Erdogan diz que integridade síria é “linha intocável” e exige retirada de Israel

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

O Presidente turco criticou ainda Israel na semana passada pelos seus planos de duplicar a população que vive na parte ocupada e anexada dos Montes Golã.

O Presidente turco defendeu esta segunda-feira que “a proteção da unidade e da integridade territorial da Síria em todas as circunstâncias é uma linha intocável” para o seu país e exigiu que Israel se retire das posições que já ocupou.

Recep Tayyip Erdogan criticou Israel na semana passada pelos seus planos de duplicar a população que vive na parte ocupada e anexada dos Montes Golã, que considerou uma tentativa de “expandir as suas fronteiras” após a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria. Israel capturou parte dos Montes Golã, no sudoeste da Síria, durante a guerra israelo-árabe de 1967, antes de anexar o território em 1981.

Poucas horas depois da queda do Presidente sírio, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou ao Exército que ocupasse a zona tampão, controlada pela ONU, que separa os dois países no planalto dos Golã. Israel justificou que a sua presença na região era um “passo limitado e temporário” por razões de segurança e que iria acabar por se retirar “mais tarde ou mais cedo”.

Erdogan indicou ainda que a Turquia continuará a levar a cabo a sua ofensiva contra as “organizações terroristas” no norte da Síria, em operações realizadas com “precisão cirúrgica, sem causar danos aos civis”. Poucos dias antes, um observador tinha dado conta da morte de cinco civis no nordeste da Síria, mortos por um ‘drone’ turco.

Dois jornalistas curdos foram mortos em circunstâncias semelhantes, enquanto cobriam confrontos entre combatentes apoiados por Ancara e militares curdos. Desde a queda de Bashar al-Assad, em 8 de dezembro, Ancara apoia uma ofensiva de grupos armados contra as forças curdas que controlam a parte do norte da Síria.

A Turquia vê nas Forças Democráticas Sírias (FDS), grupo liderado pelos curdos e apoiado pelos Estados Unidos, como uma extensão do seu inimigo na região, o PKK. Os combatentes pró-turcos turcos insistem que nunca têm civis como alvo, apenas grupos que consideram terroristas.

“O PKK e as suas extensões serão dissolvidos ou destruídos. O tempo está a esgotar-se para eles, o fim está próximo. Eles não podem escapar dele”, ameaçou o Presidente turco. Os novos confrontos na Síria surgem na sequencia do colapso há duas semanas do regime de Bashar al-Assad, após uma operação relâmpago de uma aliança de rebeldes liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS).

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Alemanha confirma entrega de um dos maiores pacotes de armamento à Ucrânia

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

A entrega das armas fez deste um dos maiores pacotes de assistência militar da Alemanha desde o início da invasão russa.

A Alemanha confirmou o fornecimento à Ucrânia de uma série de armas e equipamentos militares, incluindo 15 tanques Leopard 1 A5, 30 veículos blindados resistentes a minas e 52 mil projéteis de artilharia de 155 mm.

A entrega das armas fez deste um dos maiores pacotes de assistência militar da Alemanha desde o início da invasão russa, informou a agência noticiosa ucraniana Ukrinform, citando a lista online de armas e equipamento militar que o governo alemão atualizou esta segunda-feira.

O pacote incluía também um sistema IRIS-T SLM e um IRIS-T SLS com mísseis (foram entregues seis sistemas no total), cuja entrega foi confirmada anteriormente pelos líderes dos países, bem como dois lançadores de sistemas de defesa aérea “Patriot”, dois radares aerotransportados e dois canhões antiaéreos autopropulsados Gepard, com 65.000 cartuchos.

Foram também entregues um obus de propulsão própria PzH 2000, cinco sistemas de desminagem controlados remotamente e uma quantidade não especificada de munições para os tanques Leopard 2 e Leopard 1, bem como vários drones, metralhadoras, espingardas de precisão e outros tipos de armas, equipamentos e munições.

No total, a República Federal da Alemanha concedeu ou comprometeu-se a conceder até à data 28 mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia, segundo o governo.

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Belenenses e ex-SAD chegam a acordo sobre direitos de titularidade

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

A ex-SAD deixa de ter "qualquer direito de titularidade, de uso ou qualquer outro sobre o nome, as marcas, os símbolos, o hino, o lema, a história e qualquer outro elemento figurativo".

O Belenenses e a antiga SAD chegaram a um acordo total quanto a direitos de titularidade, anunciou esta segunda-feira o clube lisboeta, encerrando um diferendo de vários anos com a BSAD e podendo constituir nova sociedade desportiva.

“O Clube de Futebol ‘Os Belenenses’ informa os seus associados, adeptos, simpatizantes e toda a comunidade desportiva que alcançou um acordo global com a antiga BSAD – Sociedade Desportiva de Futebol, que também já foi Piedade Desportivo SAD e é atualmente a Portalegrense, SAD (BSAD)”, pode ler-se em comunicado.

Neste acordo, “a BSAD declara que não tem qualquer direito de titularidade, de uso ou qualquer outro sobre o nome, as marcas, os símbolos, o hino, o lema, a história e qualquer outro elemento figurativo (Cruz de Cristo) ou nominativo (Belenenses, CFB ou Belém) do património material ou imaterial”, bem com o “elementos confundíveis com os mesmos”.

Da mesma forma, o palmarés das equipas que atuavam sob a BSAD entre 12/12/2002 e 30/06/2018 pertencem ao Belenenses, por terem jogado no Estádio do Restelo, em Lisboa, apresentando-se como sendo o clube e com a Cruz de Cristo ao peito. Em síntese, o clube que atualmente milita na Liga 3 conseguiu, afirma, “recuperar o futebol profissional”, separar-se da BSAD e “constituir uma nova sociedade desportiva, limpa de passivo”.

“Com a criação da nossa nova sociedade desportiva criámos um ativo desportivo, económico e financeiro muito relevante que transita para as gerações vindouras de Belenenses”, acrescentam. Assim, o emblema de Belém dá conta da “demonstração de força e capacidade de resistência do movimento associativo”, numa “luta única na história do desporto mundial”, fechando vários processos judiciais que “ameaçavam arrastar-se nas salas dos tribunais”.

Em 2014, foi rescindido o acordo parassocial entre clube e SAD, gerando um ‘divórcio’ que se arrastou durante uma década, com a BSAD a partir para o Estádio Nacional, no Jamor, em 2018, e o Belenenses a formar uma equipa para competir na distrital de Lisboa.

A separação jurídica sucedeu em 2019, com uma venda de 10% de participação social na sociedade anónima que o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou em 2022, fechando agora um capítulo no histórico emblema português.

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Honda e Nissan ‘trocam alianças’ mas Renault tem uma palavra a dizer

A fabricante francesa, principal acionista da Nissan, não se comprometeu com um voto favorável à fusão e diz que "irá considerar todas as opções".

A Renault ainda não decidiu o que vai fazer em relação ao negócio que deverá criar o terceiro maior fabricante automóvel do mundo. Enquanto principal acionista da Nissan, a multinacional francesa tem voto na matéria e, por enquanto, parece querer distanciar-se de uma tomada de posição sobre a fusão com a Honda, na qual a Mitsubishi estará também envolvida.

O grupo automóvel de Boulogne-Billancourt, horas após o anúncio da assinatura que dá início às negociações entre as empresas japonesas, disse apenas que “reconhece os anúncios feitos hoje pela Nissan e pela Honda” e lembrou que “ainda estão numa fase inicial”.

Como principal acionista da Nissan, o grupo Renault irá considerar todas as opções com base no melhor interesse do grupo e dos seus stakeholders” e “continua a executar a sua estratégia e a implementar projetos que criem valor para o grupo, incluindo projetos já lançados no âmbito da aliança” com a Nissan.

A Nissan e a Honda planeiam estabelecer, através de uma transferência conjunta de ações, uma holding que funcionará como casa-mãe de ambas. No entanto, a transação está sujeita a aprovação em assembleia geral de acionistas de cada empresa – portanto, ao voto da Renault – bem como às aprovações regulatórias necessárias (e comuns numa operação desta natureza).

Certo é que só daqui a meio ano as empresas preveem que se proceda à assinatura do acordo definitivo para a integração (incluindo o plano de transferência de ações), seguindo-se uma assembleia geral extraordinária apenas em abril de 2026.

Lights out na véspera da Consoada

Esta manhã foi rubricado o memorando de entendimento que dá a lights out [“início da corrida”] ao processo. Este negócio no setor automóvel, se for bem-sucedido, poderá ser o maior depois da fusão entre o grupo francês PSA e Fiat-Chrysler, que criou a Stellantis, em 2021. Isto porque, no ano passado, a Honda fez quatro milhões de carros e a Nissan produziu 3,4 milhões, enquanto a Mitsubishi Motors fabricou cerca de um milhão e, assim, iriam aglomerar todos estes números na nova holding.

Na terça-feira veio a público que a Honda e a Nissan estariam a preparar-se para iniciar negociações para uma eventual fusão. A junção de forças na indústria dos motores criaria um gigante avaliado em mais de 50 mil milhões de dólares (cerca de 480 mil milhões de euros) e permitiria que as duas empresas enfrentassem a gigante Toyota – que tem parcerias com as nipónicas Subaru, Suzuki e Mazda, a alemã Volkswagen e só em 2023 lançou 11,5 milhões de veículos no mercado – além das principais concorrentes internacionais, Tesla e BYD.

Inicialmente, a Bloomberg avançou que a fusão entre as fabricantes automóveis japonesas Honda e Nissan podia contar com mais uma empresa interessada, além da Mitsubishi: a principal parceira de produção da Apple, a Foxconn. Segundo publicações locais, a empresa taiwanesa, formalmente designada Hon Hai Precision Industry, estaria disponível para investir mais no mercado dos carros elétricos, depois dos investimentos realizados em fábricas destes veículos.

Carlos Ghosn lança críticas: Nissan está em “modo pânico”

Carlos Ghosn, ex-chairman da Nissan, foi uma das vozes críticas ao potencial negócio que tem estado a marcar a última semana no setor automóvel. O antigo presidente da Nissan, que foi acusado de crimes financeiros na empresa e acabou por fugir para o Líbano, considera que a fusão entre a Honda e a Nissan para competir no mercado de elétricos significa que a Nissan está em “modo pânico”.

“É um movimento de desespero (…). Não é um acordo pragmático porque, francamente, as sinergias entre as duas empresas são difíceis de encontrar”, afirmou Carlos Ghosn à Bloomberg Television. No entanto, tanto a Nissan como a Honda têm interesses em comum: crescer no mercado dos veículos elétricos, fazer frente à Toyota e às concorrentes internacionais, como Tesla e BYD.

Prestes a completar cinco anos desde que fugiu do Japão, a 29 de dezembro de 2019, o antigo presidente do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn deu esta segunda-feira uma conferência de imprensa e intensificou os alertas. “A primeira coisa para onde se olha quando se quer imaginar uma aliança ou parceria é a complementaridade entre os dois parceiros”, referiu o empresário franco-brasileiro de origem libanesa, mostrando dúvidas sobre essas complementaridades, quando questionado por videoconferência organizado pelo The Foreign Correspondents Club of Japan.

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Governo assegura que “não dirige, não encomenda operações” policiais

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

O secretário de Estado Telmo Correia considerou que as forças de segurança "são exemplares no trabalho em toda e qualquer circunstância" e afastou qualquer intromissão do Governo.

O secretário de Estado da Administração Interna assegurou esta segunda-feira que o Governo não determina nem se intromete na atuação das forças de segurança e disse que operações policiais preventivas, como a de quinta-feira no Martim Moniz, “sempre existiram”.

“O Governo não dirige operações, não encomenda operações e, muito menos, diz à polícia como é que atua em cada cenário”, disse, em declarações aos jornalistas, Telmo Correia, que esteve a acompanhar uma ação de fiscalização da Polícia de Segurança Pública (PSP), no âmbito da campanha “Festas Mais Seguras”, na Ponte 25 de Abril, em Almada.

Questionado sobre a operação policial, na quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, o secretário de Estado considerou que as forças de segurança “são exemplares no trabalho em toda e qualquer circunstância” e afastou qualquer intromissão do Governo. Em resposta a algumas críticas, Telmo Correia disse ainda que operações preventivas como aquela “sempre existiram” e este ano o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP realizou mais de 90.

“O que é errado, do meu ponto de vista, é tentarmos transformar isto num caso. Sobretudo, num caso político”, afirmou, considerando que “insinuar que os diretores ou os comandos dos polícias são instrumentalizados politicamente é surreal”. Da parte do Governo, Telmo Correia reforçou que não são determinadas operações, mas apenas uma orientação política “e a orientação política deste Governo é clara: a segurança é uma prioridade e queremos mais polícia, com mais visibilidade”.

Na quinta-feira, durante a tarde, um forte dispositivo policial cercou a rua do Benformoso onde há uma grande comunidade de cidadãos do subcontinente indiano, e revistou centenas de pessoas, tendo detido duas pessoas. A ação da PSP tem sido criticada por associações de imigrantes, grupos antirracistas e várias forças políticas, que acusam a força policial de estar ao serviço da propaganda do governo contra os cidadãos estrangeiros irregulares.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também considerou que as ações da polícia devem ser feitas com recato.

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Conflito já vitimou mais de 3 mil soldados norte-coreanos, diz Zelensky

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

Números excedem em muito as estimativas do Estado-Maior do Exército sul-coreano, que adiantou que mais de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos enquanto lutavam ao lado da Rússia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta segunda-feira que mais de três mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates com as forças ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk. “De acordo com as informações iniciais, o número de soldados norte-coreanos mortos ou feridos na região de Kursk já ultrapassou os 3.000”, disse Zelensky, numa mensagem na rede social X.

Estes números excedem em muito as estimativas do Estado-Maior do Exército sul-coreano, que adiantou que mais de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos enquanto lutavam contra a Ucrânia ao lado da Rússia. Confrontada com a invasão russa durante quase três anos, a Ucrânia lançou um ataque surpresa na região de Kursk no início de agosto, a primeira ofensiva terrestre em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar as forças russas, segundo os ocidentais. Esta segunda, Zelensky corroborou as declarações de Seul sobre o provável fornecimento de novas tropas e armas norte-coreanas à Rússia.

“Há riscos de a Coreia do Norte enviar tropas e equipamento militar adicionais para o Exército russo”, avisou Zelensky, prometendo “respostas tangíveis” por parte de Kiev. O Estado-Maior do Exército sul-coreano disse ainda ter observado preparativos que fazem acreditar que a Coreia do Norte se prepara para enviar novas tropas para a Rússia, como reforços ou para socorrer os que já combatiam.

Os serviços de informações sul-coreanos acreditam que a Coreia do Norte “está a produzir e a entregar ‘drones'” à Rússia. Segundo a Ucrânia, o Exército russo lançou “operações ofensivas intensas na região de Kursk em meados de dezembro, utilizando ativamente unidades do Exército norte-coreano”, que já “sofreram pesadas perdas”.

O Presidente russo, Vladimir Putin, durante a sua conferência de imprensa anual, em 19 de dezembro, admitiu que não podia especificar quando é que o seu Exército conseguiria repelir as forças ucranianas da região de Kursk, mas mostrou-se confiante na vitória das forças controladas por Moscovo.

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Governo dos Açores propõe alterações ao sistema de avaliação de funcionários públicos

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

A avaliação dos trabalhadores deverá passar a ser anual e em cada ciclo avaliativo deverá haver “uma formação específica, obrigatória, ligada às competências a desenvolver”, indica o governo regional.

O Governo Regional dos Açores quer tornar a avaliação do desempenho dos funcionários públicos mais objetiva e responsabilizar as chefias, através de um projeto de decreto legislativo regional que introduz alterações ao sistema existente, anunciou esta segunda-feira o executivo.

“Mais chefias devem ser responsáveis, devem saber fazer a análise, devem saber dar as notas justas a cada funcionário e não o mais fácil que é dar cinco ou quatro a todos. Isso não é uma avaliação”, afirmou, em declarações aos jornalistas, o vice-presidente do executivo açoriano (PSD/CDS/PPM), Artur Lima.

O governante falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, após a leitura do comunicado do Conselho do Governo, que se reuniu na sexta-feira, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. Uma das decisões do Conselho do Governo foi a aprovação de uma proposta de decreto legislativo regional que introduz alterações ao diploma que estabelece o Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho da Administração Pública Regional dos Açores (SIADAPRA).

A avaliação dos trabalhadores deverá passar a ser anual e em cada ciclo avaliativo deverá haver “uma formação específica, obrigatória, ligada às competências a desenvolver”, que terá efeitos na avaliação. As menções de avaliação dos trabalhadores serão redefinidas, em consonância com o que acontece a nível nacional, passando a ser: inadequado, regular, bom, muito bom e excelente.

“Queremos que haja critérios objetivos e que o excelente seja absolutamente excecional nesse sistema de avaliação”, salientou Artur Lima. “O chefe terá de dar uma avaliação justa a quem a merece e também não deve haver nenhum problema, quando um funcionário não desempenha as suas funções, ter inadequado”, acrescentou.

Segundo o vice-presidente, o sistema deverá ser “mais rápido”, mas também “mais objetivo” e com maior responsabilização dos cargos de chefia. “Não dispensa o dirigente ter contacto com os funcionários, saber o que fazem, acompanhar a sua evolução diária, a sua produtividade, há uma responsabilização em cadeia. Deve começar da chefia para o funcionário”, apontou.

O Conselho do Governo aprovou também uma proposta de decreto legislativo regional que aprova o regime jurídico da avaliação de impacte do licenciamento ambiental. Segundo Artur Lima, a iniciativa visa harmonizar a legislação que existia nos Açores, aprovada em 2010, com a legislação entretanto atualizada a nível nacional e europeu.

“Vem facilitar, harmonizar e tornar menos restritivo o licenciamento de impacto ambiental”, adiantou. O governante assegurou que a nova legislação mantém como objetivo a sustentabilidade, mas disse que há regras que eram aplicadas há 14 anos “que agora não faz sentido serem aplicadas”.

Outra das decisões do Conselho do Governo foi o reforço em dois milhões e 175 mil euros da comparticipação financeira no contrato-programa para as obras no Porto das Pipas, em Angra do Heroísmo. A intervenção, que passa a contar com um montante total superior a 9,8 milhões de euros, prevê a requalificação da gare de passageiros.

“O objetivo é de facto aumentar o investimento para a gare de passageiros, para a rampa ro-ro [roll-on/roll-off], mas também reorganizar aquele espaço, que realmente neste momento é um bocadinho caótico, para que os passageiros e os utilizadores do Porto das Pipas possam circular com segurança”, explicou o vice-presidente do Governo Regional.

Questionado sobre o reforço superior a dois milhões de euros, Artur Lima disse que resulta do aumento de preços. A infraestrutura foi alvo de obras de requalificação, iniciadas pelo último governo do PS, que passaram pelo aumento do cais, pelo prolongamento do manto de proteção ao muro de cortina existente e pela construção de uma rampa ro-ro, no entanto, não foi construída uma gare de passageiros.

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Observatório de Segurança Interna viu as “melhores práticas” na operação da PSP no Martim Moniz

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

A estratégia de "fecho da rua e revista de pessoas" constitui "uma ação comum em diversos pontos do país, incluindo o Martim Moniz", indica o Observatório de Segurança Interna.

O Observatório de Segurança Interna (OSI) considera que a operação policial, na quinta-feira no Martim Moniz, obedeceu às boas práticas de ações deste tipo e rejeitou as críticas de excesso por parte de vários setores da sociedade civil.

No que respeita à operação que decorreu na semana passada, “até o momento não há indícios de qualquer ilegalidade no seu desenvolvimento”, refere o OSI em comunicado divulgado esta segunda-feira, considerando que a estratégia, “fecho da rua e revista de pessoas”, constitui “uma ação comum em diversos pontos do país, incluindo o Martim Moniz”.

Para o OSI, “o cidadão comum não tem a obrigação de conhecer ou compreender os procedimentos operacionais das forças de segurança”, mas “este desconhecimento, por vezes, gera críticas baseadas em interpretações subjetivas dos factos ou, em alguns casos, influenciadas por motivações políticas ou ideológicas”.

A zona tem sido palco de um número elevado de denúncias de ocorrências, desde furtos e roubos com recurso a armas brancas até episódios de violência, como apedrejamentos a viaturas policiais ou um homicídio”, recorda o OSI, que justifica assim a “intervenção mais contundente das autoridades”.

O objetivo não era “realizar detenções em massa”, mas sim “demonstrar uma presença policial firme, atenta e determinada, transmitindo à comunidade a mensagem de que as autoridades estão vigilantes e comprometidas com a segurança local”, considera o OSI, salientando que esta “abordagem preventiva”, embora mais visível, é uma das estratégias das “operações mais intensas e de maior impacto”, no âmbito do “policiamento de proximidade”.

Para o observatório, “a postura adotada pelas forças de segurança foi orientada pelos procedimentos operacionais vigentes, bem como pelas diretrizes internacionais das melhores práticas de intervenção policial, seguindo os procedimentos adotados em instituições como a Interpol, Europol e FBI”.

Na quinta-feira, durante a tarde, um forte dispositivo policial cercou a rua do Benformoso, em Lisboa, onde há uma grande comunidade de cidadãos do subcontinente indiano, e revistou centenas de pessoas, tendo detido duas pessoas.

A ação da PSP tem sido criticada por associações de imigrantes, grupos antirracistas e várias forças políticas, que acusam a força policial de estar ao serviço da propaganda do governo contra os cidadãos estrangeiros irregulares. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também considerou que as ações da polícia devem ser feitas com recato.

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Trabalhadores da Silopor em greve na quinta e sexta-feira

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

Os trabalhadores da Silopor "fazem greve pela manutenção da empresa no setor empresarial do Estado, com gestão pública e pela recuperação do tempo de serviço congelado no período da troika”.

Os trabalhadores da Silopor estarão em greve na próxima quinta e sexta-feira, exigindo a manutenção da empresa no setor empresarial do Estado, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).

“Nos próximos dias 26 e 27 de dezembro, os trabalhadores da Silopor fazem greve pela manutenção da empresa no setor empresarial do Estado, com gestão pública e pela recuperação do tempo de serviço congelado no período da troika”, lê-se na mesma nota.

O CESP disse que “os trabalhadores da Silopor e a própria empresa continuam desconhecidos na opinião pública e também junto de muitos dos nossos governantes”, lembrando que é uma “empresa estratégica” que “armazena mais de 58% do cereal consumido em Portugal, e como tal é uma empresa fundamental até para o controlo de preços nas indústrias das rações e da panificação”.

O CESP disse ainda que o “Governo, com esta atitude, parece querer impor uma solução que prejudica os trabalhadores e o país” e exigiu ser recebido pelo primeiro-ministro, “face à falta de respostas concretas do Ministério das Finanças”.

O CESP defende que, “estando saldada toda a dívida herdada da EPAC (que colocou a Silopor em liquidação em 2000), deve ser revogado o decreto-lei que coloca a Silopor em liquidação — e a Silopor deve ser mantida na esfera do setor empresarial do Estado, com garantia de que a gestão continua a ser pública, prolongando o contrato de concessão para o limite dos 75 anos (como, aliás, já ocorreu com outras empresas que operam nos portos do nosso país)”.

O sindicato disse ainda que não aceita “soluções que passem por privatizações encapotadas”. Além da manutenção como empresa do setor empresarial do Estado, os trabalhadores da Silopor exigem a “contagem integral do tempo de serviço com reposição na carreira dos trabalhadores do tempo congelado no período da troika” e o “aumento dos salários de todos os trabalhadores em 15%, no mínimo 150 euros”.

Em liquidação desde 2001 por decisão da Comissão Europeia, mas a dar lucro desde 2016, a Silopor pertence ao setor empresarial do Estado e é gerida por uma comissão liquidatária cujo mandato foi prolongado até junho de 2025, a mesma altura em que acaba o contrato de concessão do Porto de Lisboa à empresa.

 

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Fundo Crest passa a ser acionista da empresa de betão Vigobloco

O empresário Manuel Saraiva dos Santos detém a participação maioritária na firma de Ourém. O controlo passa a ser conjunto, segundo a notificação à Autoridade da Concorrência.

O fundo de investimento de capital de risco Crest II, gerido pela sociedade Crest Capital Partners, e o empresário português Manuel Saraiva dos Santos notificaram esta segunda-feira a Autoridade da Concorrência sobre o controlo conjunto da empresa Vigobloco, que faz pré-fabricados de betão.

Isso significa que o fundo entra no capital da Vigobloco, uma empresa de Ourém que se dedica à conceção, produção e montagem de estruturas pré-fabricadas de betão para construção civil. Por sua vez, Manuel Saraiva dos Santos, acionista maioritário da Vigobloco, já detinha cerca de 50% da firma.

A sociedade de venture capital que fez este acordo com Manuel Saraiva dos Santos tem sob gestão, além do fundo através do qual está a fazer o negócio, mais dois fundos de private equity: o Fundo Crest I – FCR e o Crest Agro I – FCR. São esses os veículos de investimento pelos quais avançou para a aquisição da Frutas Lurdes, uma empresa que atua na exploração de pomares de citrinos, e da dona da bilheteira online BOL em conjunto com a SIC.

A Vigobloco é uma empresa familiar, tanto que outros membros da família Saraiva fazem parte do quadro de acionistas, nomeadamente Filipe Manuel das Neves Saraiva e Nélia Fernandes das Neves Saraiva. Fundada em 1977, fatura cerca de 22 milhões de euros por ano, de acordo com a informação de consultoras especializadas consultada pelo ECO.

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Dois ex-primeiros-ministros entram na nova equipa governamental de Bayrou

O recém nomeado primeiro-ministro francês, François Bayrou, já tem equipa para começar a governar. Primeiro Conselho de Ministros marcado para 3 de janeiro.

Já é conhecida a composição do novo Governo francês liderado pelo novo primeiro-ministro, François Bayrou. O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo secretário-geral do Palácio do Eliseu, Alexis Kohler, que deu a conhecer o quadragésimo sexto elenco governativo que toma posse em janeiro, após a queda do Governo de Michel Barnier. O primeiro Conselho de Ministros está marcado para 3 de janeiro de 2025, revela o Le Monde.

Sébastien Lecornu (Ministro das Forças Armadas), Catherine Vautrin (Ministra do Trabalho) e Bruno Retailleau (Ministro do Interior) são alguns dos nomes que se mantêm no nome executivo, mas há dois ex-primeiro-ministros que se juntam ao elenco: Elisabeth Borne (Ministra do Estado e da Educação), que esteve no cargo entre entre maio de 2022 e janeiro de 2024, e Manuel Valls (Ministro do Estado dos Territórios Ultramarinos) que esteve à frente do governo francês entre 1 de abril em 2014 e 6 de dezembro de 2016.

Depois, há outros que resistiram à queda do Governo de Barnier, de acordo com o Le Monde: Jean-Noël Barrot (Ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros); Sébastien Lecornu (Ministro das Forças Armadas); Rachida Dati (Ministra da Cultura); Annie Genevard (Ministra da Agricultura e da Soberania Alimentar) e Agnès Pannier-Runacher (Ministra da Transição Ecológica, da Biodiversidade, das Florestas, do Mar e das Pescas).

A juntarem-se aos dois antigos governantes estão também Gérald Darmanin (Ministro da Justiça); François Rebsamen (Ministro do Planeamento Regional e da Descentralização); Eric Lombard (Ministro da Economia, das Finanças e da Soberania Industrial e Digital); Laurent Marcangeli (Ministro da Ação Pública, da Função Pública e da Simplificação) e Marie Barsacq (Ministra do Desporto, da Juventude e do Voluntariado), indica o jornal francês.

O novo Governo de França surge assim cerca de duas semanas depois de Emmanuel Macron ter anunciado o novo primeiro-ministro. François Bayrou, de 73 anos, é um antigo aliado de Macron, que, depois de ter concorrido às Presidenciais de 2002, 2007 e 2012, decidiu apoiar o atual Chefe de Estado francês nas eleições de 2017, sendo um dos nomes apontados para ser o próximo inquilino do Hôtel Matignon, a residência oficial do primeiro-ministro de França.

O escolhido pelo Presidente francês para suceder a Michel Barnier no cargo de primeiro-ministro foi também ministro da Educação entre 1993 e 1997, além de ter sido membro da Assembleia Nacional durante quase duas décadas e deputado no Parlamento Europeu. Até esta sexta-feira, era presidente da Câmara de Pau, uma comuna dos Pirenéus Atlânticos.

François Bayrou torna-se, assim, o sexto primeiro-ministro de França desde que Emmanuel Macron chegou ao Palácio do Eliseu. Mas o político veterano vai agora precisar do apoio de uma maioria dos deputados na Assembleia Nacional para conseguir permanecer no cargo.

Notícia atualizada pela última vez às 18h26

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Nove urgências fechadas na consoada, 12 no dia de Natal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2024

Mo total irão estar fechados na véspera de Natal nove serviços, oito vão estar com restrições e 191 estarão abertos.

Nove serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia e de Pediatria estarão encerrados na terça-feira, número que sobe para 12 no dia de Natal, segundo as Escalas de Urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na véspera de Natal está previsto o encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Vila Franca de Xira, do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e do Hospital de Portimão (Obstetrícia), segundo dados consultados pela agência Lusa às 16:30 no Portal do SNS.

Estarão também encerrados os serviços de urgência Pediátrica dos hospitais de Faro, do Barreiro, de Loures, do Hospital Distrital de Águeda e do Serviço de Urgência Básica de São Pedro do Sul, unidade que também terá encerrada a urgência geral. Segundo as escalas de urgência do SNS, no total irão estar fechados na véspera de Natal nove serviços, oito vão estar com restrições e 191 estarão abertos.

No dia de Natal, somam-se a estes encerramentos o fecho da urgência Pediátrica do Hospital de Faro, assim como a urgência de Ginecologia e a urgência geral e pediátrica do Serviço de Urgência Básica de Vila Nova de Foz Côa.

Neste período, o Hospital Amadora-Sintra tem a urgência Pediátrica reservada, entre as 00:00 e as 20:00, aos casos de urgência internos ou referenciados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela linha SNS24 (808242424).

Este hospital também tem referenciado o serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia, assim como o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, o Hospital Beatriz Ângelo, o Hospital Santa Maria, em Lisboa e o Centro Materno Infantil do Norte.

O serviço de urgência destas especialidades no Hospital Garcia de Orta, em Almada, está referenciado apenas para as urgências internas e casos encaminhados pelo CODU. No total, estarão abertos no Dia de Natal 188 serviços de urgência, enquanto 12 estão fechados e oito referenciados.

Desde há uma semana que as grávidas têm de ligar para a linha SNS Grávida antes de recorrerem à urgência de obstetrícia e ginecologia dos hospitais que aderiram ao projeto que arrancou em fase piloto em 11 Unidades Locais de Saúde (ULS), maioritariamente em Lisboa e Vale do Tejo, e em três unidades que aderiram voluntariamente ao projeto.

Desafiada hoje a fazer um balanço da primeira semana do novo modelo de funcionamento destas urgências, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse ser preciso um “histórico maior”, de várias semanas, para apresentar esses dados. Adiantou, contudo, que foi possível identificar “pequenos constrangimentos e resolvê-los”, comentando que o processo está a ser feito com “muita calma, com muita prudência, com muito bom senso”.

“Vamos avaliar como é que vão correr estes meses e depois faremos o nosso balanço e veremos se é algo que podemos alargar também a todo o país”, disse a ministra aos jornalistas, à margem da cerimónia de entrega do edifício do novo Hospital de Sintra pela Câmara de Sintra ao SNS.

Na sua intervenção na cerimónia, Ana Paula Martins afirmou que, no âmbito do plano de inverno, o ministério está a gerir com os hospitais de todo o país os serviços de urgência e os cuidados de saúde primários, sendo o objetivo que ninguém fique sem acesso ao SNS. Mas esse acesso é através de um modelo de funcionamento em rede e acautelando que “os meios adequados estão disponíveis onde e quando é preciso”.

“É uma grande transformação, talvez a terceira maior transformação que a área de obstetrícia e ginecologia já teve nestes últimos 45 anos ou mais”, comentou. Essa “grande transformação” começou com os anteriores governo e Direção Executiva do SNS, mas agora está a ser expandida ao país em áreas como a Obstetrícia e “daqui a muito pouco tempo também à pediatria”.

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