Supremo Tribunal venezuelano suspende eleição de candidata presidencial da oposição

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

A antiga deputada Maria Corina Machado, que era tida como favorita, obteve 92,4% dos votos, mas de 2,25 milhões de votos. Supremo da Venezuela suspendeu“todos os efeitos” das primárias da oposição.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela suspendeu esta segunda-feira “todos os efeitos” das eleições primárias da oposição, em que Maria Corina Machado foi eleita candidata contra Nicolás Maduro nas presidenciais de 2024. Segundo sentença emitida pela Sala Eleitoral do STJ, ficam suspensos todos os efeitos das diferentes fases do processo eleitoral conduzido pela Comissão Nacional de Primárias (CNP) a 22 de outubro.

O documento, a entidade explica ainda que foi admitido um recurso interposto por José Dionísio Brito Rodríguez, deputado da Assembleia Nacional [parlamento, onde o regime de Maduro detém a maioria] e por alegadas irregularidades no processo e declara-se competente para avaliá-lo.

Por outro lado, o STJ ordena à CNP que remeta todos “os antecedentes administrativos contendo as 25 fases que devem reger o processo eleitoral, desde a convocatória das eleições e a sua constituição como Comissão Eleitoral, passando pelo calendário eleitoral, o registo eleitoral com os seus períodos de contestação e verificação, e as candidaturas com os seus períodos de contestação e verificação”.

Também exige “a ata de aceitação da candidatura apresentada pela cidadã desqualificada de maneira firme, por 15 anos, Maria Corina Machado”, assim como os pedidos de desistência da participação nas primárias dos candidatos Henrique Capriles e Freddy Superlano, “inabilitados” por 15 e 7 anos, respetivamente.

O STJ pede ainda os documentos de pedidos de desistência “de qualquer outro cidadão ou cidadã que tenha decidido renunciar à sua candidatura”. Também são exigidas as atas das primárias, incluindo as de constituição das mesas eleitorais, dos cadernos e boletins de voto, do escrutínio, das contagens regionais, da contagem definitiva e da proclamação (da vencedora).

A CNP deve ainda apresentar um relatório sobre os aspetos jurídicos e factuais, indicando o mecanismo utilizado para a guarda do material eleitoral e o lugar destinado para tal efeito. A decisão informa ainda que o prazo para a entrega dos documentos solicitados é de três dias e ordena notificar o procurador-geral da Venezuela, Tarel William Saab.

O STJ sublinha ainda que a decisão relaciona-se com as múltiplas e graves alegações sobre “evento eleitoral”, formuladas pelo deputado Brito Rodriguez e por outros representantes dos Poderes Públicos do Estado venezuelano. Os “factos descritos poderiam constituir a alegada prática de crimes contra a Constituição da República Bolivariana da Venezuela, a alegada prática de delitos eleitorais e a alegada prática de crimes comuns”, explica.

A suspensão dos efeitos das primárias opositoras venezuelanas tem lugar no mesmo dia em que foram chamadas à sede do Ministério Público para prestar declarações, no âmbito de uma investigação anunciada pelo procurador-geral, o presidente da CNP, Jesus Maria Casal, e outros dois responsáveis da entidade – Mildred Teresa Camero (vice-presidente) e Roberto Abdul-Hadi.

Em 22 de outubro mais de 2,4 milhões de venezuelanos participaram nas eleições primárias da oposição para eleger o candidato que disputará com Nicolás Maduro as presidenciais de 2024 na Venezuela. A antiga deputada Maria Corina Machado, que era tida como favorita, obteve 92,4% dos votos, mas de 2,25 milhões de votos.

Em segundo lugar, mas com apenas 112.523 votos, 4,6% do total, segue o também antigo deputado Carlos Prosperi. Nenhum dos outros oito candidatos conseguiu atingir sequer 0,7%, incluindo a juíza independente luso-venezuelana Glória Pinho (0,12%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Biden assina ordem executiva para regulamentar uso da Inteligência Artificial

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

A ordem executiva estabelece a criação de princípios para evitar que os empregadores diminuam exageradamente a compensação dos funcionários ou rejeitem candidaturas de forma injusta.

O Presidente norte-americano Joe Biden assinou esta segunda-feira uma ordem executiva para regulamentar o desenvolvimento e aplicação de tecnologias de Inteligência Artificial (IA), colocando salvaguardas de privacidade, segurança e equidade e apelando a uma cooperação internacional na matéria. “Para realizar a promessa da IA e evitar o risco, temos de regular esta tecnologia”, afirmou o Presidente, ao assinar a ordem executiva e depois de notar que a IA está agora em todo o lado.

A ordem divide-se em oito áreas: segurança da IA, privacidade dos cidadãos, proteção da equidade e direitos civis, utilização na área da saúde, impacto no mercado laboral, inovação e concorrência, cooperação internacional e utilização responsável pelo governo. Várias agências federais são chamadas a agir e a criar orientações para que a aplicação de IA abra novas oportunidades e beneficie a sociedade em vez de ter um efeito negativo e destrutivo – por exemplo, do emprego.

Essa é uma das grandes preocupações em torno da tecnologia, cujo desenvolvimento acelerou de forma exponencial nos últimos onze meses, desde que a OpenAI lançou o bot de conversação ChatGPT, uma forma de IA generativa – sistemas capazes de criar conteúdos de forma autónoma.

Embora reconhecendo o potencial impacto no aumento da produtividade, a ordem executiva estabelece a criação de princípios para evitar que os empregadores diminuam exageradamente a compensação dos funcionários, rejeitem candidaturas de forma injusta e coloquem obstáculos ao movimento sindical por causa da IA. A administração vai produzir um relatório sobre os impactos esperados da tecnologia no mercado laboral e identificar formas de reduzir os problemas.

Os programadores destes sistemas também terão de partilhar os resultados dos testes de segurança e outras informações com o governo, e o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia vai conceber padrões de segurança que têm de ser garantidos antes do lançamento público dos sistemas. Para mitigar a manipulação ou confusão das pessoas, o conteúdo gerado artificialmente terá de ter uma marca de água, algo em que várias empresas já estão a trabalhar há alguns meses.

Um dos pontos mais importantes da ordem é a proteção dos direitos civis. Há anos que estudos apontam para o potencial de que os algoritmos usados aprofundem preconceitos e discriminação, herdados do mundo real mas agora em aplicação automática massificada. Senhorios, fornecedores federais e responsáveis do sistema de justiça terão de garantir que os algoritmos não são discriminatórios – por exemplo na análise de propostas de arrendamento ou na determinação de sentenças.

Outra área importante da ordem executiva refere-se à saúde, com o intuito de evitar que a IA desencadeie práticas adversas que prejudiquem os doentes. Esta é a primeira ação do género do governo norte-americano em relação à Inteligência Artificial, numa altura em que a União Europeia prepara o vasto pacote legislativo conhecido como AI Act.

As diretrizes terão de ser executadas num prazo de 90 dias a um ano, conforme a orientação e a agência envolvida. A ordem executiva, que tem força de lei, endereça várias das preocupações que a administração Biden tem demonstrado nos últimos meses e segue-se a um compromisso voluntário de 15 empresas, como Google, Microsoft e OpenAI, que em julho concordaram aderir a certas regras.

A Casa Branca disse que a administração consultou vários países que estão a trabalhar nos seus próprios enquadramentos, desde o Brasil ao Reino Unido e Japão, e incluindo União Europeia. “As ações que o presidente Biden ordenou hoje são passos vitais na abordagem dos EUA em matéria de IA segura, protegida e confiável”, veiculou a Casa Branca.

“Serão necessárias mais ações e a administração continuará a trabalhar com o Congresso para conseguir legislação bipartidária que ajude a América a liderar o caminho na inovação responsável”. Para aprovar legislação neste sentido, as duas câmaras do Congresso – com maioria republicana na câmara baixa e maioria democrata no Senado – terão de chegar a acordo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Liberty Mutual vai cortar mais 850 postos de trabalho

A Liberty Mutual está com outras seguradoras, como a Farmers e Berkshire Hathaway, a reduzir o número de funcionários. Volume de prejuízos por catástrofes naturais estão na base do situação.

A seguradora estado-unidense Liberty Mutual anunciou que vai despedir 850 pessoas até ao final de 2023, além das 370 que tinha anunciado em julho, como parte de um plano de reestruturação, motivado por receios de recessão, avançou a Forbes na sexta-feira passada.

Os postos de trabalho que vão ser eliminados representam cerca de 2% da força de trabalho da empresa e afetam essencialmente o mercado de retalho, das unidades de negócio de soluções de risco global, o departamento tecnológico, e quase todos os cortes serão feitos nos Estados Unidos da América (EUA), informou um representante da empresa ao Business Insurance.

O representante da seguradora indicou que o pessoal a ser despedido terá direito a indemnizações, a assistência de recolocação noutro emprego e são também encorajados a candidatar-se a outros cargos da empresa, informa o Business Insurance.

A seguradora registou no segundo trimestre um prejuízo líquido de 585 milhões de dólares (cerca de 553 milhões de euros), devido ao aumento de indemnizações por catástrofes naturais, refere o jornal.

Quanto a previsões sobre futuros despedimentos e a influência dos despedimentos nos resultados do quarto trimestre da seguradora, o representante recusou-se a responder, informa o jornal.

Há no setor segurador outras empresas a reduzir postos de trabalho. Como a Farmers Insurance Group Inc., uma unidade da Zurich Insurance Group AG que informou os planos de reduzir em 11% a sua força de trabalho, com o despedimento de 2.400 empregados e a GEICO Corp., seguradora da Berkshire Hathaway, que anunciou que vai cortar 2.000 postos de trabalho, representando 6% da sua força de trabalho. Em comum, as seguradoras têm a justificação para os cortes – os aumentos de perdas financeiras devido a catástrofes naturais criaram condições de mercado difíceis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inscrições abertas para o curso de Seguros Multirriscos Habitação e Comércio

  • ECO Seguros
  • 30 Outubro 2023

Estão abertas as inscrições para a ação de formação da APS que terá lugar nas manhãs dos dias 7 e 8 de novembro na sede da associação em Lisboa.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) vai realizar um curso sobre a gestão de sinistros no âmbito de Seguros de Multirriscos Habitação e Comércio nas manhãs dos dias 7 e 8 de novembro.

O objetivo da ação de formação é que os participantes “dominem os conceitos determinantes para uma correta análise do sinistro participado, identificando as diversas etapas da regularização”.

No âmbito da gestão de sinistros na atividade seguradora foi desenvolvido o módulo 1, que terá lugar no dia 7 de novembro, cujos conteúdos a abordar incluem uma introdução à atividade seguradora em Portugal, a gestão de sinistros, que aborda quais são os objetivos da gestão, os modelos que existem, a noção de risco e sinistro e, por último, as atividades de tramitação do processo.

No âmbito dos Sinistros de Multirriscos (Habitação e Comércio) foi criado o módulo 2, lecionado no dia 8 de novembro, onde será feita uma introdução denominada “o seguro como resposta ao risco”, um esclarecimento acerca dos seguros patrimoniais, fazendo análise das principais garantias comuns aos diversos produtos/ramos, e será ainda desenvolvida uma apresentação de casos práticos.

A ação de formação visa “proporcionar aos formandos, através de uma abordagem teórico-prática, conhecimentos técnicos que permitam um aperfeiçoamento e atualização do ‘saber fazer’ nas áreas da Gestão de Sinistros dos Ramos Patrimoniais”

Os colaboradores do setor segurador afetos aos seguros de riscos patrimoniais (multirriscos), subscritores de riscos e gestores de sinistros e mediadores são os principais destinatários da ação de formação, que terá lugar na sede da APS, na Rua Rodrigo da Fonseca, 41, 1250-190 em Lisboa, com a formadora Normandina Melo.

Para mais informações consultar o site da Academia da APS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mapfre nomeou e alterou de cargo 15 altos executivos do grupo

As alterações da seguradora espanhola entrarão em vigor a 1.º de janeiro de 2024, exceto a relativa à Auditoria Interna. São as fundações da gestão para os próximos 10 anos.

Para se adaptar à imprevisibilidade do mercado global, a Mapfre renovou as suas equipas de gestão e a sua estrutura para “proteger as suas posições de liderança na maioria dos mercados”, acreditando que soluções simples e estruturas mais flexíveis, que “colocam o negócio em primeiro plano”, são a resposta necessária para “continuar a reforçar a proximidade com clientes e a excelência do serviço”, anunciou a seguradora na passada sexta-feira, lê-se num comunicado.

De acordo com a companhia espanhola, “a renovação da equipa de gestão assenta numa combinação adequada de maturidade, experiência e talento mais jovem, de forma a podermos aproveitar melhor todas as capacidades de gestão e aproveitar as inúmeras oportunidades que surgem”. Importa salientar que a seguradora pretende que estas alterações sejam as bases da empresa para os próximos 10 anos.

Ignacio Baeza reformou-se do cargo de primeiro vice-presidente e, para preencher o seu lugar, o conselho de administração nomeou José Manuel Inchausti, atual CEO da MAPFRE Iberia e terceiro vice-presidente, para sucedê-lo. Fernando Mata assumirá a função de terceiro vice-presidente, acumulando o novo cargo com o de CFO do grupo.

José Luis Jiménez foi escolhido como vice-CFO e Raúl Costilla, atual CEO da MAPFRE Vida foi nomeado diretor de negócios, “a área corporativa encarregada de dirigir globalmente a estratégia comercial e técnica do grupo”, da Mapfre.

No âmbito da simplificação da estrutura do grupo, a Mapfre decidiu agrupar numa única área as áreas de Pessoas, Estratégia e Sustentabilidade liderada por Alfredo Castelo, atual diretor de negócios do grupo.

Ao antigo primeiro vice-presidente juntar-se-á María Luisa Gordillo que se reformará a 31 de março de 2024 da direção de auditoria interna corporativa e será substituída por José Luis Gurtubay.

Na região da Península Ibérica também haverão alterações no grupo com Elena Sanz Isla, atual diretora de pessoas, a ser nomeada CEO Mapfre Iberia. Para a mesma unidade vai Jesús Martínez Castellanos, atual CEO regional da LATAM, para a função de CEO da Mapfre Vida.

No âmbito da reestruturação da empresa, as áreas geográficas da LATAM (Brasil, Centro-Sul e México), juntamente com a EMEA e a Mapfre Global Risks vão ser integradas numa nova unidade denominada Seguros internacional, liderada pelo atual CEO da Mapfre RE Eduardo Pérez de Lema, que também irá liderar Mapfre Global Risks.

Para o cargo CEO da Mapfre RE foi nomeado Miguel Ángel Rosa, atual CEO da Verti Alemanha e quem irá ocupar o cargo que ficará livre com a sua saída será Mónica García Cristóbal.

A renovação do grupo alcança mais cinco países do continente americano. O grupo nomeou Alberto Berges como CEO da Mapfre México. Já no Brasil, a estrutura de operações foi simplificada, com Filipe Nascimento a manter-se na liderança. Óscar Celada foi nomeado diretor executivo adjunto de Negócios da Mapfre Seguros no Brasil e Nelson Neves tornar-se-á diretor executivo adjunto de finanças e de apoio empresarial da Mapfre Seguros.

Na República Dominicana foi nomeado Andrés Mejía como único CEO das duas operações do país. Eva Tamayo abandonará o cargo de gerente geral regional para as Ilhas Canária para ocupar o cargo de CEO da Mapfre no Chile. Por último, no “Panamá e na América Central, Óscar Ortega, que até agora liderou os negócios no Chile, será o novo CEO”.

No final das contas, a Mapfre nomeou e alterou de cargo 15 altos executivos do grupo. As alterações entrarão em vigor em 1.º de janeiro de 2024, exceto a relativa à Auditoria Interna, dá conta o comunicado.

Lucro cai 3,6%

Em conjunto, a deterioração do negócio de seguros nos Estados Unidos da América, a subida das taxas de juro, o ambiente adverso no ramo automóvel e a inflação, motivaram a queda do lucro da seguradora espanhola de 3,6% que em período idêntico em 2022, para 471 milhões de euros, avançou a agência Lusa citando um comunicado da empresa enviado à Comissão Nacional de Mercado de Valores espanhola (CNMV).

Já as receitas da empresa aumentaram 10,8% até setembro, para 24,596 milhões de euros, motivado pelo “maior volume de negócios e à melhoria dos resultados financeiros”, informa a seguradora citada pela Lusa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

4ª Conferência ECOseguros: “Já não há mediadores não digitais”

  • ECO Seguros
  • 30 Outubro 2023

No segundo painel da 4ª Conferência ECOseguros debateu-se acerca do futuro do setor num mundo digitalizado e cada vez mais incerto, com especialistas do setor. Assista aqui ao debate.

A 4.º Conferência Anual ECOseguros contou com o painel intitulado de “A revolução digital e o processo de consolidação na distribuição de seguros”, moderado por David Pereira – Presidente da APROSE e com a participação de Mário Vinhas, – Administrador MDS Portugal -, Filipe Charters de Azevedo – Gerente da Safe-Crop-, Ezequiel Silva – Diretor Geral da Seguramos -, e debateram-se temas relacionados com o futuro do setor segurador.

David Pereira moderou o debate que incluiu Ezequiel Silva, Mário Vinhas e Filipe Charters de Azevedo.

O debate começa com uma reflexão sobre a reação do setor segurador às incertezas do mercado, provocadas pelas guerras, alterações climáticas, inflação, e também o que poderá trazer o ano de 2024 para o setor segurador. Ezequiel Silva prevê que o final de ano vai ser “duro”, nomeadamente “na renovação de riscos de maior complexidade, com seguradoras a querem sair dos riscos ou diminuir a exposição aos mesmos”.

É também abordada a influência do digital na mediação, começando com a afirmação de David Pereira – “Já não há mediadores não digitais, hã mediadores humanizados e digitalizados”, o que acabou por afastar quem não acompanhou a revolução. Mas, como é vista a digitalização do setor e quais são os caminhos que vai tomar? Foi a pergunta de partida à qual Mário Vinhas responder que considera que quem está próximo do cliente vai ter sempre vantagem, mas realça a importância de investir noutros meios.

Mas resta uma questão, com que estão preocupadas as seguradoras? Estão concentradas em acabar com a lacuna de proteção ou nas alterações climáticas ou “com a probabilidade histórica de haver um sismo em Portugal”, ou com as inundações, ou “estão a criar produtos para proteger os clientes? Filipe Charters de Azevedo considera é necessário haver uma separação entre a parte da subscrição e da tomada de risco “senão nos não vamos conseguir criar novos produtos”.

Veja o painel aqui:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depressão Ciarán deve afetar Portugal continental e Madeira na quinta-feira

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

"A depressão Ciarán propriamente dita não afetará Portugal continental, embora estejam previstos efeitos colaterais", como vento e precipitação forte segundo o IPMA.

A depressão Ciarán, que se desloca no Atlântico em direção a leste, deverá afetar Portugal continental e a Madeira a partir de quinta-feira, com vento e precipitação forte, principalmente no Norte e Centro, informou esta segunda-feira o IPMA.

De acordo com um comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a depressão Ciarán, designação atribuída pelo Serviço Meteorológico do Reino Unido, desloca-se ao longo do Atlântico em direção a leste, e às 00:00 de quinta-feira, “deverá estar centrada a oeste-sudoeste das Ilhas Britânicas”, com impacto nestas ilhas, “em particular ao nível do vento”.

“A depressão Ciarán propriamente dita não afetará Portugal continental, embora estejam previstos efeitos colaterais, devido a um sistema frontal que lhe está associado, e que irá atravessar o território continental durante a madrugada e manhã de dia 02” de novembro, lê-se na nota.

Assim, a partir do final da tarde de quarta-feira e durante quinta-feira “prevê-se um aumento da intensidade do vento, que soprará de sudoeste forte no litoral, em especial no litoral oeste, e nas terras altas, com rajadas da ordem de 70/80 kms[quilómetros])/hora e 90/100 kms/h, respetivamente”.

“Prevê-se ainda precipitação por vezes forte, em especial nas regiões Norte e Centro, onde deverá ser persistente”, acrescenta o IPMA. Adicionalmente, o instituto prevê que “haverá um aumento muito relevante da agitação marítima no dia 2 na costa ocidental, onde as ondas deverão ser de noroeste e atingir cinco a sete metros de altura significativa, e com uma probabilidade elevada de ultrapassar os sete metros, nomeadamente a norte do Cabo Raso”.

“Este episódio dever-se-á prolongar até dia 06 de novembro”, estima o IPMA. A superfície frontal fria deste sistema frontal deverá atravessar o arquipélago da Madeira durante o final de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, “embora sem severidade”, é referido na nota.

O mais significativo será o aumento da agitação marítima, que será de noroeste com quatro a cinco metros de altura significativa a partir do final de dia 2, podendo atingir cinco a seis metros no dia 5″, aponta o IPMA, aconselhando, devido a esta situação meteorológica, “o acompanhamento das previsões meteorológicas e dos avisos” nos próximos dias.

Sete distritos do continente vão estar na quinta-feira sob aviso laranja devido à previsão de agitação marítima forte, indicou o IPMA. Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso laranja entre as 03:00 e as 06:00 de quinta-feira por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste com cinco a sete metros, podendo atingir altura máxima de 14 metros.

Estes sete distritos vão estar sob aviso amarelo devido à agitação marítima até 00:00 de terça-feira e entre as 21:00 de quarta-feira e as 03:00 de quinta-feira. O IPMA colocou também sob aviso amarelo os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro e Braga devido à previsão de aguaceiros por vezes fortes, pontualmente de granizo e acompanhados de trovoada entre entre as 21:00 de terça-feira e as 03:00 de quarta-feira.

Também os distritos de Viseu e Vila Real vão estar sob aviso amarelo por causa da chuva forte entre as 00:00 e as 03:00 de quarta-feira. O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe “situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo francês sobrevive a duas novas moções de censura

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Em apenas 10 dias, o Governo da primeira-ministra Élisabeth Borne superou quatro moções de censura, tendo conseguido derrotar duas outras na madrugada do passado dia 21.

A esquerda e a extrema-direita francesas voltaram esta segunda-feira a não conseguir derrubar o Governo, depois de as respetivas moções de censura não terem obtido os 289 votos necessários para aprovação na Assembleia Nacional.

Em apenas 10 dias, o Governo da primeira-ministra Élisabeth Borne superou quatro moções de censura, tendo conseguido derrotar duas outras na madrugada do passado dia 21. No total, são já 22 as moções de censura superadas pelo Governo francês, nos 17 meses de legislatura.

As duas moções fracassadas – devido ao apoio que o Governo recebeu dos deputados da direita moderada do partido Os Republicanos – foram apresentadas pelo movimento de extrema-direita União Nacional, tendo obtido apenas 88 votos, e pelo partido de esquerda França Insubmissa e apoiada por uma parte dos seus aliados progressistas, que conseguiu 223 votos.

Os dois partidos – o segundo e o terceiro com maior representação na Assembleia – apresentaram a moção em resposta ao repetido recurso do Governo ao artigo 49.3 da Constituição. Este mecanismo permite ao Governo aprovar leis sem ter maioria suficiente na Assembleia Nacional e foi, por exemplo, o pretexto para as ruidosas manifestações contra a reforma do sistema de pensões.

Aliás, de todas as moções que o governo Borne superou, a que mais se aproximou do sucesso foi a de 20 de março, logo após a aprovação sem votação na Assembleia da polémica reforma das pensões. Nesse dia, alguns deputados do partido Os Republicanos juntaram-se à esquerda e à extrema-direita, ficando a apenas nove votos de fazer aprovar a moção de censura.

Em França, a figura da moção de censura serve apenas para derrubar um Governo, já que nesse momento não é apresentado nenhum candidato alternativo para suceder à solução política no poder.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sistema de avaliação da Função Pública “vai ser mais objetivo”, avança o STE

A presidente do STE destaca a evolução positiva nas negociações com o Governo quanto à revisão do SIADAP, mas diz que "as quotas continuam a ser o pecado original".

O sistema de avaliação dos funcionários públicos, que permite a progressão na carreira e, consequentemente, a melhoria dos salários, “vai ter alguns procedimentos mais objetivos no sentido de proteger mais o trabalhador avaliado”, adiantou esta segunda-feira a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Maria Helena Rodrigues, à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, no âmbito da revisão do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP).

“Alguns procedimentos vão ser mais claros, mais objetivos. Haverá uma portaria a especificar as competência e uma outra que irá trazer alguma clarificação do sistema, tornando-o mais justo”, afirmou a dirigente sindical.

Maria Helena Rodrigues salienta ainda “a evolução positiva quanto ao alargamento das quotas” de 25% para 30% para obter a nota de bom ou muito bom e de 5% para 10% na avaliação de excelente. Contudo, “as quotas continuam a ser o pecado original”, critica, defendendo antes “a revogação” deste tipo de sistema que “limita as progressões”.

Relativamente à redução dos pontos necessários para saltar um nível remuneratório, a presidente do STE considera a proposta do Governo insuficiente, que baixa dos atuais 10 para oito, defendendo antes seis pontos. Questionada se o Executivo mostrou abertura para reabrir esta matéria, Maria Helena Rodrigues responder: “Vamos ver”.

Haverá ainda uma reunião suplementar que deverá realizar-se a 15 de novembro, um dia depois do prazo limite para os partido com assento parlamentar entregarem propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024.

(Notícia atualizada às 19h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Putin acusa EUA de serem responsáveis pelo “caos mortal” no Médio Oriente

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

São as atuais elites dominantes dos Estados Unidos e os seus satélites, que são os principais beneficiários da instabilidade global", acusou o chefe de Estado russo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou esta segunda-feira os Estados Unidos de serem os responsáveis pelo “caos mortal” no Médio Oriente, após mais de três semanas de guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, que causou milhares de mortos.

Devemos compreender claramente quem, na realidade, são as fontes da tragédia dos povos do Médio Oriente e de outras regiões do mundo. São as atuais elites dominantes dos Estados Unidos e os seus satélites, que são os principais beneficiários da instabilidade global”, acusou o chefe de Estado russo, durante uma reunião governamental transmitida pela televisão russa.

Putin acusou também a Ucrânia e os “serviços especiais ocidentais” de terem instigado, “inclusive através das redes sociais”, o ataque no domingo à noite ao aeroporto na república russa do Daguestão, de maioria muçulmana, após um voo de Israel ter aterrado na região.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Netanyahu rejeita cessar-fogo com Hamas

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

"Os pedidos de cessar-fogo são apelos para que Israel se renda ao Hamas. Isto não vai acontecer", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, descartou esta segunda-feira um cessar-fogo na Faixa de Gaza, argumentando que seria “uma rendição ao Hamas”.

Os pedidos de cessar-fogo são apelos para que Israel se renda ao Hamas. Isto não vai acontecer”, disse Netanyahu numa conferência de imprensa em Telavive, instando a comunidade internacional a juntar-se ao seu país na exigência da libertação “imediata e incondicional” dos reféns detidos pelo Hamas no enclave palestiniano.

O grupo islamita Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SRS Legal tem dois novos sócios e um novo of counsel

Leonor Francisco e Nuno Calaim Lourenço são promovidos a sócios e Duarte Pirra Xarepe é promovido a of counsel.

A SRS conta, a partir de 1 de novembro, com dois novos sócios e um novo of counsel. Leonor Francisco e Nuno Calaim Lourenço são promovidos a sócios e Duarte Pirra Xarepe é promovido a of counsel.

Leonor Francisco, do Departamento Laboral e Segurança Social da SRS, tem uma carreira que se estende por cerca de 25 anos na área de Direito do Trabalho em Portugal. “A sua nomeação como sócia reconhece, não apenas a sua vasta experiência, competência e contributo para a SRS Legal, mas também o seu compromisso com a visão e valores da firma”, segundo comunicado do escritório.

Nuno Calaim Lourenço, do Departamento de Concorrência e União Europeia da SRS, traz consigo mais de 20 anos de experiência no Direito da Concorrência, tendo trabalhado não só em Portugal, mas também em Bruxelas. Com um percurso profissional que inclui uma passagem pela Comissão Europeia – na Direção-Geral da Concorrência -é tiitular de um LLM pela Queen Mary, University of London, e do grau de Mestre pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, concluiu em 2022 o seu Doutoramento, pela Universidade do Minho, com uma tese que aprofunda a relação entre a concorrência e a contratação pública. “A sua nomeação como sócio é um testemunho do seu conhecimento abrangente e do seu compromisso em fornecer soluções jurídicas de alta qualidade para os clientes da SRS Legal, alinhado com os valores e visão da firma”, segundo a SRS Legal.

Duarte Pirra Xarepe, também do Departamento de Concorrência e União Europeia da SRS, conta com cerca de 20 anos de experiência em Portugal e Espanha. Como membro do Círculo dos Advogados Portugueses de Direito da Concorrência, é um especialista reconhecido na área, contribuindo para o sucesso contínuo da SRS Legal. “A sua nomeação como Of Counsel permite à SRS manter uma oferta de orientação jurídica de alto nível na área, reconhecendo simultaneamente o profundo conhecimento e compromisso do Duarte”, diz o escritório.

Pedro Rebelo de Sousa, managing partner da SRS Legal, expressou a sua satisfação com estas nomeações, afirmando: “Estamos entusiasmados por podermos reconhecer o talento da Leonor, do Nuno e do Duarte, continuando a contar com todo o seu empenho e dedicação, agora noutro nível. A SRS está empenhada em desenvolver e fomentar o talento e a experiência dos seus profissionais, recompensando a sua dedicação com os clientes e colegas e o compromisso com a SRS Legal. Estou confiante de que estas promoções fortalecerão ainda mais a nossa capacidade de enfrentar os desafios atuais e futuros, bem como impulsionar o crescimento orgânico da SRS Legal.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.