“Sobretaxação” das renováveis está a inviabilizar projetos, alerta APREN. Novo IMI é “absurdo”

Sobre se a nova taxa de IMI sobre renováveis está a ser acelerada no sentido de estar pronta a tempo das eleições autárquicas, Amaral Jorge é perentório: "Parece-me óbvio que sim".

O presidente da APREN, Pedro Amaral Jorge, afirma que “o setor está a começar a ter dificuldade em financiar os projetos”. Alerta também que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) que o PS propõe aplicar sobre as renováveis é “absurdo” e uma medida feita a pensar nas autárquicas.

Perante o atual quadro fiscal, os projetos que ainda não se financiaram “têm muita dificuldade em que isso aconteça”, indica o líder da APREN. Em relação ao IMI sobre as renováveis, “não parece uma medida anti-investimento; é-o, claramente”, critica Pedro Amaral Jorge, assumindo que esta iniciativa pode não só afugentar investidores como pô-los a aguardar” até terem visibilidade sobre este novo risco.

Já alguns dos que estão em operação, e que estão comprometidos com reembolsos periódicos, não estão a conseguir dar resposta às respetivas obrigações. Amaral Jorge aponta que, no início de 2024, existiram casos em que os promotores tiveram de renegociar maturidades para não entrarem em default — isto é, para manterem a viabilidade económica.

A APREN aponta que a Contribuição Extraordinária do Setor Energético (CESE) exige cerca de 35 milhões a 40 milhões de euros anuais ao setor, que a E-Redes entrega aos municípios 303 milhões de euros a cada ano, que os promotores com tarifas feed-in ou regime cap and floor pagam 2,5% sobre as receitas aos municípios e o clawback exige cerca de 30 milhões.

“Não sei a que propósito há uma leitura de que o setor elétrico renovável é um setor de taxas de retorno de investimento mirabolantes. Não é”, argumenta.

Nova taxa é “absurda” e feita à medida das autárquicas

“Há a sensação que o setor elétrico tem sempre mais uma fatia para poder colocar. Isso está exaurido há algum tempo”, considera Amaral Jorge. E mostra-se avesso à taxa de IMI que está em cima da mesa, por proposta do PS, que pretende taxar ativos renováveis.

É um total absurdo taxar com IMI os centros eletroprodutores renováveis“, defende Pedro Amaral Jorge. A associação defende que estes centros “nunca” deveriam ser taxados em sede de património, mas sim de rendimento. De acordo com o mesmo, houve algumas empresas associadas que fizeram cálculos e o IMI, tal como está no projeto de lei, pode representar mais 2,5% sobre as receitas brutas.

Sobre se a nova taxa está a ser acelerada no sentido de estar pronta a tempo das eleições autárquicas, Amaral Jorge é perentório: “Parece-me óbvio que sim.” A APREN diz-se “completamente disponível” para negociar com os municípios, e afirma que já expôs a sua posição ao Governo e aos grupos parlamentares do PSD e PS, mas ainda não obteve resposta.

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AllianzGI desafia remuneração milionária de Carlos Tavares na Stellantis

  • ECO
  • 8 Abril 2025

Apesar de já não liderar a empresa, Carlos Tavares e os rendimentos que auferiu em 2024 serão os temas centrais na assembleia-geral de acionistas agendada para a próxima semana.

A Allianz Global Investors (AllianzGI) anunciou a sua intenção de votar contra o relatório de remuneração do antigo CEO da Stellantis, Carlos Tavares, na assembleia-geral da empresa marcada para 15 de abril, referente às contas de 2024.

O pacote salarial proposto para Tavares em 2024, que ascendeu a 23,1 milhões de euros sem direito a bónus de desempenho, gerou forte controvérsia entre os acionistas e especialistas em governança. Recorde-se que Carlos Tavares deixou a liderança da empresa em dezembro e recebeu uma indemnização que deverá ascender a 60 milhões de euros.

Matt Christensen, responsável global pela área de investimento sustentável e de impacto na AllianzGI, justifica a decisão com base nos princípios de governança e sustentabilidade que a gestora defende. “Estamos comprometidos em impulsionar mudanças positivas através do voto por procuração e práticas de investimento responsável”, refere Christensen em comunicado, acrescentando ainda que “os padrões elevados de governança devem refletir-se na remuneração dos executivos, especialmente em tempos de desafios económicos e sociais”.

A oposição da AllianzGI ao pacote salarial de Tavares não é isolada. A gestora tem historicamente demonstrado resistência a remunerações executivas que considera desproporcionais. Em 2024 votou contra ou absteve-se em 41% das propostas relacionadas com remuneração em assembleias gerais globais

No caso da Stellantis, a remuneração do CEO (que mesmo assim teve uma correção de 37% face aos valores de 2023) ocorre num contexto marcado por cortes laborais e transição para veículos elétricos, o que levanta questões sobre o alinhamento entre os interesses dos executivos e dos restantes stakeholders.

Os padrões elevados de governança devem refletir-se na remuneração dos executivos, especialmente em tempos de desafios económicos e sociais.

Matt Christensen

Responsável global pela área de investimento sustentável e de impacto na AllianzGI

Embora a AllianzGI não figure entre os 20 maiores acionistas da Stellantis — detendo menos de 0,6% do capital — a sua posição é simbólica e reflete uma crescente pressão sobre empresas para justificar remunerações elevadas.

Paralelamente à polémica na Stellantis, Carlos Tavares está envolvido na privatização da AzoresAirlines. O ex-CEO juntou-se ao consórcio Newtour/MS Aviation como acionista minoritário numa proposta que prevê adquirir 76% da companhia aérea açoriana por 15,2 milhões de euros. A entrada de Tavares foi vista como um reforço estratégico para desbloquear um processo atribulado e garantir um futuro sustentável para a empresa.

A ligação ao setor aéreo pode ser interpretada como uma tentativa de diversificação por parte do gestor português. Contudo, esta nova etapa levanta questões sobre como equilibrará as suas responsabilidades enquanto figura pública num momento em que enfrenta críticas sobre a sua liderança anterior na Stellantis.

A controvérsia em torno da remuneração de Carlos Tavares evidencia um dilema recorrente nas grandes empresas: como justificar pacotes salariais milionários num cenário económico onde trabalhadores enfrentam cortes e desafios operacionais? A decisão da AllianzGI é um lembrete poderoso sobre o papel dos acionistas na promoção de práticas empresariais mais justas e sustentáveis.

Com a Assembleia Geral da Stellantis à porta e negociações cruciais na Azores Airlines em curso, Carlos Tavares encontra-se no centro das atenções — dividido entre críticas ao seu passado recente e expectativas para o futuro.

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Indústria automóvel europeia pede redução mútua das tarifas nas negociações com EUA

Setor está apreensivo sobre o risco de desvio de comércio, destacando a incerteza que as medidas tarifárias criam para as cadeias de abastecimento integradas.

A indústria automóvel europeia está apreensiva sobre o impacto das tarifas no setor e defendeu, num encontro com a presidente da Comissão Europeia, a redução mútua de taxas alfandegárias como parte de uma solução de negociação com os Estados Unidos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e representantes da indústria automóvel, como a Stellantis, o BMW, o Volkswagen Group, a Bosch ou a Volvo, entre outros, reuniram-se para debater os efeitos das tarifas dos EUA sobre os carros, peças e veículos comerciais no âmbito do desenho de propostas para uma resposta “mais eficaz” da União Europeia (UE) à política comercial da Administração Trump.

A indústria automóvel manifestou particular apreensão sobre o risco de desvio de comércio, destacando a incerteza que as medidas tarifárias criam para as cadeias de abastecimento integradas – especialmente no setor automóvel – que abrangem ambos os lados do Atlântico.

Os participantes expressaram “apoio à redução de tarifas em ambos os lados como parte de uma solução negociada, um caminho com o qual a Comissão Europeia continua comprometida“, refere o executivo comunitário em comunicado.

De acordo com a Comissão, a indústria automóvel partilhou também “perspetivas sobre o potencial da UE e dos EUA para reduzir barreiras não tarifárias de forma mutuamente benéfica“. E encorajou Bruxelas a avançar na agenda de competitividade, em particular através da aceleração de ações incluídas no Plano de Ação Automotivo.

Em resposta às tarifas de aço e alumínio, após ouvir os Estados-Membros e “660 partes interessadas”, a Comissão Europeia enviou na segunda-feira aos Estados-Membros uma lista com os produtos norte-americanos aos quais irá avançar com taxas aduaneiras adicionais. Esta resposta não é ainda uma retaliação às tarifas adicionais de 20% às importações europeias anunciadas por Donald Trump na semana passada, mas sim às tarifas em vigor desde março.

A votação está marcada para esta quarta-feira. O comissário europeu do Comércio tinha sinalizado que as medidas entrariam em vigor a 15 de abril e as restantes a partir de 15 de maio, mas de acordo com a Reuters, Bruxelas propõe que um conjunto de produtos importados dos EUA tenha taxas alfandegárias de 25% a partir de 16 de maio. Para outros produtos, a Comissão atira as contra tarifas para o final do ano, a partir de 1 de dezembro.

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Portugal foi o 3.º país da União Europeia onde o preço das casas mais subiu no fecho de 2024

  • Joana Abrantes Gomes
  • 8 Abril 2025

No último trimestre do ano passado, o preço das casas em Portugal aumentou 3% face aos três meses anteriores. Foi o terceiro crescimento mais acentuado no conjunto dos países da União Europeia.

Portugal foi o terceiro país da União Europeia (UE) onde os preços das casas mais subiram nos últimos três meses do ano passado. Entre outubro e dezembro, face ao trimestre anterior, o aumento foi de 3%. Menos sete décimas do que nos três meses anteriores, mas acima do crescimento médio registado no bloco comunitário (+0,8%) e na Zona Euro (+0,6%).

Segundo os dados publicados esta terça-feira pelo Eurostat, também na comparação homóloga, ou seja, face ao quarto trimestre de 2023, Portugal registou o terceiro maior aumento dos preços da habitação (+11,6%), apenas atrás da Bulgária (+18,3%) e da Hungria (+13,0%), sendo que na área do euro e na UE cresceram 2,7% e 3,9%, respetivamente.

Fonte: Eurostat

Entre os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis, apenas a França e a Finlândia registaram uma descida anual dos preços da habitação no quarto trimestre de 2024, de 1,9% cada, e outros 24 registaram um aumento homólogo.

Na comparação com o trimestre anterior, os preços diminuíram em seis países da UE — Estónia (-0,7%), França (-1,0%), Chipre (-1,0%), Letónia (-0,2%), Áustria (-0,6%) e Suécia (-0,3%) –, mantiveram-se estáveis em dois (Malta e Finlândia) e aumentaram em 18. Com os maiores aumentos, ficando à frente de Portugal, verificaram-se na Eslováquia (+3,6%) e na Eslovénia (+3,1%).

Preços dispararam 120% em Portugal desde 2010

Os preços das casas em Portugal registaram um aumento de 120% entre 2010 e 2024, enquanto as rendas tiveram uma subida de 45% no mesmo período, de acordo com o Eurostat. Estes valores ficam acima da média do crescimento no bloco comunitário, que foi de 55,4% no caso dos preços da habitação e de 26,7% nas rendas.

“Enquanto as rendas aumentaram de forma constante, os preços das casas seguiram um padrão mais variável, apresentando um aumento impressionante entre o 1.º trimestre de 2015 e o 3.º trimestre de 2022, seguido de uma pequena queda e estabilização, antes de aumentar novamente em 2024”, indica o gabinete estatístico.

Fonte: Eurostat

Em 14 anos, os preços das casas aumentaram mais do que as rendas em 21 dos países da UE, tendo mais do que triplicado na Hungria (+234%) e na Estónia (+228%) e mais do que duplicado na Lituânia (+187%), Letónia (+153%), República Checa (+142%), Bulgária (+115%), Áustria (+112%) e Luxemburgo (+105%). A Itália foi o único país onde os preços das casas diminuíram durante este período (-4%).

Por sua vez, as rendas aumentaram em 26 Estados-membros da União Europeia desde 2010, verificando-se as maiores subidas na Estónia (+212%), Lituânia (+175%) e Hungria (+114%). A Grécia foi o único país onde os preços das rendas diminuíram (-13%).

(Notícia atualizada às 10h49)

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Portugueses contra ataques ao numerário

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  • 8 Abril 2025

Na era do digital, o numerário continua a ser um meio de pagamento preferencial para os portugueses. Talk organizada pela Denária debate causas e a importância deste método de pagamento.

A Denária realizou mais uma talk, desta vez focada nos hábitos e opiniões dos portugueses relativamente ao acesso e utilização do numerário. Freguesias e empresários defendem que o numerário é inclusivo e tem uma dimensão social.

No evento, participaram Nuno Gaudêncio, vice-presidente da ANAFRE e Paulo Duarte, membro da Comissão Executiva da Feerica e o foco foram os resultados de um inquérito realizado recentemente pela Pitagórica que tem como principal conclusão que o numerário continua a ser um meio de pagamento preferencial para os portugueses.

De acordo com os resultados desse inquérito, para 68% dos inquiridos, o dinheiro em espécie é importante no dia-a-dia e para 81% da população representada pelos inquiridos, é um meio de pagamento frequente e necessário. As características únicas do numerário no que diz respeito a privacidade e segurança, foram outros dos aspetos debatidos, bem como a crescente dificuldade de acesso e de pagamento em cash.

Assista ao vídeo aqui:

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Cadeia hoteleira sem funcionários entra em Portugal com primeiro ativo no Porto

  • Joana Abrantes Gomes
  • 8 Abril 2025

A espanhola Gaiarooms, que explora mais de 800 unidades em seis cidades do país vizinho, assume a gestão do Blissful Suites, uma propriedade com 28 apartamentos no Porto.

A cadeia hoteleira digital Gaiarooms vai estrear-se em Portugal com a gestão do hotel Blissful Suites, no Porto. Marca o início da sua expansão internacional, tendo por objetivo atingir 4.000 quartos geridos até 2028.

Situado na cidade Invicta, o novo estabelecimento do portefólio da Gaiarooms tem 28 apartamentos e funcionará segundo o seu modelo característico, baseado na transformação de infraestruturas existentes em alojamentos modernos e eficientes.

A empresa aposta numa experiência totalmente digital, através de fechaduras inteligentes, check-in e check-out automáticos, bem como acesso sem chaves físicas, entre outras soluções tecnológicas.

“O Porto é uma das cidades com maior projeção turística da Europa e é lógico que iniciemos aqui a nossa expansão internacional. O nosso modelo não só se adapta perfeitamente, como vai transformar o alojamento na cidade portuguesa”, disse Enrique Domínguez, representante da Gaiarooms.

A médio prazo, a empresa detida pelo grupo Gaia Capital Invest planeia abrir novos alojamentos noutras cidades portuguesas. Atualmente, explora mais de 800 unidades em seis cidades espanholas através das suas marcas Gaiarooms e Gaiastays.

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Wise Pirates quer contratar 50 profissionais até ao final do ano. Vagas vão do marketing ao desenvolvimento de software

  • + M
  • 8 Abril 2025

Com 120 colaboradores, a empresa pretende contratar, até ao final do ano, um total de 50 profissionais para áreas como marketing, IT, engenharia de computação, IA ou desenvolvimento de software.

A agência independente de digital performance Wise Pirates planeia recrutar 50 novos profissionais ao longo do ano. O objetivo com o reforço da equipa passa por reforçar a aposta em performance e transformação digital, “através de soluções inovadoras, com recurso a inteligência artificial, para acelerar o crescimento das empresas parceiras, no universo digital“.

A agência, que vê na aposta no talento nacional “um pilar essencial da missão de crescimento da empresa”, começa com a abertura de três vagas para research & development generative AI, ML engineer, machine learning engineer e gestor de estúdio — fotografia, som & vídeo.

Ao longo do ano, vai continuar a procurar profissionais em setores como marketing, IT, engenharia de computação, desenvolvimento de software, inteligência artificial, criatividade, experiência, inovação imersiva, data e gestão de ativos digitais. A engenharia de dados será um elemento central em todos os projetos, promovendo impacto real no ecossistema empresarial, refere em comunicado.

 

“Estamos a investir no futuro da experiência, que usa o melhor da tecnologia e do digital e, para tal, queremos apostar no talento nacional. Estas novas contratações vão permitir-nos continuar a inovar e a entregar soluções que fazem a diferença para os nossos clientes, e para o ecossistema das empresas e parceiros em Portugal“, diz Pedro Barbosa, CEO da Wise Pirates, citado em comunicado.

“Na Wise Pirates oferecemos oportunidades para a criação de carreiras desafiantes e de impacto, e estas novas contratações representam uma oportunidade única para profissionais que desejem moldar o futuro dos negócios digitais em Portugal e além-fronteiras. A empresa continuará a apostar no desenvolvimento de uma equipa quase 100% em Portugal, o que garante um NPS [net promoter score] único de 60, o melhor da nossa indústria a nível europeu”, acrescenta.

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Estas autarquias já estão na corrida

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  • 8 Abril 2025

As inscrições para a 6ª edição do Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros já estão abertas. Consulte o mapa para saber quais são as autarquias inscritas.

O movimento já começou — de norte a sul do país, várias câmaras municipais e juntas de freguesia já submeteram a sua candidatura ao Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros.

O mapa interativo que agora lançamos permite acompanhar, em tempo real, as autarquias que decidiram dar visibilidade ao trabalho que fazem todos os dias em prol das suas comunidades.

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Mais de 40 projetos já estão inscritos. E a sua autarquia?

Se ainda não submeteu a sua candidatura, este é o momento ideal. As inscrições estão abertas até ao dia 20 de junho. Até ao dia 11 de abril pode usufruir de um desconto de 15% nas inscrições e tem ainda a oportunidade de divulgar o plano de atividades da sua autarquia.

Saiba tudo aqui.

Porquê participar?

  • Reforço da reputação institucional
  • Visibilidade nacional nos media
  • Selo de excelência para comunicação pública
  • Reconhecimento do trabalho das equipas

Uma distinção que projeta o futuro

O Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros reconhece e divulga as melhores práticas do poder local. Mais do que uma distinção simbólica, é uma ferramenta de valorização, motivação e projeção.

Este mapa é apenas o início. O próximo ponto a surgir pode — e deve — ser o da sua autarquia.

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Confederação do Comércio e Serviços promove debate para adaptação do Relatório Draghi a Portugal

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  • 8 Abril 2025

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) vai reunir mais de meia centena de personalidades em Lisboa para uma reflexão sobre os efeitos do designado Relatório Draghi em Portugal.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) vai reunir mais de meia centena de personalidades em Lisboa, no próximo dia 9 de abril, para uma reflexão sobre os efeitos do designado Relatório Draghi em Portugal e no contexto europeu.

De acordo com o documento de trabalho elaborado pela CCP, que servirá de base ao conjunto de debates entre os participantes: “Cabe a Portugal fazer um exercício similar ao ‘Relatório Draghi’ que identifique com clareza quais as prioridades e desafios nacionais”.

Recordando os “exercícios passados que visaram este objetivo”, como a ‘Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030’ coordenado por António Costa e Silva e, anteriormente, o ‘Plano para o Crescimento’ de Álvaro Santos Pereira, a Confederação do Comércio e Serviços considera que ambas as tentativas foram “exercícios em grande medida falhados, por estarem alinhados com uma agenda manifestamente dessincronizada com a economia real do país”.

Na sequência disso, no próximo dia 9 de abril, quarta-feira, 55 protagonistas de diversos setores da economia e da área social irão reunir-se num hotel em Lisboa, para um debate submetido às Chatam House Rules, visando a definição de prioridades ao nível do modelo económico e de investimento para Portugal.

De acordo com o Presidente da CCP, João Vieira Lopes: “Esta iniciativa, que servirá de arranque às comemorações dos 50 anos da Confederação do Comércio e Serviços, visa estimular os decisores para a criação de um documento orientador com efeitos reais e concretos na nossa Economia e na competitividade das empresas. Estimular o debate e levar a sociedade civil a apresentar as suas soluções é, também, parte da missão da CCP, numa lógica de serviço às empresas e ao país”.

Para além de João Vieira Lopes e do Diretor do Observatório da CCP, José António Cortez, os oradores, por ordem alfabética, serão António Manzoni, António Ramalho, Augusto Mateus, Carlos Gaspar, José Félix Ribeiro, Luís Centeno e Ricardo Cabral.

As Regras de Chatham House são usadas em todo o mundo para encorajar o diálogo inclusivo e aberto em reuniões, ajudando a criar um ambiente confiável para a discussão de problemas complexos. O principal espírito orientador é: Todas as informações recebidas e trocadas no encontro podem ser partilhadas, mas não revelando a identidade de quem as disse. Neste encontro, essas regras serão estendidas aos participantes, excetuando-se os oradores.

PROGRAMA

9h30 Abertura dos Trabalhos
João Vieira Lopes, Presidente da
Direção da CCP
Apresentação de documento CCP sobre o “novo ciclo de políticas europeias” – José António Cortez

10h00 As dinâmicas geopolíticas e geoeconómicas à escala global e o seu impacto no futuro da Europa
Oradores: Carlos Gaspar, António Manzoni

11h30 A economia europeia (U.E.): diagnóstico e desafios de um reposicionamento competitivo
Orador: Augusto Mateus

13h00 Almoço

14h30 A economia portuguesa no quadro da nova política da U.E.: fragilidades, pontos fortes e mudanças necessárias
Oradores: Ricardo Cabral, Luis Centeno

16h00 Que respostas e prioridades de políticas públicas para Portugal?
Apresentação de documento/propostas CCP para debate por José António Cortez
Oradores: António Ramalho, José Félix Ribeiro

17h30 Encerramento
João Vieira Lopes, Presidente da CCP

 

 

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Hoje nas notícias: salários, saúde e habitação

  • ECO
  • 8 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As convenções coletivas publicadas ao longo de 2024 chegaram a mais trabalhadores com aumentos reais de 2,7%. Em dois meses houve seis candidaturas aos “centros de saúde privados”. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Contratação coletiva com aumentos reais de 2,7% nos salários

Com menos convenções coletivas, foram mais os trabalhadores potencialmente abrangidos por aumentos salariais no ano passado, com uma subida média real de 2,7% que se segue a uma estagnação. Mesmo apesar das expressivas subidas nominais dos últimos anos (7,3% em 2024), o salário médio definido por contratação coletiva ainda não chegou aos mil euros. Em 2024, o número de trabalhadores potencialmente abrangido (por alterações salariais e não só) aumentou 24% e ultrapassou um milhão de pessoas pela primeira vez em 13 anos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Seis candidaturas aos ‘centros de saúde privados’ em dois meses

O Governo pretende financiar 20 Unidades de Saúde Familiares (USF) modelo C em Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Leiria para tentar colmatar as enormes carências na cobertura da população por médicos de família nestas regiões. Porém, até ao momento, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) recebeu apenas seis candidaturas de associações de médicos ou entidades do setor privado ou social desde meados de fevereiro, quando disponibilizou o formulário no seu site. No terreno, médicos e associações alertam que o modelo de pagamento do SNS a estas unidades “não é apelativo”.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Porto e Gaia ultrapassam Lisboa na construção de casas

Vila Nova de Gaia e Porto foram os concelhos que registaram mais pedidos para o licenciamento de novas habitações durante o ano passado, num total de 3.400 cada. Este número supera o de Lisboa, que teve 2.600, e representa mais do dobro da média de requerimentos submetidos em cada um dos restantes municípios do Grande Porto, que foi de 1.500. Das 3.400 intenções de promoção imobiliária apresentadas à Câmara de Gaia, 1.900 tiveram a aprovação dos serviços.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Pedro Nuno muda estratégia: mais programa do PS, menos Spinumviva

A 40 dias das eleições legislativas, o PS vai entrar numa nova fase da campanha contra o Governo: menos críticas às dúvidas sobre os casos que envolvem o primeiro-ministro, nomeadamente a empresa familiar Spinumviva e o da Câmara de Espinho, para explicar mais o programa eleitoral e o que representa a alternativa socialista. Segundo fonte da direção do partido, o objetivo é “mostrar às pessoas que podem confiar no PS e nas políticas do PS”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

‘SNS Grávida’ será alargado a todo o país após fase-piloto

O ‘SNS Grávida’, que começou a ser aplicado em junho do ano passado com recurso à triagem telefónica efetuada pela Linha SNS 24, deverá ser alargado a todo o país de acordo com os resultados obtidos na fase-piloto. As conclusões revelam que desde que o modelo de referenciação das grávidas para as urgências foi aplicado, num fase experimental na Área de Lisboa e Vale do Tejo, as admissões nas unidades hospitalares registaram uma redução de 25%. Cerca de 46 mil grávidas foram encaminhadas para serviços de urgência pelo ‘SNS Grávida’ nos primeiros seis meses de funcionamento da linha, segundo um balanço oficial, que indica que, neste período, o serviço atendeu 63 mil chamadas.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Inteligência artificial já poupa milhões e redefine operações nas empresas portuguesas

  • ECO
  • 8 Abril 2025

Num evento organizado pela CGI em Lisboa, executivos e especialistas na tecnologia debateram as vantagens para as empresas, mas também os desafios.

A inteligência artificial (IA) já deixou de ser um conceito futurista para se tornar parte da realidade empresarial em Portugal. Essa é a principal conclusão de um debate que reuniu Catarina Ceitil, Chief Information Data and Transformation Officer (CIO) da Galp; Ricardo Leitão Gonçalves, diretor do Center for Artificial Intelligence and Analytics da Fidelidade; e Pedro Machado, VP de Consulting Services da CGI. A conversa decorreu no âmbito do encontro “From AI to ROI: Insights do mundo real para atingir resultados”, organizado em Lisboa pela tecnológica canadiana.

Catarina Ceitil revelou que a Galp tem uma abordagem cautelosa, mas decidida, na adoção da IA. “Estamos a olhar para os temas dos agentes de IA e LLM [Large Language Models]. Pensamos na IA como forma de apoiar decisões. As organizações vão ficar para trás se não a usarem”, afirmou. A petrolífera já utiliza a tecnologia em áreas como manutenção preditiva e call center, além de estar a investir em soluções próprias e na formação das equipas, para que possam aproveitar o potencial da IA.

A manutenção preditiva, em particular, tem tido impacto direto nos resultados. “Um dia de uma refinaria parada custa milhões. Os nossos modelos já nos permitem evitar paragens com eficiência. E em trading de eletricidade, a IA também tem um retorno significativo”, disse Ceitil, acrescentando que as poupanças atuais já se medem em milhões de euros.

Pedro Machado, VP de Consulting Services da CGI, Ricardo Leitão Gonçalves, diretor do Center for Artificial Intelligence and Analytics da Fidelidade e Catarina Ceitil, Chief Information Data and Transformation Officer (CIO) da Galp

Na Fidelidade, o percurso com IA começou em 2017, com um foco estratégico. “Achámos que a área seguradora tem grande vantagem em usar IA. Toda a nossa comunicação com clientes é hoje produzida por modelos de linguagem”, explicou Ricardo Leitão Gonçalves. Um dos principais projetos é o GAMA, uma solução construída de raiz que automatiza a leitura e resposta a emails e trata 65% das declarações amigáveis sem intervenção humana. “Passámos de resolver sinistros em 24 horas para cerca de cinco minutos”, evidenciou.

O diretor da Fidelidade destacou ainda que o investimento em soluções próprias decorre da perceção de que as opções disponíveis no mercado, especialmente em português, ainda são limitadas. “Recebemos várias propostas de compra do GAMA. Não há muitas soluções eficazes para o nosso idioma”, afirmou, sugerindo a criação de consórcios para dividir investimentos e acelerar o desenvolvimento local.

Pedro Machado salientou a importância de agentes digitais para melhorar a experiência dos clientes e a eficiência operacional. “Temos um agente para digitalizar operações, capaz de cortar camadas que podem ser automatizadas. A regra nem tem de estar escrita porque o agente já sabe onde queremos chegar”, explicou.

O tema da regulação europeia também foi debatido, com Catarina Ceitil a olhar para o AI Act, da Comissão Europeia, como uma oportunidade de ganhar controlo. “Não interpreto como barreira. Ajudou-me a centralizar e ter conhecimento de tudo o que se estava a fazer em IA. Veio dar awareness [promover a consciencialização] e responsabilização”, afirmou, apontando os dados como principal obstáculo à escalabilidade dos modelos.

Ricardo Gonçalves reforçou a importância da regulação, mas criticou a ausência de uma estratégia nacional robusta. “A IA é a nova eletricidade do mundo. Estamos a falhar por não eletrificarmos as nossas empresas. Precisamos de mais investimento em talento e colaboração entre setores”, defendeu, dando como exemplo a indústria do calçado, que se tornou altamente competitiva ao unir forças.

O debate não encerrou sem uma reflexão de Pedro Machado sobre o futuro. “O que tentamos fazer com IA é representar o mundo através de dados, e isso é muito complexo. Precisamos dos melhores dados possíveis para que a próxima revolução digital aconteça”, sublinhou.

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China “lutará até ao fim” contra “bullying” de Trump nas tarifas

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

Governo chinês alega que as contramedidas são "completamente legítimas", criticando a "natureza chantagista dos EUA". Empresas de investimento estatais chinesas compram ações para estabilizar mercado.

A China ameaçou esta terça-feira “tomar resolutamente contramedidas para salvaguardar os seus próprios direitos e interesses”, em resposta à ameaça do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma taxa adicional de 50% sobre os produtos chineses.

Em comunicado, o Ministério do Comércio disse que a imposição pelos EUA das “chamadas ‘tarifas recíprocas'” à China é “completamente infundada e é uma prática típica de bullying unilateral”.

A China tomou medidas de retaliação e o ministério deu a entender que mais estão para vir. “As contramedidas tomadas pela China têm como objetivo salvaguardar a sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento e manter a ordem normal do comércio internacional. São completamente legítimas”, lê-se no comunicado.

“A ameaça dos EUA de aumentar as taxas sobre a China é um erro em cima de um erro e mais uma vez expõe a natureza chantagista dos EUA. A China nunca aceitará isso. Se os EUA insistirem nesse caminho, a China lutará até ao fim”, apontou.

As bolsas asiáticas regressaram esta terça-feira aos ganhos, depois de fortes perdas na segunda-feira, marcadas por receios de uma guerra comercial desencadeada por Washington, e depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, prometer “acordos justos” com quem negociar tarifas.

Trump ameaçou impor taxas adicionais sobre os produtos oriundos da China na segunda-feira, levantando novas preocupações de que seu esforço para reformular o comércio global pode intensificar uma guerra comercial financeiramente destrutiva. Os mercados bolsistas de Tóquio a Nova Iorque afundaram nos últimos dias.

A ameaça de Trump surgiu depois de a China ter afirmado que iria retaliar contra as taxas norte-americanas. “Se a China não retirar o seu aumento de 34% que vem em cima dos seus abusos comerciais já de longa data até amanhã, 08 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas ADICIONAIS à China de 50%, a partir de 09 de abril”, escreveu Trump no Truth Social. “Além disso, todas as conversações com a China relativamente às reuniões que solicitaram connosco serão terminadas!”, avançou.

Se Trump concretizar esta ameaça, as taxas dos EUA sobre os produtos chineses atingiriam um total de 104%. Os novos impostos seriam adicionados às taxas de 20% anunciadas como punição pelo tráfico de fentanil e às taxas separadas de 34% anunciadas na semana passada.

Esta medida não só poderia aumentar os preços para os consumidores norte-americanos, como também poderia incentivar a China a inundar outros países com produtos mais baratos e a procurar relações mais profundas com outros parceiros comerciais, nomeadamente a União Europeia.

Durante o seu primeiro mandato, Trump gabou-se frequentemente dos ganhos da bolsa e a ameaça de perdas em Wall Street era vista como potencial barreira contra políticas económicas arriscadas no seu segundo mandato. Mas não é esse o caso, e Trump descreveu as recentes perdas financeiras como necessárias. “Não me importo de passar por isto porque vejo uma bela imagem no final”, disse.

Os funcionários de Trump têm aparecido frequentemente na televisão para defender as suas políticas, mas nenhuma das suas explicações acalmou os mercados.

A China é um dos principais parceiros comerciais dos EUA, especialmente no que diz respeito aos bens de consumo, e as taxas acabarão por ser transferidas para o consumidor.

O Presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, alertou na sexta-feira para o facto de as taxas poderem aumentar a inflação e afirmou que “há muito que esperar e ver, incluindo nós”, antes de serem tomadas quaisquer decisões.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia vai concentrar-se no comércio com outros países além dos Estados Unidos, dizendo que existem “vastas oportunidades” noutros locais.

Empresas de investimento estatais chinesas compram ações para estabilizar mercado

Entretanto, as plataformas de investimento estatais chinesas anunciaram nas últimas horas um aumento das suas participações em fundos negociados em bolsa (ETF) e em ações de empresas estatais, no âmbito dos esforços para estabilizar as praças financeiras chinesas.

O China Chengtong Holdings Group, sob a alçada da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais do Conselho de Estado, disse que as suas filiais financeiras expandiram as posições nestes ativos.

De acordo com um comunicado publicado na sua conta oficial na rede social Wechat, a empresa vai continuar a fazer aquisições em grande escala em empresas estatais e empresas “empenhadas na inovação tecnológica”. A entidade expressou vontade de desempenhar um papel de investidor a longo prazo e de contribuir para o desenvolvimento das empresas cotadas.

Também a China Reform Holdings, outra empresa de investimento estatal, emitiu uma mensagem a expressar confiança nas perspetivas do mercado e a intenção de atuar como capital estratégico com “uma abordagem de longo prazo”.

A estas ações juntou-se uma iniciativa anunciada na segunda-feira pelo fundo de investimento estatal Central Huijin, que afirmou ter aumentado recentemente as suas participações em ETF e que iria continuar a fazê-lo. A empresa reiterou, numa declaração, o empenho no “funcionamento estável” do mercado de capitais.

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