quase incumprimento e mesmo de risco de perda de habitação”.

De acordo com o BE, “convergem cenários muito diferentes, não estando claro os diferentes universos, como se sobrepõem, e o que falha em cada um”, indicando que “a todos é urgente dar resposta”.

“Contamos as mais de 35 mil pessoas que foram consideradas elegíveis, mas que não recebem o apoio por não terem conta bancária, segundo o parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado de 2023”, assegurou, apontando ainda quem relata “o insucesso na recuperação do apoio apesar da alteração da lei pelo atual Governo para pessoas que se mantêm na mesma casa e viram o seu contrato de arrendamento ser renovado pelo senhorio depois de 15 de março de 2023”.

“Contamos com as que cumprem com os critérios, mas que não conseguem aceder ao subsídio por falha dos senhorios na declaração das rendas e comunicação dos contratos de arrendamento à AT [Autoridade Tributária]”, destacou.

O BE destacou ainda “os relatos mais recentes e alarmantes de inquilinos que, apesar de manterem os seus rendimentos e contrato de arrendamento, perderam o apoio sem qualquer justificação”. Segundo o partido, o IHRU reconhece “que 87 mil pessoas deixaram de receber apoio face ao ano passado, justificando que deixaram de reunir as condições necessárias”.

Contudo, ressalvou, “os muitos relatos pessoais desmentem a alteração da sua situação”, acrescentando que quem tenta contactar o IHRU e a Segurança Social “para obter esclarecimento sobre a sua situação desesperante, não obtém qualquer resposta”. O BE questionou ainda o Governo sobre se tem “conhecimento dos atrasos e dos cortes no pagamento do apoio extraordinário e os seus vários motivos” e que medidas pretende implementar “para garantir o pagamento expedito dos apoios em falta”.

O partido quer saber também “por que razão excluiu o Governo do apoio extraordinário à renda pessoas que seriam beneficiárias desta medida por não terem conta bancária aberta ou não pretenderem abrir, não possibilitando o pagamento por vale postal”, e como tenciona “acautelar a situação de pessoas que perderam o apoio por mera atualização do contrato de arrendamento e que mantenham os restantes requisitos de acesso ao apoio”.

O BE questionou ainda o Governo sobre se tem conhecimento da falta de capacidade de resposta do IHRU e “que medidas pretende implementar para solucionar a questão”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.