Azul quer ação executiva em tribunal contra TAP SGPS

Companhia aérea pretende que o representante dos obrigacionistas avance com uma ação executiva para cobrar a dívida 177 milhões de euros reclamados pela Azul.

Depois da SIAVILO, antiga TAP SGPS, não ter pago os 177 milhões de euros reclamados pela Azul, a companhia aérea espera agora que o representante comum dos obrigacionistas avance com uma ação executiva nos tribunais para que a dívida seja saldada.

A TAP SGPS não efetuou o pagamento dos 177 milhões de euros reclamados pela Azul no prazo definido para saldar o reembolso das obrigações subscritas em 2016, como avançou o ECO. A iniciativa regressa agora ao representante comum dos obrigacionistas, a espanhola Bondholders, que já reúne condições para avançar com uma ação executiva.

“A Azul, Linhas Aéreas Brasileiras, S.A., aguarda que a Bondholders, enquanto Representante Comum dos Obrigacionistas no empréstimo contraído pela TAP em 2016, execute as deliberações da Assembleia Geral de Obrigacionistas realizada em Lisboa a 15 de Abril de 2025. Esta Assembleia mandatou o Representante Comum para fazer cumprir os termos dos Documentos Financeiros (Finance Documents) conforme considere adequado para poder cobrar os créditos detidos pela Azul sobre a TAP”, afirma fonte da Azul numa declaração enviada ao Negócios.

Se a sociedade espanhola não avançar com a ação executiva, a Azul irá substituir-se a esta, conforme foi também deliberado na já referida assembleia de obrigacionistas. Caso a agora denominada SIAVILO tenha de avançar com o pagamento, o montante despendido pelo Estado português com a TAP desde 2016 irá subir de 3.431 milhões para 3.608 milhões. O ECO enviou questões para o Ministério das Finanças, que não quis comentar o assunto.

A holding tinha até dia 23 de junho para proceder ao reembolso do capital e juros das obrigações, segundo a nota de pagamento enviada pelo Banco Montepio no dia 27 de maio. Uma exigência que decorreu do incumprimento (default) pela TAP SGPS do contrato do financiamento, deliberado numa assembleia extraordinária de obrigacionistas realizada a 15 de abril, convocada pela Azul. Nesta circunstância, está previsto o reembolso imediato dos títulos, cabendo a iniciativa da cobrança ao representante comum.

Em causa estão 235,27 milhões, dos quais 176,9 milhões cabem à Azul e 58,6 milhões à Parpública, que resultam da soma do capital investido (90 milhões por parte da companhia portuguesa e 30 milhões pela empresa pública portuguesa) aos juros decorridos. Ao contrário da Azul, a Parpública votou contra a deliberação de incumprimento na assembleia de obrigacionistas.

A transportadora brasileira já antecipava que pudesse ser este o desfecho, depois de nos últimos anos a TAP SGPS, que passou a ser detida a 100% pelo Estado, ter vindo a alienar todos os seus ativos, processo que foi acelerado no início deste ano. Desde dezembro de 2021 que a holding não tem qualquer posição acionista na companhia aérea, a TAP SA, em 2024 perdeu a participação na antiga Groundforce (agora Menzies Aviation) e já este ano foi anunciada a venda à TAP da Portugália, da Cateringpor e da UCS.

Numa nota enviada ao ECO a semana passada, a Azul afirmava que estava a ser “preparado o incumprimento contratual, já que a TAP SGPS, depois de ceder os ativos, nomeadamente à TAP S.A., se tornou uma empty shell [sociedade vazia]”.

Além de ficar praticamente sem ativos, a TAP SGPS ficou sem órgãos sociais, como avançou o ECO. Entre o final de março e o início de junho, renunciaram aos cargos os membros do conselho de administração, do conselho fiscal e o revisor oficial de contas. Segundo as últimas contas disponíveis, a holding apresenta uma situação líquida altamente deficitária, com capitais próprios negativos de 1,34 mil milhões.

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Hoje nas notícias: Montenegro, imigração e PGR

  • ECO
  • 7 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Ministério Público está a verificar se Luís Montenegro exerceu o cargo de primeiro-ministro em exclusividade de funções. Uma análise da OCDE revela que a população ativa em Portugal diminuiria sem imigrantes. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Exclusividade de Montenegro passada a pente fino

Um dos focos da averiguação preventiva do Ministério Público (MP) à Spinumviva, empresa familiar de Luís Montenegro, é o exercício das funções de primeiro-ministro em exclusividade. Em causa está a análise de documentação da Spinumviva para verificar se após ter tomado posse como chefe de Governo em 2 de abril de 2024 e enquanto a mulher foi sócia da empresa até 5 de março de 2025, Montenegro obteve direta ou indiretamente algum benefício da Spinumviva, da qual foi fundador e principal sócio. O objetivo é verificar se a empresa pagou a Montenegro remunerações ou dividendos de lucros; apurar se a sociedade pagou à mulher remunerações ou dividendos de lucros que tenham entrado no património comum do casal; e apurar se a empresa pagou estadias ou deslocações à família.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Só imigração fez subir mão-de-obra. Contributo foi dos maiores da UE

Entre 2020 e 2024, a força de trabalho em Portugal cresceu, em média, 0,7%. Este aumento, porém, decorre apenas da entrada de trabalhadores estrangeiros no país, visto que, sem eles, a mão-de-obra disponível teria diminuído. Segundo uma análise da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a mão-de-obra disponível em Portugal teria diminuído 0,1% em média entre 2020 e 2024 se não fossem os imigrantes. O contributo dos trabalhadores estrangeiros foi, aliás, o sétimo mais alto entre os 28 países analisados e o sexto quando se consideram apenas os Estados-membros da UE. E, além de terem feito a força de trabalho subir nos últimos anos, anularam a contração na população ativa que ocorreria se não entrassem trabalhadores no país.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Comissão para a Igualdade acusa Amadeu Guerra de inconstitucionalidade

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) enviou uma queixa à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) a propósito do concurso de magistrados do Ministério Público cujas regras foram exaradas a 4 de junho. Este, por deliberação do Conselho Superior do Ministério Público (presidido pelo procurador-geral da República, Amadeu Guerra), exclui candidatos que, “previsivelmente, se encontrarão em situação de redução de serviço ativa ou situação de ausência prolongada superior a 60 dias, durante o período compreendido entre 1 de setembro de 2025 e 31 de agosto de 2026” e exige uma declaração “sob compromisso de honra” de que tal não ocorrerá. Para a CIG, estas normas são “coercivas e juridicamente inaceitáveis face aos princípios constitucionais de igualdade e proteção na parentalidade”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Número de freguesias que vão a votos em plenário dispara 68%. Todas no interior

O número de freguesias que elegem os membros da junta em plenário — porque têm 150 ou menos eleitores — aumentou 68% face a 2021 e chega agora às 37, o valor mais alto desde 2013, ano em que a agregação de freguesias reduziu drasticamente estes casos. As novas 15 freguesias estão todas no interior do país, mas também o número total diz respeito a territórios do interior, à exceção de cinco na Ilha das Flores, nos Açores, cuja insularidade reflete, ainda assim, realidades e dinâmicas idênticas às da interioridade: pouco emprego e desertificação.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Autarquias gastaram 18 milhões em concertos nos últimos três meses

Entre abril e junho deste ano, as juntas de freguesia e câmaras municipais de todo o país gastaram mais de 18 milhões de euros em eventos musicais, de acordo com dados obtidos através dos contratos registados no Portal Base. Trata-se de um aumento de 3,2% (ou de 560 mil euros) face ao período homólogo, ligeiramente acima do nível da inflação registada em junho de 2025 (2,4%). Contudo, houve um evento em específico que insuflou as contas de 2024: os 50 anos do 25 de Abril. Oeiras, Lisboa e Loures foram as autarquias que lideraram nesta despesa nos últimos três meses.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

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Gonçalo Castel-Branco: “Achava que ia aprender mais a servir cafés na campanha do Obama do que cá a ser consultor do governo”

  • ECO
  • 7 Julho 2025

De aluno rebelde a um sucesso no mundo do marketing, Gonçalo Castel-Branco identifica-se como um bom contador de histórias e é o mais recente convidado do podcast "E Se Corre Bem?".

Gonçalo Castel-Branco, produtor e CEO da LOHAD, é o 37º convidado do podcast “E Se Corre Bem?”. Com um percurso marcado pela expulsão de todas as escolas que frequentou, o CEO explica como o “empurrão” da mãe, que o obrigou a trabalhar, o ajudou a construir o seu percurso profissional de sucesso.

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“Sempre fui mau aluno. A escola nunca foi um lugar que puxasse as minhas melhores qualidades. Então, como era mau aluno, distraía-me e fazia asneiras”, explicou, ao mesmo tempo que acrescentou que, quando foi expulso da quarta escola que frequentou, a mãe o obrigou a trabalhar para que não ficasse em casa. Foi aí que começou o seu percurso profissional, quando se tornou inspetor publicitário de um cinema, no qual decidiu que queria ser um contador de histórias: “A ideia de contar boas histórias e as ferramentas com as quais eu as conto vieram daí e serviram-me para o resto da vida”.

Mais tarde frequentou um curso profissional de marketing, que lhe deu um estágio numa agência de marketing desportivo, na qual acabou por conseguir o seu primeiro emprego na área. A partir daqui foi quando começou a dar os seus grandes saltos profissionais, com ideias disruptivas que resultavam. Exemplo disso foi a campanha que fez para a Yorn, que conseguiu reunir 1500 pessoas completamente nuas, no Chiado.

Tínhamos cinco mil euros para promover uma loja de roupa da Yorn e a ideia que surgiu foi dizer às pessoas que se fossem todas nuas, nós oferecíamos a roupa toda. Eu assumi que ninguém iria. Portanto, liguei para a Associação Portuguesa de Naturalistas, expliquei o que queria fazer e contratei dez pessoas. Acabaram por aparecer 1500 pessoas”, disse.

A passagem pela política

A habilidade para contar histórias é uma vantagem para qualquer área e o CEO da LOHAD percebeu isso perfeitamente quando se tornou consultor de comunicação digital para o governo, com Pedro Passos Coelho. Começou por ser o responsável pela área de jovens e depois assumiu este cargo que o levou a redesenhar o site “que ainda hoje se mantém”, e a fazer “uma série de coisas muito interessantes na área do digital”.

No entanto, o momento alto da sua passagem pela política aconteceu quando teve a oportunidade de participar na campanha eleitoral do Obama, nos EUA: “Foi um momento de sonho e tive muita sorte. Não conhecia um ser humano na Carolina do Norte, mas fui direto à Convenção, que era um dos meus sonhos. A minha ideia era servir cafés porque achava que ia aprender mais a servir cafés na campanha do Obama do que cá a ser consultor do governo. Fui e, de repente, aconteceu uma sequência cósmica de coisas que fizeram com que, 48 horas depois, eu já tivesse uma casa na rua da Casa Branca, já conhecesse 3 ou 4 senadores, e conseguisse um lugar na campanha”.

Ao todo, Gonçalo Castel-Branco fez 30 campanhas políticas em cinco países. “Nos EUA, fiz a do Obama e a da Hillary”. O segredo? Fazer com quem ouve uma história se reveja nela. “A história nunca é sobre quem a está a contar. Eu digo sempre isto aos candidatos: ´A campanha não é sobre ti, a campanha é sobre eles´. A questão é como projetamos aquilo neles. Eu costumo dizer que uma campanha política é como um urso. Nós não precisamos de correr mais do que o urso, só precisamos de correr mais do que o tipo do lado para o urso o comer a ele”, disse.

Os projetos “fora da caixa”

Apesar de a política ser um marco importante da sua carreira, Gonçalo Castel-Branco assume-se reformado desta área. Agora dedica-se inteiramente a projetos que levem experiências memoráveis a quem as vive. O “Chefs on Fire” é um desses projetos disruptivos, que nasce depois de a irmã de Gonçalo lhe ter pedido para cozinhar para mais de 60 pessoas numa pequena casa, no Alentejo, sem espaço suficiente na cozinha.

“Decidi pendurar na árvore borrego, porco, frango e ananases. Fiz um buraco no chão para cozinhar 40 quilos de vegetais debaixo de terra e fiz tudo assim. Lembro-me que, às 5 horas da manhã, estava eu sozinho a tratar do fogo e a minha irmã apareceu com uma chávena de café. Nesse momento, olhei à minha volta e tive um daqueles momentos em que pensei: ´Isto dava um grande festival, acho que vou fazer´. Dez meses depois fizemos o primeiro Chefs on Fire para 750 pessoas, em Cascais. Sete anos depois é o maior festival de fogo da Europa e vai ser o maior festival do mundo até 2030“, garantiu.

Foi assim que decidiu juntar dois conceitos num só – um festival de comida e um festival de música num só espaço. E com um detalhe importante – ter poucas pessoas: “Eu não gosto de multidão, eu gosto de um concerto em que eu posso ver os olhos do artista e ele também. As pessoas começaram a fartar-se da experiência de 100 mil pessoas com um telefone na mão. Mais do que o cartaz, o que conta é a experiência“.

Apesar do sucesso deste projeto, o CEO relembrou ainda o “Comboio Presidencial”, assumindo: “Foi o projeto mais bonito que eu fiz na vida”. A ideia surgiu depois de se ter apaixonado por comboios durante a campanha do Obama e, após regressar a Portugal, decidiu visitar o Museu Nacional Ferroviário, onde se apaixonou pelo comboio presidencial português. “Cheguei a casa, estava a jantar com a minha filha, e disse-lhe que tínhamos de ter uma ideia para aquele comboio. E ela disse: ´Por que não fazer um restaurante?´. E foi a partir daí que criamos aquilo que eu chamo de carta de amor a Portugal”, contou.

Para Gonçalo Castel-Branco, o Comboio Presidencial é como uma “Disney para adultos com o melhor de tudo”: “Tem um dos comboios mais bonitos do mundo, na linha do Douro, com os melhores chefes, os melhores vinhos, os melhores cheiros, a melhor música, o melhor de tudo. Na verdade, aquilo transformou-se no melhor evento do mundo, recebia 50 nacionalidades a bordo por dia, foi o maior projeto do turismo ferroviário do nosso país, com um retorno inimaginável para o país, para a nossa ferrovia e para o Douro, é um case-study de sucesso”.

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Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, na qual Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

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“Vá pelas escadas”: um projeto de medicina preventiva dentro do Hospital da Luz

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  • 7 Julho 2025

A nova campanha do Hospital da Luz tem o objetivo sensibilizar para o uso de escadas e a consequente diminuição do risco de doenças cardiovasculares.

“É de coração que lhe dizemos: vá pelas escadas! Sabia que subir e descer escadas reduz o risco de doença cardíaca?”

Este é o ponto de partida da campanha iniciada em maio, o Mês do Coração, nos hospitais e clínicas da Rede Hospital da Luz. Com o objetivo de sensibilizar para o uso de escadas e a consequente diminuição do risco de doenças cardiovasculares, a campanha é protagonizada pelo LU, a mascote do Hospital da Luz, e incluiu vídeos nos ecrãs de TV das salas de espera, imagens coladas nas portas de acesso a escadas e até mensagens encorajadoras nos degraus das próprias escadas, quer sejam públicas ou de uso exclusivo dos colaboradores.

“É uma iniciativa óbvia e coerente”, começa por explicar Pedro Líbano Monteiro, administrador executivo do Hospital da Luz Lisboa, onde esta campanha começou, na rede Hospital da Luz. “Através do nosso Programa de Exercício e Atividade Física, estamos a dizer aos nossos clientes que ter uma vida ativa é um passo importante para começar a melhorar a sua saúde e qualidade de vida. E temos de dar o exemplo, de que acreditamos nesse benefício!”

“Muitos de nós – acrescenta – já fazem exercício regular e até de forma mais séria e acompanhados no nosso Centro de Medicina Desportiva. Mas outros ainda não deram esse passo. Usar mais as escadas é um gesto inicial que espero ajude e faça surgir novas ideias e iniciativas tendo em vista a melhoria da saúde e o aumento do bem-estar dos nossos colaboradores”.

Hugo Pereira, fisiologista do exercício no Centro de Medicina Desportiva do Hospital da Luz, explica, por seu lado: “A evidência científica sugere que qualquer movimento que se possa fazer é melhor que nada e que mais movimento (até um limite muito alto) é melhor que menos. Ganhamos ‘energia’, gastando energia, ganhamos boa disposição, perdendo calorias, ganhamos saúde sem perceber. Assim, escolher subir e descer escadas é apenas uma gota de água no oceano do aumento da atividade física, mas representa uma mudança de atitude para com a mesma. De seguida vem, o caminhar em lugar de levar o carro, ou reunir com colegas, familiares ou amigos de pé ou durante uma caminhada, a introdução de fitness snacks (breaks) no quotidiano mais sedentário, a jardinagem, a brincadeira com as crianças etc.”

‘Se é bom para eles, é bom também para nós!’

A ideia foi, desde o início, criar uma mensagem que se dirigisse a todos em simultâneo: os colaboradores do Hospital da Luz, mas também os seus clientes.

Uma ideia simples, mas rica no conteúdo, no significado e no alcance – porque “todos têm a beneficiar da adoção de um quotidiano mais ativo. Porque uma campanha de larga escala pode causar um fenómeno de contágio social e modelação e assim, alavancar as modificações comportamentais. Finalmente, porque os profissionais de saúde possuem um particular poder persuasor sobre os pacientes… médico ativo, paciente ativo”, como explica o fisiologista do exercício.

Isto enquanto Pedro Líbano Monteiro acrescenta: “Queremos que todos os nossos colaboradores promovam a sua saúde física e mental. E esta é uma iniciativa simples, ao alcance de todos e que pode levar a partilhar “objetivos” ou a criar “desafios” nas várias equipas. E, como referi, é o que propomos aos nossos clientes. E se é bom para eles, é também bom para nós.”

Pelas portas de acesso a escadas e nas escadas propriamente ditas do Hospital da Luz, multiplicam-se os conselhos de exercício e vida saudável

Luz Ativa é o projeto fundador desta e de outras iniciativas com a marca Hospital da Luz, onde se insere a campanha ‘É de coração que lhe dizemos: vá pelas escadas!’, e que se integra na estratégia global de responsabilidade social e sustentabilidade da Luz Saúde, através do desporto e da promoção da vida saudável.

“O Hospital da Luz Lisboa foi o pioneiro na verdadeira medicina preventiva, a medicina 3.0, pela inclusão da consulta de exercício, saúde e performance (ESP) e de programas de promoção da atividade física na sua oferta de medicina desportiva”, revela Hugo Pereira, acrescentando: “Ora, face aos benefícios de saúde associados ao aumento da atividade física diária e redução do comportamento sedentário, a promoção da atividade física quotidiana de clientes e trabalhadores, fomentando o uso da escada em lugar do elevador, encontra-se alinhada com a missão de melhorar a saúde de todos, com enfoque na prevenção primária”.

Ainda em fase inicial de concretização, o projeto Luz Ativa, cujo impulsionador é Hugo Pereira, tem com objetivo global “criar um sistema de vigilância epidemiológica permanente dirigido aos colaboradores e clientes do Hospital da Luz. E conceber e executar campanhas de promoção da atividade física para as instalações e canais de comunicação do Hospital da Luz”, como a do LU dizendo ‘Vá pelas escadas’.

Os Programas de saúde do Hospital da Luz para a Cessação Tabágica ou Reeducação Alimentar e Gestão de Peso são outros exemplos da oferta no âmbito da medicina preventiva, a que hoje os clientes do Hospital da Luz têm acesso.

Os conselhos do LU

‘Ao subir esta escada, está a descer o risco de doença cardiovascular’. Esta é a mensagem que pode ser lida nos primeiros degraus das escadas, dentro de cada Hospital da Luz.

Depois, à medida de vamos subindo as escadas, vão surgindo novas mensagens: ‘1 a 5 lanços por dia reduz o risco de doença cardiovascular em 3%’; ‘6 a 10 lanços por dia reduz o risco de doença cardiovascular em 16%’; 11 a 15 lanços por dia reduz o risco de doença cardiovascular em 22%’.

A doença cardiovascular é a principal causa de morte em Portugal, com 35 mil óbitos anuais (31,9% dos óbitos no nosso país). No mundo, as doenças cardiovasculares afetaram mais de 500 milhões de pessoas num só ano e foram responsáveis por 17,9 milhões de mortes a nível global. Quase 9 em cada 10 pessoas em Portugal sem doença cardiovascular diagnosticada apresentam pelo menos um fator de risco e 37,2% apresentam três ou mais fatores de risco. Estima-se que em Portugal, cerca de 40% da população sofra de hipertensão arterial, 30% tem colesterol elevado, 20% tem hábitos tabágicos e 13% tem diabetes, de acordo com dados da cardio365.pt.

As doenças cardiovasculares podem provocar acidentes vasculares cerebrais (AVC), enfartes do miocárdio, insuficiência cardíaca e outras complicações graves. A doença cardiovascular pode levar a incapacidade e redução da qualidade de vida.

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Europastry cresce 12% no primeiro semestre do ano e fecha compra da Art of Baking

  • Servimedia
  • 7 Julho 2025

Um resultado que reflete a solidez do negócio e a estratégia de expansão internacional da empresa.

Como parte desta estratégia, a Europastry adquiriu 60% da Art of Baking, uma empresa sediada em Banguecoque (Tailândia) especializada em produtos de padaria congelados. Esta transação reforça a sua presença no Sudeste Asiático, um mercado-chave com elevado potencial de crescimento, e posiciona a empresa para acelerar a sua expansão na região APAC.

Fundada em 2018, a Art of Baking tem instalações de última geração em Banguecoque e produz quatro famílias de produtos principais: pastelaria doce (croissants, folhados e massa dinamarquesa), pastelaria salgada, pães planos e bases de pizza, entre outros. A sua base de clientes inclui cadeias locais de retalho e de serviços alimentares, exportando atualmente para países como o Japão, as Filipinas e Singapura. A fábrica tem uma capacidade de produção anual de 15.000 toneladas, que pode ser duplicada graças a um terreno adjacente de 16.800 m².

Os restantes 40% do capital da Art of Baking são partilhados entre a Minor International (20%), um grupo tailandês líder que gere mais de 3.000 restaurantes no Sudeste Asiático e 600 hotéis sob marcas como Anantara na Ásia e NH Hotels na Europa, e a Srifa Bakery, a família fundadora da empresa, que opera uma rede de mais de 30 padarias no país.

A adição de mais de 200 empregados à estrutura do grupo permitirá à Europastry reforçar a sua presença industrial e comercial na Tailândia e aceder a novas oportunidades no dinâmico mercado do Sudeste Asiático, juntamente com dois parceiros de prestígio.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos no primeiro semestre do ano, em que atingimos os objetivos comerciais estabelecidos. Além disso, a aliança estratégica com a Minor International e a Srifa dá-nos uma excelente oportunidade para consolidar a nossa presença num mercado tão promissor como o do Sudeste Asiático. Com esta operação, expandimos a nossa rede para mais de 90.000 clientes em todo o mundo”, disse Jordi Gallés, CEO da Europastry. “A experiência e o historial da Art of Baking, combinados com o nosso know-how, permitir-nos-ão continuar a gerar valor e a oferecer a melhor proposta aos nossos clientes”, acrescentou.

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Eurogrupo decide hoje novo presidente com três ministros candidatos

  • Lusa
  • 7 Julho 2025

Candidatos são o ministro espanhol da Economia, Comércio e Empresas, Carlos Cuerpo, o ministro lituano das Finanças, Rimantas Sadzius e o atual líder e ministro irlandês das Finanças, Paschal Donohoe.

O Eurogrupo vai decidir esta segunda-feira o novo presidente do fórum informal dos ministros das Finanças do euro, cargo ao qual concorrem três responsáveis da tutela de Espanha, Lituânia e Irlanda, com Portugal a apoiar este último.

Três ministros apresentaram a sua candidatura para se tornarem presidente do Eurogrupo, sendo eles o ministro da Economia, Comércio e Empresas de Espanha, Carlos Cuerpo, o ministro das Finanças da Lituânia, Rimantas Sadzius e o atual líder e ministro das Finanças da Irlanda, Paschal Donohoe.

Como a Lusa já havia noticiado, o Governo português vai apoiar o ministro irlandês das Finanças, Paschal Donohoe, na sua recandidatura à liderança do Eurogrupo, cargo que ocupa desde 2020, contra os restantes candidatos de Espanha e da Lituânia.

Perante tal apoio português à Irlanda, quebra-se um compromisso informal entre Portugal e Espanha de apoio mútuo para altos cargos na UE.

De acordo com o Conselho (que junta os Estados-membros da União Europeia), a eleição do novo presidente acontecerá por maioria simples dos ministros do Eurogrupo (11 dos 20 votos).

O vencedor será anunciado aos ministros no final da votação e, caso não seja possível tomar a decisão hoje, só será tomada na reunião ordinária de outubro.

O Eurogrupo é o organismo informal que junta os ministros da área do euro para debater assuntos relacionados com a moeda única.

Depois de eleito, o presidente é responsável por presidir às reuniões do Eurogrupo e estabelecer as ordens do dia dessas reuniões, elaborar o programa de trabalho a longo prazo e representar o Eurogrupo nas instâncias internacionais.

Desde julho de 2020 que o cargo é ocupado pelo ministro irlandês da tutela, Paschal Donohoe, que foi reeleito em dezembro de 2022.

Paschal Donohoe sucedeu no cargo ao antigo ministro das Finanças português e atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que foi presidente do Eurogrupo entre janeiro de 2018 e julho de 2020.

O Eurogrupo foi criado em 1997.

Qualquer ministro em funções com responsabilidade pelas Finanças de um Estado-membro da zona euro pode ser eleito presidente do Eurogrupo.

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A certificação internacional, a garantia ética do luxo e a rastreabilidade são uma realidade na alta joalharia

  • Servimedia
  • 7 Julho 2025

O setor da alta joalharia continua a ganhar relevância no panorama do luxo espanhol, afirmando-se como um dos segmentos mais representativos.

Esta tendência é impulsionada pela procura sustentada e pelo crescente interesse por peças que combinem design, qualidade e proveniência certificada, ética e sustentável.

Neste contexto, a autenticidade dos materiais, a rastreabilidade das pedras preciosas e os certificados de qualidade internacionais tornaram-se fatores determinantes tanto para o valor económico como para a confiança dos consumidores, de acordo com vários relatórios do setor.

Uma das empresas nacionais na vanguarda desta abordagem é a RABAT, que fez da rigorosa seleção de diamantes naturais uma marca da sua identidade. Cada diamante é avaliado de acordo com as normas do Gemological Institute of America (GIA), o instituto gemológico mais famoso do mundo. Fundado em 1931, o GIA é responsável por estabelecer os critérios de classificação mais utilizados na indústria, conhecidos como os “4Cs”: corte (Cut), cor (Colour), clareza (Clarity) e quilate (Carat). Para além destes, outros aspetos como a simetria, o polimento e a fluorescência são fatores-chave que determinam a excelência ótica e o valor da pedra. Dependendo das características técnicas e únicas de cada peça, o seu valor pode ser multiplicado, como no caso dos diamantes naturais coloridos ou fancy, como o rosa, o amarelo ou o azul. Além disso, de acordo com fontes do setor, estima-se que apenas 0,1% dos diamantes existentes no mercado são naturalmente de cor azul profundo.

A excelência técnica não é o único critério que orienta a seleção na RABAT. A empresa catalã adere ao Processo de Kimberley, um sistema internacional que certifica que os diamantes naturais foram extraídos e comercializados de forma legal e ética, sem estarem ligados a conflitos armados. Este compromisso reforça a confiança dos consumidores e acrescenta valor às jóias. É também um membro certificado do Responsible Jewellery Council (RJC), a organização internacional que promove práticas responsáveis ao longo de toda a cadeia de fornecimento de jóias, desde a extração até ao ponto de venda. Este duplo compromisso reforça a confiança dos consumidores e acrescenta valor à joalharia.

Para além da qualidade e da rastreabilidade, a empresa aposta numa experiência personalizada. As suas oficinas artesanais permitem a cada cliente participar na conceção de uma peça de joalharia, combinando formas, estilos e pedras de acordo com as suas emoções e preferências. Com uma trajetória consolidada e uma filosofia baseada na excelência, na ética e na personalização, o grupo de joalharia representa o modelo de luxo contemporâneo em Espanha que combina transparência e propósito num mercado exigente.

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Parlamento Europeu debate hoje moção de censura a von der Leyen. Chumbo está praticamente garantido

  • Lusa
  • 7 Julho 2025

A moção foi apresentada por 77 eurodeputados de direita (22) e extrema-direita, incluindo António Tânger Correia, eleito pelo Chega, e será votada na quinta-feira.

O Parlamento Europeu (PE) reúne-se esta semana em sessão plenária com um debate sobre uma moção de censura apresentada à Comissão Europeia agendado para esta segunda-feira, com a presença da líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

A moção foi apresentada por 77 eurodeputados de direita (22) e extrema-direita, incluindo António Tânger Correia, eleito pelo Chega, e será votada na quinta-feira, estando praticamente assegurada a sua rejeição.

Nos termos do regimento do PE, uma moção de censura à Comissão pode ser apresentada por um décimo dos membros que compõem o Parlamento, ou seja, 72 eurodeputados.

Os eurodeputados irão ainda debater, ao longo dos quatro dias da sessão plenária, na cidade francesa de Estrasburgo, as prioridades da presidência dinamarquesa do Conselho da União Europeia (de julho a dezembro), as conclusões do último Conselho Europeu – com a presença do líder da instituição, António Costa, e de Ursula von der Leyen – e a futura cimeira UE-China, que decorre este mês e é organizada por Pequim.

O próximo quadro orçamental plurianual 2028-2034 está na agenda dos trabalhos, com os eurodeputados a definir as suas prioridades antes da apresentação da proposta da Comissão Europeia.

A agenda económica inclui também a adoção de um parecer sobre a adesão da Bulgária à zona euro, em 01 de janeiro de 2026.

No âmbito da política ambiental, o PE vai discutir a preparação da UE para esta época de fogos florestais e de seca e a proposta apresentada esta semana para uma redução até 90% das emissões de gases com efeito de estufa até 2040.

Na área da política externa, os eurodeputados têm ainda agendados debates sobre a situação no Médio Oriente, as relações comerciais entre a UE e os Estados Unidos, nomeadamente a intenção do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas às exportações dos 27, e o custo humano da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Os eurodeputados irão ainda debater votar uma resolução sobre a detenção arbitrária e tortura do investigador luso-belga Joseph Figueira Martin na República Centro-Africana.

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Projeto “DeciDE Salud” do Hospital Geral de Villalba ganha um prémio nos Affective-Effective Awards por melhorar os resultados de saúde dos pacientes

  • Servimedia
  • 7 Julho 2025

“DeciDE Salud" é uma iniciativa de medicina baseada no valor, no que é realmente importante para o doente, bem como na evidência científica, que leva à tomada de decisão partilhada.

O projeto “DeciDE Salud: Tomada de decisões partilhada e voz do paciente”, desenvolvido e implementado pelo Hospital Universitário Geral de Villalba – pertencente à rede pública de Madrid (Sermas) – juntamente com os hospitais universitários Rey Juan Carlos (Móstoles), Infanta Elena (Valdemoro) e Fundación Jiménez Díaz (Madrid), foi galardoado com um dos prémios Affective-Effective, atribuído pela Johnson & Johnson, em colaboração com a Cátedras en Red, foi galardoada com um dos prémios Affective-Effective, atribuídos pela Johnson & Johnson, em colaboração com a Cátedras en Red, em reconhecimento da melhoria dos resultados de saúde dos pacientes proporcionada por esta iniciativa de medicina baseada no valor.

O prémio foi recebido por Marta del Olmo, Diretora Regional dos Hospitais Universitários Villalba General, Rey Juan Carlos e Infanta Elena e Diretora de Experiência do Doente da Fundação Jiménez Díaz, pelas mãos de Enrique Ruiz Escudero, ex-Ministro da Saúde da Comunidade de Madrid e Senador no Parlamento espanhol, em nome do grupo de profissionais dos quatro hospitais que apresentaram o projeto: Os médicos Jorge Short, Diretor Regional Adjunto dos três primeiros centros e Diretor Médico Adjunto do quarto; Rafael Martos, Chefe do Departamento de Hematologia do General de Villalba; Adriana Pascual, Diretora Médica do Infanta Elena; Raúl Córdoba, chefe adjunto do Departamento de Hematologia da Fundación Jiménez Díaz e coordenador da sua Unidade de Linfoma; e Álvaro Gomez-Meana, diretor de Organização, Processos e Tecnologias do Quirónsalud; juntamente com Del Olmo, todos membros da Unidade de Inovação Clínica e Organizacional (UICO) desta rede de cuidados de saúde.

Mais concretamente, o projeto recebeu o segundo prémio na categoria de “Iniciativa que melhora os resultados de saúde dos doentes desenvolvida por profissionais de saúde, individualmente ou em grupo” na 11ª edição destes prémios, que todos os anos reconhecem projetos promovidos por associações de doentes, ONGs, profissionais sociais e de saúde, universidades e jornalistas, centrados na sensibilização, humanização e melhoria dos resultados de saúde dos doentes.

Para o efeito, propõe um ambiente digital que permite relatar o processo de tomada de decisão partilhada e incorpora dados agregados de um programa de resultados e experiências de saúde relatados pelos doentes – os chamados PROMs (Patient Reported Outcomes Measures) e PREMs (Patient Reported Experience Measures).

“O programa, baseado na evidência científica, oferece ao doente informação completa, clara e rigorosa para o ajudar a tomar decisões em conjunto com o seu profissional de saúde, e para incentivar a sua máxima participação na escolha, conceção e planeamento do seu processo de saúde”, afirma o Dr. Martos.

Para tal, acrescenta, incorpora e avalia não só a informação clínica, mas também os resultados de saúde e a experiência pessoal, através da aplicação desenvolvida por esta rede de cuidados de saúde, o Portal do Doente, que está integrado no programa de registo eletrónico de saúde do próprio grupo, o Casiopea.

PLANEAMENTO

Como explica o Dr. Martos, aplicado à prática real, por exemplo, a um doente com linfoma, um tipo de cancro hematológico, uma vez confirmado o diagnóstico, “o especialista explica-lhe as opções de tratamento disponíveis na consulta, com os respectivos benefícios e possíveis efeitos, convidando-o a analisá-las de acordo com as suas necessidades, prioridades ou circunstâncias pessoais, antes de as partilhar numa consulta posterior para, em seguida, tomar uma decisão partilhada no âmbito do planeamento conjunto da melhor estratégia para o seu caso específico”.

Posteriormente“, acrescenta o hematologista, ”o doente recebe informações sobre as características, os resultados desejáveis e os possíveis efeitos das diferentes opções terapêuticas para as ponderar e atribuir uma ordem de prioridade pessoal a estes dados, bem como questionários que a sua equipa clínica concebeu especificamente para ele sobre os seus hábitos de vida, perceção dos sintomas, estado emocional ou valores”. A análise conjunta da informação clínica e da informação obtida através dos questionários, que lhes permite identificar os aspetos a que dão mais importância, tanto em termos de resultados como de tolerância a possíveis efeitos, “fecha o ciclo” entre a recolha de informação de saúde e de dados reportados pelo doente e o processo de tomada de decisão”, acrescenta.

“O resultado é a proposta da opção de tratamento que melhor se adapta às necessidades do doente, que é automaticamente integrada no seu historial clínico e que será avaliada com o seu profissional de saúde na consulta seguinte, integrando assim a perspetiva do utilizador no seu processo de saúde, de modo a que este possa desempenhar um papel de liderança e participar plena e ativamente no mesmo”, resume o Dr. Martos.

Em suma, dizem Del Olmo e Martos, “DeciDE Salud é uma ferramenta de tomada de decisão partilhada para melhorar os resultados em processos com elevado impacto na vida quotidiana e várias alternativas terapêuticas, que avalia o que mais importa para o doente – as suas experiências, opiniões, necessidades e prioridades – durante o processo de cuidados e o incorpora no seu plano terapêutico, para oferecer ao doente mais saúde, maior eficiência e uma melhor experiência”.

Impulsionada pela UICO, a iniciativa foi lançada no início de 2024 nos quatro hospitais, onde já é uma realidade para doentes com diagnósticos hematológicos complexos, a que se juntaram outros processos e especialidades.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 7 Julho 2025

A Galp apresenta os dados operacionais preliminares do segundo trimestre antes da abertura da bolsa. O Eurogrupo escolhe novo presidente e o Parlamento Europeu debate moção de censura a von der Leyen.

Esta segunda-feira, a Galp vai apresentar os dados operacionais preliminares do segundo trimestre antes da abertura da bolsa. Já o Eurogrupo irá escolher o novo presidente. A marcar o dia está ainda o debate no Parlamento Europeu sobre a moção de censura ao executivo de Ursula von der Leyen.

Galp apresenta resultados

A segunda metade do mês de julho marca o início da temporada de resultados do primeiro semestre das principais cotadas portuguesas, numa altura em que o PSI viveu o seu melhor primeiro semestre dos últimos 18 anos, com uma valorização de 21,8%, apenas superada na Europa pelo espanhol IBEX 35. O pontapé de saída será dado esta segunda-feira pela Galp, que apresentará os seus dados operacionais preliminares do segundo trimestre antes da abertura da bolsa. A petrolífera, que viu os seus lucros caírem 41% no primeiro trimestre para 192 milhões de euros, procura agora mostrar sinais de recuperação num contexto de mercado internacional volátil.

Eurogrupo escolhe novo presidente

Esta segunda-feira há reunião do Eurogrupo, tendo a eleição do novo presidente na agenda. Três ministros apresentaram a sua candidatura, sendo eles o ministro da Economia, Comércio e Empresas de Espanha, Carlos Cuerpo, o ministro das Finanças da Lituânia, Rimantas Sadzius, e o atual líder e ministro das Finanças da Irlanda, Paschal Donohoe, a quem Portugal apoiará. Da agenda da reunião faz também parte a discussão sobre a orientação de política orçamental para os Estados no próximo ano.

Debate no PE sobre moção de censura a Von der Leyen

O Parlamento Europeu (PE) vai debater esta semana uma moção de censura ao executivo de Ursula von der Leyen. O debate vai realizar-se esta segunda-feira e a votação está prevista para a próxima quinta-feira, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo. A iniciativa contra a presidente da Comissão Europeia partiu de um eurodeputado romeno, Gheorghe Piperea, do grupo político Conservadores e Reformistas Europeus, que argumenta que a moção de censura se deve ao polémico dossier das mensagens trocadas entre Von der Leyen e o presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, durante a negociações de vacinas em plena pandemia. As mensagens nunca saíram a público, apesar dos vários processos a exigir mais transparência da presidente da Comissão no primeiro mandato.

Eurostat divulga dados do comércio a retalho

O Eurostat vai revelar os dados de maio do volume de comércio a retalho na Zona Euro e na União Europeia (UE). Em abril, o volume do comércio a retalho aumentou 0,1% na Zona Euro e 0,7% na UE, em relação a março. Comparando com abril de 2024, o aumento foi de 2,3% na Zona Euro e de 2,8% na UE.

Gasolina desce esta semana

Esta semana só a gasolina vai descer. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, não deverá sofrer alterações no preço, mas a gasolina deverá descer dois cêntimos a partir desta segunda-feira. Assim, quando for abastecer, deverá pagar 1,577 euros por litro de gasóleo simples e 1,674 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira.

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Inovação e Sustentabilidade em discussão no Porto

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  • 7 Julho 2025

A 9 de julho, o Terminal de Cruzeiros do Porto acolhe a conferência “Um Mar de Oportunidades”, um dia dedicado à inovação e sustentabilidade.

Num cenário onde o futuro exige soluções mais verdes e inteligentes, a Smurfit Westrock promove a conferência Um Mar de Oportunidades, no próximo dia 9 de julho, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões — um edifício premiado e reconhecido como exemplo de arquitetura sustentável.

O evento irá destacar histórias de sucesso reais, soluções de vanguarda para reduzir custos na cadeia de abastecimento e estratégias práticas para atingir metas ambiciosas de sustentabilidade. Num ambiente cada vez mais exigente, este encontro pretende inspirar a colaboração e o pensamento ousado para um futuro mais resiliente e responsável.

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Tratamento experimental aumenta cinco vezes a produção de ovócitos em ratinhos com falência ovárica prematura

  • Servimedia
  • 7 Julho 2025

No 41º Congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), foi apresentada uma investigação pioneira, um importante passo em frente na luta contra a infertilidade feminina.

Um tratamento experimental conseguiu quintuplicar o número de oócitos em ratinhos com falência ovárica prematura.

O 41º Congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), que decorreu em Paris, foi uma das reuniões científicas internacionais mais importantes no domínio da fertilidade, onde milhares de especialistas, investigadores e profissionais de saúde partilharam os avanços mais inovadores em matéria de reprodução assistida.

Neste contexto, foi apresentada uma investigação pioneira que representa um importante passo em frente na luta contra a infertilidade feminina. O estudo, realizado em modelos animais, demonstrou que a função ovárica pode ser restaurada através da administração direta de uma combinação específica de proteínas derivadas de células estaminais. Em ratinhos fêmeas com insuficiência ovárica prematura (IOP), este tratamento experimental permitiu quintuplicar o número de ovócitos após estimulação ovárica, uma melhoria sem precedentes neste tipo de modelo.

O estudo, realizado num modelo animal, conseguiu reativar a função ovárica em ratinhos fêmeas com POI, administrando diretamente nos ovários um “cocktail” de três proteínas-chave: a trombospondina 1 (THBS1), o kit ligand (KITLG) e o fator de crescimento dos fibroblastos 2 (FGF2), todos eles derivados de células estaminais. Estas proteínas já tinham mostrado efeitos positivos em investigações anteriores, mas esta é a primeira vez que foram especificamente combinadas para avaliar o seu efeito conjunto na reserva ovárica.

Os resultados foram convincentes: após submeter as ratinhas tratadas a um processo de estimulação ovárica, o número de ovócitos obtidos foi cinco vezes superior ao do grupo de controlo, que não tinha recebido o tratamento. Para além do aumento quantitativo, os investigadores observaram melhorias na qualidade dos oócitos e no desenvolvimento inicial dos embriões durante a fertilização in vitro subsequente.

“A diferença mais importante em relação a outras abordagens baseadas em células estaminais é que aqui não utilizamos as células inteiras, mas apenas algumas das proteínas que segregam e que desempenham um papel fundamental na regeneração do tecido ovárico”, explicou a Dra. Sonia Herraiz, autora principal do estudo e investigadora da Fundação IVI, o principal investigador do estudo durante a sua apresentação em Paris. “Isto permite uma estratégia mais específica, potencialmente mais segura e menos invasiva”.

A insuficiência ovárica prematura (IOP) é um dos maiores desafios para os especialistas em reprodução assistida atualmente. As mulheres com IOP têm frequentemente poucas ou nenhumas hipóteses de engravidar com os seus próprios óvulos e, na maioria dos casos, têm de recorrer a tratamentos como a doação de ovócitos. Nos últimos anos, a investigação tem explorado terapias celulares ou moleculares para inverter ou travar a deterioração da função ovárica, com resultados ainda limitados.

Esta nova abordagem, centrada na administração localizada de fatores bioativos derivados de células estaminais, representa uma evolução no domínio da medicina regenerativa aplicada à fertilidade. Apesar de, até ao momento, as experiências terem sido realizadas apenas em ratinhos, os autores do estudo consideram que os resultados são suficientemente promissores para se avançar para testes em tecido ovárico humano em fases futuras.

A linha de trabalho proposta por esta investigação poderá abrir caminho a uma alternativa terapêutica para as mulheres com POI que desejem ser mães com os seus próprios ovócitos. Se os resultados forem replicados em humanos, poderá representar uma mudança de paradigma no tratamento desta forma de infertilidade feminina. Para tal, serão necessários mais estudos, ensaios pré-clínicos e validação antes de se poder considerar uma aplicação clínica.

Mesmo assim, a descoberta reforça o potencial da biotecnologia e da medicina regenerativa para oferecer soluções para problemas complexos como a falência ovariana prematura. Num congresso como o Eshre, que ano após ano se consolida como referência mundial em reprodução humana, este tipo de avanço reforça o empenho da comunidade científica na procura de tratamentos mais eficazes, personalizados e acessíveis.

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