Plantel do SCP bate recorde nacional com 500 milhões. Valorização mais que dobra a do Benfica

  • Lusa
  • 31 Maio 2025

O SCP tem o plantel de futebol mais valioso de sempre em Portugal, e é o primeiro clube nacional a ultrapassar os 500 milhões de euros de valor de mercado, segundo o Transfermarkt.

O Sporting tem o plantel de futebol mais valioso de sempre em Portugal, e é o primeiro clube nacional a ultrapassar os 500 milhões de euros de valor de mercado, segundo o site especializado em transferências Transfermarkt.

Na mais recente atualização, já com a “dobradinha” no museu do clube, o plantel “leonino”, que esta época revalidou o título de campeão nacional e conquistou a Taça de Portugal, atingiu os 511 milhões de euros, o que representa um aumento de 23,5 milhões.

Na sexta-feira, o Transfermarkt atualizou os valores de mercado dos jogadores da I Liga, tendo-se registado um aumento de vários futebolistas do Sporting: Morten Hjulmand, Ousmane Diomande e Francisco Trincão subiram cinco milhões, Zeno Debast e Eduardo Quaresma quatro, e Maxi Araújo três.

O avançado do Sporting Viktor Gyökeres é o jogador mais valioso da I Liga, com um valor de 75 milhões, seguido do companheiro de equipa Hjulmand, que igualou o portista Samu, ao chegar aos 50 milhões de euros.

De acordo com o Transfermarkt, o segundo plantel mais valioso da Liga é o do Benfica, que soma 373,5 milhões, depois de um aumento de 11 milhões em relação à última atualização, seguido do FC Porto, que fecha o pódio, com um plantel a rondar os 327,9 milhões de euros, após uma subida de 15,2 milhões.

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Sucesso do Chega tem raízes no poder local? Presidentes respondem na Local Summit

Autarcas de Aveiro, Coimbra, Faro e Sintra analisam o potencial do “efeito Chega” nas autárquicas. Ribau Esteves aposta em derrota. Basílio Horta gostaria de se poder recandidatar para ir à luta.

O alegado descontentamento da população vertido no voto no Chega nas legislativas deve ser assacado aos insucessos da República causados pelo Estado central, ou também tem causas em falhas das autarquias? As respostas, dadas na segunda edição da Local Summit por destacados presidentes de câmara presentes no último painel do dia, concentram-se em entropias causadas pelo poder central.

De todos, apenas um, Ribau Esteves, se mostrou convicto de que o partido de André Ventura não liderará qualquer câmara de 2025 a 2029. “Já podem fazer a notícia do ECO para a segunda-feira após eleições: o Chega não ganha nenhuma câmara em Portugal”. A convicção do presidente da câmara de Aveiro não se estende a todo o painel. Em Faro e Sintra, concelhos onde o Chega teve sucesso e conta com duas das figuras com maior notoriedade no partido após Ventura, governam presidentes em limite de mandato.

Na capital algarvia, nas legislativas, entre 36 mil eleitores votantes, o Chega ficou a menos de 300 votos da coligação liderada pelo PSD, partido do atual presidente, Rogério Bacalhau.

Provavelmente, o Chega vai ter câmaras – vereadores vai ter, membros da assembleia municipal isso ninguém discute. Nos números que nós vimos, em particular no Algarve, há municípios onde é estranhíssimo”, discorre Rogério Bacalhau. “O Chega tem um número de votos, a AD tem pouco mais de metade e o PS está atrás, quando a câmara é do PS. Em Silves, onde a câmara é PCP, o PCP fica em quarto lugar e ganha o Chega. Há aqui uma disparidade de votos muito grande e as eleições são daqui a três meses. Se fosse daqui a um ano, eu talvez dissesse ‘isto vai-se dissipar e daqui a um ano já acalmaram e não vão lá’”.

Já no segundo município mais populoso do país, Sintra, onde o autarca Basílio Horta via o PS vencer em todas as legislativas e autárquicas desde 2013, os cheganos foram o partido mais votado no dia 18 de maio. O ainda presidente encerrará o seu ciclo, surgindo como candidata do PS a ex-ministra Ana Mendes Godinho, enquanto no Chega surge Rita Matias, “estrela” das redes sociais do partido.

Basílio Horta, um dos políticos mais longevos da democracia, fundador do CDS, ex-ministro nos anos 80, candidato a Presidente da República em 1991 e autarca em Sintra há 12 anos, ainda gostaria de poder ir à luta, se pudesse ser recandidato neste concelho: “Tenho pena de não ser. Eu, que estava a respirar fundo por não ser, agora, com isto [resultado do Chega nas legislativas], tenho muita pena de não ser!”

Com certeza que falhámos em muita coisa, não há trabalhos perfeitos. Agora, com certeza que não falhámos naquilo que é mais importante, a dedicação e o trabalho que foi feito. As horas de trabalho, a exclusividade no trabalho, o amor ao trabalho, para ver obra realizada.

Basílio Horta

Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Na 2.ª edição da Local Summit, a posição dos quatro autarcas do derradeiro painel dividiu-se entre a aposta de que o Chega não elegerá um único presidente de câmara, a convicção de que haverá algumas vitórias ao longo dos 308 municípios e duas certezas: “quando mais dizemos mal do Chega, mais ele cresce”, acredita José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra, ao que Basílio Horta responde dizendo que “se não dissermos nada dele, é a melhor maneira” de tal acontecer.

O voto no Chega “merece com certeza uma reflexão”, mas não deriva de potenciais falhas da governação autárquica, considera Basílio Horta. O que acontece, diz, é o surgimento de informações que designa de “mentiras”. Uma delas referente à mesquita existente no concelho e alegadamente construída com fundos do PRR, numa altura em que falta investimento para fazer face à escassez de habitação: “o PRR apenas contribuiu, com a câmara, para o refeitório social e para a creche, que serve toda a comunidade. Não tem nada a ver com a mesquita. E isto é permanente. É muito difícil este tipo de combate”, assume o presidente da câmara, sem pretender fugir a responsabilidades: “com certeza que falhámos em muita coisa, não há trabalhos perfeitos. Agora, com certeza que não falhámos naquilo que é mais importante, a dedicação e o trabalho que foi feito. As horas de trabalho, a exclusividade no trabalho, o amor ao trabalho, para ver obra realizada”, afirma o presidente da Câmara de Sintra.

“Não são os autarcas que falham, é a administração pública”, defende José Manuel Silva. Já Ribau Esteves, concorda que “não tem nada a ver com os autarcas, mas com outros fatores”. Vários dos intervenientes na Local Summit, aliás, defenderam que os extremos ganham por se sentirem esquecidos pelo poder central, algo que é mais difícil acontecer na proximidade autárquica.

Medo, um “fator de paralisia do país e das autarquias”

“Toda a administração pública tem de ser repensada”, defende o autarca de Coimbra. “Se tiver um funcionário que trabalhe abaixo dos mínimos, não posso fazer nada, e se tiver um funcionário que dê dois litros e meio, não o posso recompensar. Isso é extremamente perverso”. Sem repensar a situação, “não vamos conseguir resolver os problemas do país e continuaremos eternamente pobres”, considera o presidente do município de Coimbra, eleito pela primeira vez em 2021.

“A administração local tem medo. As pessoas têm medo de decidir e inibem-se de decidir, e isso é um fator de paralisia do país e das autarquias. O atual funcionamento da administração central e local, excessivamente burocrática e defensiva, é paralisante do país”, entende José Manuel Silva.

Toda a administração pública tem de ser repensada. Se tiver um funcionário que trabalhe abaixo dos mínimos, não posso fazer nada, e se tiver um funcionário que dê dois litros e meio, não o posso recompensar. Isso é extremamente perverso.

José Manuel Silva

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

Numa corrida eleitoral em que já não poderá surgir como candidato a Aveiro, José Ribau Esteves, com um quarto de século de experiência autárquica – somando este concelho ao de Ílhavo, soma sete maiorias absolutas – entende como características capitais para o sucesso dos candidatos a uma câmara municipal a capacidade de criar confiança e ser visto pelos eleitores como alguém passível de ser responsabilizado pela sua gestão.

Face a legislativas, há desde logo a diferença no método de escolha do representante das populações: “Quando escolho o presidente da câmara, estou a escolher um gestor. Quando escolho um deputado, estou a escolher o co-legislador. É uma abordagem radicalmente diferente”, entende. Fruto desta reflexão, conclui pela necessidade de repensar o modelo de escolha dos deputados para a Assembleia da República (AR).

“Em Portugal, estragámos as eleições ao Parlamento, porque ninguém vota em deputados. É triste isto, porque empobrece radicalmente a AR”. Com a despersonalização, o deputado tornou-se “um subproduto de uma eleição”, considera Ribau Esteves, ele próprio um ex-deputado, há 30 anos.

Assim, insta, nas legislativas o eleitor deve poder pensar “quero este tipo, porque este é bom, este conheço, sabe do meu território, não é uma molhada de deputados”.

Rogério Bacalhau concorda que “a eleição para o parlamento é uma coisa estranha, porque ninguém votou em deputado nenhum. Se formos à rua e perguntarmos quem são os deputados do seu distrito, ninguém sabe. No Algarve só conseguem dizer um, o Cristóvão Norte. E, nos dois anos que não foi deputado, também diziam que ele era”.

Confrontado com o nome do cabeça de lista do Chega pelo distrito de Faro nas legislativas, o atual presidente da capital do Algarve admite que Pedro Pinto possa ser outra exceção. “E é candidato à câmara”, destaca.

Para alcançar as mudanças que, alegadamente, são um ponto reclamado pelos eleitores do partido identificado como de extrema-direita, é necessário repensar o sistema de eleição para o Parlamento, defende Rogério Bacalhau.

“As pessoas não estão satisfeitas”, assinala o autarca de Faro, perceção recebida das ruas da sua cidade, onde a abstenção baixou cerca de 15 pontos percentuais, com eleitores farenses que antes se recusavam em votar, a acorrerem agora às urnas. “Desta vez, saíram de casa e foram lá pôr uma cruzinha. Uma grande percentagem destes, mais os outros todos, foram votar no Chega. O que disseram foi ‘nós não estamos satisfeitos com aquilo que andam a fazer’”.

Noutro painel da Local Summit, Ricardo Leão, presidente da câmara de Loures, já tinha feito um diagnóstico ao que alimenta o populismo. Anunciando o despejo de inquilinos de 400 casas da câmara por falta de pagamento de rendas, Leão diz, a propósito das análises que são pedidas aos políticos para entender o voto no partido de Ventura – candidato àquela câmara em 2017, pelo PSD de Pedro Passos Coelho -, já ter essa análise feita há muito. “Sei bem o que a população sente, não preciso agora de nenhuma reflexão. Eu já refleti muito. De há um ano e tal a esta parte comecei a ouvir da população o cansaço que existia, na teoria de que era uns terem de trabalhar para outros. O que é facto é que isso existia. Fui daqueles que jamais enfiei a cabeça na areia e fingir que não existe nada, ou considerar que há assuntos tabus e são propriedade de A, B ou C. Há que enfrentar os problemas e resolvê-los. É assim que se mata o populismo”, assegura.

Basílio Horta, por seu lado, liga o voto no agora segundo maior partido do Parlamento português a dois movimentos: “primeiro, votos de pessoas que não são democratas, que não querem e nunca quiseram a democracia. E depois tem votos de pessoas que estão realmente revoltadas e que entendem que este sistema não serve, e querem mudá-lo. A melhor maneira de o mudar é fazer um golpe de Estado sem sangue e sem grandes custos, é votar no Chega”.

Dos mais de 1,35 milhões de votos nacionais nas legislativas de 18 de maio, Rogério Bacalhau admite que “uma percentagem considerável” voltará ao partido de Ventura nas autárquicas de setembro/outubro, desde logo por ausência de ligação aos candidatos dos atuais partidos autárquicos, em virtude da renovação obrigatória de mais de uma centena de presidentes de câmara, por limite de mandatos, como acontece consigo próprio, com Basílio Horta e Ribau Esteves.

“No caso do José Manuel [Silva], as pessoas conhecem-no, para o bem e para o mal, têm uma referência. No meu caso [em Faro], as pessoas que vão a eleições, [os eleitores] não as conhecem como autarcas ali. Por acaso, tenho lá um que é autarca, mas de outro concelho. No caso do Ribau, nem é isso. Não há uma referência, como há em Coimbra”.

Para as autárquicas, finaliza Rogério Bacalhau, “as pessoas votam muito na pessoa, mas essa ligação, nos casos em que vai haver mudanças, não é efetiva. Estou convencido, gostava de me enganar, que vai haver presidentes de câmara do Chega”.

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Numa legislatura que “vai dar muito trabalho”, presidente da AR acredita que “parlamento vai funcionar”

"Não podemos considerar que o regime democrático, ou que a democracia só é boa, quando está inclinada para o lado que eu acho", diz José Pedro Aguiar Branco, em entrevista à Lusa.

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, que vai ser recandidato ao lugar que assumiu após as legislativas de há um ano, considera que esta missão “talvez seja, neste momento, das mais exigentes no que diz respeito ao próprio regime democrático”. Isto, defende em entrevista à Lusa, porque “é no parlamento que se têm de fazer consensos e criar maiorias, que se tomam medidas que depois impactam na vida dos cidadãos e se faz o escrutínio da ação do Governo – isto é nuclear no que diz respeito à qualidade do regime democrático”.

Já de olhos na campanha que antecederá a eleição para o próximo Chefe de Estado — figura que, pela Lei, substitui na ausência deste –, Aguiar Branco diz que “gostaria que o debate das presidenciais não se transformasse num debate antipartidos, porque os partidos políticos são fundamentais e estruturantes numa democracia, são fundamentais numa democracia liberal representativa”.

Os comentários poderão ter como destinatário o candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo, que desde quinta-feira está oficialmente na corrida a Belém. O almirante considera necessário um “Presidente estável, confiável e atento, acima de disputas partidárias”, e deixou, no discurso de candidatura, um manifesto de intenções que alguns consideram mais próximas de um candidato a primeiro-ministro.

Gostaria que o debate das presidenciais não se transformasse num debate antipartidos, porque os partidos políticos são fundamentais e estruturantes numa democracia, são fundamentais numa democracia liberal representativa

Nesta mesma entrevista à Lusa, Aguiar Branco diz que “o Presidente da República tem um especial dever e cuidado – e assim acredito que será – de ter esse respeito por outro órgão de soberania, e no caso concreto o parlamento. É do parlamento que emana a dimensão de Governo a que estamos habituados e que acho que é saudável para a nossa democracia”.

Aguiar Branco considera ainda que a democracia exercida através de redes sociais e de outros modos “sem filtro” traz “perigos”.

Entre os temas na ordem do dia em termos de política nacional está uma eventual revisão constitucional, que Luís Montenegro não afasta, mas diz não ser prioridade imediata. Sobre a mudança na geometria parlamentar para alcançar os dois terços de deputados necessários a alterações à Constituição, com a direita sozinha a permitir o somatório de deputados necessário (e sem a capacidade de PSD e PS, somados, perfazerem esse número), o presidente da Assembleia da República diz que “não podemos também considerar que a democracia portuguesa tinha estabelecido desde a origem uma situação que funcionaria sempre num determinado quadro. Não podemos considerar que o regime democrático, ou que a democracia, só é boa, quando está inclinada para o lado que eu acho”.

Adianta ainda que “rever a Constituição faz parte da normalidade” e que para a revisão ocorrer “é preciso que haja uma determinada maioria, que só existirá se aqueles que a compõem – e nenhum por si tem esse poder – se entenderem. Portanto, pode ser muito radical ou pode ser muito conservadora, que não acontece sem consenso alargado”.

O Tribunal Constitucional está lá, funciona. Se é preciso mudar, muda-se com o consenso que existir. Se não houver esse consenso, continuará a trabalhar com quem está.

A atual configuração do Parlamento, como ficará formalizada na tomada de posse dos deputados na terça-feira, permite que a direita seja autossuficiente também na eleição de altos cargos, como o dos juízes do Tribunal Constitucional, Provedor de Justiça ou presidente do Conselho Económico e Social, mas Aguiar Branco desdramatiza a nova relação de forças. Esta “obriga a um exercício maior de esforço de consensualização”, diz, à Lusa.

No limite, considera, “o Tribunal Constitucional está lá, funciona. Se é preciso mudar, muda-se com o consenso que existir. Se não houver esse consenso, continuará a trabalhar com quem está”.

Aguiar Branco acredita que “a democracia vai funcionar, o parlamento vai funcionar, vamos ter necessidade de fazer consensos e vai haver necessidade de maiorias com geometria variável”. Em especial, “políticos e partidos” devem “ter a maturidade para saber interpretar corretamente a vontade dos portugueses e atuar em conformidade”.

Numa mensagem de confiança, o ex-ministro social-democrata, que assume a sua candidatura a novo mandato à frente dos destinos do Parlamento, antevê uma legislatura “trabalhosa. Vai dar muito trabalho, mas estamos a praticar a democracia e acho que o parlamento vai funcionar”.

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Suécia reforça controlo à “frota fantasma” que contorna embargo ao petróleo russo

  • Lusa
  • 31 Maio 2025

A Suécia vai introduzir novas regras a partir de 1 de julho para reforçar o controlo dos navios estrangeiros, numa iniciativa que visa a "frota fantasma" da Rússia no Mar Báltico.

A Suécia vai introduzir novas regras a partir de 1 de julho para reforçar o controlo dos navios estrangeiros, numa iniciativa que visa a “frota fantasma” da Rússia no Mar Báltico, anunciou o Governo de Estocolmo neste sábado.

Desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, aumentou o número de petroleiros cujos proprietários são difíceis de identificar ou que não têm seguro adequado. Tal situação permitiu a Moscovo reunir uma frota clandestina para exportar petróleo apesar das sanções de que é alvo por ter invadido a Ucrânia.

Os navios da “frota fantasma” são regularmente acusados pelos europeus de danificarem cabos submarinos, deliberadamente ou não, e de constituírem uma ameaça para o ambiente.

“O Governo adotou um novo regulamento que reforça o controlo dos navios estrangeiros, exigindo informações sobre os seguros”, declarou o executivo sueco num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

O objetivo é combater a “frota fantasma” e, ao fazê-lo, “melhorar a segurança marítima e a proteção do ambiente”, disseram as autoridades de Estocolmo.

O Governo precisou que a Guarda Costeira e a Administração Marítima serão responsáveis pela recolha de informações sobre os seguros.

A fiscalização vai abranger não só os navios que atracam num porto sueco, mas também os que transitam nas águas territoriais ou na zona económica exclusiva da Suécia.

A Finlândia e a Suécia, que aderiram recentemente à NATO, estão particularmente atentas aos incidentes no Mar Báltico que visam infraestruturas de energia e comunicações, recorrentes desde o final de 2024.

A medida anunciada hoje “sublinha a presença assertiva da Suécia no Mar Báltico, o que por si só tem um efeito dissuasor”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, citado no comunicado.

“Também fornece à Suécia e aos nossos aliados informações importantes sobre os navios que podem ser incluídos nas listas de sanções. Estamos a assistir a um número crescente de incidentes preocupantes no Mar Báltico, o que nos obriga (…) a prepararmo-nos para o pior”, acrescentou.

Em 20 de maio, a União Europeia adotou um 17.º pacote de sanções contra a Rússia, visando cerca de 200 navios da “frota fantasma”.

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China pede fim da guerra de preços na indústria automóvel. Segurança e negócio em causa

  • Lusa e ECO
  • 31 Maio 2025

O governo chinês instou hoje as empresas automóveis a pararem com as guerras de preços que, segundo as autoridades, ameaçam a saúde e o desenvolvimento sustentável da indústria.

O Governo chinês instou as empresas automóveis a pararem com as guerras de preços que, segundo as autoridades, ameaçam a saúde e o desenvolvimento sustentável da indústria no maior mercado automóvel do mundo.

O Ministério da Indústria e das Tecnologias da Informação (MIIT) advertiu que estas estratégias de concorrência “desordenadas” afetaram gravemente o funcionamento normal do setor e a sua rentabilidade, especialmente no segmento dos veículos elétricos.

“Não há vencedores numa guerra de preços, muito menos no futuro”, afirmou um porta-voz do ministério, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

O aviso surge na sequência de uma nova ronda de descontos lançada a 23 de maio por um grande fabricante – não identificado oficialmente – e seguida por gigantes da indústria como a BYD, a Geely e a Chery.

Os descontos incluíram, no caso da BYD, incentivos que reduzem o preço do seu modelo Seagull para 55.800 yuan (cerca de 6.830 euros).

A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) também lançou um apelo no sábado para acabar com as guerras de preços, afirmando que estas corroem o investimento em investigação e desenvolvimento, prejudicam a qualidade dos produtos e podem mesmo comprometer a segurança dos veículos.

Em comunicado, a CAAM advertiu que esta “concorrência de tipo ‘involutivo'” – um termo utilizado na China para descrever dinâmicas autodestrutivas em setores com elevada pressão concorrencial – gerou pânico no mercado.

As autoridades anunciaram medidas para reforçar a supervisão do mercado, combater as práticas de concorrência desleal e promover um ambiente empresarial “justo e ordenado”.

As ações previstas incluem inspeções de qualidade aleatórias, restrições às vendas abaixo do custo e uma maior cooperação entre as agências reguladoras.

O MIIT também incentivou as empresas a melhorarem a sua capacidade de inovação, a aumentarem a qualidade dos seus produtos e serviços e a cumprirem as suas responsabilidades sociais.

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Cartel dos petróleos anuncia aumento na produção

  • Lusa
  • 31 Maio 2025

Moscovo e seis outros membros da OPEP+, que tinham começado a aumentar gradualmente a extração de petróleo desde abril, anunciam novo aumento da produção para julho.

Moscovo e seis outros membros da OPEP+, que tinham começado a aumentar gradualmente a extração de petróleo desde abril, anunciaram neste sábado um novo aumento da produção para julho. O cartel dos petróleos vai produzir mais 411.000 barris por dia, tal como em maio e junho, segundo um comunicado de imprensa, três vezes mais do que o inicialmente previsto.

Para além da Arábia Saudita e da Rússia, o Iraque, os Emirados Árabes Unidos, o Kuwait, o Cazaquistão, a Argélia e Omã acordaram cortes voluntários adicionais, que totalizam 2,2 milhões de barris por dia nos últimos anos, sendo o objetivo aumentar os preços por barril.

No início do ano, tinham decidido uma reintrodução gradual, mas na primavera decidiram acelerar o ritmo.

A reviravolta fez com que os preços do petróleo caíssem para cerca de 60 dólares por barril, o nível mais baixo dos últimos quatro anos.

Pouco depois de ter tomado posse, o presidente americano pediu a Riade que produzisse mais petróleo para fazer baixar o preço do ouro negro e, por sua vez, os preços na bomba para os consumidores.

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Isaltino Morais: “O almirante não tem a manha de Marques Mendes”

Presidente da Câmara de Oeiras foi afastado das autárquicas pelo PSD de Marques Mendes há 20 anos. Em declarações neste sábado, explica apoio a Gouveia e Melo e critica o adversário do almirante.

O presidente da Câmara Municipal de Oeiras explicou esta manhã, na antena da SIC Notícias, a sua posição a favor da candidatura de Henrique Gouveia e Melo à Presidência da República, e não poupou nas palavras para criticar aquele que é, até ao momento, o maior adversário do almirante nas urnas.

O almirante não tem a manha do doutor Marques Mendes. O doutor Marques Mendes é um político com toda a manhosidade”, afirmou Isaltino Morais, a quem o antigo presidente do PSD retirou a confiança política aquando das eleições autárquicas de há exatamente 20 anos.

Em maio de 2005, Isaltino Morais, Valentim Loureiro e Pedro Santana Lopes viram a direção de Marques Mendes impedir que se apresentassem como candidatos autárquicos pelo PSD, o que não impediria Isaltino Morais de se propor a Oeiras enquanto independente e vencer, com 34,5% dos votos. Apesar de superar em cerca de dois pontos percentuais a social-democrata Teresa Zambujo, o movimento “Isaltino, Oeiras Mais à Frente” e o PSD empataram no número de mandatos, quatro para cada um, num total dos onze da autarquia, que era então liderada pelo PSD, ininterruptamente e com Isaltino, desde 1985.

Eu tive um problema com o doutor Marques Mendes, mas isso foi há tantos anos… estive no futebol [na final da Taça de Portugal, disputada a 25 de maio último], ele estava lá e até me senti incomodado, porque estivemos muito próximos um do outro e não falámos um com o outro”. Prosseguindo nas declarações ao canal televisivo, neste sábado, o autarca diz: “Claro que se ele fosse eleito Presidente da República eu teria que o cumprimentar”.

Isaltino Morais não poupou nas palavras contra o candidato apoiado pelo PSD, embora frisando não guardar qualquer rancor do episódio de há 20 anos (após o qual o autarca esteve preso durante 14 meses).

“É a maneira de ser dele. Ele construiu a sua carreira política dentro daquilo que são as virtudes e os vícios dos partidos políticos, e numa determinada altura utilizou as questões relativas à ética para vetar determinados candidatos. Durante muito tempo, pelos vistos, ele conviveu muito bem comigo em termos éticos, designadamente enquanto o presidente da Câmara de Oeiras lhe atribuía determinados cargos. Depois, a partir de determinado momento, razões éticas levaram-no a afastar-me das autárquicas. Mas isso passou, não tenho qualquer rancor”.

Antes de passar à defesa do candidato que apoia, o presidente de Oeiras ainda atirou a Marques Mendes: “Cada um tem a sua ética e a ética só serve em determinadas circunstâncias”.

Em contraponto com a experiência política de ex-presidente do PSD e ex-ministro de Cavaco Silva, o almirante candidato a Belém “foi chefe do Estado-Maior-General d​as Forças Armadas e fez uma carreira brilhante”, diz o seu há muito assumido apoiante.

Perante as várias contradições já manifestadas por Gouveia e Melo na praça pública – designadamente a afirmação, em 2021, de que “a democracia não precisa de militares” e, num tom de graça, de que se viesse a ser candidato a Belém lhe deveriam dar uma corda para se enforcar – Isaltino Morais defende que “a dinâmica política hoje em dia é muito acelerada”. Em consequência, “gera-se uma dinâmica que empurra as pessoas, se elas se sentirem com condições para assumir determinadas responsabilidade”. Por fim diz mesmo: “não há contradição nenhuma”.

Marques Mendes “é um candidato redutor, quer se queira, quer não, é um candidato do PSD”. Já a candidatura de Gouveia e Melo “emanou do povo, de baixo para cima. Gradualmente, o almirante Gouveia e Melo foi-se apercebendo da adesão popular a uma eventual candidatura”.

“Henrique Gouveia e Melo é candidato a Presidente da República, não tem nada a ver com partidos políticos. Há garantia, indiscutivelmente, de que será um Presidente imparcial e independente. Não passa de mais um anátema a querer ser lançado que o almirante Gouveia e Melo pretende alterar o regime. Há outras pessoas que querem alterar o regime, e dizem que querem alterar o regime. Não é o caso”, assegura Isaltino Morais.

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Algas valem 9,2 milhões de euros e “Portugal tem tudo para ser líder europeu”

Com quase meia centena de empresas e "condições naturais excecionais", Portugal quer tornar-se numa referência europeia no setor das algas.

“As algas são um recurso promissor”. É assim que empresários portugueses olham para este negócio que já conta com quase meia centena de empresas que exportam cerca de 90% da produção.

Em 2023, o setor faturou 9,2 milhões de euros em áreas como alimentação humana, suplementação e saúde, cosmética, agricultura, alimentação animal e biotecnologia azul, segundo dados da Dun & Bradstreet, analisados pela Associação Portuguesa dos Produtores de Algas (Proalga).

Detida pela holding Green Aqua Company, a Green Aqua Póvoa produziu o ano passado cerca de 140 toneladas de biomassa, sendo que 90% da produção foi exportada principalmente para a Europa, mas também para a Turquia e Médio Oriente. A empresa da Póvoa de Santa Iria emprega 35 pessoas e fatura 3,7 milhões de euros.

Dos principais setores a que se destinam os produtos da Green Aqua Póvoa destacam-se as aquaculturas, mas também fazem também parte do portfólio o setor das rações para animais terrestres, produção de ingredientes para o setor alimentar e cosmético, seja em formato de pasta congelada, seco ou em pó, até ao formato cultura viva.

“A Green Aqua Póvoa é a entidade promotora do Algatec Eco Business Park, onde se encontra instalada a maior unidade de produção de microalgas na Europa, incluindo uma biorrefinaria de produtos de algas”, explica ao ECO Luís Vieira da Silva administrador executivo da Green Aqua Póvoa. A empresa está envolvida na BIOFAT.PT, o “maior projeto de produção de microalgas na Europa”.

A Allmicroalgae Natural Products, que integra o grupo Necton desde 2023, conta com uma capacidade produtiva anual superior a 100 toneladas, distribuída entre diferentes espécies de microalgas. O grupo liderado por João Navalho emprega mais de 95 colaboradores e um volume de negócios consolidado de 6,5 milhões de euros, que engloba as duas unidades de microalgas e a unidade de produção de sal marinho tradicional.

A empresa de Pataias fornece microalgas para três grandes setores de atividade: alimentação humana (com a marca Allma), alimentação animal (marca Allvitae) e agricultura (através da marca Allfertis).

A Allmicroalgae exporta 75% da produção essencialmente para a Europa com destaque para a Alemanha (maior mercado europeu) e França (mercado com maior taxa de crescimento projetada).

“Atualmente, o setor industrial das algas em Portugal conta com 21 empresas dedicadas às macroalgas (cultivo, colheita, transformação e aplicações) e 26 empresas do setor das microalgas, abrangendo desde o cultivo, a engenharia, a consultoria e a comercialização”, detalha a associação que representa o setor.

Utilizando uma abordagem de aquacultura integrada em antigas salinas em Aveiro com acesso a água salgada e com uma capacidade produtiva instalada de mais de 200 toneladas de macroalgas por ano, a Algaplus assume-se como pioneira em Portugal na produção sustentável de macroalgas marinhas com certificação biológica.

As algas da Algaplus são destinadas principalmente ao setor alimentar, cosmético e de bem-estar animal e têm como destino essencialmente os mercados europeus (França, Alemanha, Reino Unido, países nórdicos), mas também Canadá, EUA e Austrália.

“A Algaplus assegura o controlo completo de toda a cadeia de valor — desde a produção até à transformação e comercialização — garantindo produtos frescos e desidratados (inteiros, em flocos ou em pó)”, diz ao ECO Margarida Martins, responsável de inovação da empresa, que emprega 23 pessoas e soma um volume de negócios anual inferior a um milhão de euros.

Um setor promissor em crescimento

Os empresários ouvidos pelo ECO acreditam que o setor das algas é “promissor” e que Portugal está bem posicionado para aproveitar a tendência, podendo mesmo ser líder Europeu. As “condições naturais excecionais” e a “excelência científica” são apontados como fatores diferenciadores.

Luís Vieira da Silva, administrador executivo da Green Aqua Póvoa, garante que o “setor da biomassa é extremamente promissor para Portugal”, destacando que a “nível global, os produtos oriundos de biomassas estão em forte crescimento, impulsionado pela transição energética, pelo crescimento das indústrias a jusante que tradicionalmente usam algas (como a aquacultura) e pela procura por soluções sustentáveis”.

O gestor da empresa da Póvoa de Santa Iria estima que “mundialmente o setor de biomassa de algas e seus produtos verifiquem taxas de crescimento anual entre 5% e 10%, dependendo da aplicação”.

João Navalho, presidente do conselho de administração da Allmicroalgae, corrobora a ideia do gestor da Green Aqua Póvoa e prevê que o “mercado europeu de microalgas deverá crescer 9,3% ao ano até 2030, com a França e Alemanha a liderarem esta expansão”.

“O setor tem registado um aumento progressivo desde 2017, ano em que teve início o cultivo de macroalgas em Portugal, complementando décadas de produção industrial de microalgas (desde 1991). A tendência aponta para uma expansão significativa nos próximos anos, alavancada por investimento em inovação, sustentabilidade e biotecnologia”, detalha a Associação Portuguesa dos Produtores de Algas.

Face aos números, o administrador executivo da Green Aqua Póvoa assegura que “Portugal está particularmente bem posicionado para aproveitar esta tendência” e enumera as condições naturais “excecionais” do país: “extensa costa atlântica com águas limpas e ricas em nutrientes, elevada exposição solar, e uma temperatura média amena, tudo fatores ideais para a produção eficiente de algas”.

Portugal tem tudo para ser líder europeu em microalgas.

João Navalho

Presidente do conselho de administração da Allmicroalgae e Necton

Por sua vez, o líder da Allmicroalgae e grupo Necton não tem dúvidas que “Portugal tem tudo para ser líder europeu em microalgas”, destacando a “excelência científica e ecossistema dinâmico e colaborativo”, a “aposta em projetos inovadores” e “condições naturais favoráveis”.

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Parlamento já pode regressar ao trabalho. Primeiro teste a negociações na terça-feira

  • ECO
  • 31 Maio 2025

Mapa oficial dos eleitos a 18 de maio publicado em Diário da República neste sábado, como o ECO adiantara. Eleição de Aguiar Branco é primeiro teste a acordos.

Está publicado em Diário da República o Mapa oficial com o resultado das eleições legislativas e a lista de deputados, confirmando-se a data que o ECO já adiantara. Entre os trabalhos do dia estará a eleição do novo presidente da Assembleia da República, cargo para o qual o atual titular já se mostrou disponível.

Há um ano, negociações entre a coligação vencedora das eleições e o Chega começaram a delinear a constituição da liderança da Assembleia da República, mas acabariam goradas. No final do dia, seria a posição do PS de Pedro Nuno Santos a permitir eleger o presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar Branco, o qual, pelo acordo então estabelecido, teria mandato até 2026 (sendo depois substituído na presidência por um socialista). Com as legislativas de 18 de maio último, o “contador” volta a zero, com o começo da nova legislatura.

Nesta terça-feira com o início dos trabalhos no Parlamento, e a disponibilidade de Aguiar Branco para retomar o lugar de presidente já manifestada, será feito o primeiro teste a acordos. À AD faltam 25 deputados para a maioria absoluta.

 

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Inter procura ‘tetra’ e PSG o primeiro título na final da Liga dos Campeões de futebol

  • Lusa
  • 31 Maio 2025

O Inter Milão, que já se sagrou três vezes campeão europeu, e o Paris Saint-Germain, em busca do primeiro título, defrontam-se na final da Liga dos Campeões de 2024/25, em Munique.

O Inter Milão, que já se sagrou três vezes campeão europeu, e o Paris Saint-Germain, em busca do primeiro título, defrontam-se este sábado na final da Liga dos Campeões de futebol de 2024/25, na cidade alemã de Munique.

À semelhança do PSG, que perdeu a única final que disputou, em 2019/20, em Lisboa, frente Bayern Munique (dono do estádio onde procurará hoje um desfecho melhor), também o quarteto português da equipa francesa, composto por Nuno Mendes, João Neves, Vitinha e Gonçalo Ramos, procura erguer o primeiro troféu na ‘Champions’.

A história europeia do Inter Milão é substancialmente mais rica: os italianos venceram a principal prova continental de clubes em 1963/64, 1964/65, numa final frente ao Benfica, e 2009/10, este sob o comando do treinador português José Mourinho, tendo perdido outras tantas finais, a última há apenas dois anos.

Se conquistar o título, algo que apenas foi conseguido por um clube francês, o Marselha, em 1992/93, a temporada da equipa treinada pelo espanhol Luis Enrique cobrir-se-á de uma glória sem precedentes, uma vez que já venceu também a Liga francesa e a Taça de França.

Os italianos, orientados por Simone Inzaghi, encaram Munique com a expectativa de escaparem a uma época frustrante, na qual perderam o título italiano na última jornada, para o Nápoles, e caíram nas meias-finais da Taça de Itália, perante o rival AC Milan, treinado pelo português Sérgio Conceição.

A atual edição, que contou com a participação de Benfica e Sporting, estreou um novo modelo competitivo, com a introdução de uma nova fase de liga, na qual o Inter Milão foi quarto classificado e o PSG apenas 15.º, tendo de passar por um play-off para prosseguir em prova.

O Inter Milão e Paris Saint-Germain defrontam-se hoje na final da Liga dos Campeões de 2024/25, em Munique, na Alemanha, em jogo com início às 20:00 (hora de Lisboa), que será dirigido pelo árbitro romeno István Kovács.

 

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ECO Quiz. Cloudflare, SNS e despejos em Loures

  • Tiago Lopes
  • 31 Maio 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

Matthew Prince, CEO da Cloudflare, criticou duramente Portugal, afirmando que várias promessas não foram cumpridas pelo governo para reduzir a burocracia. Segundo Prince, as condições para investir em Portugal deterioraram-se nos últimos seis anos, com obstáculos persistentes na contratação de pessoal e na operação empresarial. Em outubro, a empresa havia anunciado a criação de 500 novos empregos no país, mas o CEO indica que, se a situação não melhorar, esse plano poderá ser revertido.

Nos últimos cinco anos, o número de cirurgias realizadas fora do horário regular nos hospitais públicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou 170%, passando de cerca de 26% para 32,6% do total de intervenções em 2024, o que equivale a mais de 239 mil operações. Esse crescimento, superior ao aumento global de cirurgias no mesmo período, reflete a pressão sobre o sistema para recuperar listas de espera, especialmente após a pandemia.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Trump anuncia aumento de tarifas sobre o aço para 50%

  • ECO e Lusa
  • 31 Maio 2025

Donald Trump anunciou uma nova subida das tarifas sobre as importações de aço, para 50%.

Donald Trump anunciou uma nova subida das tarifas sobre as importações de aço. Depois de ter fixado uma tarifa de 25%, comunica agora um aumento para 50%, justificado com o objetivo de proteger a produção dos Estados Unidos. “Vamos aumentar as tarifas sobre o aço nos Estados Unidos de 25% para 50%, o que dará ainda mais segurança à indústria no país“, anunciou o presidente num comício em Pittsburgh, na Pensilvânia, onde celebrou o acordo de investimento entre a siderurgia japonesa Nippon Steel e a empresa norte-americana U.S. Steel.

Uma nota oficial da Casa Branca na rede social X especificou que a medida entrará em vigor “na próxima semana”, noticiou a agência France-Presse (AFP).

 

O preço dos produtos siderúrgicos aumentou cerca de 16% desde que o republicano se tornou presidente, de acordo com o índice de preços no produtor do governo. “Ninguém conseguirá contornar” estas tarifas, garantiu Donald Trump no palanque, perante os trabalhadores que usavam capacetes e casacos de trabalho com faixas refletoras. Após o anúncio das novas tarifas, os participantes gritaram “EUA, EUA” na sala.

O anúncio do líder republicano surge apenas um dia depois de um tribunal de recurso ter levantado o bloqueio do Tribunal de Comércio Internacional (TCE) a grande parte da política tarifária de Trump sobre as importações de vários países.

Este bloqueio não terá afetado as tarifas sobre o aço, mas sim as anunciadas em 02 de abril, que consistem numa tarifa global de 10% sobre praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA. Além disso, terá também bloqueado uma parcela — que estava congelada até julho para a assinatura de acordos — que varia de país para país com base nos défices e volumes comerciais e a que a Casa Branca chamou “tarifas recíprocas”.

Os EUA têm um défice comercial com o resto do mundo há 49 anos consecutivos.

O presidente dos EUA elogiou ainda a fusão que o próprio aprovou na semana passada entre a US Steel e a sua concorrente japonesa Nippon Steel, sobre a qual foram divulgadas até ao momento poucas informações. “O mais importante é que a US Steel continuará sob o controlo dos Estados Unidos, caso contrário, não teria fechado este acordo“, frisou Donald Trump, garantindo que a Nippon Steel irá injetar 14 mil milhões de dólares “no futuro” da US Steel.

O acordo, ao qual o próprio Donald Trump se opôs durante muito tempo, tornou-se central para a campanha presidencial americana de 2024, uma vez que diz sobretudo respeito à Pensilvânia, um Estado estratégico do ponto de vista eleitoral, que é também o berço da siderurgia nos Estados Unidos.

Desde que regressou à Casa Branca (presidência), em janeiro, Trump anunciou medidas tarifárias contra a grande maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, algumas das quais foram suspensas temporariamente até 09 de julho, devido à reação negativa dos mercados.

As medidas em vigor incluem tarifas de 25% sobre o aço, o alumínio e os seus derivados, 25% sobre os automóveis importados e certas peças automóveis, juntamente com uma tarifa de base de 10% aplicável a todos os seus parceiros comerciais.

Para a União Europeia (UE), esta tarifa de 10% poderá aumentar para 20% após o termo da atual pausa dos Estados Unidos em julho.

Na sequência da imposição dos direitos aduaneiros, os Estados Unidos já celebraram acordos comerciais com o Reino Unido e a China para reduzir as taxas e aumentar o acesso a esses mercados.

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