Rádio pública norte-americana avança com processo contra Trump por corte de financiamento

  • + M e Lusa
  • 27 Maio 2025

O processo foi movido pela NPR e por outras três estações associadas. Querem que a diretriz de Trump de cortar o financiamento seja bloqueada permanentemente e declarada inconstitucional.

A National Public Radio (NPR) avançou com um processo contra Donald Trump esta terça-feira, pela sua diretriz de cortar todo o financiamento federal. No início do mês, o Presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva com o objetivo de cortar os subsídios públicos à rádio e à televisão públicas, a NPR e a PBS, acusando as emissoras de parcialidade.

Segundo a NPR, a medida de Trump viola as proteções da Primeira Emenda à liberdade de expressão e à imprensa, bem como a autoridade do Congresso, refere a CNBC e “ameaça a existência de um sistema de rádio público do qual milhões de americanos em todo o país dependem para obter notícias e informações vitais”.

A NPR exige que a diretriz de Trump seja bloqueada permanentemente e declarada inconstitucional. O objetivo da medida de Trump, segundo os advogados da NPR, é “punir e controlar a cobertura jornalística e discursos que considere ‘tendenciosos’”, algo que “não se pode manter”.

Tanto a NPR como a PBS (Public Broadcasting Service) já tinham prometido contestar a ordem executiva do Presidente norte-americano, que referiu que os meios de comunicação públicos recebem milhões de dólares dos contribuintes para difundirem “propaganda radical disfarçada de notícias”.

Embora os fundos federais representem cerca de 1% do orçamento total da NPR, significam entre 8% e 10% para as mais de 1.300 estações que integram a sua rede. Três delas juntaram-se ao processo da NPR: a Rádio Pública do Colorado e as estações locais Aspen Public Radio e KSUT, a última das quais transmite para quatro tribos de nativos americanos nos estados do Arizona, Colorado, Novo México e Utah.

O ataque à NPR e à PBS não é o primeiro do atual Governo norte-americano aos media públicos: em março, Trump ordenou o encerramento da Agência dos Estados Unidos para os ‘Media’ Globais (USAGM), o que levou à suspensão das operações da rádio Voz da América e à demissão de mais de 1.300 funcionários, que também processaram o Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desinformação ganhou muitos votos, defendem jornalistas

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

Mafalda Anjos e Sofia Branco atiram culpas aos media, defendendo que estes amplificam as mensagens desinformativas e apontando que a cobertura jornalística "piorou imenso" desde as últimas eleições.

A desinformação ganhou muitos votos nas últimas eleições legislativas portuguesas, segundo jornalistas, considerando que é mais fácil e barato fazer circular desinformação do que desmentir uma narrativa desinformativa.

Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a jornalista Mafalda Anjos defendeu que nas últimas eleições legislativas “a desinformação ganhou muitos votos”, pois “a desinformação sempre foi um poderoso instrumento de propaganda” que hoje em dia tem cada vez mais instrumentos para facilitar a sua circulação.

“Porque é que a desinformação se propaga tão rápido nas redes? As fake news têm maior probabilidade de serem difundidas nas redes, porque é muito mais fácil correr uma mentira do que a verdade. A energia necessária para desmentir uma narrativa é muito maior do que a necessária para a produzir” afirmou.

Além disso, “os media ficam indignados com as mentiras, mas acabam por amplificar a mensagem“, até porque a pressão da televisão não permite, por vezes, identificar e descodificar esta mensagem, defendeu Mafalda Anjos. “Os media não podem ser apenas ‘pé de microfone’, uma falha comum aos media em tudo o mundo“, afirmou.

A jornalista e presidente da Associação Literacia para os Media e Jornalismo, Sofia Branco, reiterou que a desinformação ganhou muitos votos nas últimas legislativas, ao mesmo tempo que o “jornalismo perdeu outros tantos”.

A cobertura jornalística piorou imenso desde as últimas eleições“, afirmou Sofia Branco, destacando que o grande problema são as televisões privadas que têm impacto numa cobertura que não ajuda ao esclarecimento, nem ao jornalismo.

Para a antiga presidente do Sindicato dos Jornalistas em cima da mesa está a pressão das audiências que se traduzem em dinheiro, dizendo que as “televisões privadas estão numa dimensão muito irresponsável”.

O jornalismo não é uma coisa à parte, é reflexo da sociedade onde se insere e Portugal tem um problema de exigência no jornalismo. Quanto mais exigente é o publico melhor será o jornalismo“, afirmou a jornalista.

Já o especialista em assuntos internacionais e comentador Germano Almeida destacou que a ascensão do Chega foi, em parte resultado dos meios de comunicação social, pois estes perderam a capacidade de alcance das suas mensagens.

O especialista destacou que da estratégia de desinformação faz parte a descredibilização do mediador, perspetiva partilhada por Mafalda Anjos que também considera que à “extrema-direita importa acabar com a imagem dos media, acabar com os gatekeepers (intermediários) […] a estratégia é dizer que os media são todos mentirosos“.

Como parte das soluções, Sofia Branco realçou o papel da literacia mediática, pois a partilha de desinformação pode estar relacionada com a falta de competência para descodificar estas narrativas, enquanto Mafalda Anjos salientou o desenvolvimento do pensamento crítico e literacia digital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fortitude Capital e Reagro compram Iberol e Biovegetal

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

A sociedade gestora de fundos de investimento Fortitude aliou-se, assim, à empresa do setor agropecuário Reagro para controlarem a Iberol e da Biovegetal.

A Fortitude Capital e a Reagro notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) do controlo conjunto sobre a Iberol e da Biovegetal, segundo nota divulgada esta terça-feira.

“A operação de concentração consiste na aquisição, pela Fortitude Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A. (‘Fortitude’) e pela Reagro – Importação e Exportação, S.A. (‘Reagro’), do controlo conjunto sobre a Iberol – Sociedade Ibérica de Biocombustíveis e Oleaginosas, S.A. (‘Iberol’) e a Biovegetal – Combustíveis Biológicos Vegetais, S.A. (‘Biovegetal’)”, refere a AdC no comunicado.

A sociedade gestora de fundos de investimento Fortitude aliou-se, assim, à empresa do setor agropecuário Reagro, que atua no comércio por grosso e a retalho de matérias-primas agrícolas e pecuárias e distribuição de complementos.

A Iberol tem a sua principal atividade na produção e comercialização de farinhas proteicas para alimentação animal e na produção e comercialização de óleos vegetais – “ambos produtos resultantes do crushing de sementes oleaginosas”.

Por sua vez, a Biovegetal produz biocombustíveis – essencialmente biodiesel, passando ainda por glicerina e free fatty acids. “A Biovegetal utiliza óleos de origem vegetal, óleos de cozinha usados e outros resíduos considerados “óleos avançados” como fonte de energia para a produção de biodiesel”, explica a nota da AdC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguros, banca e saúde reúnem-se na FIF: painel já reúne gigantes e startups

  • ECO Seguros
  • 27 Maio 2025

O evento está marcado para dia 4 de junho e as vagas estão a esgotar-se. Garanta o seu lugar e recolha o testemunho da Real Vida, Ageas Pensões, Mgen, de startups e associações. Saiba tudo aqui.

O seminário FIF “Viva a Longevidade com Qualidade – Inovação na saúde, sistema financeiro e habitação” que coloca a inovação no epicentro dos seguros, da banca/pagamentos e da saúde, anuncia um painel de oradores tão diverso quanto o próprio ecossistema que pretende analisar. Incumbentes, especialistas e startups irão partilhar, num mesmo palco, os avanços que já estão a transformar o setor e os desafios mais complexos que a inovação impõe para o público da 3ª e 4ª idade.

A abrir os trabalhos, Valdemar Duarte, diretor-geral da Ageas Pensões, fará uma introdução do estado do financiamento da reforma, enquadrando o público na urgência — e nas oportunidades — de inovar perante o envelhecimento da população.

Ao longo do dia, quatro mesas-redondas mergulharão noutras vertentes críticas: saúde, assistência, desenho e adequação dos seguros e serviços financeiros e do ecossistema que conecta todos estes pilares. Entre os intervenientes confirmados contam-se Marta Ferreira, CEO da Real Vida Seguros; José Bastos, fundador e CEO da Knokcare; Carolina Socrates Martins, líder da iniciativa estratégica de Ageing no Grupo Ageas, a MGEN; bem como as startups Kinetikos Health e Sioslife. A perspetiva do consumidor estará representada por Natália Nunes, coordenadora do gabinete de Proteção Financeira da DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, pela Associação 55+ e pela APRe! — Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados.

Na parte da tarde, Luis Téllez de Menezes da Munich Re Madrid e de Rodrigo Rueda da Sopra Steria Next vão apresentar o estudo Telescope. O relatório analisa a evolução da proteção de riscos para o segmento silver (3.ª e 4.ª idades), focando-se na combinação da maior longevidade com a inovação tecnológica e seu impacto na qualidade do envelhecimento. Destina-se a servir de guia estratégico e prático para o setor segurador e áreas conexas, integrando dimensões financeiras, sociais e tecnológicas e delineando ações de curto, médio e longo prazo para incentivar soluções colaborativas e sustentáveis “a uma sociedade cada vez mais diversificada e envelhecida”.

O evento é gratuito, decorre a 4 de junho, em Lisboa, junto a Santa Apolónia, na Av. Infante Dom Henrique 26, nas instalações da Abreu Advogados, um dos Reference Partners da FIF, a par da Mgen e da PWC. O auditório tem lotação para 90 pessoas e já está bastante preenchido, garanta o seu lugar inscrevendo-se aqui.

A iniciativa, à qual o ECOseguros se junta como media partener, centra-se no impacto da inovação em três vertentes: nos seguros, banca/pagamentos e saúde.

Além dos casos de sucesso que já merecem aplauso, a FiF promete também um olhar crítico para os “pontos cegos” da transformação digital — da exclusão de públicos menos digitais às novas responsabilidades de regulação e sustentabilidade. A organização adianta que ainda faltam anunciar vários nomes do setor financeiro, reforçando o compromisso de juntar, num só dia, as vozes que vão moldar o futuro da proteção e do bem-estar.

A FIF é um associação em torno da inovação e produtividade nos ecossistemas dos seguros, banca, pagamentos e saúde. Tem o objetivo de promover o debate, reflexão, partilha, formação e interação entre os diferentes stakeholders, dos processos e metodologias de inovação – sobretudo ligada a soluções tecnológicas –, impactantes nestes setores. Também quer ser um fórum de divulgação de soluções e case studies inovadores do mercado nacional e internacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Os autarcas são os protetores” e “os moderados da democracia”, diz Moedas

"Somos os protetores da democracia, porque conseguimos traduzir a democracia no concreto da vida das pessoas. E conseguimos ter medidas que nos aproximam delas", afirmou Carlos Moedas.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou esta terça-feira que “os autarcas são os protetores” e “os moderados da democracia”, no sentido em que conseguem “ter medidas que aproximam [o poder político] das pessoas”.

“Somos os protetores da democracia, porque conseguimos traduzir a democracia no concreto da vida das pessoas. E conseguimos ter medidas que nos aproximam delas”, assinalou Carlos Moedas durante a sessão de encerramento da segunda edição da Local Summit, organizada pelo ECO nesta terça-feira, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Por isso mesmo, reiterou o social-democrata, “os presidentes de câmara são, acima de tudo, os moderados da política“, salientando que “um autarca tem essa força da moderação e do realismo”. Por tudo isto, admitiu: “Tenho um grande orgulho em ser autarca”.

Somos os protetores da democracia, porque conseguimos traduzir a democracia no concreto da vida das pessoas.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Referiu ainda que os presidentes de câmara “sabem mudar a vida das pessoas para melhor”, como aconteceu quando decidiu retirar um aglomerado de tendas na cidade, onde viviam imigrantes em condições indignas, e alguns grupos políticos de esquerda se insurgiram com protestos contra esta ação municipal. Lamentou, por isso, “os aproveitamentos políticos” em torno da situação e consequente populismo.

Em Lisboa, contabilizou, há 300 tendas de pessoas em situação de sem-abrigo na cidade, que subsistem depois de o município já ter retirado 100 tendas da zona dos Anjos. Ainda assim, notou, a autarquia conseguiu reduzir em 20% o número de pessoas em situação de sem abrigo.

“Não podemos fugir a este tema, virar a cara e o Estado tem de ajudar. Estamos a braços com uma crise em muitos casos humanitária”, apelou. E, aqui como nos temas da imigração, falou na necessidade de ter “coragem” e de encontrar soluções que funcionem e sem permitir que a ideologia deixe tudo na mesma. E este não é o único assunto em que defende este paradigma: “na habitação, há um erro muito grande que é a ideologia”.

Lembrando, assim, temas que causaram polémica e saltaram para as primeiras páginas dos jornais, como o da imigração, o presidente da câmara de Lisboa disse ter muita simpatia por posições com a do autarca socialista de Loures, Ricardo Leão. Em relação às pessoas em situação de sem abrigo, pediu que a ideologia não trave a busca de soluções concretas para a vida das pessoas. E não fomente o populismo.

Carlos MoedasAndré Dias Nobre

Para Carlos Moedas, a “grande função” dos autarcas é ser “o travão e o intermédio entre o Estado e o cidadão”, sublinhando que é o município que está mais a par dos problemas do cidadão pela proximidade, assumindo a função de “complemento àquilo que é o Estado“. Até porque, exemplificou, “o Governo pode falar das soluções para a habitação”, mas não sabe onde estavam duas mil casas fechadas em Lisboa.

Moedas defendeu ainda que “a luta contra a burocracia tem de ser feita”, na medida em que “é a burocracia que faz com que as coisas não aconteçam”. Para o autarca, os “extremos têm muito a ver com isso, porque as pessoas sentem que os políticos já não tomam decisões e querem votar nesses extremos”.

Carlos Moedas notou ainda que “os presidentes de câmara precisam de ajuda do poder central”, nomeadamente no que concerne ao problema da habitação.

Carlos MoedasAndré Dias Nobre

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TELLES presta assessoria jurídica à constituição da ENNO – Energias do Norte

O projeto foi liderado por Ivone Rocha, sócia e coordenadora da área de Energia & Recursos Naturais, com o apoio dos associados Luísa Vilas Boas e Rui Vasconcelos Pinto.

A TELLES prestou assessoria jurídica à constituição da ENNO – Energias do Norte, a maior Comunidade de Energia Renovável (CER) da Península Ibérica, promovida pela LIPOR e seus Municípios Associados. São 28 entidades, cerca de 9 mil instalações de consumo que passam a receber a energia produzida a partir da valorização energética de resíduos. Um exemplo de economia circular, de descarbonização e de proximidade entre produção e consumo de energia.

O projeto foi liderado por Ivone Rocha, sócia e coordenadora da área de Energia & Recursos Naturais, com o apoio dos associados Luísa Vilas Boas e Rui Vasconcelos Pinto. A equipa da TELLES acompanhou todo o processo legal de criação deste projeto e desta Comunidade de Energia.

A ENNO representa um marco na transição energética nacional e um contributo para o benchmark energético, promovendo um modelo inovador de produção e partilha de energia renovável. Este projeto reforça a posição da TELLES como um parceiro de referência na assessoria a iniciativas sustentáveis e estruturantes no setor da energia.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ambiente distribui 19 milhões por 112 projetos de comunidades e autoconsumo

Foram aprovados 112 projetos para reforçar produção de energia renovável e autoconsumo no valor de 19 milhões de euros. Sobra uma dotação de 19 milhões que será repartida por mais candidaturas

O Fundo Ambiental aprovou 112 projetos no âmbito do Aviso de Apoio à Concretização de Comunidades de Energia Renovável (CER) e Autoconsumo Coletivo (ACC), num financiamento total de 19,1 milhões de euros, aquém dos quase 40 milhões de euros de dotação.

O aviso previa uma distribuição equitativa por três tipologias de edifícios, com dez milhões de euros alocados a cada uma: Edifícios Residenciais, Edifícios da Administração Pública Central e Edifícios de Comércio e Serviços. A dotação inicial do aviso era de 30 milhões de euros e foi recentemente reforçada em oito milhões de euros para o investimento em edifícios da Administração Pública Central, elevando o total para 38 milhões de euros.

A partir de agora, outras candidaturas serão avaliadas de forma a dirigir a dotação que ainda não foi atribuída, ou seja mais de metade. O objetivo central desta iniciativa é fomentar a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis e reduzir o consumo de energia primária em, pelo menos, 30% nos edifícios beneficiados, com um aumento estimado de 93 MW de capacidade instalada.

A transição energética tem de ser participada, acessível e justa – e estas comunidades são um passo decisivo nesse caminho”, sublinha Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e da Energia, citada no comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Filipe de Botton substitui António Rios de Amorim na presidência da COTEC Portugal

Associação empresarial para a inovação vai ser comandada até 2028 pelo chairman da Logoplaste. Maria João Carioca (Galp) preside à Assembleia Geral e António Portela (Bial) ao Conselho Geral.

Filipe de Botton vai assumir a presidência da COTEC Portugal, “dando início a um novo ciclo de liderança orientado para reforçar o papel da inovação como motor de crescimento económico, produtividade e atratividade internacional”. O representante da Logoplaste assume o cargo que foi ocupado nos últimos três anos por António Rios de Amorim (Corticeira Amorim).

A eleição dos novos corpos sociais para o mandato 2025–2028 aconteceu esta terça-feira, em assembleia-geral. Integram ainda Maria João Carioca (Galp) na presidência da Mesa da Assembleia Geral, António Portela (Bial) no Conselho Geral, Amílcar Lourenço (Banco Santander) no Conselho Fiscal e Eduardo Marçal Grilo na presidência do Conselho Consultivo.

“A COTEC é uma força catalisadora para transformar inovação em crescimento real. O nosso foco será reforçar a competitividade das empresas portuguesas através da sustentabilidade, da internacionalização e da valorização de todas as formas de capital de inovação”, refere Filipe de Botton, citado numa nota de imprensa que salienta que estes novos elementos conjugam “experiência, visão estratégica e compromisso com o futuro da economia portuguesa”.

O nosso foco será reforçar a competitividade das empresas portuguesas através da sustentabilidade, da internacionalização e da valorização de todas as formas de capital de inovação.

Filipe de Botton

Presidente da COTEC Portugal

A associação empresarial destaca que no último ano foi “consolidado um modelo económico mais sustentável e autónomo, com crescimento de receitas próprias e racionalização de custos operacionais”. Elencou ainda os principais “marcos” que integram o relatório e contas de 2024 apresentado esta tarde na reunião magna da COTEC Portugal:

  • Reforço da base associativa com mais de 340 membros e a entrada de 45 novas entidades (incluindo o município de Braga, o primeiro do género);
  • Distinção de mais de 1.000 empresas com o Estatuto Inovadora COTEC e o lançamento do selo Inovadora Evolution, em linha com as normas europeias de sustentabilidade;
  • Desenvolvimento do Rating de Inovação Territorial para orientar políticas locais de investimento;
  • Operacionalização da plataforma D100<->E100 para aproximar talento doutorado das empresas;
  • Realização da XVIII Cimeira COTEC Europa, que deu origem à Plataforma de Cooperação Trilateral com Espanha e Itália;
  • Criação de novos prémios, como o de Inovação na Internacionalização;
  • Participação ativa em mais de 30 conferências nacionais e internacionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dona da Cartier criou conselho de IA para reger uso da tecnologia

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

"A IA faz parte integral do nosso roteiro para o futuro" e "claro que queremos garantir que estamos a realizar os projetos certos", afirmou o administrador tecnológico do grupo.

A suíça Richemont, que detém marcas como Cartier, Van Cleef & Arpels ou Montblanc, criou um conselho de inteligência artificial (IA) para reger e garantir o seu uso de forma ética, disse esta terça-feira o administrador tecnológico (CTO) do grupo.

Eduardo Grilo falava aos jornalistas no final da inauguração do primeiro hub tecnológico do grupo fora da Suíça, em Lisboa, o R:TECH, localizado no Oriente Green Campus (Moscavide). “A IA faz parte integral do nosso roteiro para o futuro” e “claro que queremos garantir que estamos a realizar os projetos certos”, afirmou o administrador, quando questionado sobre o que é que o grupo está a fazer com a tecnologia.

“Estamos a começar a jornada da IA neste momento” e, por exemplo, “implementámos nos últimos meses” um conselho de IA na Richemont “que rege o uso” da tecnologia, acrescentou o CTO. “Basicamente, [o conselho] determina onde a IA pode ser usada, onde deve ser usada e também garante que usemos a IA de forma ética”, explicou Eduardo Grilo.

Isso “é realmente importante para nós no momento e, à medida que avançamos, veremos a implementação de casos de uso de IA em domínios muito específicos”, acrescentou o gestor. Recentemente “lançámos o nosso primeiro agente internamente, chamado Agente 42”, o qual serve para “os funcionários começarem a usar IA e a IA Gen [inteligência artificial generativa] num ambiente seguro e controlado”, acrescentou.

O novo centro de competências tecnológicas R:TECH reforça a capacidade da equipa da Richemont em Genebra, na Suíça, através do desenvolvimento de plataformas evolutivas, do aperfeiçoamento de aplicações de negócio e do avanço das capacidades de dados e inteligância artificial, para fazer evoluir a experiência do retalho de luxo.

A Richemont já contratou 100 pessoas para o novo hub e espera contratar até 400, o que inclui “uma ampla gama de talentos”, segundo Eduardo Grilo. Isso inclui engenheiros de software, data scientists [cientistas de dados], especialistas em produtos e arquitetos de soluções, entre outros.

“Vamos operar este centro como uma extensão do centro que temos em Genebra, podemos dizer que teremos funções muito semelhantes às que já temos em Genebra”, acrescentou o responsável. “A colaboração impulsiona a inovação e é por isso que é um valor fundamental na nossa tecnologia”, afirmou, por sua vez, o administrador (CIO) da Richemont Kim Hartlev, na inauguração do hub.

“Isso servirá como um centro colaborativo para expertise tecnológica, partilha de conhecimento e desenvolvimento de talentos”, acrescentou o responsável, que afirmou estar “confiante” de que a tecnologia do grupo “desempenhará um papel fundamental na transformação tecnológica contínua” da Richemont e que fornecerá “soluções de ponta para viabilizar o crescimento futuro” das suas Maison.

Já Nicolas Bos, presidente executivo (CEO) da Richemont, manifestou-se feliz por este novo hub em Lisboa. “Quisemos manter as nossas atividades na Europa. Somos um grupo europeu, a maioria das nossas marcas são suíças, francesas, italianas, britânicas – que já não se qualificam como europeias, mas que continuam na perspetiva da história”, referiu o gestor, na inauguração.

Historicamente, “temos também uma presença muito forte das nossas atividades e das nossas marcas na Península Ibérica e em Portugal”, acrescentou, apontando que Portugal e Lisboa, em particular, “estão em plena expansão há já alguns anos, com muitas atividades relacionadas com a tecnologia e ‘startups'”.

Além disso, “temos visto muitas empresas novas a desenvolverem realmente as suas atividades na cidade e na região, tornou-se um centro que também atrai muitos jovens talentosos membros da equipa vindos de toda a Europa e de todo o mundo”, salientou, além do clima “fantástico” e da comida “muito boa” e a sua cultura.

“Portanto, foram muitas as grandes dimensões que desencadearam esta escolha e que nos levaram a estar aqui hoje”, sublinhou. Nicolas Bos partilhou ainda que Lisboa e Portugal “foram muito importantes” para o CEO “em algumas etapas” da sua carreira no grupo de luxo.

O meu primeiro contacto com a distribuição foi, na verdade, uma auditoria que fiz à distribuição da Cartier há mais de 30 anos, percorrendo todos os retalhistas do país, retalhistas de relógios, mas também de perfumes e óculos”, relatou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Relatório europeu final sobre o apagão pode chegar em seis meses

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

Embora não tenha sido fixada uma data firme, a ENTSO-E comprometeu-se a envidar "o maior esforço" para tentar que o relatório final esteja pronto em seis meses.

O relatório final sobre o apagão que deixou a Península Ibérica sem eletricidade em 28 de abril poderá ser entregue dentro de seis meses, segundo anunciou esta terça-feira a ministra do Ambiente e Energia.

À margem da II Conferência de Energia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria da Graça Carvalho revelou que a rede europeia que coordena os operadores de transporte de eletricidade (ENTSO-E) se comprometeu a fazer “o maior esforço” para antecipar as conclusões da investigação.

Embora o prazo regulamentar para o relatório final se estenda até ao verão de 2026, os governos de Portugal e Espanha alertaram a entidade para a necessidade de acelerar o processo.

Há abertura e boa vontade da parte da ENTSO-E de acelerar, porque tem esta pressão não só de Portugal e Espanha, mas da Europa, que quer saber o que se passou e o que fazer para evitar que volte a acontecer”, afirmou Maria da Graça Carvalho.

Embora não tenha sido fixada uma data firme, a ENTSO-E comprometeu-se a envidar “o maior esforço” para tentar que o relatório final esteja pronto em seis meses.

De acordo com as regras vigentes, o primeiro relatório factual deve ser entregue até 28 de outubro e servirá de base para o relatório final que tem de ser conhecido até o prazo máximo de 30 de setembro de 2026. A investigação está a ser conduzida por um comité de peritos criado especificamente para analisar o incidente, classificado como “excecional e grave”.

O apagão, que afetou Portugal e Espanha durante mais de 10 horas, levantou sérias preocupações sobre a segurança e resiliência do sistema elétrico europeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Unicorn Factory defende ‘corredor rápido’ para vistos tech

"Felizmente, são bem mais as vozes que elogiam Portugal como destino para expansão de operações", diz Gil Azevedo, da Unicorn Factory Lisboa, reagindo às acusações do CEO da Cloudflare.

A criação de “canais prioritários para vistos de elevada importância”, como já fazem países como os EUA ou Alemanha, para o setor tecnológico poderá acelerar a atribuição de vistos para os trabalhadores da indústria cujos atrasos em Portugal tanto ‘irritaram’ o CEO da Cloudflare, Matthew Prince, que acusou Portugal de ser um “país pouco sério” e ameaçou com o corte de investimento no país.

“Podem existir constrangimentos e atrasos, em temas relacionados com a imigração, que têm de ser resolvidos rapidamente pelo Governo, criando por exemplo canais prioritários para vistos de elevada importância, como já fazem vários países”, reage Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, quando instado pelo ECO sobre se recebiam esse tipo de reclamações de outros hubs tecnológicos ou de outras empresas que estejam a recrutar talento internacional.

Podem existir constrangimentos e atrasos com temas relacionados com a imigração que têm de ser resolvidos rapidamente pelo Governo, criando por exemplo canais prioritários para vistos de elevada importância, como já fazem vários países.

Gil Azevedo

Diretor executivo da Unicorn Factory

Países como os Estados Unidos, Canadá (que oferece um processamento em duas semanas para certas profissões do setor tecnológico), Reino Unido, Alemanha, Austrália ou Nova Zelândia têm esse tipo de programas em marcha, elenca o responsável.

Os constrangimentos relacionados com os tempos de espera de vistos e no aeroporto já existem há vários anos, mas acreditamos que estão a ser resolvidos pelo Governo, dado que não dependem das autarquias”, diz ainda, destacando, no entanto, que o país tem conseguido atrair projetos internacionais.

Portugal continua a ser um destino atrativo para startups e talento. Entraram mais de 500 startups na Unicorn Factory Lisboa, das quais cerca de 55% são projetos internacionais, de países como Brasil, Espanha, Reino Unido, EUA, entre outros”, elenca o responsável.

“A cidade de Lisboa tem também vindo a receber um número recorde de empresas tecnológicas internacionais, incluindo 14 unicórnios desde 2022”, refere ainda. “Só nos últimos dois anos, Lisboa atraiu 70 empresas tecnológicas, o que possibilitou a criação de mais de 15.000 postos de empregos”, diz ainda.

É fundamental que se resolva os constrangimentos, para que o sentimento dominante continue a ser acima de tudo a atratividade do país.

Gil Azevedo

Diretor executivo da Unicorn Factory

Crescimento que “depende também da capacidade do país de continuar a adaptar o seu enquadramento legal e fiscal às necessidades do setor“, alerta.

“É muito importante que o Governo estabeleça como prioridade a resolução destes constrangimentos e a burocracia em geral. O futuro dos países depende cada vez mais da capacidade de atrair e gerar inovação, como forma de receber investimento estrangeiro e criar mais e melhores postos de trabalho”, reforça.

No último ranking do StartupBlink, Portugal manteve a 29.ª posição, de um total de mais de 60 países analisados, mas Lisboa e Porto, os dois principais ecossistemas de empreendedorismo nacionais, sofreram recuos face a outras cidades de acolhimento de hubs de empreendedores.

Já no ranking das “Rising Stars” na Europa, do “Global Tech Ecosystem Index 2025”, da Dealroom, Lisboa ocupa a 10.ª posição, sendo a única cidade portuguesa a marcar presença.

Um esforço de adaptação que não pode ser só nacional. “É essencial que a União Europeia crie condições para a inovação e que seja capaz de facilitar a inovação e não se limite apenas na regulação. Só assim conseguimos tornar-nos mais atrativos para o talento estrangeiro e competir com as outras grandes potências mundiais”, diz.

Apesar das duras críticas do CEO da Cloudflare — que diz que as condições para investir têm vindo a deteriorar-se desde a abertura do escritório da tecnológica em Lisboa/Portugal —, Gil Azevedo destaca que, “felizmente, são bem mais as vozes que elogiam Portugal como destino para expansão de operações”, sentimento que, diz, têm “observado de forma consistente nos últimos dois anos”, refere.

“É por isso fundamental que se resolva os constrangimentos, para que o sentimento dominante continue a ser acima de tudo a atratividade do país, que resulta da nossa centralidade geográfica, da qualidade das nossas universidades, e da forma aberta como os portugueses recebem novas pessoas, aliada à aposta institucional na inovação, são fatores muito relevantes no momento da escolha de expansão ou abertura de uma nova localização”, aponta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meo vai assinar contratos de energia para melhorar “visibilidade dos custos” energéticos

"A subscrição de PPA garante melhor visibilidade sobre a quantidade e o preço da energia que podemos adquirir em 2025", disse esta terça-feira o representante das relações com os investidores.

A Altice International informou esta terça-feira que pretende melhorar a rentabilidade e a visibilidade do negócio energético, que comercializa através da marca Meo Energia, com a assinatura de contratos de aquisição de energia que lhe permitam controlar melhor os custos da eletricidade.

“A nossa estratégia para melhorar a margem é através da assinatura de PPA (Power Purchase Agreements) que nos permitam mitigar o risco de exposição ao mercado de energia”, afirmou um representante da empresa na relação com os investidores, numa chamada com analistas.

Em causa estão acordos de compra e venda de energia, tradicionalmente de fontes renováveis, a longo prazo e que permitem preços mais competitivos do que o resto do mercado. A operadora de telecomunicações, que se lançou na comercialização de energia em 2020, sentiu necessidade de avançar para este mecanismo devido ao impacto dos custos nas contas do início do ano.

“O nosso desafio agora é realmente garantir que podemos crescer com sucesso do ponto de vista dos custos. Na prática, isto significa ter uma melhor visibilidade dos custos de energia, pelo que a subscrição de PPA garante uma melhor previsibilidade sobre a quantidade e o preço da energia que podemos adquirir ao longo de 2025”, adiantou o representante da empresa na conference call após a apresentação de resultados.

“O custo de procurement de energia da Meo Energia durante o [primeiro] trimestre foi elevado, o que afetou negativamente o perfil de margem geral da Altice Portugal nesse período. Isto está a ser resolvido no segundo trimestre e a margem de contribuição de eletricidade que vimos até agora, no segundo trimestre, é positiva e cresce a dois dígitos comparativamente ao ano passado”, explicou o mesmo porta-voz da Altice International.

O plano é que este procedimento permita à empresa aumentar “um pouco mais” a margem bruta e a ganhar maior visibilidade sobre este negócio no qual se lançou durante a pandemia e tem investido desde então, inclusive ao conjugar a oferta de telecomunicações com a de energia, há precisamente um ano.

O desafio neste momento não é tanto a adesão, que temos visto que é boa, como se pode ver na perspetiva da receita no primeiro trimestre e também no último trimestre”, garantiu o representante da relação com os investidores, sem apresentar detalhes sobre a receita específica deste negócio, que ainda é “marginal”, embora seja visto como uma “oportunidade” daqui para a frente.

A Altice Portugal foi das primeiras telecoms da Europa a entrar no segmento de comercialização de energia 100% verde. Atualmente, vende eletricidade “tanto aos novos assinantes como, progressivamente, à base” (core). A Meo Energia tem mais de 150 mil clientes, de acordo com os últimos dados disponíveis.

No primeiro trimestre, a Altice Portugal teve receitas de 697 milhões de euros, o que representa uma subida de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. A dona da Meo viu as receitas aumentarem devido ao segmento de consumo, que cresceu 8,4% para 374 milhões de euros, mas o lucro operacional caiu mais de 5%. Excluindo o negócio da Altice Labs, relacionado com inovação e desenvolvimento de produtos e serviços, as receitas teriam subido 7% comparativamente a igual trimestre do ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.