“Lisboa não pode ser uma cidade low-cost”, diz José Luís Arnaut

  • Lusa
  • 12 Março 2025

O presidente do Conselho de Administração da ANA considera que se deve continuar a apostar nos turistas com maior poder de compra, entre os quais os norte-americanos.

O presidente-adjunto da Associação Turismo de Lisboa, José Luís Arnaut, alertou esta quarta-feira para a importância do reforço na aposta no mercado norte-americano e defende que a capital “não pode ser uma cidade low-cost”.

José Luís Arnaut considera que para continuar a promover o crescimento do setor do turismo é importante “não repetir o erro estratégico que houve no passado: Lisboa não pode ser uma cidade low cost”, reforçou o responsável que falava durante o CNN Summit, que está a decorrer na BTL – Better Tourism Lisbon Travel.

Apesar de admitir que se trata de um segmento de turistas importante, considera que se deve continuar a apostar nos turistas com maior poder de compra para seguir o trajeto de valorização das receitas que tem sido feito à boleia dos visitantes norte-americanos. “Hoje chegam a Lisboa 15 voos diários dos Estados Unidos, é uma realidade nova”, detalhou o também presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos.

Estes números foram alcançados, em grande parte, devido ao reforço da aposta da TAP neste mercado que em breve vai ser reforçada com novas ligações Lisboa-Los Angeles e ainda Porto-Boston, como confirmou Luís Rodrigues, presidente executivo da companhia aérea, durante o mesmo painel.

Segundo José Luís Arnaut, que falava na qualidade de presidente-adjunto da Associação de Turismo de Lisboa, “o turista médio passou a gastar 309 euros” a nível nacional, e em Lisboa o número sobe para “316 euros”. Uma evolução que “se deve muito ao turista norte-americano. Vamos ver se assim se mantém”, comentou.

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Perante instabilidade política, PAPT reforça urgência da regulamentação do lobbying

  • + M
  • 12 Março 2025

A não existência de uma regulamentação do lobbying contribui para que as "crises políticas baseadas na ausência de regras" sejam uma "constante realidade" em Portugal, aponta a PAPT.

Na sequência da queda do Governo — que aconteceu após menos de um ano em funções e que foi motivada pelas denúncias e suspeitas sobre os negócios da empresa criada por Luís Montenegro –, a Associação Public Affairs Portugal (PAPT) reforça a urgência da regulamentação da atividade da representação de interesses (lobbying) em Portugal.

Sublinhando que tem vindo a “alertar consistentemente” para os riscos e prejuízos decorrentes da ausência de uma regulamentação clara sobre o lobbying, a PAPT alerta que esta lacuna “representa um declínio substancial na transparência e na conformidade com as melhores práticas europeias, comprometendo a confiança dos investidores, tanto nacionais como internacionais, resultando numa diminuição da competitividade e da credibilidade do país no contexto global, assim como a abertura de espaço para situações que Portugal, pela segunda vez consecutiva, assistiu“.

Acreditamos que a legislação em causa poderá ser promotora de boas práticas generalizadas capazes de contribuir para uma democracia mais transparente, mais participada e mais madura“, lê-se num comunicado da associação liderada por Sofia Cartó, que é também managing partner da Loyal Ecosystem.

Referindo que ao longo da última década foram realizadas diversas tentativas para regulamentar esta atividade, a PAPT recorda, no entanto, que o processo tem sido “caracterizado por impasses e retrocessos“.

“Já em 2025, e no âmbito das muitas decisões em curso, o projeto de Lei da Regulamentação da representação de interesses volta a não se concretizar, permitindo que de forma consistente as crises políticas baseadas na ausência de regras, registos e maior transparência, sejam uma constante realidade em Portugal“, refere a associação.

“Como se explica que esta seja uma preocupação dos diferentes quadrantes políticos, inscrita nos diferentes programas eleitorais, que nunca seja uma prioridade de execução, e a principal razão de desconfiança nas instituições?”, questiona ainda.

A PAPT considera assim “imprescindível retomar o debate e concretizar um enquadramento legal eficaz, que garanta previsibilidade e credibilidade no processo de representação de interesses de Portugal”, até porque a regulamentação da representação de interesses “é um tema de interesse público que afeta diretamente a qualidade da democracia“.

Segundo esta associação, a ausência de um enquadramento legal adequado, “mantém a atividade e as relações entre público e privado num contexto de incerteza, gerando desconfiança nos políticos, nas instituições, e todos com os quais se relacionam, limitando a capacidade de governação, a estabilidade política e atração de investimento estrangeiro, os quais exigem regras claras e previsibilidade“.

E “num momento em que a transparência e a boa governança são fatores determinantes para o crescimento sustentável”, a “manutenção deste impasse representa um sinal negativo tanto para o setor empresarial como para a sociedade como um todo, afastando Portugal dos modelos mais evoluídos e éticos já adotados por várias democracias europeias, assim como um retrocesso constante e penalizador das reformas e investimentos estratégicos que estão a decorrer”, conclui a associação.

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Inês Herédia é a nova parceira digital da Ageas Portugal

  • ECO Seguros
  • 12 Março 2025

A empresa acredita que a presença de Inês Herédia nos seus canais digitais e nos eventos contribuirá para aproximar novos públicos e consolidar o seu papel no desenvolvimento do setor cultural.

O Grupo Ageas Portugal anunciou que a atriz Inês Herédia é a sua nova parceira digital para 2025, reforçando assim o compromisso com a cultura em Portugal. A colaboração surge no seguimento de uma relação já estabelecida entre a empresa e a artista, que participou anteriormente em eventos como o Ageas Cooljazz em 2024 e em iniciativas dirigidas aos colaboradores do grupo segurador.

A atriz Inês Herédia vai divulgar iniciativas nos seus canais digitais e também marcará presença em eventos do grupo segurador.

Segundo comunicado pela seguradora, a proximidade da atriz à empresa e aos valores que a seguradora defende, bem como a sua ligação ao setor cultural foram essenciais para a aposta da Ageas.

A parceria prevê que a atriz dê visibilidade a projetos do grupo ao divulga-los nas suas redes sociais. Nesse sentido, Inês Herédia estará presente em diversos eventos, como na entrega do Prémio Audiovisual Ageas, integrado no programa Histórias Seguras, e continuará a marcar presença no Ageas Cooljazz.

A empresa acredita que a presença de Inês Herédia nos seus canais digitais e nos eventos contribuirá para aproximar novos públicos e consolidar o seu papel no desenvolvimento do setor cultural.

“Acreditamos que esta parceria estratégica representa uma mais-valia para alcançar novos públicos, dando continuidade ao investimento da empresa nas artes, nas suas diversas vertentes, quer seja música, teatro, dança, circo, etc.“, destaca o Grupo Ageas Portugal no comunicado.

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Médis comunica lançamento de carteira virtual com criatividade da Stream and Tough Guy

  • + M
  • 12 Março 2025

Assinada pela agência fundada em 2019 por Miguel Durão e João Ribeiro, a campanha marca presença em meios digitais e em rádio, tendo contado com a produção áudio do estúdio de som Guel.

É com a criatividade da agência Stream and Tough Guy que a Médis, marca do grupo Ageas Portugal, comunica o lançamento da Carteira Virtual Médis. Esta carteira permite acumular saldo em cashback com compras do dia a dia, que pode depois ser aplicado em saúde.

“Isto é tão bom que é quase demasiado bom para ser verdade, por isso, é normal que as pessoas fiquem com a pulga atrás da orelha. Principalmente nos dias de hoje, em que as fraudes se multiplicam nos mais diversos formatos e são cada vez mais difíceis de evitar”, começa por referir Miguel Durão, diretor criativo da Stream and Tough Guy, citado em comunicado.

Não poderia a Carteira Médis ser percecionada como mais um truque para enganar as pessoas? Para enganar pessoas não, mas um truque sim. Neste caso, um truque legal que só tem vantagens. E foi a partir deste raciocínio que nasceu a ideia criativa que tira partido das chamadas fraudulentas que quase todos já recebemos”, acrescenta.

A campanha marca presença em meios digitais e em rádio, tendo contado com a produção áudio do estúdio de som Guel.

Aderindo à carteira virtual da Médis é possível acumular saldo para descontar em produtos e seguros de saúde. Através da associação do cartão bancário à Carteira Virtual Médis, através do multibanco ou MB Way, “parte do valor das compras feitas com cartão multibanco ou MB Way nos parceiros e no marketplace Médis reverte automaticamente em cashback para o saldo da carteira”, explica-se em nota de imprensa.

O saldo acumulado pode depois ser utilizado em compras no marketplace Médis ou para ser reembolsado no custo do seguro de saúde Médis.

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Crise política. Associação de renováveis assume “grande preocupação” com investimentos

Já João Serra, líder da associação de comercializadores, afirma que é necessário "desdramatizar" a crise política e conta com as agências da energia e ambiente para manterem ativo o licenciamento.

A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), presidida por Pedro Amaral Jorge, está preocupada com o efeito que a crise política pode ter no investimento em Portugal, em particular no setor das renováveis, e pede que sejam transpostas com urgência diretivas europeias nesta área.

A nossa grande preocupação é que mais um processo eleitoral vai parar o país, pelo menos, seis meses e vai dar o sinal de instabilidade aos investidores internacionais e nacionais“, indica o presidente da APREN, apontando para o risco de atraso nos projetos ou no seu total abandono, e ressalvando que o abalo no investimento é válido para o setor da energia mas não só.

Sobre que tecnologias renováveis podem sair mais prejudicas, Amaral Jorge é perentório: “Todas ficam prejudicadas e, por consequência, o país”.

“No setor da energia, no fundo, temos uma urgência em linha com as metas do PNEC”, frisa o mesmo responsável, e este interregno governativo deve atrasar a adoção de medidas concretas. “O apelo que fazemos ao Governo em funções é que, no caso da energia, continue a legislar o que é importante“, atira Pedro Amaral Jorge, com referência à transposição de diretivas europeias no âmbito das energias renováveis e do mercado elétrico.

Neste campo, destaca quatro pontos “importantes”, que é a definição de áreas de aceleração para o licenciamento mais rápido de renováveis e a criação de um balcão único – que simplifique os processos de licenciamento e a definição de um prazo de dois anos para estes estarem concluídos. Por fim, concretizar a intenção de promover a contratualização a prazo, através de Contratos por Diferenças (CfD) e Contratos de Aquisição de Energia (PPA).

Por seu lado, João Nuno Serra, presidente da ACEMEL – Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado, mostra-se tranquilo face à instabilidade, afirmando que “não é crítico” caso se arraste por três meses. “Muito sinceramente, não vale a pena dramatizar“, diz.

Pelo menos, se não existirem grandes alterações no resultado eleitoral, face ao cenário atual. Se for eleito um Governo mais à esquerda, dado o expectável período de adaptação, já pode haver incerteza “para lá do verão”, o que considera menos indiferente.

João Nuno Serra, presidente da ACEMEL - Associação dos Comercializadores de Energia do Mercado Liberalizado, em entrevista ao ECO/Capital Verde - 28OUT24
João Nuno Serra, presidente da ACEMEL – Associação dos Comercializadores de Energia do Mercado Liberalizado, em entrevista ao ECO/Capital VerdeHenrique Casinhas/ECO

Ainda assim, deposita confiança nas agências como a Direção Geral da Energia e Geologia e a Agência Portuguesa do Ambiente para dar continuidade ao trabalho mesmo em períodos de instabilidade política. “É preciso que as pessoas que estão em funções [nestas agências] não ‘bebam’ deste ambiente de campanha e suspensão do país“, apela.

No sentido inverso, espera que uma das políticas anunciadas pelo atual Governo, mas ainda não concretizada, não chegue a materializar-se: a prorrogação do prazo do mercado liberalizado da eletricidade até 2026, que carece de alteração legislativa, e a qual ainda não foi publicada.

Por seu lado, a empresa de exploração de lítio Savannah Resources, que detém uma concessão em Boticas, afirma em declarações ao ECO/Capital Verde que o desenvolvimento da cadeia de valor das baterias e do lítio “não só um desígnio nacional, mas também uma oportunidade que não se pode perder, seja em que ciclo político for“. E sublinha o “amplo consenso no centro político” quanto à aposta nesta indústria. Tendo em conta o recente anúncio da fábrica de baterias da CALB em Sines e da escolha da Autoeuropa como localização de eleição para a produção do elétrico ID. EVERY1 da Volkswagen, a Savannah afirma que “Portugal começa hoje a ser um destino de investimento que aparece no mapa da cadeia de valor das baterias”.

 

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Delta lança novo “Impossible coffee”. Quer apoiar empreendedoras angolanas

Fruto da "coragem, resiliência e força de vontade" de 12 mulheres angolanas, o novo lote de café já está disponível nas Delta Coffee House Experience e lojas online.

Após um “ano muito bom” para o grupo, a Delta lançou “O café coragem das mulheres de Angola”, uma nova edição dos “Impossible Coffee” feita com café produzido na zona de Amboim, em Angola. Esta aposta, feita em parceria com a Associação das Mulheres Empreendedoras de Porto Amboim, na província do Cuanza Sul, presta tributo à “coragem das mulheres de Angola” e ao “café produzido no feminino”, disse Rui Miguel Nabeiro, CEO da Delta, no evento de apresentação esta quarta-feira, na Delta The Coffee House Experience da Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Este novo lote de café “é fruto de coragem, resiliência e força de vontade”, de 12 mulheres “que souberam acreditar que era possível terem mão no seu próprio destino”, pelo que o mesmo funciona como “homenagem a estas mulheres que souberam não desistir e manter vivo o cultivo de café quando este estava ameaçado”, explicou.

Para além da aquisição deste café “a preços justos”, a Delta vai também doar 20% da faturação decorrente da sua comercialização, com o objetivo de ajudar estas 12 mulheres a tornar possível a sua ambição de possuírem uma plantação de café de um hectare de dimensão e de produzirem uma tonelada de café por ano.

Segundo disse Rui Miguel Nabeiro, a Delta está também “empenhada em contribuir para a revitalização da fileira do café angolano, porque é um café único no mundo, garantindo que os agricultores não abandonam as suas terras e continuam a produzir, com apoio técnico, financeiro, logístico e em formação, para que todos os anos tenham mais café que no ano anterior”. Conta para isso com uma parceria com o Instituto Nacional de Café de Angola (INCA).

Depois de já contar com lotes provenientes de São Tomé e Príncipe e dos Açores, o projeto de empreendedorismo Impossible Coffees — que resulta numa “seleção única de cafés raros, provenientes de microproduções de várias partes do mundo” — aposta agora em proporcionar aos consumidores uma “viagem sensorial” através do café proveniente de Amboim, em Angola, país “com um simbolismo muito forte para a Delta” e onde a marca está presente há 27 anos através da Angonabeiro.

Este café tem assim origem num país com “grande significado” para a marca, apontou Rui Miguel Nabeiro, uma vez que Angola é “mais do que um simples mercado”. O CEO recordou a ideia defendida pelo seu avô e fundador da Delta, que considerava que Angola era a razão de existência da marca uma vez que Rui Nabeiro “teve a visão e coragem” de, em 1974, fazer o “movimento contrário” e ir para o país africano garantir o fornecimento da matéria-prima do seu negócio num período crítico e que foi determinante para a marca.

Mas “seguramente não vamos ficar por aqui“, acrescentou Rui Miguel Nabeiro, abrindo a porta do projeto a possíveis novas geografias.

A nova edição exclusiva “O café coragem das mulheres de Angola” está disponível nas Delta Coffee House Experience e lojas online, não chegando ao retalho tradicional. Todos os Impossible Coffes têm em comum a característica de disporem de poucas quantidades de café disponíveis, o que torna “muito difícil” a sua entrada no retalho, explicou Rui Miguel Nabeiro.

A nossa ambição é que o café dos Açores possa um dia lá chegar, assim que consigamos ter uma quantidade que seja interessante“, disse o CEO, explicando que o grupo está a apostar em “muita plantação”, a qual leva mais ou menos três ou quatro anos até dar café em maior quantidade e que permita a sua entrada no retalho tradicional.

Grupo Nabeiro aumentou 14% a faturação em 2024

Segundo avançou também Rui Miguel Nabeiro aos jornalistas, 2024 foi um “ano muito bom” para o grupo que preside, tendo a sua faturação aumentado 14% face ao ano anterior, para os 570 milhões de euros.

Embora reconhecendo que os “aumentos de tabela” tenham “inflacionado um pouco” este valor, o gestor entende que se tratou de um “crescimento robusto”, para o qual também contribuiu o “melhor ano de sempre” em Espanha para o grupo, assim como a aquisição da AMD Swiss.

Foi um ano muito bom, a empresa vinha de quatro anos muito difíceis com resultados negativos ou perto do zero, portanto era muito importante termos um ano positivo“, apontou o CEO.

Rui Miguel Nabeiro não escondeu que o aumento do preço do café é “outra preocupação” para a empresa, referindo que o grupo fez no ano passado dois aumentos de preço.

“Não posso falar sobre o aumento do preço nos retalhistas. Esse é um preço que os retalhistas praticarão, não sei qual o preço a que o café irá chegar à bica. Mas é com alguma preocupação que vemos a situação internacional do preço do café. Podemos falar se é especulação ou não, já ouvi muitas teorias, mas o que é facto é que há pouco café para comprar no mercado, e isso tem impactado os preços do café“, disse.

Segundo indicou Rui Miguel Nabeiro, a Delta trabalha com seis a nove meses de stock, pelo que o grupo não sabe o que vai acontecer até lá. “Não há uma resposta óbvia, depende da evolução natural do preço do café“, afirmou.

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UEFA multa Benfica e ordena encerramento parcial do Estádio da Luz

  • ECO
  • 12 Março 2025

A UEFA multou o Benfica em 35 mil euros e ordenou o encerramento parcial do Estádio da Luz devido ao uso de fogo de artifício pelos adeptos, durante o jogo com o Barcelona no início do mês.

A UEFA multou o Benfica em 35 mil euros pelo uso de fogo-de-artifício por parte dos adeptos durante o jogo contra o Barcelona, no Estádio da Luz, na primeira mão dos oitavos da Liga dos Campeões, revela a Sic Notícias.

O organismo europeu ordenou ainda o encerramento parcial do Estádio da Luz no próximo jogo do Benfica, ainda que este castigo fique suspenso durante dois anos.

Em causa está o momento em que a claque encarnada No Name Boys rebentou engenhos pirotécnicos na primeira parte do jogo entre o Benfica e o Barcelona, que decorreu a 5 de março. Este incidente obrigou o jogo a parar durante cerca de três minutos.

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CEO da TAP espera “adiamento de dois a três meses” na privatização

Luís Rodrigues acredita que processo de venda da companhia aérea será retomado e defende que a privatização ajudará a tornar a TAP numa empresa de excelência.

O presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, acredita que o processo de privatização da companhia aérea vai ser retomado pelo próximo Governo e que a realização de eleições antecipadas irá apenas adiar a operação por alguns meses.

Neste momento, ninguém está a falar no fim da privatização da TAP, mas num adiamento de dois ou três meses“, afirmou o CEO da companhia aérea, esta quarta-feira, na CNN Summit dedicada ao turismo que decorre na BTL, em Lisboa.

Luís Rodrigues defendeu que a TAP “tem uma imagem melhor lá fora do que cá dentro, o que também será resolvido”, mas que a companhia tem de “fazer um caminho para a excelência”.

“Isso pode ser feito com ou sem a privatização, mas a privatização ajuda”, disse.

O processo de venda fica interrompido com a queda do Governo na terça-feira, na sequência da rejeição da moção de confiança pelo Parlamento. No dia anterior, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, tinha afirmado que ficando o Executivo em gestão não avançaria com o decreto-lei para a privatização da TAP.

Quando se trata de processos com complexidade que precisam de atos iniciais legislativos, naturalmente o Governo em gestão está limitado para as fazer”, respondeu Leitão Amaro no briefing do Conselho de Ministros a uma questão sobre se o Governo iria dar seguimento à venda da companhia aérea portuguesa.

O Executivo tinha previsto avançar com o decreto de privatização da TAP até ao final do primeiro trimestre, calendário que ficará comprometido caso fique em gestão. A Parpública recebe até meados deste mês as novas avaliações à companhia aérea. A venda da TAP atraiu vários interessados, entre eles três dos maiores grupos de aviação europeus: Air France-KLM, IAG e Lufthansa.

O CEO da Air France-KLM, Ben Smith, afirmou a semana passada que mantém o interesse na privatização da TAP e não vê um eventual atraso de seis a 12 meses, provocado pela crise política, como “material”. O responsável do grupo franco-neerlandês pediu, no entanto, “visibilidade rapidamente” e “estabilidade” para poder avançar com o negócio.

Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, também reiterou a semana passada o interesse na companhia aérea portuguesa, mas reconheceu que o processo de venda “pode demorar mais tempo”.

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Comissão de inquérito vota relatório ao caso gémeas na quinta-feira

  • Lusa
  • 12 Março 2025

O objetivo é tentar debater e votar as conclusões da comissão numa única reunião, para terminar os trabalhos antes da dissolução da Assembleia da República.

A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras reúne-se quinta-feira para discutir e votar o relatório preliminar proposto pela deputada do Chega Cristina Rodrigues, bem como as propostas de alteração.

O presidente da comissão de inquérito, Rui Paulo Sousa, deputado do Chega, disse à Lusa o objetivo é tentar debater e votar as conclusões da comissão numa única reunião, para terminar os trabalhos antes da dissolução da Assembleia da República, que poderá oficializar-se na sexta-feira.

Os trabalhos da comissão de inquérito ao caso das duas crianças luso-brasileiras que receberam um dos medicamentos mais caros do mundo através do Serviço Nacional de Saúde estavam suspensos até 25 de março mas o parlamento aprovou uma proposta do presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, para o reinício dos trabalhos na quinta-feira.

Os partidos poderão apresentar propostas de alteração à proposta de relatório elaborada pela deputada do Chega Cristina Rodrigues, cujas conclusões foram criticadas pelos vários partidos. Contactado pela Lusa, o coordenador do PSD na comissão disse que os sociais-democratas pretendem apresentar alterações.

A discussão do relatório final em plenário não é obrigatória mas é uma possibilidade, disse de manhã o porta-voz da conferência de líderes. Na sexta-feira, a deputada relatora, Cristina Rodrigues, apresentou as suas conclusões preliminares numa conferência de imprensa, na Assembleia da República, na qual participou também o presidente do partido, André Ventura.

A proposta seguiu praticamente ao mesmo tempo para os deputados que compõem a comissão de inquérito, num processo criticado pelos partidos e pelo presidente da Assembleia da República que, no passado fim de semana, fez questão de frisar que não há ainda conclusões mas apenas um relatório preliminar. A proposta de relatório da deputada Cristina Rodrigues acusa o Presidente da República de “abuso de poder”.

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CEO do Grupo Nabeiro preocupado com evolução do preço do café

  • Lusa
  • 12 Março 2025

Rui Miguel Nabeiro indica que o grupo fez "dois aumentos de preço" no ano passado. A Delta "trabalha sempre com seis a nove meses de stock". Faturação subiu 14% em 2024 

O presidente executivo (CEO) do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, afirmou esta quarta-feira que o preço do café é “outra preocupação” que a empresa tem e que esta trabalha sempre com seis a nove meses de stock. O gestor falava aos jornalistas no final da apresentação do lançamento do café Amboim pela Delta The Coffee Experience, em Lisboa.

Questionado sobre o preço do café, que tem atingido máximos históricos, Rui Miguel Nabeiro afirmou: “É outra preocupação que temos”, além de Portugal ir de novo a eleições. No ano passado, “fizemos dois aumentos de preço”, avançou. “Não falarei sobre o preço de retalho, do produto, [porque] esse é um preço que os retalhistas praticarão, não sei qual o preço a que o café irá chegar à bica”, prosseguiu o CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés.

Mas é com “alguma preocupação que vemos a situação internacional do preço do café, podemos falar se é especulação, já ouvi muitas teorias, o que é facto é que há pouco café para comprar no mercado, e isso tem impactado os preços do café”, salientou. A Delta “trabalha sempre com seis a nove meses de stock, e o meu primo [Ivan Nabeiro] aprendeu muito bem essa arte de comprar café com o meu avó”, salientou.

“Estamos cobertos de stock até junho”, asseverou, referindo que para o que vai acontecer depois disso não tem resposta óbvia. Tal dependerá da evolução natural do preço, disse Rui Miguel Nabeiro. “Temos visto, infelizmente, que não é só no café” que se tem assistido a uma evolução dos preços, porque “vemos que todas as commodities, ouro incluído, têm sido um refúgio de investidores financeiros”, prosseguiu.

Por isso, “volto a dizer que se há aqui especulação ou não, não sei. Não sou financeiro para poder responder”, disse o gestor. Contudo, “quero acreditar que é porque o café não desapareceu do mercado, o consumo de café a nível global cresceu relativamente”, apontou, referindo que se fala do impacto das alterações climáticas.

No grupo, através da International Coffee Partners, “vamos trabalhando muito para apoiar os pequenos agricultores para evitar situações como estas”, exemplificou, salientando que é difícil perceber o que vai acontecer no futuro quanto ao preço do café. “Quero acreditar que o café não vai continuar a subir muito mais, mas há um ano dizia isto” e “de repente o café subiu 50% na origem” num ano, salientou.

A Delta Cafés irá sempre proteger as suas margens e o seu negócio e é muito importante que o façamos, somos uma empresa que quer ser sustentável a longo prazo e, portanto, quando sentirmos que não temos outra hipótese que não seja passar esse preço para o consumidor, teremos que o fazer”, admitiu. Mas asseverou que “neste momento” a empresa tem cobertura de stock.

Faturação do Grupo Nabeiro sobe 14% em 2024

Rui Miguel Nabeiro afirmou ainda que 2024 “foi um ano muito bom para o grupo”, tendo a faturação crescido 14% para 570 milhões de euros, com Espanha a ter o melhor desempenho “de sempre”.

Para o gestor foi um “crescimento robusto”, em que “de facto foi o melhor ano de sempre em Espanha”.

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Marcelo promulga desagregação de freguesias “como é obrigado”

Marcelo promulgou diploma "como é obrigado". Rui Rocha considera que a implementação da desagregação de freguesias é uma "péssima ideia" e que vai lutar "via jurídica".

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou, esta quarta-feira, a reposição das freguesias “como é obrigado”, indica uma nota no site da presidência. O chefe de Estado cita, no entanto, a lei (artigo 15.º, da lei n.º 39/2021) que estipula que “não é permitida a criação de freguesias durante o período de seis meses imediatamente antecedente à data marcada para a realização de quaisquer eleições a nível nacional”.

A luz verde do Presidente a este diploma surgiu no dia em que ouviu os partidos políticos, com assento parlamentar, na sequência do chumbo da moção de confiança no Parlamento, que abre a via a novas eleições em maio. Eleições que podem pôr em causa a desagregação das freguesias nas próximas autárquicas de outubro/novembro.

Pelo menos é esse o entendimento da Iniciativa Liberal (IL), único partido a votar contra a desagregação de 135 uniões de freguesias. Após a audição em Belém, Rui Rocha já tinha garantido que o Presidente da República tinha promulgado o diploma da desagregação de 135 uniões de freguesias e que havia “matéria jurídica para contrariar esta péssima ideia”.

“Não faz sentido haver uma promulgação porque a lei diz que não pode haver alteração do mapa das freguesias seis meses antes de uma eleição nacional e todos sabemos que vai existir”, disse o líder dos liberais.

Rui Rocha garante que “não vai desistir” de lutar contra a implementação da desagregação de freguesia e afirma que “há matéria jurídica para contrariar esta péssima ideia”, referindo-se à entrada em vigor deste conjunto alargado de 302 novas freguesias.

Não desistiremos nos próximos dias de fundamentar a nossa oposição frontal a que se desagreguem estas freguesias neste momento, quer pela via jurídica quer pela via do combate político.

Rui Rocha

Presidente da Iniciativa Liberal

Não desistiremos nos próximos dias de fundamentar a nossa oposição frontal a que se desagreguem estas freguesias neste momento, quer pela via jurídica quer pela via do combate político”, afirma.

O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) já tinha antecipado este desfecho ao ECO. “Para a Anafre e para as freguesias, é um dia feliz”, disse ao ECO o líder da associação.

“Cumpriu-se o que estava previsto”, realça Jorge Veloso. “Foi confirmado duas vezes no Parlamento”, recordou, aludindo à aprovação do diploma por mais de dois terços dos deputados a 17 de janeiro e depois à confirmação numa segunda votação a 6 de março. Pelo meio, Marcelo Rebelo de Sousa vetou a separação, alertando para o escasso tempo que medeia a entrada em vigor do diploma e as autárquicas, apenas uns dias mais que os 6 meses mínimos definidos pela Lei 39/2021.

Por esta mesma Lei, que determinou as regras para que as uniões de freguesias criadas pela “Lei Relvas” em 2013 pudessem agora separar-se e voltar ao figurino que existia até então, “não é permitida a criação de freguesias durante o período de seis meses imediatamente antecedente à data marcada para a realização de quaisquer eleições a nível nacional”.

Apenas será possível às 302 novas freguesias surgirem no boletim de voto das autárquicas se a promulgação de Belém ocorrer antes da marcação oficial das legislativas. Caso não marque as autárquicas antes destas novas eleições para o Parlamento, decorrentes da queda do Governo nesta terça-feira, o prazo de seis meses torna-se impossível de cumprir. Como já anunciou o Presidente da República, os cidadãos serão chamados às urnas em maio (11 ou 18, indicou Marcelo).

(Notícia atualizada às 20h16 com decisão do Presidente)

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Consultora Start PME lança “one stop shop” para empreendedores

  • ECO
  • 12 Março 2025

Dirigido a “empreendedores a dar os primeiros passos no mundo dos negócios”, inclui serviços como apoio na abertura da empresa, contabilidade digital, seguros empresariais e captação de financiamento.

A consultora Start PME anunciou esta quarta-feira o lançamento de um produto “one stop shop” que inclui “todos os serviços essenciais e obrigatórios para os empreendedores que querem lançar a sua empresa, sem complicações”.

Destinado a “empreendedores que estão a dar os primeiros passos no mundo dos negócios”, o pacote de serviços Start Now inclui, entre outros, apoio na abertura da empresa, contabilidade digital, seguros empresariais, abertura de conta bancária ou captação de financiamento.

“Os empreendedores têm acesso a tudo o que precisam num único produto para iniciar a sua carreira como empresários de sucesso, usufruindo ainda de um ano de consultoria em candidaturas a fundos comunitários a um preço competitivo”, destaca um comunicado da empresa especializada em estratégias de financiamento, intermediação bancária e captação de investimento.

Com sede em Lisboa, a Start PME faz parte de um grupo empresarial português fundado em 2010. Em 2023, através da entrada de novos parceiros, diz ter expandido a atuação para novos mercados, estando atualmente presente também em Espanha, Brasil, Angola, Cabo Verde e Timor-Leste.

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