Empresas têm até hoje para entregar declaração Modelo 22

As empresas têm de submeter a declaração de rendimentos de IRC (Modelo 22) até esta segunda-feira, 30 de junho. O prazo tinha sido adiado devido a problemas no Portal das Finanças.

Depois de um adiamento de prazos pelo Executivo devido aos problemas sentidos no Portal das Finanças, no seguimento do apagão de 28 de abril, as empresas têm até hoje, 30 de junho, para entregar a declaração de rendimentos de IRC (Modelo 22). Termina também o prazo de entrega do IRS para as famílias.

Ao longo de mais de um mês, o Portal das Finanças funcionou com muitos constrangimentos, levando os contabilistas certificados a pedirem ao Executivo um adiamento dos prazos de entrega, nomeadamente da Modelo 22 e da Informação Empresarial Simplificada (IES). Um pedido que o Governo aceitou.

“Tal como anunciado, logo no dia 29 de abril, na sequência da interrupção geral de fornecimento de energia elétrica que afetou toda a Península Ibérica, o Governo tem vindo a avaliar os respetivos efeitos para o cumprimento das obrigações fiscais, procedendo aos ajustamentos do calendário fiscal que se justificam”, afirmou o Ministério das Finanças num comunicado divulgado no início deste mês.

“Não obstante até à passada quinta-feira (dia 4 de junho) terem sido já entregues mais de 380 mil declarações Modelo 22, o Governo constatou que, ainda assim, só tinham sido entregues cerca de 60% das declarações apresentadas no ano passado, pelo que o Executivo decidiu prorrogar o prazo para a entrega desta declaração, até dia 30 de junho”, acrescentou. Antes, o prazo terminava a 16 de junho.

As empresas que não entregarem a declaração dentro do prazo podem ser alvo de coimas entre 300 euros e 3.750 euros.

O Executivo também decidiu adiar a entrega da IES para dia 25 de julho, indo assim ao encontro do pedido feito pelos contabilistas certificados que enfrentaram vários constrangimentos na submissão destas declarações.

“Se o mau funcionamento do Portal das Finanças nos dias iniciais após o ‘apagão’ pode ser compreensível, passado quase um mês, as consequências já são visíveis nos constrangimentos criados para o cumprimento das várias obrigações declarativas”, avisava Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), no final de maio.

A responsável notou que, no caso específico dos contabilistas certificados, o “mau funcionamento do Portal das Finanças impacta com toda a organização e planeamento do seu trabalho e dificulta o cumprimento das obrigações a que está sujeito relativamente às várias entidades pelos quais são responsáveis”.

Perante as falhas do Portal das Finanças, a representante dos contabilistas considerou que o adiamento dos prazos seria “da mais elementar justiça e razoabilidade”.

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Recibos verdes com um só cliente? Veja como pagar menos IRS

Trabalhadores independentes que acumulem ou não trabalho por conta de outrem ou recebam pensões podem optar pelas regras de tributação da categoria A e sair a ganhar com um reembolso maior.

Uma simples opção no anexo B da declaração de IRS pode influenciar o reembolso a receber ou o IRS a pagar por trabalhadores a recibos verdes. Caso prestem serviço a uma única entidade, estes contribuintes podem escolher serem tributados de acordo com as regras da categoria A, isto é, do trabalho dependente, mesmo que acumulem rendimentos de trabalho por conta de outrem ou de pensões.

O prazo para a entrega da declaração de IRS termina esta segunda-feira, 30 de junho, e ainda vai a tempo de verificar qual a solução mais vantajosa. Por exemplo, um reformado que passe recibos verdes a um só cliente pode ter vantagem em optar pelas regras de tributação da categoria A: em vez de pagar IRS, pode ter direito a um reembolso. Já um trabalhador por conta de outrem que acumule rendimentos de trabalho independente poderá ganhar se não selecionar esta opção, segundo as simulações realizadas pelo ECO.

Tudo depende do valor da dedução específica, isto é, o valor a abater ao rendimento para apuramento da matéria tributável, segundo o fiscalista Luís Leon, fundador da Ilya. Por exemplo, um trabalhador por conta de outrem pode subtrair, aos seus ganhos anuais, 4.350,24 euros ou as contribuições sociais se esse montante for superior.

Se tiver passado recibos verdes a uma única entidade poderá optar ou não, no anexo B da declaração de IRS, pelas regras de tributação da categoria A, isto é, escolher apenas a dedução específica fixa de 4.350,24 euros ou então manter-se na categoria B, que permite abater mais 25% do rendimento que ganhou a título de trabalho independente, no caso do regime simplificado, uma vez que no de contabilidade organizada não existe esse teto.

Exemplo do anexo B da declaração de IRS – Modelo 3

Assim, um trabalhador por conta de outrem que tenha auferido dez mil euros a recibos verdes abate 25% ou 2.500 euros a esse rendimento, se optar pelas regras da categoria B. Se selecionar o regime da categoria A, não poderá deduzir esse valor, e somente os 4.350,24 euros relativos aos salários que recebeu de trabalho por conta de outrem. Nesta situação, o contribuinte sai a ganhar se escolher a fórmula de cálculo imposto da categoria B, isto é, não deve selecionar, no anexo B, a opção pelas regras da categoria A, indica ao ECO o fiscalista Luís Leon.

“Por norma, um trabalhador por conta de outrem que acumule rendimentos de trabalho independente, prestado a um único cliente, não tem vantagem em escolher, no anexo B, as regras estabelecidas para a categoria A, porque vai prescindir da dedução extra de 25% dos ganhos recebidos a título de recibos verdes. Ou seja, só iria beneficiar a dedução específica de 4.350,24 euros ou do montante das contribuições sociais, se superior”, explica o sócio-fundador da Ilya.

Por norma, um trabalhador por conta de outrem que acumule rendimentos de trabalho independente, prestado a um único cliente, não tem vantagem em escolher, no anexo B, as regras estabelecidas para a categoria A, porque vai prescindir da dedução extra de 25% dos ganhos recebidos a título de recibos verdes.

Luís Leon

Fiscalista e sócio-fundador da Ilya

Em sentido inverso, um trabalhador que só tenha passado recibos verdes a um único cliente e esteja no regime simplificado, sem acumular salários, isto é, trabalho por conta de outrem, pode sair a ganhar ao selecionar as regras de cálculo para a categoria A, no anexo B.

Se a dedução, de 25%, aos rendimentos de trabalho independente for inferior ao abate, de 4.350,24 euros, que é aplicado aos ganhos por conta de outrem, então este contribuinte tem toda a vantagem em ser tributado segundo as regras da categoria A. Imaginemos que auferiu dez mil euros a recibos verdes e tem direito a deduzir 25% ou 2.500 euros. Se for pelo regime da categoria A pode deduzir mais (4.350,24 euros), o que irá baixar o imposto a pagar ou elevar o reembolso a receber.

No caso de um reformado, o montante a deduzir ao rendimento de pensões é sempre o mesmo (4.350,24 euros), uma vez que não paga contribuições sociais. Se, adicionalmente, este pensionista ganhar rendimentos de trabalho independente, isto é, se passar recibos verdes, também lhe irá surgir, no preenchimento do anexo B, a opção pelas regras da categoria A. “Nesta situação, será vantajoso selecionar o regime da categoria A, se, mais uma vez, a dedução por recibos verdes for inferior aos 4.350,24 euros do trabalho dependente”, assinala Luís Leon.

Por exemplo, se este pensionista ganhou 15.000 euros a recibos verdes, passados a uma única entidade, e estando no regime simplificado da categoria B, poderá abater à matéria coletável 3.750 euros. Caso opte pelas regras da categoria A, a dedução será maior: 4.350,24 euros. Ou seja, o benefício é maior se selecionar esta opção no anexo B.

Mas se auferiu, por exemplo, 20 mil euros brutos, no ano de 2024, em recibos verdes, a vantagem é maior se ficar pelas regras da categoria B, uma vez que a dedução de 25%, que dá 5.000 euros, é superior à de 4.350,24 euros. E quanto maior o valor a abater, menor será o rendimento tributável, logo o imposto desce e o reembolso poderá subir significativamente.

“As deduções específicas são deduções que abatem ao rendimento bruto dos contribuintes e que como tal, reduzem o valor da matéria coletável, ou seja, permitem que o valor sobre o qual incide o imposto seja menor. Diz-se que são específicas, porque tais deduções variam consoante a categoria de rendimento em causa”, esclarecem as fiscalistas Maria Inês Assis e Joana Monteiro de Oliveira, da Abreu Advogados, em declarações ao ECO.

No caso de trabalhadores independentes ou, vulgarmente chamados de recibos verdes, os rendimentos de categoria B podem beneficiar de uma isenção diferente, consoante o sistema em que estejam inscritos. Assim, “os contribuintes que optaram pelo regime simplificado deduzem 10% do rendimento bruto mais a dedução específica dos rendimentos de categoria A, ou seja, os tais 4.350,24 euros, e as despesas alocadas no e-Fatura à atividade profissional, com o limite global de 25% do rendimento bruto”, explica ao ECO o fiscalista Luís Nascimento, da Ilya. “Isto significa que a maior parte dos recibos verdes em Portugal paga imposto sobre 75% do seu rendimento bruto global anual”, indica.

Profissionais com contabilidade organizada podem deduzir todas as despesas sem o teto de 25% do rendimento bruto. “Este regime é mais benéfico para quem tem a convicção de que os gastos inerentes à atividade profissional são superiores àquele limite máximo”, sinaliza.

Salários e pensões ganham brinde adicional em 2026

A dedução específica vai aumentar novamente este ano, para 4.462,15 euros, com efeitos na entrega da declaração de IRS em 2026, por via do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que voltou a alterar a regra de atualização. Assim, trabalhadores por conta de outrem e pensionistas podem contar com um brinde extra que pode chegar aos 79 euros de poupança anual no imposto a liquidar em 2026 por referência aos ganhos obtidos em 2025, segundo as simulações da consultora Ilya para o ECO.

Este pequeno bónus na carteira só é possível porque a dedução específica, isto é, o valor que abate ao rendimento para apurar a matéria tributável, sobe dos atuais 4.350,24 euros para 4.462,15 euros. São mais 111,91 euros limpos de imposto.

O OE2025 voltou a alterar o mecanismo da dedução específica. Em vez de se guiar pela taxa de atualização do IAS passou a corresponder a 8,54 vezes o valor desse mesmo indicador. Como o IAS foi atualizado em 2,6%, este ano, tendo em conta a inflação de novembro de 2024 sem habitação, apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), aquele referencial subiu igualmente 2,6%, passando de 509,26 euros para 522,50 euros. Aplicando a regra inscrita no diploma orçamental, 8,54 vezes o IAS (509,26 euros), dá uma dedução específica de 4.462,15 euros.

Para um trabalhador solteiro sem filhos ou um pensionista que receba de 900 euros brutos por mês, significa uma poupança adicional de 15 euros, no IRS a liquidar em 2026. Este valor está integrado no ganho global, de 342 euros, conseguido também graças à atualização dos escalões em 4,6% e ao mínimo de existência, que é o patamar até ao qual os rendimentos estão isentos de imposto, e que subiu dos atuais 11.480 euros para 12.180 euros, correspondendo assim a 14 vezes o salário mínimo do próximo ano, que deu um salto de 50 euros para 870 euros. Os cálculos realizados pelo fiscalista da Ilya, Luís Nascimento, já incluem os 250 euros de limite para a dedução à coleta das despesas gerais.

No caso de um solteiro ou reformado a auferir mil euros, a subida da dedução específica vai dar um bónus extra anual de 18 euros, aquando da entrega da declaração do IRS. Vencimentos brutos mensais de 1.500 terão um ganho adicional, para o conjunto do ano, de 25 euros; salários de 2.000 euros terão um benefício de 36 euros e remunerações de 2.500 euros vão sentir um alívio fiscal de 40 euros por via da atualização da dedução específica. Veja mais simulações aqui.

A dedução específica esteve congelada nos 4.104 euros entre 2011, ou seja com a entrada da troika em Portugal, e 2023, tendo sido atualizada em 2024 e 2025. Até 2010, seguia uma regra de atualização em que o seu valor deveria ser igual a 72% de 12 vezes o salário mínimo nacional, que, este ano, está nos 870 euros. Se este mecanismo ainda fosse aplicado, a dedução específica devia estar nos 7.516,8 euros, o que significaria uma subida de 3.054,65 euros ou de 68,5% face ao montante em vigor, de 4.462,15 euros.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 30 de junho

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Ao longo desta segunda-feira, 30 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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As nossas cidades estão mais inteligentes? Oiça o podcast ‘À Prova de Futuro’

Miguel de Castro Neto, diretor da Nova IMS, e Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere, explicam como tornar as cidades mais inteligentes para os cidadãos.

Cerca de 40% da população da União Europeia vive em cidades, segundo as Nações Unidas. Em Portugal, o peso chega aos 44%. A melhoria da qualidade de vida nas cidades reveste-se, por isso, de enorme importância. O que passa por usar a tecnologia para torná-las mais inteligentes.

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“O que nós tentamos construir no nosso dia-a-dia de uma cidade inteligente é garantir que, para o cidadão, não há qualquer fricção, não há qualquer atrito no seu usufruto da cidade”, afirma Miguel de Castro Neto, diretor na Nova Information Management School em entrevista ao À Prova de Futuro, um podcast do ECO que tem o apoio do Meo Empresas.

Miguel de Castro Neto, dean da Nova IMS, em entrevista ao podcast do ECO “À Prova de Futuro”Hugo Amaral/ECO

O especialista em Smart Cities dá um exemplo prático. “Muitos dos semáforos de Lisboa já têm um algoritmo de inteligência artificial que está a aprender em contínuo com o trânsito da cidade, porque tem sensores, e está-se a ajustar para eu não estar parado num semáforo, a emitir gases com efeitos de estufa, se não houver trânsito”.

O convidado da rubrica “Gestor Sem Medo” é Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere, uma empresa portuguesa que é já uma referência europeia no desenvolvimento de soluções de software para Cidades Inteligentes. “Fora de Portugal, ganhámos um megaprojeto Smart Cities em Espanha, na região de Granada, em que começámos a digitalizar toda a componente de turismo da região”, conta.

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A empresa de Aveiro fez a agregação de dados de sensores que fazem contagem de fluxo de pessoas, de dados de operadores de telecomunicações, dados de consumo da Mastercard, do Booking, do Airbnb, e do instituto de estatística. “Isto permitiu a caracterização do perfil do turista na região e de onde é que ele vem”, o que “traz umas vantagens competitivas enormíssimas”.

Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere, em entrevista ao podcast do ECO “À Prova de Futuro”Hugo Amaral/ECO

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 30 Junho 2025

A Direção-Geral do Orçamento vai divulgar a síntese da execução orçamental em contas públicas até maio. Já o INE vai revelar a estimativa rápida da evolução da inflação em junho.

Esta segunda-feira, a Direção-Geral do Orçamento vai divulgar a síntese da execução orçamental até maio. Já o INE vai revelar a estimativa rápida da evolução da inflação em junho. A marcar o dia estão ainda os dados estatísticos dos novos empréstimos e depósitos bancários relativos a maio deste ano revelados pelo Banco de Portugal.

Direção-Geral do Orçamento divulga execução orçamental até abril

A Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulga esta segunda-feira a síntese da execução orçamental até maio. O Estado registou um excedente orçamental de 134,8 milhões de euros até abril, em contabilidade pública, contrariando o défice registado em igual período do ano passado, mas caindo drasticamente face a março. Os dados revelaram uma queda de 1.581 milhões de euros quando comparado ao valor dos primeiros três meses do ano.

Como evoluiu a inflação em junho?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai ainda revelar a estimativa rápida da evolução do Índice de Preços no Consumidor (IPC) em junho. Em maio, a taxa de inflação homóloga aumentou para 2,3%, duas décimas acima dos 2,1% registados em abril. A subida do IPC foi suportada pelos aumentos dos produtos energéticos e pelos produtos alimentares não transformados.

E quanto emprestaram os bancos em maio?

O Banco de Portugal (BdP) revela as estatísticas dos novos empréstimos e depósitos bancários relativos a maio deste ano. Em abril, o montante acumulado em depósitos voltou a bater um novo recorde acima dos 193 mil milhões de euros. Já os empréstimos registaram uma taxa de crescimento homóloga de 6%, o ritmo de subida mais elevado desde agosto de 2008.

Termina prazo para entregar a declaração de IRS

O prazo para os contribuintes entregarem a declaração do IRS relativa aos rendimentos de 2024 termina esta segunda-feira. Para quem tem IRS automático e ainda não o ‘validou’, este é considerado entregue a partir desta data. Quem falhar o prazo para a submissão do formulário Modelo 3 arrisca pagar coima que pode ir até 3.250 euros. Já as empresas têm também até esta segunda-feira para entregar a declaração de rendimentos de IRC (Modelo 22).

Preços dos combustíveis vão descer

Esta semana os combustíveis vão descer com o aliviar da tensão no Médio Oriente e o cessar-fogo entre Irão e Israel. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá descer quatro cêntimos a partir desta segunda-feira, e a gasolina quatro cêntimos. É preciso recuar a 14 de abril para encontrar uma descida superior, mas ainda assim não anula a subida desta semana ao nível do diesel.

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M&A quer inverter “balde de água fria” do primeiro semestre. Empresas usam compras para crescer lá fora

Ainda sem Novobanco na tabela, entre 1 de janeiro e 27 de junho, contaram-se 240 operações de fusões e aquisições em Portugal no valor de 3,98 mil milhões. Mercado espera fluidez no novo semestre.

“Balde de água fria” foi uma das várias expressões, com o mesmo racional de surpresa e desalento, utilizadas pelos especialistas para caracterizar as fusões e aquisições durante a primeira metade deste ano. Apesar de a venda do Novobanco aos franceses do BPCE por 6,4 mil milhões de euros ser um negócio que irá certamente mexer com o mercado transacional português em 2025, o facto de ter sido fechada no feriado de Santo António atrasou o registo nos rankings e o M&A mantém-se a encarnado.

Entre os dias 1 de janeiro e 27 de junho, contabilizaram-se 240 operações de mergers & acquisitions (incluindo rondas capital de risco, investimento de private equity e compra de ativos) envolvendo empresas nacionais, das quais 201 transações concluídas e 103 com preço divulgado, de acordo com os dados enviados ao ECO pela TTR Data. O valor fixou-se nos 3,98 mil milhões de euros.

Trata-se de uma contratação de 35% em termos de capital mobilizado – embora menos de metade (43%) tenha publicado os valores praticados – e uma diminuição homóloga de 23% no número de negócios. Importa esclarecer que esta base de informação vai publicar o relatório trimestral consolidado nos próximos dias com os dados completos dos seis meses, incluindo a venda do Novobanco (que ainda não entrou nesta contagem).

“Tem sido um ano de emoções fortes. Entrámos em 2025 a deitar foguetes e com uma grande expectativa, porque havia um pipeline forte e muitos deals a serem preparados em vários setores, mas rapidamente apanhámos todos um duche de água fria”, disse ao ECO a advogada Mariana Norton dos Reis, à margem da conferência M&A and Private Equity Outlook.

Sofremos uma paragem, porque houve fatores que – macroeconómicos sobretudo e também a queda do Governo – que tiveram um impacto muito forte e trouxeram incerteza. A incerteza é o pior inimigo do investimento”, explicou a sócia de Comercial, Societário e M&A na Cuatrecasas.

A expectativa dos assessores é que a maré encarnada comece a esverdear no segundo semestre, desde logo pela necessidade que os fundos de private equity têm de vender para reinvestir – e as transações começaram a fluir. Álvaro Pires, cofundador e senior partner da Bain & Company, utiliza uma metáfora do atletismo para a conjuntura atual: estamos na linha de partida antes do salto para a caixa de areia.

Segundo Álvaro Pires, existe uma “grande pressão” para assinar vendas. “A indústria do private equity tem claramente de fazer deals. Têm o DPI [Distributed to Paid-In Capital] mais baixo dos últimos 20 anos. É um dos problemas fundamentais que têm agora, que lhes cria problemas em captação de financiamento, porque se não distribuem o dinheiro aos seus investidores, os investidores não podem depois reinvestir em private equity”, esclarece, alertando que falta liquidez no mercado.

EDP, CTT, Bondalti e Logoplaste usam M&A para conquistar globo

Os CTT – Correios de Portugal souberam aproveitar o momentum antes do “duche de água fria” com a aquisição da espanhola Cacesa por 104 milhões de euros e a sociedade conjunta (joint venture) com a alemã DHL ambas em dezembro. O CEO, João Bento, contou que a decisão de crescimento inorgânico se deveu essencialmente a duas razões: escala e expandir na cadeia de valor. Ou seja, posicionar os CTT como um operador postal ibérico e evitar que determinados clientes tivessem de ter dois contratos diferentes (um espanhol e um português).

O caso DHL, a maior empresa de logística do mundo, tem trâmites diferentes e envolveu mais “criatividade”. Como tem uma presença pequena em Portugal e em Espanha é forte em B2B (segmento empresarial), mas não tanto em B2C (consumidores), os germânicos viram nos CTT uma ponte para consolidação. A operação, que é “complexa” e teve de ser apresentada como joint control para mitigar obstáculos dos reguladores, deverá ser aprovada no último trimestre de 2025. “Acreditamos que não vai ter de ir para investigação aprofundada”, antecipou João Bento sobre a análise que decorre em Bruxelas.

A Bondalti, que tem em curso uma OPA à espanhola Ercros, iniciou-se nas compras em 2001 com a Elnosa, de Pontevedra. A estratégia continua quase meio século depois, porque a companhia de químicos está “numa boa posição económica e financeira para o fazer pelos resultados estáveis e nível de dívida líquida”, garantiu o administrador financeiro. Os próximos alvos podem ser empresas com expertise em digitalização e compliance, dado que a indústria química “está em reconfiguração”.

“O M&A é o driver para o nosso crescimento. Foi-o no passado, é no presente e sê-lo-á no passado. Precisamos de escala para ser possível competir no setor químico, que tem players relevantes da China e outros países concorrentes”, realçou Luís Rebelo da Silva

O M&A é o driver para o nosso crescimento. Foi-o no passado, é no presente e sê-lo-á no passado. Precisamos de escala para ser possível competir no setor químico, que tem players relevantes da China e outros países concorrentes

Luís Rebelo da Silva

CFO da Bondalti

O secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, afirmou neste evento que é hora de pensar noutras geografias e, dada a incerteza com os Estados Unidos, “olhar para a diversificação de mercados”, embora com uma abordagem “cautelosa”, porque é lá onde está “o valor acrescentado de muitas das nossas indústrias”.

É o caso da Logoplaste, que tem 50% do negócio nos Estados Unidos. “Não temos uma estratégia de M&A. Temos uma estratégia de crescimento, do qual o M&A faz parte”, clarificou a CEO da firma de embalagens, Sandra Santos, sublinhando que os maiores desafios são criar mentalidade de empreendedorismo nas empresas que compram e garantir que a cultura faz bem o mix com a nova participada/subsidiária.

“Tal como a Logoplaste, não temos uma estratégia de M&A per se. Faz parte da estratégia de crescimento”, constatou o Chief Financial Officer (CFO) da EDP, Rui Teixeira. E, tal como a Logoplaste, os Estados Unidos são cruciais e representam 50% do crescimento das energias renováveis.

Na opinião do CFO da EDP, para se fechar bons negócios é preciso mais lucidez e discernimento – noutras palavras, os fundadores e empresários têm de deixar de ver as companhias como o “bebé deles”. “Vender em Portugal ou no mercado espanhol tem sempre uma discussão emocional em causa. É preciso trazer racionalidade a estes debates e à forma como endereçamos as transações de M&A”, advertiu Rui Teixeira.

Aumento da dedução dos gastos com financiamento para aquisições avança

Perante a audiência de empresários, o secretário de Estado da Economia adiantou que o Governo “vai avançar” com o aumento da dedutibilidade dos gastos de financiamento incorridos em operações de concentração, que estava previsto no programa ‘Acelerar a Economia’, tal como a revisão do regime da dedutibilidade fiscal do goodwill (património e ativos intangíveis da empresa) “para que se crie um enquadramento mais favorável ao dinamismo do M&A”.

“Em 2024, o investimento direto de Portugal no exterior cresceu 19% para cerca de 6,2 mil milhões de euros, o que foi o maior volume de investimento de empresas portuguesas no estrangeiro desde 2015”, recordou João Rui Ferreira, acrescentando que existe consenso no país, mesmo entre partidos políticos, de que é preciso uma lógica de escala internacional e trabalho em rede.

Empresas portuguesas, investidores nacionais e estrangeiros, Governo e assessores jurídicos e financeiros estiveram reunidos no mesmo auditório em Lisboa a partilhar as suas visões sobre o M&A, demonstrando unanimidade sobre a necessidade de consolidação para o país ganhar dimensão.

O cofundador e senior partner da Bain apela a mais cooperação entre as partes. “Tipicamente, estes três mundos estão separados, mas já vimos que os investidores não se veem entre eles como competidores, e muito menos as empresas. Estes grupos distintos (administração corporativa, private equity e Governo) têm de trabalhar mais vezes juntos”, sugere Álvaro Pires.

“Foi interessante ver os vários mundos, receber uma impressão positiva do Governo (ver que há, pelo menos, intenção e compromisso de estimular o crescimento económico e o fortalecimento das empresas e o investimento estrangeiro) e ver as perspetivas dos empresários portugueses, que se querem internacionalizar e converterem em global players, e dos fundos internacionais sobre o que vêm procurar”, corroborou a advogada Mariana Norton dos Reis.

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Fórum do BCE em Sintra questiona estratégias da política monetária

Arranca esta segunda-feira em Sintra o Fórum anual do BCE, desta vez com quatro estudos que desafiam dogmas do BCE e de entidades europeias e que prometem abalar certezas e agitar o debate económico.

O Fórum anual do BCE em Sintra deste ano arranca esta segunda-feira e marca a 12.ª edição do evento que contará com a presença de vários governadores de bancos centrais e de muitos economistas, investigadores e professores.BCE

Numa altura em que a economia mundial navega entre a incerteza das guerras comerciais e os ventos de mudança da política monetária, o Fórum anual do Banco Central Europeu (BCE) volta a transformar Sintra no epicentro financeiro do planeta nos próximos três dias.

O evento deste ano, que marca a 12.ª edição deste fórum que decorre desde 2014 em Portugal, tem como tema central “Adaptar-se à mudança: transformações macroeconómicas e respostas políticas”, e ganha uma dimensão especial por contar com a participação dos responsáveis de cinco dos mais influentes bancos centrais à mesma mesa no painel de política monetária, que terá lugar na terça-feira ao início da tarde, e que promete atrair a atenção do mundo financeiro.

Inspirado no mítico simpósio de Jackson Hole nos EUA, o Fórum do BCE em Sintra ganhou o estatuto de rival europeu da conferência americana, tornando-se conhecido por apresentar investigações que desafiam o pensamento económico estabelecido. Este ano não será exceção. Quatro estudos académicos prometem gerar controvérsia e forçar os bancos centrais a repensar as suas estratégias.

  • O primeiro estudo, de Benjamin Schoefer da Universidade da Califórnia em Berkeley, diagnostica que Portugal e outros países europeus sofrem de “Eurosclerose” – a mesma doença económica identificada há 40 anos. Segundo o economista alemão, mais de 30% dos trabalhadores portugueses mantêm-se no mesmo emprego há mais de 20 anos, comparado com apenas 9% nos EUA. Esta rigidez do mercado laboral apresentado no paperEurosclerosis at 40: labor market institutions, dynamism, and European competitiveness” estará a condenar Portugal a especializar-se apenas em inovação incremental, em vez de criar tecnologias disruptivas.
  • O segundo paper, “Discretionary spending is the cycle, and why it matters for monetary policy”, publicado por Paolo Surico da London Business School, apresenta uma crítica à forma como o BCE combate a inflação. O economista, ex-conselheiro do Banco de Inglaterra, defende que o BCE deveria focar-se exclusivamente na inflação dos gastos discricionários — restauração, entretenimento, viagens, tecnologia — em vez da inflação geral. Segundo o estudo, 44% do orçamento das famílias europeias destina-se a este tipo de gastos, e quando o BCE sobe as taxas de juro, 37% dos trabalhadores de menores rendimentos nestas indústrias vivem “ao dia”, sendo os primeiros a perder emprego.

Christine Lagarde chega a Sintra numa situação confortável, após o BCE ter cortado as taxas de juro por oito vezes desde junho de 2024 e com as mais recentes previsões a apontarem para uma inflação de 2% este ano, mantendo-se estável no médio prazo.

  • O terceiro estudo que será apresenta no Fórum do BCE este ano, dos economistas Loriana Pelizzon, Riccardo Mattiello e Jonas Schlegel, revela um paradoxo preocupante no sistema financeiro europeu. Apesar de os intermediários financeiros não bancários deterem ativos equivalentes a 3,8 vezes o PIB europeu (superior aos 3,1 vezes nos EUA), aproximadamente 50% destes investimentos é canalizado para fora da União Europeia. Esta “fuga de capital” representa uma oportunidade estratégica perdida para a integração dos mercados europeus, alertam os investigadores no estudo “Growth of non-bank financial intermediaries, financial stability, and monetary policy”.
  • O quarto paper, denominado de “Recent Evolutions in the Global Trade System: From Integration to Strategic Realignment”, de Florencia Airaudo, François de Soyres, Alexandre Gaillard e Ana Maria Santacreu, analisa a crescente fragmentação do comércio global, destacando que a China tornou-se um concorrente direto em setores tecnológicos, aumentando a pressão sobre a Europa. Os investigadores alertam para a elevada dependência europeia de produtos tecnológicos críticos da China, o que expõe a região a riscos de rutura nas cadeias de abastecimento e pressões inflacionárias. A resposta europeia passa por maior coordenação e harmonização interna, segundo os investigadores.
Chritine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, e Jerome Powell, governador da Reserva Federal dos EUA (Fed), são dois dos muitos líderes de bancos centrais que estarão presentes no Fórum anual do BCE deste ano.

O confronto dos gigantes da política monetária

O momento alto do Fórum será certamente o painel de política monetária de terça-feira, às 14h30, que contará com a participação da presidente do BCE (Christine Lagarde), da Fed (Jerome Powell), do Banco de Inglaterra (Andrew Bailey), do Banco do Japão (Kazuo Ueda) e do Banco Central da Coreia (Chang Yong Rhee), num contexto de políticas monetárias divergentes.

Christine Lagarde chega a Sintra numa posição relativamente confortável. O BCE realizou oito cortes das taxas de juro desde junho de 2024, descendo a taxa de depósito de 4% para os atuais 2%. As projeções do BCE apontam para uma inflação de 2% já este ano, mantendo-se “de forma sustentada” no médio prazo, ao mesmo tempo que a presidente do BCE quer tornar o euro como principal moeda mundial.

Jerome Powell, por sua vez, encontra-se numa posição mais delicada. O presidente da Fed tem mantido uma postura cautelosa, preferindo “esperar e ver” a trajetória da economia antes de ajustar as taxas de juro, ao mesmo tempo que tem sido alvo de várias críticas de Donald Trump. As tarifas impostas pela administração dos EUA criaram incerteza sobre a evolução da inflação, com Powell a reconhecer que podem impulsionar os preços no curto prazo.

Andrew Bailey representa a autoridade monetária que tem seguido uma abordagem gradual. O Banco de Inglaterra realizou apenas quatro cortes desde agosto de 2024, com a taxa de referência a estar atualmente nos 4,25%. Bailey defende que “é importante adotar uma abordagem gradual para a flexibilização”, com o mercado a antecipar ainda dois cortes adicionais este ano.

Kazuo Ueda enfrenta o desafio oposto. O Banco do Japão cortou para metade a previsão de crescimento para 2025 devido ao impacto da guerra comercial, mas mantém a taxa de referência em 0,5%. Este mês, Ueda referiu estar disponível para aumentar as taxas de juro “se houver melhorias na economia”, com o banco central a manter o país no caminho para atingir os 2% de inflação.

Chang Yong Rhee gere a economia mais exposta às tensões geopolíticas. O Banco da Coreia tem as taxas de juro em 2,5%, mas enfrenta uma “elevada incerteza quanto à trajetória futura” devido às políticas tarifárias americanas. Rhee admitiu que os reguladores “estão num túnel escuro”, preferindo moderar o ritmo até que a situação se torne mais clara.

Num momento em que cada palavra pode mover mercados, o Fórum do BCE promete, mais uma vez, ser o palco onde o futuro da economia global começa a ser escrito.

O Fórum anual do BCE transformou-se numa referência obrigatória para investidores, académicos e decisores políticos. Historicamente, as declarações feitas durante o Fórum de Sintra têm tido um impacto significativo nos mercados financeiros. Em 2022, os comentários de Christine Lagarde sobre a normalização da política monetária contribuíram para um aumento das expectativas de subida das taxas de juro.

Este ano, com a economia global numa encruzilhada entre a ameaça da inflação e os riscos de estagnação, e num ambiente de fortes tensões geopolíticas, as palavras proferidas e os debates realizados nestes três dias poderão determinar o rumo dos mercados nos próximos meses.

Num momento em que cada palavra pode mover mercados, o Fórum do BCE promete, mais uma vez, ser o palco onde o futuro da economia global começa a ser escrito. Para Portugal, país anfitrião desde a primeira edição, representa uma oportunidade única de estar no centro dos debates que definem as políticas económicas mundiais.

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FAMOSA reforça a sua parceria com “El Grand Prix del Verano” e lança a edição limitada da vaca dourada

  • Servimedia
  • 30 Junho 2025

A empresa apresenta um jogo de tabuleiro, juntamente com uma figura de vinil, um peluche de vaca e, pela primeira vez, uma vaca dourada de coleção de edição limitada.

Por ocasião da nova edição de ‘El Grand Prix del Verano’ na La 1 da TVE, a FAMOSA anunciou que renova a sua colaboração com o programa e apresenta quatro produtos concebidos “para prolongar a experiência televisiva e oferecer momentos inesquecíveis em família”.

“Na FAMOSA estamos muito satisfeitos por continuar a nossa ligação com ‘El Grand Prix del Verano’”, disse Patricia Moreno, Diretora de Marketing da FAMOSA. “Este ano, para além do nosso jogo de tabuleiro, estatueta de vinil e peluches, estreamos uma peça muito especial: a vaca dourada de edição limitada. Queremos trazer o espírito de competição e diversão do espetáculo para as brincadeiras e colecionismo do dia a dia, criando novas razões para nos juntarmos e partilharmos grandes gargalhadas,” acrescentou.

Como grande novidade, a FAMOSA lança a figura colecionável de vinil da novilha dourada de 15 centímetros de altura, uma edição muito limitada que se destaca pelo seu acabamento premium. Cada unidade, banhada por uma deslumbrante tonalidade dourada, vem com uma embalagem especial, tornando-se a peça de coleção e o presente estrela desta edição do programa.

O jogo de tabuleiro “Grand Prix Challenge” recria as corridas mais emblemáticas da série. Concebido para crianças com mais de seis anos e destinado a grupos de quatro a dez jogadores, este pacote inclui tudo o que é necessário para viver a tensão de cada desafio: um tabuleiro de jogo, oito peças de bola, dez peças de pinguim, dois dados, quarenta cartas de perguntas, dez galhardetes, um pião, um berlinde, seis skittles e duas pás. Cada jogo promete pôr à prova a habilidade, a rapidez mental e o espírito competitivo dos seus participantes.

A figura de vinil da novilha, com quinze centímetros de altura, oferece uma reprodução fiel da mascote mais carismática do “El Grand Prix del Verano”. Para os mais pequenos e os amantes dos peluches, a novilha de peluche está disponível em dois tamanhos (20 cm e 28 cm) e é fabricada com enchimento 100% reciclado. “La Vaquilla de Vinilo Dorada” estará disponível em setembro e os outros produtos já estão à venda em grandes armazéns, hipermercados e lojas especializadas em brinquedos em toda a Espanha.

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Setor do luxo desacelera. Turbulência é tendência

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Sob pressão, o mercado do luxo pode estar prestes a enfrentar a maior contração desde a crise de 2008. No longo prazo, porém, impera o otimismo. Estas são as conclusões de um novo relatório da Bain.

Os anos 2008 e 2020 são de má memória no setor do luxo. A pandemia beliscou pontualmente a indústria, mas a crise económica afetou-a realmente. Tempos que podem estar de volta a breve trecho, a confirmar-se a desaceleração que se viu em 2024, segundo o mais recente relatório da Bain & Company, em parceria com a associação italiana Altagamma.

O pós-pandemia foi auspicioso: a receita do segmento de bens pessoais de luxo chegou aos 369 mil milhões de euros em 2023. Mas os números não se mantiveram no ano seguinte. Em 2024, caiu 1% e ficou nos 364 mil milhões de euros. E o primeiro trimestre deste ano não vê uma inversão da tendência. Pelo contrário, a queda será de 1% a 3%. O cenário é de “queda continuada”.

“As marcas de luxo estão a enfrentar não só um abrandamento da procura, mas também uma crescente desilusão entre os consumidores mais jovens”, nota o estudo da Bain & Company, defendendo, por exemplo, que a Geração Z, uma nova fileira de consumidores, está a reavaliar a sua relação com o luxo. O equilíbrio entre preço e valor volta a estar sobre a mesa.
A análise destaca ainda a pressão sobre os canais de distribuição, físicos e digitais, com os agentes do mercado a procurar estabilizar a dívida e preservar a liquidez (algumas empresas estão mesmo a proceder a reestruturações).

Outra chamada de atenção do relatório diz respeito à inovação criativa, que “está a perder força e apelo”.

Duas notas otimistas: Resiliência e novos consumidores

Apesar do contexto adverso, o estudo sublinha, numa nota otimista, que os piores cenários podem nunca concretizar-se. “Embora a procura esteja a abrandar no curto prazo, o setor do luxo demonstrou uma resiliência extraordinária — impulsionada por uma base global de consumidores em crescimento e por motores emocionais profundamente enraizados”, sublinha Claudia D’Arpizio, sócia sénior da Bain & Company.

Para Federica Levato, também sócia da consultora, a fase atual exige “mais foco, maior relevância cultural e crescimento com propósito”. E acrescenta: “Está em jogo uma redefinição do valor e do significado que ressoe com todas as gerações — tanto as que moldam o luxo hoje, como as que o definirão amanhã”.

O que está a ganhar terreno: As experiências

Outro dado que o relatório da Bain & Company destaca é a divergência entre categorias. Enquanto os bens como malas, relógios e calçado, enfrentam dificuldades, o luxo experiencial — hotelaria, cruzeiros, gastronomia e viagens exclusivas — continua em expansão.
As marcas que apostam em experiências “para além do produto”, criatividade autêntica e modelos de negócio ágeis têm conseguido destacar-se.

Apesar da travessia difícil, o potencial de crescimento continua vivo. Estima-se que mais de 300 milhões de novos consumidores entrem no mercado do luxo até 2030, mais de metade pertencentes às gerações Z e Alpha.

As marcas precisam de “ancorar-se nos seus pontos fortes — priorizando a qualidade, a criatividade e a autenticidade”, conclui Claudia D’Arpizio. A construção de relações emocionais duradouras com os consumidores e a aposta em tecnologia, como inteligência artificial e analytics, serão também essenciais para sustentar rentabilidade das empresas.

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Fórum Nacional de Seguros 2025 começa já no dia 8 de julho

  • ECO Seguros
  • 30 Junho 2025

O 4º Fórum Nacional de Seguros vai ter lugar em 8 e 9 de julho na Alfândega do Porto, conheça o programa da conferência, quem estará presente na área de exposição. E as novidades. Inscreva-se aqui.

Já no próximo dia 8 de julho terá início o 4.º Fórum Nacional de Seguros (FNS2025), uma organização do ECOseguros e da Zest e que ainda e sempre vai acontecer na Alfândega do Porto, terminando no dia seguinte, 9 de julho. O Fórum conta com o apoio institucional da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e da APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros.

O FNS2025 volta a reunir os principais protagonistas da atividade, nas sua mais diversas dimensões, contando com um programa de conferência e debates a par com um cada vez maior espaço de exposição das mais importantes empresas ligadas à indústria seguradora.

Os temas são preocupadamente de atualidade, desde os avanços tecnológicos, as lacunas de proteção e como as colmatar com seguros, quais as áreas desprotegidas, a legislação, as técnicas e conhecimentos, numa partilha de conhecimentos de quem tem o melhor know-how da indústria.

Este ano contaremos com a possibilidade de ouvir a fadista Cuca Roseta, numa atuação especial para o Fórum Nacional de Seguros. Depois do sucesso de 2024, contaremos de novo, no final da tarde do primeiro dia, com um encontro de confraternização num sunset party promovido pela lluni. Todo o evento conta com o apoio da Vincci Hoteles e da Adega Cooperativa da Vidigueira.

O programa de conferências é o seguinte:

Dia 1: 8 de julho

Na Abertura entrevistaremos Maria Margarida Corrêa de Aguiar Presidente da ASF, naquela que será uma das últimas presenças enquanto titular do cargo cujo mandato agora termina e não é renovável. Uma oportunidade para apreender mensagens da presidente ainda nestas funções.

Continua a conferência com o painel Novos seguros e novas respostas para a proteção das famílias que contará com Luíz Ferraz Ceo da Prevoir Portugal, Luis Tavares, diretor Coordenador Nacional da DS Seguros e Pedro Mata, CEO da Caravela.

A Saúde: Desafios e oportunidades juntará Ana Carvalho, diretora-geral adjunta da MGEN, Nuno Lopes de Almeida, diretor da Bupa Portugal, Rui Dinis, CEO da Planicare e Tiago Lourenço, Head of Commercial & Marketing da Asisa Portugal.

Segue-se o debate sobre O papel dos seguros na inclusão financeira reunindo António Tomé Ribeiro, direção de Marketing e clientes da Fidelidade, Miguel Rijo, diretor de Seguros da Área Digital Dr. Finanças e Rafael Jorge, diretor Técnico da Lusitania e Lusitania Vida.

O que se pode e deve esperar do Governo e do Estado é tema do painel Nova legislatura: Que prioridades para os seguros, em que José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), estará com João Barata, Chief Insurance Officer da Generali Tranquilidade e Jorge Pinto, diretor de Vendas e de Distribuição da Zurich.

Uma das áreas que maior desenvolvimento tem tido e nem sempre com veículos seguros, vai ser tratada sob o tema O que os profissionais seguros devem saber sobre vidro automóvel reúne os responsáveis dos maiores operadores do mercado português: Jorge Muñoz Cardoso, General Manager da Carglass Portugal, Lucas Constâncio, diretor-geral da Glassdrive Portugal e Manuel Freitas da Silva, Head of Sales da ExpressGlass.

Como reduzir os protection gaps será objeto de reflexão de Gonçalo Baptista, diretor-geral da Innovarisk, José Rodrigues CEO da Acrisure Portugal, Nuno Filipe Rodrigues, Director Property & Casualty da MDS, Orlando Cardoso Membro da Comissão de Gestão Executiva, Chief Operating Officer da Vesperien e Rui Pinto, diretor da rede de agentes da NacionalGest.

Os seguros de Vida em todas as suas formas será falado no debate Poupança e risco: como sair da estagnação para o crescimento Marta Graça Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Real Vida Seguros e João Eufrásio, diretor da Gestão de Investimentos do Grupo Ageas Portugal darão os sinais.

Inscreva-se aqui

Cibersegurança e D&O: Os novos riscos para a gestão empresarial. Os novos seguros em duas áreas diferentes mas semelhantes em inovação e crescimento de segurados serão tratados por Bernardo Alpalhão, Head of Hispania, Diogo Ogando Key, Accounts Underwrite at Hiscox, José Limón Cavaco, Sócio da área de Seguros & Resseguros da CCA Law Firm e Rui Costa, administrador de Seguros do Doutor Finanças.

A atualidade da IA na Mediação de Seguros: O Futuro da Intermediação Inteligente será tema moderado por Leandro Fernandes, CEO da lluni, com participação de João Araújo Diretor de Plataformas e Canais Digitais na NacionalGest, João Terrível, Head of Special Projects na Coverflex e Rita Anjo, Customer Success Director na Visor.ai.

Inscreva-se aqui

Dia 2: 9 de julho

O segundo dia começa com uma entrevista a Nuno Martins Presidente da APROSE. Recém-eleito dará as linhas base do seu pensamento para o desenvolvimento de mediadores e da associação que os representa.

O que ainda falta conquistar na proteção de empresas vai ser debate a juntar Carlos Martins, administrador da SABSEG, Diogo Oliveira, diretor Comercial da SegUp Seguros, João Silva, Director Specialty Risks da Distribuição de Seguros, José Manuel Soares, diretor Comercial, Direção Douro Sul da Seguramos e Luis Malcato, Executive Board Member da Azuaga Seguros.

FiDA, IA e próximas revoluções nos seguros será um painel a olhar para as grandes tendências da indústria seguradora, no futuro de curto e médio prazo e contará com a colaboração de Ana Teixeira, Co-Founder & CEO da MUDEY e Filipe Charters de Azevedo, CEO da Hagel.

Colheitas – Proteger o Presente para Cuidar do Futuro será moderado Cláudio Gonçalves, diretor-geral da NacionalGest, e estarão presentes António Mendes Presidente da Adega Cooperativa de Mangualde e Miguel Fino, diretor nacional de Negócio Agrícola da Cegrel, Corretor especialista em Seguros Agrícolas.

Tema incontornável nas suas diversas dimensões, o painel de encerramento vai avaliar Como a IA vai transformar o ecossistema segurador será um painel moderado por João Veiga, CEO da Elysian Consulting e contará com António Castro, Co-founder da Frank, Hugo Gonçalves, CEO da Libax, Rui Costa, Agents Channel Coordinator da Saúde Prime e Paulo Ferreira Product Management Director at Cleva.

51 companhias tornam o Fórum Nacional de Seguros cada vez maior

A adesão de marcas e pessoas de seguradoras, corretores, agentes, advocacia, tecnologia, vidro automóvel e serviços de apoio ao setor tem sido crescente ao longo dos 4 anos de Fórum Nacional de Seguros.

Este ano contamos com o apoio de:

Acrisure, Ageas Seguros, AIG, April Portugal, ARAG, Asisa, Azuaga Seguros, Broseta – Advogados, Bupa, Caravela, Carglass, CCA Law Firm, Cleva, Grupo Concentra, Diagonal, doutor finanças, DS Seguros, Express Glass, Fidelidade, Frank, Saúde Prime, Generali Tranquilidade, Glassdrive, Hagel – Seguros Agrícolas, Hiscox, Hispania, i2S Brokers, Innovarisk Underwriting, Libax, lluni, Lusitania, MDS, Mediplus, Methodus Seguros, mgen, Mudey, NacionalGest, Nuvu, Planicare, Prévoir, Real Vida, SABSEG, SegUp, Seguramos, Semper, Special Insurance, Specialty Risks, SPS – Advogados, Universalis, Verspieren e Zurich.

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Startups já se podem candidatar ao Ageas Insure para testar as suas soluções

  • ECO Seguros
  • 29 Junho 2025

O objetivo do programa é ligar as startups de todo o mundo à Ageas Portugal para testar e validar as suas soluções. O programa também oferece oportunidades para integrar estas soluções na seguradora.

O Grupo Ageas Portugal anunciou a abertura das candidaturas para a terceira edição do Ageas Insure, o programa internacional dirigido a startups “que pensem fora da caixa”, desenvolvido em parceria com a consultora de inovação Maize — a Jakala Company. As candidaturas estão abertas até 23 de setembro de 2025.

Nuno Horta, responsável de Inovação do Grupo Ageas Portugal: “Ao colaborar além-fronteiras, conseguimos acelerar soluções que melhorem vidas, fortaleçam o nosso negócio e criem valor social a longo prazo”.

As startups selecionadas para o período de aceleração de seis a nove meses vão realizar uma Prova de Conceito da sua solução, em colaboração com as unidades de negócio do Grupo Ageas Portugal. As equipas vão com o apoio de mentores especialistas da MAIZE e receber financiamento até 15 mil euros. As empresas terão ainda acesso à rede internacional do Grupo Ageas, presente em 13 países.

O objetivo do programa é ligar as startups de todo o mundo ao Grupo Ageas Portugal para testar e validar as suas soluções. O programa também oferece oportunidades para integrar estas soluções na cadeia de valor do grupo.

“A inovação aberta permite-nos aproveitar a agilidade e a criatividade das startups, enquanto lhes proporcionamos a capacidade de escalar o seu negócio com o conhecimento e experiência de uma seguradora líder em Portugal. Ao colaborar além-fronteiras, conseguimos acelerar soluções que melhorem vidas, fortaleçam o nosso negócio e criem valor social a longo prazo”, afirma Nuno Horta, responsável de Inovação do Grupo Ageas Portugal.

Este ano, o programa vai selecionar cinco startups globais com propostas mais promissoras e alinhadas com as prioridades estratégicas da seguradora. As soluções procuradas devem enquadrar-se em três áreas:

  • Intelligent Process Innovation – Soluções que impulsionem a eficiência operacional através da automatização e da integração de dados;
  • Next-Gen Customer Engagement – Soluções que criam experiências personalizadas e proativas para os clientes, com recurso a Inteligência Artificial e data insights;
  • Pioneering the Future of Insurance – Soluções que desenvolvam ofertas de seguros inovadoras e competitivas, adaptadas às necessidades de segmentos emergentes.

Nas duas edições anteriores, o programa recebeu mais de 400 candidaturas oriundas de 42 países. Dez startups foram selecionadas para realizar provas de conceito com o Grupo Ageas Portugal, nomeadamente: Braive, Hug-a-Group, LactApp, Lumnion, Virtual i Technologies, Nuralogix, Hapi, Zelros, Atlas Metrics e Syrona Health.

“O Ageas Insure é uma ponte essencial para startups que procuram não só financiamento, mas também a validação e o conhecimento de um líder global. É uma oportunidade única para cocriar soluções que realmente transformam o setor dos seguros, especialmente para aquelas que ambicionam expandir-se para a Europa e estão prontas para dar o próximo passo”, acrescenta Anya Roy, co-fundadora da Syrona Health.

O Ageas Insure é uma iniciativa do Grupo Ageas Portugal que reflete o compromisso da empresa “com a transformação digital e a inovação, oferecendo soluções modernas, flexíveis e adaptadas às necessidades do mercado”, indica a seguradora em comunicado.

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IPMA registou este domingo 46,6º Celsius em Mora no distrito de Évora

  • Lusa
  • 29 Junho 2025

A temperatura mais elevada registada este domingo foi de 46,6º Celsius em Mora (Évora), um valor próximo do máximo absoluto no país, em 1 agosto de 2003, então 47,3 graus na Amareleja (Beja).

A temperatura mais elevada registada este domingo foi de 46,6º Celsius em Mora (Évora), um valor próximo do máximo absoluto no país, em 1 agosto de 2003, então 47,3 graus na Amareleja (Beja), segundo o IPMA.

Para já, a temperatura mais elevada no dia de hoje, até esta hora, [foi] 46,6º Celsius em Mora“, afirmou a meteorologista Alexandra Fonseca do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, ressalvando que são valores preliminares que carecem de confirmação pela Divisão do Clima. Segundo Alexandra Fonseca, aquele valor foi registado às 15h30. Já no sábado, foram registados 45,4º Celsius em Alvega, concelho de Abrantes, no distrito de Santarém.

A meteorologista disse que o maior valor da temperatura máxima do ar registado em Portugal foi em 1 de agosto de 2003, na Amareleja, concelho de Moura, distrito de Beja, então 47,3º Celsius.

Quanto à temperatura máxima para o mês de junho, “o recorde registado até hoje foi um pouco mais baixo, de 44,9º Celsius, em Alcácer do Sal [distrito de Setúbal], em 17 de junho de 2017”, declarou.

Alexandra Fonseca adiantou que para segunda-feira “já começa a haver uma descida [das temperaturas] em alguns locais do país, no entanto, ainda será uma descida que não é muito significativa“. “Vai notar-se, principalmente, na faixa costeira da região Centro e, portanto, o país, principalmente no Interior, vai manter-se com estas temperaturas elevadas”, declarou.

A meteorologista do IPMA explicou que, “apesar de descer um, dois graus, no Interior essas temperaturas ainda estarão elevadas”, justificando o aviso vermelho emitido pelo IPMA.

Devido à onda de calor que está a atingir o país, o IPMA colocou sete distritos do continente em aviso vermelho, entre domingo e terça-feira: Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Castelo Branco e Portalegre.

Os restantes distritos estarão com avisos laranja (o segundo mais grave) e amarelo, variando nos dias entre hoje e terça-feira.

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