Taxa Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 11:33

Esta quarta-feira, as taxas Euribor desceram em todos os prazos: a três meses para 2,021%, a seis meses para 2,069% e a 12 meses para 2,089%.

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira e manteve-se acima de 2% nos três prazos. Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 2,021%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,069%) e a 12 meses (2,089%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu para 2,069%, menos 0,010 pontos do que na terça-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também baixou, ao ser fixada em 2,089%, menos 0,019 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu para 2,021%, menos 0,021 pontos do que na sessão anterior.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente.

As médias mensais da Euribor voltaram a cair em junho nos dois prazos mais curtos, menos intensamente do que nos meses anteriores e de forma mais acentuada a três meses. Já a 12 meses, a média mensal da Euribor manteve-se em 2,081%. A média da Euribor em junho desceu 0,103 pontos para 1,984% a três meses e 0,066 pontos para 2,050% a seis meses.

Na última reunião de política monetária em 4 e 5 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%. Esta descida foi a oitava desde que a instituição liderada por Christine Lagarde iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano. A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Preços das casas disparam 18,7% no primeiro trimestre na maior subida em seis anos

A subida dos preços da habitação voltou a bater um recorde, com a Grande Lisboa a continuar a liderar os preços mais elevados, enquanto o volume de transações cresceu 24,9%.

O mercado imobiliário nacional registou no primeiro trimestre de 2025 a maior escalada de preços desde que o Instituto Nacional de Estatística (INE) começou a medir estes dados em 2019, com quatro concelhos a ultrapassarem os 20% de crescimento homólogo. A Grande Lisboa continua a liderar os preços mais elevados, enquanto o volume de transações cresce 24,9%.

Com uma variação homóloga de 18,7%, o preço mediano por metro quadrado das casas transacionadas em Portugal acelerou face aos 15,5% registados no trimestre anterior, estabelecendo um novo recorde histórico.

Esta escalada representa “a variação mais elevada desde o início da série (1.º trimestre de 2019)”, segundo o documento oficial do INE divulgado esta terça-feira, confirmando o que muitos analistas do setor já antecipavam: o mercado imobiliário português continua numa trajetória ascendente imparável, mesmo face ao cenário económico global de incertezas.

Os preços da habitação aceleraram em 16 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes no primeiro trimestre, sendo que quatro concelhos se destacaram ao registarem aumentos acima dos 20%.

O preço mediano dos 40.163 alojamentos familiares transacionados em Portugal no primeiro trimestre fixou-se nos 1.951 euros por metro quadrado (€/m²), um valor que representa não apenas uma subida homóloga de 18,7%, mas também um aumento de 4,3% face ao último trimestre de 2024 e quase o dobro dos 1.065€/m² praticados há seis anos.

Além disso, os números do INE revelam que nos primeiros três meses do ano o número de transações de alojamentos familiares em Portugal aumentou 24,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, apesar de ter ficado 9% abaixo das mais de 44 mil transações realizadas no último trimestre de 2024, seguindo o padrão sazonal típico do setor imobiliário, onde o início do ano tradicionalmente regista menor atividade.

Subida dos preços supera 20% em quatro concelhos

“As sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro)”, sublinha também o relatório do INE, evidenciando como as zonas mais procuradas continuam a concentrar os investimentos tanto nacionais quanto estrangeiros.

A análise municipal revela que “os preços da habitação aceleraram em 16 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes” no primeiro trimestre, sendo que quatro concelhos se destacaram ao registarem aumentos acima dos 20% de crescimento homólogo. Santa Maria da Feira liderou este pelotão com uma impressionante subida de 27,0%, seguida pela Maia (22,7%), Guimarães (22,7%) e Vila Nova de Famalicão (22,6%)1. Oeiras, com 21,4%, completa o grupo dos municípios que registaram as maiores acelerações.

O documento do INE destaca que “os municípios de Santa Maria da Feira (mais 15,8 pontos percentuais) e de Cascais (mais 14,8 pontos percentuais) apresentaram os maiores acréscimos” quando se compara a variação homóloga do primeiro trimestre de 2025 com a do quarto trimestre de 2024, demonstrando como a dinâmica de preços varia significativamente entre diferentes territórios.

Por outro lado, “a maior diminuição na taxa de variação homóloga ocorreu no município do Funchal (-30,2 pontos percentuais)”, enquanto “os municípios de Lisboa e do Porto registaram decréscimos de 1,1 pontos percentuais e 2 pontos percentuais nas taxas de variação homólogas do quarto trimestre do ano passado para o primeiro trimestre de 2025”, sugerindo alguma estabilização nos principais centros urbanos.

No topo da hierarquia dos preços mais elevados, destaque para “os municípios de Lisboa (4.492€/m²), Cascais (4.477€/m²), Oeiras (3.983€/m²), Porto (3.066€/m²) e Odivelas (3.048€/m²) apresentaram os preços da habitação mais elevados”, com todos acima dos 3 mil €/m². A análise por sub-regiões confirma o domínio da Grande Lisboa, que com 3.183€/m² lidera destacadamente, seguida pelo Algarve (2.929€/m²), pela Região Autónoma da Madeira (2.518€/m²), pela Península de Setúbal (2.325€/m²) e pela Área Metropolitana do Porto (2.154€/m²).

No extremo oposto, “a sub-região Beiras e Serra da Estrela apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (698€/m²)”, evidenciando o fosso que se mantém entre o interior e as zonas costeiras e metropolitanas.

Um dos aspetos mais significativos dos dados do INE referente ao primeiro trimestre é o facto de “o preço mediano da habitação ter aumentado, em relação ao período homólogo de 2024, nas 26 sub-regiões NUTS III, destacando-se o Alto Alentejo com o maior crescimento (51,6%)”. Esta generalização dos aumentos confirma que a pressão inflacionária no mercado imobiliário estendeu-se a todo o território nacional.

O INE sublinha ainda que “no primeiro trimestre de 2025, o menor crescimento homólogo dos preços da habitação (4,5%) foi registado na sub-região Alto Tâmega e Barroso”, mas mesmo esta variação mais modesta representa ainda assim um crescimento substancial num contexto de inflação controlada.

Impacto dos compradores estrangeiros

O documento do INE espelha também o impacto dos compradores estrangeiros no mercado nacional. “No primeiro trimestre de 2025, o valor mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi 2.573€/m² (mais 14,5% do que no trimestre homólogo) e o das transações envolvendo compradores com domicílio fiscal em território nacional foi 1.931€/m² (mais 19,5% do que no trimestre homólogo)”.

Particularmente relevante é o facto de “nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano (€/m²) das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro ter superado, respetivamente, em 52,5% e 32,3%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional”, evidenciando como o investimento estrangeiro continua a ser um fator de pressão nos preços das zonas mais procuradas.

Os dados do primeiro trimestre de 2025 confirmam que o mercado imobiliário continua numa trajetória de forte crescimento, alimentada por uma procura robusta tanto nacional quanto estrangeira. A generalização dos aumentos a todas as regiões do país evidencia que a pressão nos preços deixou de ser um fenómeno exclusivo das grandes áreas metropolitanas.

Os territórios periféricos às grandes cidades continuam a registar os maiores crescimentos de preços dos alojamentos familiares, refletindo estratégias de procura por alternativas mais acessíveis face aos preços praticados nos centros urbanos.

A aceleração para 18,7% no crescimento homólogo dos preços, a maior desde 2019, coloca questões importantes sobre a sustentabilidade deste ritmo de crescimento, especialmente num contexto em que o acesso à habitação se torna cada vez mais desafiante para as famílias portuguesas.

Além disso, o aumento de 24,9% no número de transações demonstra que, apesar dos preços elevados, o mercado mantém liquidez, sugerindo que tanto a procura por habitação própria quanto o investimento imobiliário continuam ativos.

Os dados municipais revelam ainda que os territórios periféricos às grandes cidades continuam a registar os maiores crescimentos de preços dos alojamentos familiares, refletindo estratégias de procura por alternativas mais acessíveis face aos preços praticados nos centros urbanos.

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Viticultores deixam carrinhas e tratores e a pé bloqueiam ponte da Régua

  • Lusa
  • 11:09

Objetivo era fazerem uma marcha lenta pela cidade, mas a GNR não os deixou entrar e, por isso, estão a tentar bloquear a ponte da Régua.

Viticultores deixaram carrinhas e tratores numa das principais entradas da Régua, e pelas 7h50 foram a pé bloquear a ponte rodoviária que dá acesso à cidade para chamar a atenção para a crise no Douro.

No local, a agência Lusa observou que as viaturas foram deixadas pela avenida que desce até à rotunda conhecida como dos armazéns do Corgo e os manifestantes juntaram-se em cima do tabuleiro da ponte ao som da música “Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso e do hino nacional.

O objetivo era fazerem uma marcha lenta pela cidade do distrito de Vila Real, mas como a GNR não os deixou entrar, começaram por deixar alguns tratores e carrinhas em Godim, Peso da Régua, junto à rotunda dos quatro caminhos, de onde um grupo seguiu a pé para se juntar a outros produtores que estavam na entrada do lado aposto da Régua.

“Fomos até onde nos deixaram, as autoridades cercaram a Régua e não nos deixaram passar e agora estamos a tentar bloquear a ponte ver se somos ouvidos e alguém define a nossa vida”, afirmou Jorge Teixeira, produtor e comerciante de Poiares.

O viticultor reclamou medidas concretas. “O senhor ministro da Agricultura fez anúncios, mas sem dados concretos. Concordou na destilação, mas ainda ninguém definiu, e o agricultor não quer andar aqui às cegas, quanto nos pagam pelas uvas para destilação que é para nós sabermos se é rentável ou não continuar a granjear o Douro, se é rentável viver no Douro, se é rentável dizer aos meus filhos que o Douro vale a pena. Nós não queremos um ‘x’, queremos valores concretos, do abstrato estamos nós fartos. Vivemos há mais de 30 anos no abstrato”, salientou.

O Ministério da Agricultura e Mar anunciou um plano de ação para o Douro e uma das medidas que está em cima da mesa é a de usar “uvas para vinho a destilar” e tem como objetivos reduzir os excedentes de vinho na RDD, através do escoamento de uvas excedentárias, e assegurar diretamente um rendimento mínimo ao viticultor.

Porque não se sabe a adesão dos produtores, a quantidade de uvas que poderá ir para destilação e o montante final, a medida ainda tem que ser ajustada, mas será operacionalizada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), mediante contrato prévio entre viticultor, vinificador e destilador e prevê a submissão da candidatura até 15 de setembro.

Jorge Teixeira disse que o “Douro é vinha, não é o turismo”. “E sem nós isto não existe e a economia não anda. Tudo à volta do Douro gere-se com vinho”, sublinhou.

Tiago Fonseca é de São João da Pesqueira e disse também que a GNR barrou aos manifestantes com tratores e veículos de tração “qualquer entrada no Peso da Régua”, sejam entradas principais ou secundárias.

“É difícil. O Governo não está a olhar para isto com olhos de ver e estamos a poucos dias da vindima e ainda não temos comunicado de vindima, ainda não sabemos o que vamos fazer às nossas uvas e queremos soluções porque vai haver miséria social no Douro, sem precedentes”, salientou.

Tiago Fonseca era emigrante na Suíça e regressou há três anos para tomar conta da vinha. “Não estou arrependido, estou junto da família e a lutar pelo que eu quero. Só temos é que nos fazer ouvir”, afirmou, defendendo medidas concretas a curto, médio e longo prazo. Salientou que os produtores precisam de saber a que preço vão vender as uvas, quem lhes fica com as uvas e se vai haver ou não corte no benefício.

O benefício, que é a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à produção de vinho do Poro, foi de 90.000 pipas (550 litros cada) em 2024 e 104.000 em 2023 e, para este ano, o comércio propôs, no conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, a redução para as 68.000 pipas.

Se tivermos corte no benefício é a morte do viticultor. Vai haver muito viticultor a largar vinha, a vender e a cometer loucuras, há muita gente no limite”, sublinhou Tiago Fonseca.

Também proveniente de São João da Pesqueira, Diogo Cardoso veio protestar contra os cortes de benefício e de não saber onde por as uvas. “Parte delas sei onde as por, as uvas beneficiadas, mas o resto não. São mais de 70 pipas que tenho e não sei onde as por”, lamentou.

O viticultor Albano Fernandes manifestou-se para reclamar uma fiscalização forte no Douro para que o vinho “seja mais genuíno”. “Temos um representante do IVDP que não nos defende”, referiu o agricultor de São João da Pesqueira.

De Valença do Douro, Tabuaço, João Paulo alertou para a perda de rendimentos dos produtores. “Mais benefício, escoamento de uvas e prelos justos” são as suas principais reivindicações.

Gonçalo Rodrigues veio de Cambres, Lamego, porque disse que querem cortar no benefício. “E não pode ser assim, como é que vamos granjear o Douro? As coisas estão caras, a mão-de-obra também e o vinho está cada vez mais barato e ainda querem cortar o benefício e assim não pode ser”, realçou.

Pelas 8h30, os manifestantes saíram do tabuleiro da ponte e colocaram-se logo a seguir, na rotunda, à entrada da cidade.

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A renovação foi a razão da saída de António José Teixeira da RTP? “Se houve algo mais, não consigo responder, mas é uma pergunta legítima”

Recentemente exonerado do cargo de diretor de informação da RTP, António José Teixeira diz não saber "se houve algo mais" que justifique a sua saída mas que essa é uma "pergunta que legítima".

“Nunca saberei se calhar completamente todas as razões que possam estar nas circunstâncias por detrás da decisão. A razão que me foi apresentada, de renovação, é uma que eu obviamente devo considerar como motivo para o que aconteceu. Se houve algo mais, eu não consigo responder, mas é uma pergunta que obviamente é legítima“.

As palavras são de António José Teixeira, recentemente exonerado do cargo de diretor de informação da RTP, e foram ditas na audição parlamentar desta quarta-feira. “Sou jornalista há bastantes anos e tenho feito algum exercício de análise política. Poderia até correr o risco de tentar fazê-lo, de alguma forma em causa própria, mas não acho que isso seja obviamente adequado. E portanto deixo para outros a avaliação do que entenderem em relação ao contexto, ao timing, etc“, afirmou também.

O jornalista disse ainda que a decisão da exoneração da direção de informação foi “legítima”. Embora seja “sempre questionável por todos, encaro-a, apesar de me/nos poder ter surpreendido quando ocorreu, com alguma naturalidade no sentido em que os mandatos não são eternos. E nesse ponto de vista é uma decisão legítima”, disse.

A audição de António José Teixeira surgiu por proposta do PS, em dois requerimentos separados, tendo ambos sido aprovados por todos os partidos. Além do ex-diretor de informação, também será ouvido o Conselho de Administração da RTP sobre a demissão do ex-diretor de informação e a reestruturação da empresa pública de rádio e televisão.

A direção de informação da RTP foi demitida a 24 junho pela administração, que anunciou o jornalista Vítor Gonçalves como novo diretor de informação da RTP. A alteração aconteceu na mesma altura em que a gestão anunciou uma reorganização interna, enquadrada nos objetivos do novo Projeto Estratégico para o triénio 2024-2026.

O presidente do conselho de administração da RTP, Nicolau Santos, justificou entretanto a exoneração de António José Teixeira com os resultados da RTP3. No entanto, António José Teixeira reiterou esta quarta-feira as dúvidas quanto a este argumento, que já tinha apontado num artigo de opinião.

Apesar de haver mais operadores no mercado, os resultados da RTP3 não se alteraram nos últimos três anos. Com isto não quero dizer que estamos satisfeitos com eles. Espero ter oportunidade de desenvolver este tema porque temos vindo a trabalhar e a empresa tem vindo a investir significativamente para melhorar as condições de trabalho e a imagem do canal, que está muito desgastada, e que há 20 anos não era objeto de investimento significativo”, disse na audição parlamentar.

António José Teixeira sublinhou ainda que a RTP “não tem como primeira justificação combater a concorrência no mercado”, mas sim a obrigação de “ser distintiva e oferecer um serviço de qualidade aos portugueses“. “E isso não é uma questão deste ou daquele conselho de administração. Faz parte do contrato de concessão de serviço público, das suas obrigações, do plano estratégico e do modelo de governação que a RTP tem desde que Miguel Poiares Maduro lhe deu forma e garantiu condições de autonomia que são muito relevantes para a empresa”, acrescentou.

Sobre possíveis pressões e condicionamentos, disse já ter convivido “com muitos Governos de cores diversas”. “E quando digo que há sempre pressões, houve sempre pressões, existirão sempre pressões, é porque isso faz parte da nossa vida. A sociedade tem interesses. Nunca me ouviram, ao longo dos anos, queixar-me que fui objeto de pressões. Acho que não faz muito sentido, o que faz sentido é se as pessoas convivem, resistem e acabam por fazer o seu trabalho independentemente das pressões”.

O jornalismo deve ser independente por natureza e não por ser serviço público. O serviço público deve ser independente apenas ainda de uma forma mais acrescida. E acho que é preciso e é importante que a Assembleia da República também se preocupe com um jornalismo livre e independente no país, não apenas na RTP, que tenha condições de trabalho, um ambiente político que o favoreça, para que continue a ser livre e independente e faça o devido escrutínio dos poderes. Na RTP também pensamos assim e também foi assim que trabalhámos e espero que continue a ser assim que vamos continuar a trabalhar”, acrescentou.

A alteração na direção de informação foi comunicada sem que a administração tenha ouvido previamente o Conselho de Redação da RTP, contrariando um norma da Lei da Televisão segundo a qual “a designação e a demissão do responsável pelo conteúdo informativo dos serviços de programas televisivos são da competência do operador de televisão, ouvido o Conselho de Redação.”

Essa ausência levou os membros eleitos do Conselho de Redação da televisão a denunciarem o facto de este órgão não ter sido auscultado. O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) também notificou a administração da RTP para “reiterar” que a gestão tem a “obrigação legal” de solicitar “a pronúncia do Conselho de Redação previamente à decisão de destituir e nomear diretores de informação dos serviços de programas televisivos do operador de serviço público”.

António José Teixeira disse esta quarta-feira que não se pronuncia em relação à legalidade dos procedimentos, mas adiantou que já foi ouvido pela ERC e que o conselho de administração também já solicitou o conselho de redação os devidos pareceres tanto sobre a exoneração como sobre a nomeação do novo diretor de informação.

“Sobre se as formalidades foram ou não respeitadas, obviamente que há mecanismos que têm de ser observados nestas matérias e julgo que eles estão a correr nesta altura. Julgo que foram tomadas as decisões devidas, independentemente se foi no tempo certo ou se podia ser mais rápido ou não”, acrescentou.

Com a reestruturação anunciada, o organograma da RTP passa a estar organizado em quatro grandes áreas de atividade e será subdividido em 28 direções, em vez das 39 atuais: corporativa (10), operações (4), conteúdos temáticos (7) e conteúdos programáticos (7). Ao mesmo tempo, o número de diretores e diretores-adjuntos passa de 30 para 23, segundo um comunicado emitido pelo conselho de administração no dia em que foi anunciada a exoneração de António José Teixeira.

No âmbito da renovação e qualificação dos trabalhadores, o plano elegia também como fatores críticos de sucesso o lançamento de um plano de saídas e novas contratações “com competências digitais”, a realização de um programa de formação “multiplataforma, inteligência artificial e funções técnicas” e manutenção da paz social, com “maior participação, mecanismos de motivação e maior transparência na comunicação”.

Recorde-se que a primeira fase do plano de saídas voluntárias da RTP, cujas candidaturas terminaram a 18 de abril, contou com mais de 130 candidatos, um número que se situou “acima do previsto”. O custo previsto para esta fase situava-se na ordem dos 5,5 milhões de euros. Uma segunda fase de saídas voluntárias está prevista para o final do ano, mas dependerá de financiamento.

Além do plano de rescisões, a empresa tem em curso investimentos de cerca de 16 milhões na remodelação de instalações, nomeadamente os estúdios, e na compra de material. Nicolau Santos refere que foi pedido – e já autorizado pelo Governo – um financiamento de 40 milhões de euros. Em 2025, a RTP deverá ter um prejuízo de 18,2 milhões de euros, interrompendo 15 anos consecutivos de lucros, estima o presidente. O regresso aos lucros deverá acontecer em 2027.

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Portugal volta a pagar menos de 2% por emissão a um ano

O Estado pagou 1,906% para se financiar em 1.000 milhões de euros a um ano, ficando abaixo da última emissão comparável, realizada em maio, estando já a pagar o mesmo que em 2022.

A República regressou esta quarta-feira ao mercado de dívida para se financiar em 1.000 milhões de euros a um ano, ficando assim no limite mínimo do montante indicativo, que se estendia entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.

Num leilão promovido esta quarta-feira pela Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida do Estado – IGCP, o Estado pagou por esta emissão 1,906%, realizada através da linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 17 de julho do próximo ano, que contou com uma procura 2,83 vezes acima da oferta.

O mercado continua numa trajetória descente nas taxas de curto prazo, numa tentativa de antecipação de um corte de taxas em 25 pontos base por parte do Banco Central Europeu, que a acontecer, deverá ser no pós verão”, refere Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.

Na última operação com características semelhantes, realizada a 21 de maio, o Tesouro pagou 1,949% para emitir 900 milhões de euros, tendo contado na altura com uma procura 2,74 vezes acima da oferta.

Além da operação desta quarta-feira ter resultado num preço ligeiramente inferior ao alcançado no último leilão equiparável, foi a segunda vez consecutiva que a República pagou menos de 2% por uma emissão a um ano. É preciso recuar a 2022 para encontrar preços de financiamento da República desta ordem.

Este foi o oitavo leilão de Bilhetes do Tesouro realizado pelo IGCP desde o arranque do ano, tendo até antes da realização desta operação contabilizado cera de 2.000 milhões de euros de emissões líquidas (diferencial entre emissões e resgates) de Bilhetes do Tesouro.

E segundo o programa de financiado da República para o terceiro trimestre, e já contabilizando a emissão de 1.000 milhões de euros da emissão desta quarta-feira, o Tesouro espera realizar até ao final do ano 2.700 milhões de euros de emissões líquidas.

Notícia atualizada às 12h21 com declarações de Filipe Silva

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Ricardo Salgado já tem estatuto de maior acompanhado

O Ministério Público pediu, em outubro, o estatuto de maior acompanhado para Salgado, no âmbito do caso BES/GES, tendo em conta o estado de saúde do ex-banqueiro, que sofre de Alzheimer.

Ricardo Salgado, o ex-homem forte e líder do Banco Espírito Santos (BES), agora arguido em vários processos judiciais, incluindo o do BES/GES, não sabe dizer o seu nome (nem o de familiares diretos), não consegue descrever o que faz durante o dia, nem expressar qualquer necessidade básica, como fome, frio ou calor. Não sabe dizer onde vive, onde está, andar sozinho na rua, orientar-se no tempo, dizer os dias da semana, os meses, estações do ano ou as horas.

Perante este cenário revelado em várias perícias, o tribunal judicial da comarca de Lisboa, do juízo cível de Cascais, decidiu atribuir o estatuto de maior acompanhado a Ricardo Salgado, tendo nomeado como acompanhante a sua mulher, Maria João Salgado. O Tribunal fixou também a data de 1 de janeiro de 2019, como a data em que as medidas de acompanhamento se tornaram convenientes. O Ministério Público (MP) tinha pedido esse mesmo estatuto, em outubro, tendo em conta o estado de saúde do ex-líder do BES – que sofre da doença de Alzheimer em estado avançado – e a forma como decorreu a identificação do ex-banqueiro no primeiro dia de julgamento de um dos mais complexos processos da justiça portuguesa.

Assim, segundo a sentença datada de 8 de Julho deste ano e a que o ECO/Advocatus teve acesso, Ricardo Salgado “encontra-se desorientado na sua pessoa, não sabe dizer a sua idade atual, nem data de nascimento”. Bem como não consegue cozinhar as suas refeições, nem tomar medicamentos, realizar a sua higiene pessoal, escolher a roupa ou vestir-se, fazer compras, executar
tarefas domésticas, marcar ou deslocar-se a consultas médicas. Para tudo isto, precisa de ajuda. Já não consegue assinar (só sabe escrever o seu nome), não reconhece o dinheiro, não é capaz de realizar pagamentos e desconhece o valor económico dos bens, embora consiga efetuar contas simples.

Posto isto, não tem capacidade para gerir os seus rendimentos no dia-a-dia, nem de entender o conteúdo de documentos, mesmo que sejam explicados. “Em consequência da doença que sofre, o beneficiário mostra-se impossibilitado de exercer, plena, pessoal e conscientemente, os seus direitos pessoais de administrar a sua pessoa ou os seus bens, casar, procriar, perfilhar ou adotar;
e cuidar e educar os filhos ou os adotados. Bem como de deslocar-se no país ou no estrangeiro, estabelecer relações com quem entender, elaborar testamento ou elaborar diretiva antecipada de vontade ou procuração de cuidados de saúde”, diz a sentença.

A decisão sublinha ainda que, em 2023, “na sequência de observação médica, registou novamente agravamento significativo do estado de saúde global, nomeadamente, agravamento da memória e outras funções cognitivas, alteração do comportamento, da marcha e desequilíbrio com risco de quedas, episódios de incontinência, perda progressiva de autonomia para realização de
atividades básicas da vida diária (ex: higiene pessoal, alimentação, administração da medicação)”.

E relembra que, na sequência de avaliação neuropsicológica, concluiu-se que Salgado “preenche critérios de diagnóstico de demência de gravidade moderada, mantendo-se, pelas suas características, no contexto da doença de Alzheimer. “Em consequência do que se torna indispensável nomear-lhe alguém que o represente juridicamente nos direitos pessoais e atos da vida corrente de forma permanente, administrando ainda os seus bens”, diz ainda o juíz.

Ricardo Espírito Santo Salgado. TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso BES/GES e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014. Entre os crimes imputados contam-se um de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documentos.

Além de Ricardo Salgado, estão também em julgamento outros 17 arguidos, nomeadamente Amílcar Morais Pires, Manuel Espírito Santo Silva, Isabel Almeida, Machado da Cruz, António Soares, Paulo Ferreira, Pedro Almeida Costa, Cláudia Boal Faria, Nuno Escudeiro, João Martins Pereira, Etienne Cadosch, Michel Creton, Pedro Serra e Pedro Pinto, bem como as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin.

A defesa de Ricardo Salgado, em outubro, congratulou-se que o MP tenha “reconhecido a situação” de incapacidade do ex-banqueiro, mas disse que o estatuto de maior acompanhado não resolve o problema. “Não altera nada”, vincou o advogado Francisco Proença de Carvalho, observando que, apesar de o MP ter proposto o estatuto de maior acompanhado para Ricardo Salgado, este “já tem a sua cuidadora informal”, que é a mulher, Maria João Salgado, a qual “é uma pessoa absolutamente essencial” para o seu cliente.

O que é o estatuto de maior acompanhado?

O regime do acompanhamento tem como objetivo “garantir o bem-estar, a recuperação, o pleno exercício dos seus direitos e a observância dos deveres do adulto, focando-se na pessoa e não apenas no seu património”.

Cabe ao tribunal decidir se é adequado o acompanhamento ou não, podendo ser requerido, independentemente de autorização, pelo Ministério Público, mas também pelo próprio ou, mediante autorização deste, pelo cônjuge, pelo unido de facto ou por qualquer parente sucessível. Mas a autorização do beneficiário pode ser retirada pelo tribunal.

Em termos de prazos, o acompanhamento pode ser requerido no decorrer do ano anterior ao da maioridade do beneficiário, para que possa produzir efeitos a partir desta, ou a todo o tempo, na maioridade. “No caso de ser requerido na menoridade, as responsabilidades parentais ou a tutela manter-se-ão até haver decisão transitada em julgado sobre o acompanhamento”, explicam.

Será o acompanhado ou o seu representante legal que escolhem o acompanhamento. Mas, na falta de escolha, o acompanhamento é atribuído à pessoa que melhor proteja o interesse do beneficiário, havendo uma ordem de referência não taxativa. Por norma, o cônjuge, os descendentes e os ascendentes não se podem escusar ou ser exonerados. A lei prevê que pode ser designado mais do que um acompanhante em simultâneo repartindo as funções. “O acompanhante tem o dever de se abster de agir em situação de conflito de interesses com o acompanhado”, referem.

“O acompanhamento deve limitar-se ao mínimo indispensável. Porém, em função de cada caso e independentemente do pedido, pode o tribunal atribuir ao acompanhante as funções associadas aos seguintes regimes: o exercício das responsabilidades parentais ou dos meios de as suprir; a representação geral ou representação especial com indicação expressa das categorias de atos para que seja necessária; a administração total ou parcial de bens; a autorização prévia para a prática de determinados atos ou categoria de atos e intervenções de outro tipo, que estejam devidamente explicitadas”, lê-se.

Entre as funções do acompanhante está o dever de assegurar o bem-estar e a reabilitação do acompanhando, “mantendo de forma permanente o contacto com ele”. No mínimo, as visitas devem ser mensais ou outra periodicidade considerada apropriada pelo tribunal. “O processo de acompanhamento tem natureza urgente e aplica-se-lhe as regras da jurisdição voluntária, com as necessárias adaptações”, explicam.

O pedido efetuado ao Ministério Público deve ser acompanhado de toda a documentação disponível relativamente ao beneficiário e ainda da respetiva família. Quando instaurada pelo Ministério Público, o adulto beneficiário de acompanhamento está isento de custas processuais. O tribunal revê as medidas de acompanhamento de acordo com a periodicidade que constar da sentença e, no mínimo, de cinco em cinco anos.

A primeira sessão de julgamento com Salgado presente, a 15 de outubro de 2024

No dia 15 de outubro, pela manhã, Ricardo Salgado chegava ao Campus de Justiça, em Lisboa. Acompanhado pelos advogados de defesa e pela mulher, Maria João Salgado, que, com o braço, amparava aquele que em tempos foi chamado de homem forte do BES o “Dono Disto Tudo”. O caminho, de pouco mais de 100 metros do carro até à porta do tribunal, foi demorado, custoso e com uma enchente de jornalistas, câmaras de televisão e mesmo um lesado do BES a bloquear a sua passagem. Já só quando estava prestes a chegar à porta do Edifício A do campus é que a polícia, impávida até então, decidiu agir e desimpedir o caminho.

Já dentro da sala de audiências, o arguido foi questionado pela juíza Helena Susano, a juiz presidente do coletivo. Salgado foi identificado e, questionado sobre o nome da sua mãe, respondeu “pode ser”. De seguida disse que foi banqueiro, mas não se recordou do nome da rua onde reside, em Cascais.

A juíza questionou ainda o arguido: “Quer que o julgamento decorra sem a sua presença?”. Repetindo por duas vezes e falando mais alto, insistiu: “Quer estar aqui?”. Maria João Salgado advertiu a magistrada que Ricardo Salgado não compreende o que lhe quer dizer. “Acho que é pacífico que o meu cliente tem a doença que tem. Não podemos fazer mais”, explicou o advogado de defesa, Francisco Proença de Carvalho.

Minutos depois, Francisco Proença de Carvalho pediu à juíza para falar com o seu cliente. Neste momento, perguntou ao seu cliente se queria ficar ou sair. A resposta de Ricardo Salgado foi “sim”. Salgado acabou mesmo por sair da sala de audiência, acompanhado por Maria João Salgado.

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Belga Yonderland investe no Lionesa Business Hub e está a recrutar

A Yonderland, grupo retalhista de artigos outdoor, já tem uma equipa no Lionesa Business Hub, em Matosinhos, a trabalhar no desenvolvimento de software. E está a recrutar mais talento.

Lionesa Business Hub (LBH)10 março, 2025

A belga Yonderland, “um dos maiores grupos retalhistas europeus” de artigos outdoor, acaba de se instalar em Portugal com a abertura do primeiro escritório dedicado ao desenvolvimento de software no Lionesa Business Hub (LBH), em Leça do Balio (Matosinhos), num investimento de 50 mil euros. E está a recrutar mais colaboradores com perfis tecnológicos para este novo espaço.

Com sede na Bélgica e com experiência de venda de artigos para atividades ao ar livre, a retalhista “vem reforçar o posicionamento do centro [da Lionesa] como um polo de inovação, talento e crescimento empresarial, poucos meses depois da instalação da Manpower Group e da criação do espaço Lionesa Flex by Maleo“, assinala ao ECO/Local Online Eduarda Pinto, diretora executiva do LBH.

A localização privilegiada com proximidade ao aeroporto, a facilidade de acessos e a oferta de infraestruturas de apoio deste centro empresarial convenceram o grupo a instalar-se com este espaço dedicado ao ramo tecnológico, segundo detalha Eduarda Pinto.

Vem reforçar o posicionamento do centro [da Lionesa] como um polo de inovação, talento e crescimento empresarial, poucos meses depois da instalação da Manpower Group e da criação do espaço Lionesa Flex by Maleo.

Eduarda Pinto

Diretora executiva do Lionesa Business Hub (LBH)

Com reconhecidas marcas no portfólio, como A.S. Adventure, Cotswold Outdoor ou Runners Need, a retalhista já tem uma equipa de 21 colaboradores a trabalhar no desenvolvimento de software interno do grupo, num escritório do centro empresarial de Leça do Balio. A empresa encontra-se a recrutar mais talento com perfil tecnológico no âmbito da sua estratégia de expansão da operação em território nacional.

Segundo o grupo Lionesa, a Yonderland conta com uma estrutura global de mais do que 100 profissionais na área tecnológica na Bélgica, Países Baixos e Reino Unido. E gere mais de 190 lojas na Bélgica, Luxemburgo, França, Reino Unido, República da Irlanda e Países Baixos.

O Lionesa Business Hub, onde trabalham mais de 7.000 profissionais de 47 nacionalidades, soma assim mais uma empresa de referência que se junta a outras de renome como a FedEx, Oracle ou a gigante dinamarquesa Vestas.

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Mota-Engil, Teixeira Duarte e espanhóis na corrida à construção da linha Violeta do Metro de Lisboa

Mota-Engil, Teixeira Duarte e FCC Construcción lideram consórcios para a construção do metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures. MasterStylo também concorre.

O Metropolitano de Lisboa recebeu quatro propostas para a construção, fornecimento de veículos e manutenção do metro ligeiro de superfície Odivelas Loures, conhecido como linha Violeta.

A Mota-Engil, Zagope e Spie Batignolles concorrem em consórcio e vão enfrentar um agrupamento português composto por seis empresas: Teixeira Duarte, Casais, Tecnovia, EPOS, Somafel e Jayme da Costa, informa o Metro de Lisboa. As propostas submetidas no concurso público foram abertas esta terça-feira.

A espanhola FCC Construcción surge à frente de um consórcio que integra a ainda a Contratas y Ventas, a Comsa, a Comsa Instalaciones Y Sistemas Industriales e o Fergrupo – Construções Técnicas e Ferroviárias.

Por fim foi recebida também uma proposta da MasterStylo – Eletricidade e Telecomunicações, Lda.

O concurso tem um valor de 600 milhões de euros, mais 150,2 milhões do que o anterior, que acabou por ser anulado. O reforço de 28% foi aprovado pelo Conselho de Ministros em março. Àquele montante somam-se 77,5 milhões de euros destinados aos custos com expropriações e assessorias ao projeto.

Além da construção da infraestrutura do sistema de metro ligeiro, o concurso inclui o fornecimento de 12 veículos Light Rail Vehicle bidirecionais, num montante máximo de 60 milhões de euros, e a manutenção da linha e das carruagens durante três anos.

O prazo de conclusão da obra foi adiado para 2029. Na resolução de Conselho de Ministros que lançou a obra, em novembro de 2023, previa-se que o sistema de transporte estivesse operacional até ao final de 2026, estendendo-se para 2027 algumas obras complementares.

A Linha Violeta, com 11,5 km de extensão, contempla 17 estações e um parque de material e oficinais. No concelho de Loures serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 km.

O concelho de Odivelas terá oito estações que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de cerca de 5,1 km. As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.

O Metro de Lisboa estima que utilizem a linha cerca de 9,5 milhões de passageiros no primeiro ano, retirando cerca 3,8 milhões de viaturas individuais e 4,1 mil toneladas de CO2. O metro de superfície ligará a estação de Odivelas ao Hospital Beatriz Angelo em 9,5 minutos e ao Infantado em 16,5 minutos.

O projeto da Linha Violeta do Metro de Lisboa tem tido uma vida difícil. O primeiro concurso foi cancelado em novembro de 2024, depois da Mota-Engil e a Zagope terem apresentado propostas acima do valor base, “numa média de cerca de 28%”.

O atraso no projeto levou ainda a que fosse colocado fora do PRR. Segundo o Ministério das Infraestruturas, o financiamento passará a ser assegurado pelo “Banco Europeu de Investimento e pelo reforço da componente nacional do financiamento, através do Orçamento de Estado e do Fundo Ambiental”.

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Bruxelas em vias de fechar orçamento de 1,717 biliões de euros para a UE

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9:51

O valor, para os sete anos a partir de 2028, representará um aumento em relação aos 1,2 biliões de euros orçamentados para 2021-2027, caso fique confirmado.

A Comissão Europeia está em vias de fechar o valor final da proposta de orçamento da União Europeia (UE), que será anunciada na tarde desta quarta-feira. Segundo o Politico, deverão ser 1,717 biliões de euros para o período de 2028 a 2034, um aumento face aos 1,2 biliões de euros que vigoraram a partir de 2021 a preços correntes.

Quatro altos funcionários e diplomatas da UE alertaram que o número ainda pode sofrer alterações, depois de as negociações no seio do Colégio de Comissários se terem prolongado até ao final da noite de terça-feira. Os 27 membros da Comissão reúnem-se ainda esta manhã para a aprovação final antes da apresentação da proposta, prevista para as 16 horas (hora de Lisboa).

Caso o valor orçamentado no Quadro Financeiro Plurianual (QFP) para 2028-2034 seja efetivamente de 1,717 biliões de euros, isso significa que a despesa total irá aumentar para 1,23% do Rendimento Nacional Bruto (RNB) nos sete anos a partir de 2028, em comparação com cerca de 1,1% no período atual.

No entanto, países como a Alemanha já se mostraram contra este aumento, o que faz prever que o valor orçamentado deverá baixar antes de os 27 Estados-membros darem a sua aprovação final (por unanimidade) antes do final de 2027, quando devem terminar as negociações entre os governos nacionais e o Parlamento Europeu.

Tudo indica que o QFP para 2028-2034 vai abranger cortes no financiamento da Política Agrícola Comum (PAC) e da Coesão, para financiar novas prioridades como a Defesa e a Inovação, e um aumento das contribuições dos Estados-membros.

A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, terá uma tarefa difícil pela frente. Além de enfrentar reservas por parte da maior economia da UE, a França, que é a segunda maior economia e que enfrenta um défice e uma dívida pública crescentes, também não está disposta a aumentar as suas contribuições para o orçamento europeu — ainda na terça-feira, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, anunciou um orçamento nacional para poupar 43,8 mil milhões de euros, tendo sido imediatamente ameaçado de ser derrubado pelo Parlamento, como lembra o Politico.

Para o “modelo social europeu e a qualidade de vida”, o Executivo comunitário deverá afetar 946 mil milhões de euros, valor que poderá incluir verbas para a Coesão e a PAC, que representam atualmente dois terços do orçamento da UE.

Ainda de acordo com o Politico, a Comissão propõe 522 mil milhões de euros para a “competitividade, prosperidade e segurança”; 190 mil milhões de euros para a “Europa Global”, que inclui a ajuda ao desenvolvimento e a assistência aos países vizinhos; 107 mil milhões de euros para cobrir os salários dos funcionários da UE; e um fundo extraorçamental para a Ucrânia num valor de 88 mil milhões de euros ao longo dos próximos sete anos.

Por outro lado, irá propor três novos impostos destinados aos resíduos elétricos, aos produtos do tabaco e às empresas da UE com um volume de negócios superior a 50 milhões de euros, a fim de reembolsar a dívida comum pós-pandemia de Covid-19. Prevê-se que os reembolsos custem entre 25 e 30 mil milhões de euros por ano a partir de 2028.

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Negociar com PS ou com Chega? Carneiro avisa Montenegro de que “vai ter que se decidir”

  • Lusa
  • 9:41

Se Luís Montenegro mantiver as posições como na sexta-feira passada, "isso significa uma rutura com o Partido Socialista", avisou o líder socialista.

O líder socialista avisou que o primeiro-ministro tem que escolher com quem negoceia e que o PS “nunca pode ser colocado ao nível” do Chega, alertando que haverá uma rutura com posições iguais às da lei dos estrangeiros.

“Nunca o PS pode ser colocado ao nível de um partido que atenta contra os valores democráticos e se o primeiro-ministro não é capaz de distinguir essa representação política e social, então o primeiro-ministro não está habilitado para definir e defender o interesse nacional”, respondeu José Luís Carneiro aos jornalistas à saída da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que hoje se reuniu em Lisboa.

Na opinião do líder do PS, se Luís Montenegro mantiver as posições como na sexta-feira passada, “isso significa uma rutura com o Partido Socialista”.

“O primeiro-ministro tem que decidir com quem quer construir as soluções de Estado, as soluções de soberania e o primeiro-ministro tem que ter consciência histórica e tem que ter memória do que significa o Partido Socialista, do que significa o PPD e do que significa o CDS”.

Segundo o socialista, estes “são os partidos que construíram as liberdades, os direitos e as garantias fundamentais” e “criar quaisquer dúvidas sobre esta matéria significa que o primeiro-ministro não está à altura das responsabilidades que está a desempenhar”.

Para José Luís Carneiro, “o primeiro-ministro vai ter que se decidir sobre aquilo que quer fazer”.

“Eu admito que ainda tenha espaço de recuo, mas vai ter que explicar ao Parlamento qual foi o princípio de acordo que o líder do Chega referiu há dias quando saía de uma reunião com o primeiro-ministro. Em que é que consiste esse princípio de acordo? Quais são os termos desse princípio de acordo? Quem tem que responder a isto é o primeiro-ministro”, desafiou.

Sobre a polémica com as demolições de barracas em Loures, o líder do PS reiterou o que já tinha dito na tarde de terça-feira em Beja e também à agência Lusa. Nesse dia, José Luís Carneiro afirmou compreender as dificuldades das autarquias que se deparam com construções precárias, mas pediu soluções equilibradas “com humanismo e sensibilidade social” na resolução dos diferendos.

Quanto à reunião deste órgão do PS, José Luís Carneiro concluiu que “o Governo está a fracassar em todas as suas prioridades políticas”, como na saúde, na educação, na política de rendimento e na política económica.

“E por outro lado, a ideia de que o Governo cometeu um grave erro, cujos impactos ainda estão por avaliar na aliança que fez com o Chega a propósito das leis da nacionalidade e da lei de estrangeiros”, condenou, considerando que a AD “caiu nesta matéria nos braços do Chega”.

Sobre a carta que enviou ao primeiro-ministro sobre a Defesa, o líder do PS referiu que “o primeiro-ministro não respondeu a nenhuma das questões que foram colocadas”.

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EDP estreia-se no TikTok e lança nova campanha

  • + M
  • 9:00

Tiago Teotónio Pereira, Inês Herédia e João Manzarra juntam-se a João Baião, para mostrar que "a EDP tem muito mais para dar". A criatividade é da Nossa e o planeamento da Wavemaker.

A EDP estreou-se no TikTok com o canal oficial. Trata-se de dar início a uma nova fase da sua comunicação digital, com conteúdos que pretendem refletir uma marca mais atual, criativa e próxima das novas gerações, explica a companhia. O canal estreou com a participação de João Baião, integrada na recente campanha “Há mais energia quando se paga menos”, que destaca a competitividade dos preços da EDP Comercial.

Direcionados ao público nacional, os conteúdos do TikTok serão produzidos em Portugal e adaptados à linguagem e tendências próprias da plataforma, explica a EDP. “Esta presença tem como objetivo aproximar a marca de novas audiências e fortalecer a ligação com os mais jovens”, aponta.

Na nova campanha, a João Baião juntam-se Tiago Teotónio Pereira, Inês Herédia e João Manzarra. A campanha pretende explicar porque é que “A EDP tem muito mais para dar” ao destacar soluções como a mobilidade elétrica, a assistência técnica, e a energia solar, representadas por estes três novos protagonistas, prossegue a marca.

A campanha tem a duração de três semanas e estará presente nos principais canais de televisão, nas rádios, nas redes de mupis por todo o país, no digital, nas redes sociais e nas Lojas da EDP Comercial. O conceito criativo foi desenvolvido pela Nossa, a campanha foi produzida e realizada pela Casper Films e o planeamento de meios ficou a cargo da agência de meios Wavemaker.

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Mediacoach, a plataforma de análise técnica baseada em dados da LaLiga, passa a chamar-se Sportian Performance

  • Servimedia
  • 8:43

Após quase 15 anos liderar a análise avançada no futebol profissional, a Mediacoach, plataforma de vídeo e dados de jogos, inicia uma nova etapa. A partir de hoje, chama-se Sportian Performance.

Após mais de uma década de inovação no futebol espanhol, a plataforma utilizada por todos os clubes da LaLiga para revolucionar a análise técnica baseada em dados inicia uma nova etapa após um período de notável sucesso que inclui 16 títulos europeus.

Conforme informado pela LaLiga nesta terça-feira, após quase 15 anos liderando a análise avançada no futebol profissional, a Mediacoach, plataforma de vídeo e dados de jogos, inicia uma nova etapa. A partir de hoje, passa a chamar-se Sportian Performance.

Esta transição responde à evolução constante do projeto e à sólida aliança estratégica entre a LaLiga e a Sportian, a divisão desportiva da Globant, que nas últimas temporadas tem trabalhado em conjunto com a competição e os clubes para potenciar a plataforma.

Criada na temporada 2010/11 como uma iniciativa pioneira da LaLiga, a Mediacoach consolidou-se como um pilar da análise de desempenho no futebol espanhol. Transformou a forma como os clubes se preparam, competem e evoluem, dotando as equipas técnicas de ferramentas avançadas de rastreamento, visualização tática e análise de vídeo em tempo real.

Durante este período, as equipas espanholas desenvolveram uma abordagem inovadora baseada em dados para a preparação física e tática. Como prova do seu impacto no futebol global, os utilizadores da plataforma conquistaram 16 títulos europeus, num ciclo de sucesso sem precedentes no futebol moderno.

Sob o seu novo nome, a Sportian Performance manterá todas as funcionalidades que a tornaram uma ferramenta indispensável para os clubes, ao mesmo tempo que incorporará novos módulos e soluções que permitirão continuar avançando na análise de dados aplicada ao desempenho.

Desde câmaras táticas e sistemas de revisão de vídeo até visualizações de dados de última geração, a Sportian Performance reúne numa única plataforma as soluções-chave para o alto desempenho. Atualmente, é capaz de capturar mais de 3,5 milhões de dados por jogo, gerar mais de 6.400 métricas únicas e contribuir para a produção de mais de 112.000 relatórios analíticos a cada temporada.

A Sportian assumirá o desenvolvimento e a evolução da plataforma juntamente com o novo departamento Football Intelligence & Performance da LaLiga, trabalhando em estreita colaboração com os 42 clubes da competição. Esta equipa continuará a prestar apoio contínuo e a organizar sessões de trabalho com os clubes para apresentar novas funcionalidades, reforçando assim o compromisso da LaLiga com o acesso equitativo, rigoroso e da mais alta qualidade às soluções tecnológicas.

Esta mudança de nome marca não só uma renovação de identidade, mas também uma reafirmação do compromisso com o futuro do futebol: um futuro impulsionado pela inovação, pela ciência e pelos dados como motores da evolução do jogo.

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