Jerónimo Martins afunda 16,58% no pior dia em bolsa da sua história

Pressão do mercado polaco atira ações da retalhista alimentar para mínimos de julho de 2021 e abre a porta a onda de revisões em baixa da avaliação da empresa por parte dos analistas.

As ações da Jerónimo Martins JMT 0,36% , dona das cadeias de supermercados Pingo Doce e Biedronka, sofreram uma queda histórica de 16,58% na sessão desta quinta-feira. Foi a pior sessão desde a sua entrada na bolsa, colocando os títulos a negociar no valor mais baixo desde 5 de julho de 2021.

Este declínio abrupto (com os títulos a chegarem a cair 19,6% durante a manhã) foi desencadeado pela divulgação dos resultados do segundo trimestre, que revelaram uma significativa deterioração das margens operacionais da empresa, especialmente na operação polaca da Biedronka, onde as receitas tiveram uma contração homóloga de quase 5% – ficando acima de uma contração de 1,4% antecipada pelos analistas – e os custos aumentaram significativamente, pesando assim a margem do grupo e provocado uma contração de quase 25% no lucro.

“2024 tem sido marcado, após um ciclo inflacionário, pelos duros efeitos da combinação de uma acentuada trajetória de correção dos preços alimentares com a subida significativa dos custos”, destaca Pedro Soares dos Santos, CEO da retalhista no comunicado de resultados.

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No segundo trimestre de 2024, o lucro líquido da Jerónimo Martins caiu 28% em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 156 milhões de euros. Este resultado reflete a pressão contínua sobre as margens, que foram severamente afetadas pela deflação dos preços dos alimentos e pelo aumento dos custos operacionais.

Sabemos que o consumidor polaco é racional e olha para os preços. Se não tivermos bons preços, perderemos clientes e depois será muito caro recuperá-los.

Ana Luisa Virginia

CFO da Jerónimo Martins

Essa realidade foi particularmente notada nas contas da Biedronka, retalhista líder do mercado polaco com vendas 2,5 vezes superior ao do seu segundo concorrente. “Os consumidores polacos estão a ser mais cautelosos com os seus gastos, dado o contexto económico incerto”, revela Ana Luísa Virginia, administradora financeira (CFO) da Jerónimo Martins, em conferência com analistas esta quinta-feira, sublinhando ainda que “a falta de dinamismo do consumo também contribuiu para a intensificação da concorrência no mercado alimentar.”

A Biedronka, que é há vários anos a principal fonte de receita da Jerónimo Martins, viu a sua margem EBITDA cair de 8,5% para 7,6% no primeiro semestre de 2024. Este declínio foi gerado pelo forte investimento da empresa em preços para manter a competitividade num mercado altamente competitivo e em deflação. “Sabemos que o consumidor polaco é racional e olha para os preços. Se não tivermos bons preços, perderemos clientes e depois será muito caro recuperá-los”, afirmou Ana Luisa Virginia aos analistas.

Oportunidade para investidores de longo prazo

As perspetivas para o resto do ano estão longe de serem animadoras. Carlos Pinto, gestor do Optimize Portugal Opportunites, que tem 9,3% da carteira investida em Jerónimo Martins (é inclusive a maior posição do fundo), antecipa que nos próximos meses possa continuar a haver uma deterioração das margens, “sendo expectável que só em meados de 2025 possa haver melhorias nesta matéria.”

Será também expectável que, nos próximos dias, os 26 analistas que acompanham as ações da Jerónimo Martins revejam em baixa as suas avaliações para empresa. Atualmente, dois terços desses analistas recomendam a “compra” ou a “forte compra” dos títulos. O preço-alvo médio das recomendações dos analistas apontam para os 22,59 euros, cerca de 39% acima do preço de fecho desta quinta-feira.

“As perspetivas que a empresa deu para o segundo semestre mostram que este continuará a ser um período desafiante, pelo que é natural que os analistas revejam as suas contas em baixa e que isso se venha a refletir no preço alvo para os próximos meses“, refere Pedro Barata, gestor do fundo GNB Portugal Ações.

A queda histórica das ações na sessão de hoje, reflete uma preocupação dos investidores com a capacidade da Jerónimo Martins em manter a rentabilidade num ambiente tão desafiante, como é atualmente o mercado polaco.

No entanto, para os investidores de longo prazo, a correção histórica de 16,58% pode ser uma oportunidade “para iniciar a construção de uma posição”, destaca Carlos Pinto, notando que as ações negoceiam com preço equivalente a 15,4 vezes os lucros por ação, que fica muito abaixo da sua média de 23,86 vezes dos últimos cinco anos. Basta notar que, a última vez que os títulos estiveram a negociar com um PER deste nível foi em meados de 2016.

Além disso, a Jerónimo Martins continua a investir na expansão e remodelação das suas lojas. Para o segundo semestre, a empresa planeia aumentar o investimento em preços na Biedronka para reforçar a sua posição competitiva, mesmo sabendo que isso continuará a pressionar as margens EBITDA.

Continuaremos a dar prioridade a fazer das nossas lojas a primeira escolha dos consumidores e a crescer vendas em volume como fatores críticos da preservação da nossa competitividade”, refere Pedro Soares dos Santos.

Pedro Barata salienta que “é sempre bom termos presente que a Jerónimo Martins é hoje, tal como era ontem, uma ótima empresa, muito bem gerida, financeiramente muito sólida e líder nos mercados onde atua” e que por isso “é natural que os investidores de longo prazo vejam esta queda, fruto de um trimestre menos conseguido, como uma oportunidade para investir na empresa a preços mais interessantes, não se importando depois de esperar para que tudo volte à normalidade.”

Porém, a queda histórica das ações na sessão desta quinta-feira reflete uma preocupação dos investidores com a capacidade da Jerónimo Martins em manter a rentabilidade num ambiente tão desafiante, como é atualmente o mercado polaco. E com a continuação da deflação alimentar e a elevada inflação de custos, a empresa enfrenta um segundo semestre igualmente difícil, onde a estratégia de investimento em preços e a eficiência operacional serão cruciais para mitigar os impactos negativos nas margens.

Notícia atualizada às 18h37 com declarações do gestor Pedro Barata.

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PS disponível para acordos à esquerda nas autárquicas

  • ECO
  • 25 Julho 2024

Pedro Nuno nota "disponibilidade" do PS para "conversar com todas as forças políticas à esquerda" e avaliar eventuais coligações autárquicas. "Disponibilidade existe, mas será tratada caso a caso".

O secretário-geral do PS acusou Carlos Moedas de ser “um mau presidente” da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e de ter “falhado” aos munícipes. Pedro Nuno Santos não descarta eventuais coligações das “forças de esquerda” nas eleições autárquicas, marcadas para 2025.

“Em Lisboa, como em qualquer cidade, as pessoas vão aderir aos projetos que forem mais interessantes para as suas terras”, disse o secretário-geral do PS, em declarações transmitidas pela RTP3, no final da reunião com o Livre, no âmbito de eventuais futuras convergências à esquerda.

Neste contexto, Pedro Nuno Santos fez notar a “disponibilidade” do PS para “conversar com todas as forças políticas à esquerda” e avaliar eventuais coligações autárquicas. “Essa disponibilidade existe, mas será tratada caso a caso”, indicou, acrescentando que “isso pressupõe um trabalho que não está feito e que determinará a possibilidade ou não de concretizar um entendimento”, desde logo tendo em conta o “programa, as ideias para as cidades e os candidatos e candidatas”.

Não obstante, o antigo ministro das Infraestruturas defendeu que “o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa falhou ao longo dos últimos anos”, pelo que considera que “há todas as condições para que se consiga construir um projeto muito interessante na cidade de Lisboa” que junte “as forças de esquerda”, mas também que possa “atrair” os cidadãos de outro espetro político.

Acredito que mesmo à direita haja muita gente descontente com a execução prática do trabalho autárquico de Carlos Moedas”, afirmou Pedro Nuno Santos, que considerou que o atual autarca lisboeta “é muito hábil na comunicação, mas muito mau presidente de câmara”.

Também o porta-voz do Livre demonstrou disponibilidade para futuras coligações, de modo a “inverter o ciclo politico” e com “políticas centradas na qualidade de vida das pessoas, na justiça e na igualdade”. Ainda assim, Rui Tavares sublinhou que as “conversas precisam de ser aprofundadas”, pelo que “se vão repetir” e contar com a “mobilização dos partidos também a nível local e não só nacional”.

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Marcelo acredita que Governo vai refletir a descida do IRS já este ano

O Presidente da República reconheceu que a redução do imposto "obriga a fazer uma revisão na fonte". "Naturalmente que virá a ser regulamentado", indicou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acredita que o Governo vai refletir a descida do IRS nas tabelas de retenção na fonte deste ano. Depois de ter promulgado a redução do imposto, da autoria do PS e contra a vontade do Executivo, o Chefe do Estado reconhece que “isso obriga a uma revisão na fonte”, afirmou esta quinta-feira.

“Como estamos a caminho do fim do ano, naturalmente que virá a ser regulamentado e veremos os seus efeitos. É preciso regulamentar para aplicar este ano e isso compete ao Governo”, sinalizou.

De lembrar que logo após a promulgação do diploma, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não revelou se irá baixar já as tabelas de retenção na fonte e optou por pedir uma “clarificação” a PS e Chega sobre o que pretendiam. Em reação o líder do PS, Pedro Nuno Santos, exigiu que o Executivo repercutisse os efeitos da baixa do IRS no imediato.

Para o Chefe do Estado, “o processo é o seguinte”: “O Presidente da República promulgou, vai devolver os diplomas à Assembleia da República, o presidente da Assembleia da República assinará e fará publicar os diplomas e o Governo, a partir da publicação em jornal oficial, está em condições de ponderar a regulamentação e depois vamos ver o que significa em termos de retenção na fonte”.

Marcelo Rebelo de Sousa sinalizou ainda que, com a promulgação dos diplomas, pretendeu reforçar a “aproximação” entre Governo e PS com vista a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), sublinhando que acredita na viabilização do Orçamento. “Não estou pessimista em relação ao Orçamento do Estado”, insistiu.

“Há aproximação, a aproximação faz-se nestes meses que ainda faltam, de outubro e novembro, com as várias partes, cada qual a dizer o que entende que é fundamental e a outra parte a dizer o que é preciso ceder de parte a parte. A negociação faz-se assim, primeiro no plano das ideias e depois no concreto, artigo a artigo”, defendeu.

Ao dar luz verde aos vários diplomas, entre os quais, os que estão relacionados com a descida do IRS, Marcelo reiterou que está “a criar condições para o diálogo para o Orçamento do Estado”. “Quero encontrar uma solução que permita continuar o diálogo, a concertação. Neste momento, o que importa é que 2025 seja um ano muito estável e isso implica estabilidade do Orçamento do Estado, aprovação do Orçamento do Estado e, nesse sentido que vamos trabalhar”, defendeu.

Marcelo voltou a apresentar argumentos para a necessidade de Portugal ter um Orçamento aprovado: “É tão sensato a aprovação do Orçamento do Estado, num mundo como este, imprevisível, com eleições nos EUA, com as economias europeias em crise. E, nós, que estamos direitinhos, com todas as previsões a apontar para crescimento económico e contas equilibradas, vamos agora fazer um esforçozinho para a estabilidade também chegar ao Orçamento do Estado“, vincou.

(Notícia atualizada às 18h16)

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Jovens empresários querem “pagar melhores impostos” em Portugal

Novo presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Carlos Carvalho, pede mudanças nas compras do Estado e defende a fiscalidade como “incentivo ao crescimento”, em vez de um “fardo”.

Carlos Carvalho, presidente da ANJE

Se as empresas e os empresários são o “motor de dinamização” da economia, o Governo deve assegurar-lhes “mais previsibilidade, estabilidade e condições de crescimento”. Sobretudo às micro, pequenas e médias empresas (PME), que “precisam de um ecossistema e ambiente mais favorável ao seu crescimento”, e aos jovens empresários que têm “o desafio extra da necessidade de financiamento e da incerteza sobre a transformação de uma ideia em real valor de negócio”.

No discurso de tomada de posse como presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Carlos Carvalho, que substitui Alexandre Meireles ao fim de quatro anos, como o ECO avançou em primeira mão, pediu ao Executivo que concretize as promessas de reduzir a burocracia e incentivar a inovação. E também uma “fiscalidade mais atenta às necessidades das PME portuguesas em crescimento, das startups e scaleups, incentivando por esta via o seu crescimento”.

“O talento humano é um recurso fundamental e o seu custo real faz com que muitas vezes as empresas portuguesas percam competitividade em comparação com as de outros Estados europeus. É, por isso, essencial uma fiscalidade nacional atenta e focada nas necessidades das empresas. Temos de passar a olhar a fiscalidade como um incentivo ao crescimento, em vez de sentirmos, empresários e trabalhadores, que se trata de um fardo. Queremos pagar impostos, sim; mas queremos principalmente pagar melhores impostos”, indicou.

O CEO da tecnológica portuense Adyta, que integrava a direção nacional da ANJE desde fevereiro de 2020, promete “representar com clareza os agentes de mudança que são os jovens empreendedores” e implementar um portal de transparência onde “todos poderão consultar com facilidade o que acontece na associação”, que pretende que seja “a plataforma que facilite e estimule a ligação entre investidores e os jovens empresários.

Se o Estado tem necessidade de comprar, de se modernizar e/ou de recorrer a determinados serviços, que o faça mais junto das empresas nacionais.

Carlos Carvalho

Novo presidente da ANJE

Perante Carlos Abreu Amorim, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, e Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto, o engenheiro de 40 anos apelou às entidades públicas para definirem políticas de procurement que incentivem a compra de produtos e serviços resultantes da inovação nacional.

“Se o Estado tem necessidade de comprar, de se modernizar e/ou de recorrer a determinados serviços, que o faça mais junto das empresas nacionais e que esse processo, no caso específico de empresas inovadoras, seja feito também com um sentido de apoio a esse crescimento”, completou.

No primeiro discurso como líder máximo da ANJE, em que terá como vice-presidentes Nuno Malheiro (diretor comercial da AMF Safety Shoes), Gonçalo Simões de Almeida (partner da KGSA) e Filipa Pinto de Carvalho (sócia fundadora da AGPC e da Here Partners) – Miguel Moreira da Silva vai comandar a Mesa da Assembleia Geral e Catarina Azevedo o Conselho Fiscal –, Carlos Carvalho disse ainda que pretende incluir os empreendedores estrangeiros, que são cada vez mais a viver em Portugal, nas atividades da associação.

Em junho, a poucas semanas da realização do evento de moda e depois de nas anteriores três edições ter recorrido a capitais próprios para concretizar o projeto, a Associação Nacional de Jovens Empresários decidiu cancelar a edição do Portugal Fashion por não ter conseguido “reunir em tempo útil todos os apoios necessários que permitiriam garantir a qualidade do evento”.

Na tomada de posse, Carlos Carvalho notou que “nem sempre é simples manter vivos eventos que se tornam tradições”, sendo importante “adaptá-los aos tempos”. “Tem sido pública a dificuldade de realização do Portugal Fashion nos últimos anos. Temos esperança e vontade de que rapidamente o evento volte a acontecer e seguramente acontecerá. Resultará do excelente trabalho de reconfiguração, reestruturação e adaptação que a direção que hoje deixa de liderar a ANJE nos deixa”, concluiu.

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Antigo chefe de gabinete de Costa defende que procedimento no caso gémeas “foi o habitual”

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

"A missiva chegou da Casa Civil, foi reencaminhada, como era feito habitualmente com este tipo de missivas", referiu Francisco André, antigo chefe de gabinete de António Costa.

O antigo chefe de gabinete de António Costa disse esta quinta-feira que o procedimento seguido no caso das gémeas luso-brasileiras “foi o habitual”, e que São Bento encaminhou para o Ministério da Saúde um ofício da Presidência da República. “O procedimento foi o habitual. A missiva chegou da Casa Civil, foi reencaminhada, como era feito habitualmente com este tipo de missivas”, referiu Francisco André, em resposta à deputada única do PAN, na comissão de inquérito, no parlamento, onde foi ouvido durante hora e meia sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria com o medicamento Zolgensma.

Francisco André, agora embaixador da União Europeia no México e à data dos factos, em 2019, chefe de gabinete do então primeiro-ministro António Costa, reiterou, em resposta ao PSD, que não houve “nada de anormal” e que este caso “foi tratado de forma igual a todos os outros”.

O sistema implementado enquanto eu exercia funções era que todas as comunicações recebidas fossem da Casa Civil ou de cidadãos e entidades que chegavam ao gabinete eram reencaminhadas para os ministérios setoriais” após análise, explicou. O ex-chefe de gabinete confirmou que em 31 de outubro de 2019 o gabinete do então primeiro-ministro recebeu uma comunicação da Presidência da República a dar conta do caso e que esse documento foi encaminhado para o Ministério da Saúde dias depois, no início de novembro, juntamente com vários outros assuntos.

Na sua intervenção inicial, o antigo chefe de gabinete disse que não teve “nenhuma intervenção direta ou indireta” no caso, e que o ofício não foi assinado por si. De acordo com Francisco André, quem tratou foi uma assessora sua, dado que à data “não estaria no gabinete ou não estaria disponível”.

Francisco André ressalvou que na altura não tinha “qualquer conhecimento sobre quem era o remetente originário” do email, o filho do Presidente da República (informação que o chefe da Casa Civil disse ter retirado de propósito para evitar que fosse considerado como pressão), e que só soube dessa informação “durante os trabalhos desta comissão de inquérito”.

O antigo chefe de gabinete do primeiro-ministro assinalou igualmente que teve conhecimento do caso das duas crianças que receberam um dos medicamentos mais caros do mundo em novembro do ano passado, quando foi tornado público por uma investigação televisiva.

“Não pude dar conhecimento disso a ninguém, nem ao primeiro-ministro ou qualquer outra pessoa ou entidade”, salientou, referindo também que o gabinete de António Costa “nunca foi contactado pelos pais das crianças ou qualquer outra pessoa ou entidade” sobre este caso. Esta foi a última audição na comissão de inquérito ao caso das gémeas antes da pausa para férias, que retoma os trabalhos em setembro.

Francisco André indicou também não ter conhecimento “de nenhum contacto telefónico ou por outra via sobre este assunto” e rejeitou que tenha existido qualquer outra diligência adicional. Ao Livre, o antigo chefe de gabinete respondeu que nunca se reuniu ou teve qualquer pedido de contacto por parte de Nuno Rebelo de Sousa, indicando que conheceu o filho do Presidente da República no Brasil, já depois de deixar estas funções em São Bento, e que trocou com ele “meia dúzia de palavras de cortesia”.

Pelos partidos, o deputado António Rodrigues, do PSD, considerou que esta audição “entra no domínio no inútil” e Joana Mortágua, do BE, criticou intervenções anteriores, de outros partidos, defendendo que “a ausência de substância nesta audição faz com que derive no empolamento para espetáculo de procedimentos normais ou para considerações genéricas sobre a administração pública”.

Joana Cordeiro, da IL, lembrou que a audição foi proposta pelo seu partido e também pelo PSD e pelo Chega e foi aprovada por unanimidade. Já André Ventura, do Chega, protagonizou um momento de alguma exaltação, quando questionou Francisco André sobre o procedimento adotado e o facto de o Ministério da Saúde não ter acusado a receção do ofício.

Esta foi a última audição na comissão de inquérito ao caso das gémeas antes da pausa para férias, que retoma os trabalhos em setembro.

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EDP Renováveis troca administradores

  • ECO
  • 25 Julho 2024

Com a saída do embaixador Allan Katz, o conselho de administração aprovou a nomeação da italiana Gioia Ghezzi. Nomeação produz efeitos a partir de hoje e será votada na próxima AG.

A EDP Renováveis (EDPR) recebeu a renúncia de um dos membros do conselho de administração da empresa. De acordo com a nota enviada esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o ex-embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Allan Katz, renunciou ao cargo de membro independente do Conselho de Administração da EDP Renováveis, tendo sido substituído por Gioia Ghezzi.

“A EDPR gostaria de agradecer a Allan Katz pela sua dedicação e valiosa contribuição para o sucesso da sociedade”, lê-se na nota divulgada.

Com a saída do embaixador, o Conselho de Administração aprovou a nomeação por cooptação da gestora Gioia Ghezzi como membro independente do Conselho de Administração da EDPR, e como membro da Comissão Ambiental, Social e Governo Societário (ESG), uma comissão delegada e especializada do Conselho de Administração. A nomeação produz efeitos a partir desta quinta e será proposta para ratificação na próxima Assembleia Geral de acionistas da EDP Renováveis.

“Gioia Ghezzi irá contribuir para o Conselho de Administração da EDPR com a sua extensa experiência em vários cargos não executivos e de liderança”, garante a energética portuguesa, dando nota de que esta nomeação “aumenta significativamente a representação de mulheres no Conselho de 33% para 44%”.

Nascida em Itália, Gioia formou-se em física teórica na Universidade de Milão e, mais tarde, London Business School, onde obteve um MBA. Atualmente, é membro do Conselho Diretivo e da Comissão Executiva do Instituto Europeu da Inovação e da Tecnologia.

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Lucros da Altri disparam 122% no primeiro semestre. Vendas sobem com preço do papel

Papeleira fecha o semestre com lucros de 62 milhões de euros e vendas a subirem 8,5%, graças à subida dos preços a nível internacional, que devem “experimentar alguma correção nos próximos meses".

O grupo Altri multiplicou quase cinco vezes os lucros no segundo trimestre deste ano, o que permitiu fechar o primeiro semestre com um resultado líquido de 62 milhões de euros. Um crescimento de 121,7% face aos primeiros seis meses do ano passado, em que os lucros tinham descido 60%.

Suportadas agora pela “evolução favorável dos preços das fibras celulósicas nos mercados internacionais”, explica o grupo em comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as receitas totais aumentaram 8,5%, atingindo 462,7 milhões de euros.

“Os sinais positivos que vínhamos observando no final de 2023 e no arranque de 2024 acabaram por se confirmar nesta primeira metade do ano. Assistimos, neste primeiro semestre, a um forte dinamismo na procura por fibras celulósicas, em especial nos mercados da Europa e da América do Norte”, sublinha o CEO, José Soares de Pina.

Aliando este reforço das vendas e da produção (+6,2%) à manutenção dos “custos controlados” neste período, a papeleira portuguesa alcançou um EBITDA de 124 milhões de euros. Correspondeu a uma margem de 26,8%, o que se traduz numa melhoria de 7,8 pontos percentuais face ao semestre homólogo.

No final de junho, a dívida líquida ascendia a 324,8 milhões de euros, quase 32 milhões abaixo do final de 2023 — apesar de ter distribuído, durante o segundo trimestre, um dividendo de 51,3 milhões de euros. Uma redução explicada pelo menor investimento no semestre (16,2 milhões vs. 36,2 milhões), pela melhoria do nível de EBITDA e pela “contínua gestão rigorosa do fundo de maneio”.

No mesmo comunicado ao regulador, José Soares de Pina antecipa, por outro lado, que, depois de aumentos sucessivos dos preços da pasta BHKP — de celulose de fibra curta, usada para papel de escrita, impressão ou higiénico –, que chegaram a maio deste ano a um valor de 1.440 dólares por tonelada, que classifica como “um nível elevado”, os preços devem “experimentar alguma correção nos próximos meses”.

Fábrica na Galiza aguarda “ok” ambiental e dinheiro do PRR

Em termos de produção, após a paragem da Caima em março de 2024, segue-se a manutenção da Celbi que deverá ocorrer entre os meses de setembro e outubro. Já a Biotek tem agendada uma paragem apenas em março de 2025. Até ao final do próximo ano, a Altri prevê concluir o projeto de recuperação e valorização de ácido acético e furfural de base renovável, na Caima.

Já o megacomplexo industrial projetado para a Galiza, num investimento próximo de mil milhões de euros e que promete criar 500 postos de trabalho diretos e 2.000 indiretos, está ainda “em processo de tramitação da licença ambiental integrada, um passo importante para a tomada da decisão final de investimento”.

A construção desta unidade com capacidade para produzir anualmente 200 mil toneladas de pasta solúvel e 60 mil toneladas de fibras têxteis sustentáveis (lyocell), tem sido alvo de grande contestação na região devido aos impactos ambientais. A empresa portuguesa conta com a atribuição de um apoio público de Madrid, à volta de 215 milhões de euros, através dos fundos europeus da bazuca espanhola.

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Jovens vão ter isenção de registos na compra de casa até 316.772 euros

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

A isenção contempla o registo "da primeira aquisição" onerosa de imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e permanente "cujo valor patrimonial tributário não exceda 316.772 euros".

Os jovens até aos 35 anos que se preparam para comprar a primeira habitação vão poder juntar à isenção do IMT e do Imposto do Selo, a poupança dos registos na compra de casa até 316.772 euros. A isenção destes emolumentos está prevista num projeto de decreto-lei a que a Lusa teve acesso, abrangendo casas cujo valor patrimonial tributário (VPT) que não exceda os 316.772 euros.

Se a compra da primeira habitação for feita com recurso a empréstimo (o que exige registo da correspondente hipoteca), a poupança ascende a 450 euros. Não havendo necessidade de hipoteca, o valor que deixam de pagar com os registos será de 225 euros.

Esta isenção, segundo detalha o projeto de diploma, contempla o registo “da primeira aquisição” onerosa de imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e permanente “cujo valor patrimonial tributário não exceda 316.772 euros a favor de sujeitos passivos que tenham idade igual ou inferior a 35 anos à data da transmissão”. Cumpridas estas condições, há também lugar a isenção de emolumentos com o registo da hipoteca.

O diploma do Governo que isenta do pagamento de IMT e do Imposto do Selo na compra da primeira casa de habitação por jovens até aos 35 anos foi promulgado esta semana pelo Presidente da República e deverá começar a ser aplicado a partir do dia 01 de agosto – data indicada pelo Governo quando a medida foi aprovada em Conselho de Ministros.

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Universidade de Coimbra capta 9,7 milhões de euros para projetos de investigação

Este financiamento vai permitir potenciar, ao longo de cinco anos, as áreas de biomateriais, música, obesidade e terapia génica na Universidade de Coimbra.

Universidade de CoimbraUC - Paulo Amaral 25 julho, 2024

A Universidade de Coimbra (UC) vai receber 9,7 milhões de euros da Comissão Europeia para financiar quatro projetos de capacitação e investigação nas áreas de biomateriais, música, obesidade e terapia génica.

A conquista deste financiamento aconteceu numa call da Comissão Europeia para financiamento através das ERA Chairs, em que a UC “lidera quatro dos oito projetos financiados em Portugal, tendo sido aprovados 38 projetos a nível europeu”, detalha a universidade num comunicado.

“A atribuição de quase 10 milhões de euros de financiamento numa só callcom a UC a liderar 50% dos projetos nacionais e 10% dos projetos europeus aprovados – reflete o investimento contínuo da UC na conquista de financiamento competitivo e a qualidade da nossa investigação”, assinala o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, citado na mesma nota.

Este financiamento vai permitir potenciar, ao longo de cinco anos, várias áreas de investigação na UC. Além de “promover desenvolvimento em áreas de grande relevância, contribuindo para formar uma nova geração de jovens investigadores”, frisa o reitor.

A atribuição de quase 10 milhões de euros de financiamento numa só call – com a UC a liderar 50% dos projetos nacionais e 10% dos projetos europeus aprovados – reflete o investimento contínuo da UC na conquista de financiamento competitivo e a qualidade da nossa investigação.

Amílcar Falcão

Reitor da Universidade de Coimbra

Um dos projetos abrangidos consiste na testagem de “um modelo para estudar as origens sociais da obesidade ao longo das gerações, influenciadas pelo ecossistema digital”. Coordenado pela responsável do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde, Cristina Padez, este projeto terá um financiamento de 2,5 milhões de euros.

Financiado em 2,5 milhões de euros, um segundo projeto deverá reforçar a capacidade da UC “na vanguarda da investigação e inovação em terapia génica, geração de medicamentos através de material genético para tratar ou prevenir as causas das doenças”. É coordenado pelo presidente do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), Luís Pereira de Almeida.

Um outro projeto visa “implementar uma linha de investigação forte nas áreas de desenvolvimento de materiais biobaseados através de abordagens sustentáveis, e também na aplicação desses materiais na conservação e restauro de objetos celulósicos históricos”. Com financiamento na ordem dos 2,2 milhões de euros, este projeto é coordenado por José Gamelas, investigador do departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Já na Faculdade de Letras, com financiamento de 2,5 milhões de euros, será desenvolvido um “quadro inovador para a compreensão do legado cultural e criativo em música, promovendo uma reconfiguração radical em estudos musicais, através de áreas como a análise musical e a musicologia, a computação e a matemática musical, a cognição, a performance musical e a antropologia”.

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Grécia confirma acordo para a compra de 20 caças F-35

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

A compra dos primeiros 20 aviões de combate, acompanhados por equipamentos adicionais, vai custar 3,5 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros).

A Grécia aprovou estaquinta-feira formalmente a compra de 20 aviões de combate norte-americanos F-35, no âmbito de um vasto investimento na área da defesa, indicaram responsáveis oficiais. “O formulário que aceita a compra dos F-35 foi assinado e enviado para os Estados Unidos”, disse o ministro da Defesa Nikos Dendias, no decurso da visita a uma base militar da Força Aérea nos arredores de Atenas.

Esta aquisição, assinalou, vai permitir “uma poderosa presença dissuasora”. A entrega da quinta geração de caças produzidos pela Lockheed Martin está prevista a partir de 2028, e quando a Grécia mantém a opção adicional da compra de outros 20 F-35 no âmbito de um negócio avaliado em 8,6 mil milhões de dólares (7,93 mil milhões de euros). A compra dos primeiros 20 aviões de combate, acompanhados por equipamentos adicionais, vai custar 3,5 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros).

A Grécia desencadeou um programa de modernização das suas Forças Armadas que deverá prolongar-se por uma década, na sequência de uma grave crise financeira e contínuas tensões com a Turquia, seu vizinho e aliado na NATO, em particular pela disputa das voláteis fronteiras marítimas.

A Turquia foi excluída há cinco anos do programa dos F-35 após ter adquirido o sistema de mísseis russos terra-ar S-400, com os Estados Unidos a argumentarem que poderia comprometer a segurança da NATO. Em Atenas, o porta-voz governamental Pavlos Marinakis descreveu a atual campanha de modernização militar como a mais significativa “em muitas décadas”.

Vamos prosseguir com este vasto programa, equipando o nosso país e reforçando as suas defesas”, frisou Marinakis. Atenas procura obter superioridade aérea após a exclusão da Turquia das compras de F-35, e também adquiriu modernos caças franceses Rafale. As entregas à Força Aérea grega iniciaram-se em 2021, através de aviões de combates já utilizados pela França e que serão reforçados por novos aviões construídos pela empresa francesa Dassault Aviation.

Em janeiro, o departamento de Estado norte-americano aprovou a venda que poderia eventualmente atingir 40 F-35, para além de 42 motores e diverso equipamento que inclui sistemas de comunicações, sistemas eletrónicos, treino, logística e manutenção.

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TELLES reforça equipa com a integração de quatro advogados

As áreas de Administrativo e Contratação Pública, Imobiliário, Construção e Urbanismo e Trabalho e Segurança Social da TELLES são reforçadas.

a TELLES acaba de reforças as áreas de Administrativo e Contratação Pública, Imobiliário, Construção e Urbanismo e Trabalho e Segurança Social da TELLES são reforçadas por Mariana Vilar Tavares e Sérgio Alves, Ricardo Bandeira e Filipa Nunes Pinto.

Os advogados Mariana Vilar Tavares e Sérgio Alves incorporam a área de Administrativo e Contratação Pública da TELLES, coordenada pelo sócio Pedro Almeida e Sousa.

Mariana Vilar Tavares tem focado a sua atividade profissional em contencioso administrativo procedimental, judicial e arbitral, com especial incidência em contratação e função pública, bem como na assessoria jurídica a entidades públicas e privadas. É licenciada em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Administrativas pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Detém ainda uma pós-graduação em Direito do Emprego Público pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas.

Sérgio Alves tem desenvolvido a sua atividade profissional em matérias de administrativo e contratação pública, tendo vindo a prestar assessoria jurídica a entidades públicas e privadas, não só na fase administrativa, mas também na fase do contencioso judicial administrativo. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Também sob coordenação do sócio Pedro Almeida e Sousa, a equipa de Imobiliário, Construção e Urbanismo da TELLES integra Ricardo Bandeira. Com 10 anos de experiência, Ricardo Bandeira tem vindo a desenvolver a sua área de especialização em direito do urbanismo e do ordenamento do território, tendo vindo a assessorar entidades públicas e privadas na tramitação de procedimentos de controlo prévio, no desenvolvimento de ativos imobiliários, bem como na elaboração de contratos urbanísticos e na revisão de instrumentos de gestão territorial. Foi assessor jurídico no gabinete do Vereador com os pelouros do Planeamento, Urbanismo e Relação com o Munícipe na Câmara Municipal de Lisboa. Foi também assessor jurídico no Departamento Jurídico da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro.

É mestre em Direito Administrativo, vertente de Energia, pela Escola de Direito de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa e pós-graduado em Direito Imobiliário pela Escola de Direito do Porto da Universidade Católica Portuguesa. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Filipa Nunes Pinto integra a área de Trabalho e Segurança Social da TELLES, coordenada pelo sócio Gonçalo Pinto Ferreira. Nos últimos anos dedicou a sua atividade profissional à assessoria in-house de empresas nacionais e internacionais. Foi Head of Legal da Direção de Recursos Humanos do grupo Joaquim Chaves Saúde e advogada na NetJets Europe, tendo adquirido um forte know-how em matérias que envolvam a gestão de recursos humanos e processos laborais.
A advogada é mestre em Ciências Jurídico-Empresariais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e licenciada em direito pela mesma universidade.

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Lucros da Euronext sobem 15,6% para 165 milhões de euros

O disparo dos lucros no segundo trimestre superaram em 2% as metas antecipadas pelos analistas. O mesmo aconteceu com as subidas de 12,2% das receitas e 18,8% do EBITDA.

A Euronext, a principal infraestrutura de mercado pan-europeia e responsável pela gestão da bolsa portuguesa, divulgou esta quinta-feira os resultados do segundo trimestre de 2024, revelando um crescimento homólogo de 15,6% nos lucros, que atingiram os 165,2 milhões de euros.

Os resultados superaram inclusive as estimativas dos analistas que acompanham as ações da empresa, que apontavam para lucros de 162,5 milhões de euros, representando um desempenho quase 2% acima do esperado.

No mesmo sentido comportaram-se as receitas da empresa, que aumentaram 12,2% para os 412,9 milhões de euros, face aos 368,1 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior e aos 405,9 milhões e euros antecipados pelos analistas.

Esse crescimento foi conseguido por um “forte crescimento orgânico nos nossos negócios não relacionados com volume, combinado com atividades de negociação dinâmicas em várias classes de ativos”, refere Stéphane Boujnah, CEO e chairman da empresa, em comunicado.

A Euronext está a criar uma infraestrutura de mercado integrada que contribui para a desfragmentação do panorama pós-negociação europeu.

Stéphane Boujnah

CEO e chairman da Euronext

Os números apresentados revelam, por exemplo, um recorde da receita com a negociação de obrigações de 35,6 milhões de euros, um aumento de 41% relativamente ao ano anterior, impulsionada por uma forte volatilidade e ainda uma subida de 33,2% das receitas de “clearing” para 39,2 milhões de euros, beneficiando da expansão das atividades de clearing de títulos de dívida.

A atividade da Euronext no segundo trimestre foi também pautado por um “controlo contínuo dos custos que conduziu a um aumento de 18,8% do EBITDA ajustado, para 256,8 milhões de euros, e a uma margem EBITDA ajustada de 62,2%”, salienta Stéphane Boujnah. Estes números comparam, por exemplo, com um EBITDA de 248,9 milhões de euros antecipados pelos analistas.

A empresa revela ainda que o processo de integração do Grupo Borsa Italiana no grupo pan-europeu está na sua fase final, com a migração bem-sucedida das atividades de clearing de derivados de matérias-primas para a Euronext Clearing em julho de 2024.

A migração dos derivados financeiros está prevista para setembro de 2024, o que contribuirá para a criação de uma infraestrutura de mercado integrada, promovendo a inovação e a eficiência nos mercados de capitais europeus.

“Com esta expansão estratégica da nossa câmara de compensação, a Euronext está a criar uma infraestrutura de mercado integrada que contribui para a desfragmentação do panorama pós-negociação europeu e serve como um catalisador para a inovação para os seus clientes”, refere Stéphane Boujnah, sublinhando que “este marco será também o passo final para alcançar os 115 milhões de euros de sinergias de EBITDA esperados até ao final de 2024.”

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