Mercado das residências de marca atrai turismo de luxo

  • Lusa
  • 9 Março 2025

O mercado das residências de marca está em expansão em Portugal e a ser alvo de investimento por parte de grandes cadeias hoteleiras, que esperam assim atrair turismo de luxo.

O mercado das residências de marca está em expansão em Portugal e a ser alvo de investimento por parte de grandes cadeias hoteleiras, que esperam assim atrair turismo de luxo, disseram à Lusa várias entidades do setor imobiliário. As residências de marca, ou branded residences, são moradias ou apartamentos que têm à sua disposição serviços tipicamente associados a hotéis, como alimentação, lavandaria, entre outras.

O mercado de residências de marca em Portugal tem registado um crescimento significativo nos últimos anos, consolidando-se como uma tendência emergente no setor imobiliário de luxo”, explicou Pedro Fontainhas, diretor executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts (APR).

Estas propriedades, indicou, estão “associadas a marcas de hotéis ou designers de prestígio, que oferecem aos proprietários serviços e comodidades típicos da hotelaria de luxo”, referiu, indicando que “em Portugal, este conceito tem ganho popularidade, com vários projetos concluídos e outros em desenvolvimento, especialmente em regiões como Lisboa, Porto e Algarve”.

Pedro Fontainhas destacou que “o mercado tem crescido significativamente nos últimos anos”, indicando que inclui imóveis residenciais e de turismo residencial associados a uma marca e que se tem “expandido para várias regiões do país, incluindo desde o Algarve a Lisboa, Cascais, região do Douro e do Alqueva”. O dirigente associativo apontou um relatório da Savills que indica que “o número de projetos aumentou mais de 160% na última década”.

João Cília, presidente executivo (CEO) da imobiliária Porta da Frente Christie’s, explicou que “o conceito de residências de luxo turísticas está geralmente ligado à venda de empreendimentos com licença turística” e que “neste tipo de empreendimentos, o comprador tem como obrigatoriedade colocar o imóvel adquirido para exploração turística por parte da entidade gestora, que poderá ser uma cadeia hoteleira conhecida (branded residences) ou uma entidade criada pelo próprio promotor imobiliário, que desenvolveu o projeto”.

O gestor realçou que ainda não há dados concretos sobre a dimensão deste mercado em Portugal, mas deu conta de cada vez mais projetos desta natureza em comercialização, em especial em zonas turísticas como Cascais, Carcavelos, Comporta e Litoral Alentejano.

 

“O mercado imobiliário de luxo em geral está em expansão. Estudos recentes indicam que os preços das casas de luxo em Lisboa deverão subir cerca de 4,5% em 2025, com um aumento de 5% na faturação do segmento prime a nível nacional. Lisboa e Porto continuam a consolidar-se como zonas prime, enquanto algumas periferias destas cidades emergem como novos polos de investimento”.

Pedro Fontaínhas

 

Já Hugo Santos Ferreira, presidente da APPII – Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários acredita que há “uma mudança de paradigma do mercado imobiliário de luxo, principalmente pela atividade que hoje Portugal tem junto do mercado americano e do mercado brasileiro”.

Acho que as branded residences são uma boa moeda de troca, ou seja, Portugal pode oferecer uma série de coisas, mas não consegue ter “ainda produtos com “serviço de altíssimo luxo”. “Mas pode oferecer o que se chama branded service, branded residence”, com serviços muito ligados a grandes cadeias de hotelaria, destacou.

João Cília explicou que “existem dois tipos de players neste segmento de residências turísticas de luxo: operadores desenvolvidos pelos próprios promotores imobiliários com a finalidade de exploração dos empreendimentos, desenvolvidos por eles mesmos, ou grandes cadeias hoteleiras, a quem os promotores atribuem a exploração turística do projeto”.

Pedro Fontainhas acredita que “o mercado imobiliário de luxo em geral está em expansão”, citando estudos recentes que “indicam que os preços das casas de luxo em Lisboa deverão subir cerca de 4,5% em 2025, com um aumento de 5% na faturação do segmento prime a nível nacional”. Para o dirigente associativo, “Lisboa e Porto continuam a consolidar-se como zonas prime, enquanto algumas periferias destas cidades emergem como novos polos de investimento”.

Para João Cília, “existe um crescente interesse por parte de clientes estrangeiros neste tipo de projetos”. Além disso, disse, fica facilitada “a monetização do apartamento quando os clientes estão fora do país”, por poderem colocá-lo “à exploração de forma imediata”.

Ainda assim, indicou, “existe também um grande número de portugueses que utiliza as residências turísticas como forma de aquisição de uma segunda casa de férias, pois permite utilizar a casa ou apartamento em alguns períodos e rentabilizar o investimento com a colocação do imóvel para exploração turística quando não o estão a utilizar”, sendo uma “forma de garantir uma casa de férias, cujo financiamento é pago pela exploração turística do imóvel”.

O gestor disse ainda que “dado o ciclo positivo do mercado imobiliário, estes investimentos têm gerado mais-valias significativas caso posteriormente o cliente queira revender o imóvel”.

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Raio X aos salários. Afinal, que aumentos traz 2025?<span class='tag--premium'>premium</span>

Com o desemprego em mínimos e as dificuldades no recrutamento a persistir, os salários deverão continuar a subir este ano. A maioria das empresas está a contar dar reforços até 5%.

Este artigo integra a 13.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui. A no novo, aumentos salariais novos? Ainda que para 2025 se preveja um abrandamento dos preços, os níveis de desemprego próximos dos mínimos históricos e as persistentes dificuldades no recrutamento de trabalhadores deverão alimentar os reforços salariais. Até o reforço do controlo da imigração pode ter impacto nos ordenados, uma vez que, com menos mãos estrangeiras a entrar no país, poderão agravar-se as dificuldades sentidas por certos setores em encontrar pessoal para preencher as suas vagas. Comecemos, então, pelo retrato global do mercado de trabalho português. A empresa de recursos humanos Hays ouviu 900 empregadores nacionais e, numa nova edição do seu guia anual, assinala que a maioria das empresas está a

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Domingo é dia de Cozido – e no Duro, a tradição serve-se sem pressa

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 9 Março 2025

Domingo é, por excelência, o dia do cozido à portuguesa. Uma refeição de inverno que pede tempo e convívio. No Duro, este ritual ganha uma nova vida, servido sem pressa e com sabor autêntico.

O Duro, um dos mais recentes restaurantes de Lisboa, promete conquistar os apreciadores da gastronomia portuguesa com um regresso às origens. Aberto desde o início de fevereiro, este novo espaço em Santos presta homenagem aos restaurantes clássicos da cidade do início do século XX, combinando tradição com um toque contemporâneo. Entre as suas novidades, destaca-se a introdução do Cozido à Portuguesa aos domingos e um Menu Executivo servido durante a semana.

Aos domingos, o Duro serve um dos pratos mais emblemáticos da gastronomia nacional: o Cozido à Portuguesa. Com serviço ininterrupto ao longo do dia, esta experiência é pensada para quem deseja saborear uma refeição tradicional num ambiente descontraído. Por 25 euros, os clientes podem repetir à discrição, garantindo um autêntico festim de sabores.

Para além do cozido, a carta mantém outras sugestões que reforçam a identidade do restaurante, como o Arroz de Forno de Robalo e Gambas, o Entrecôte Angus Maturado e um bar de peixe e marisco frescos preparados ao gosto do cliente. Nas entradas, destacam-se opções como Carpaccio de Vaca Maturada, Salada Russa de Atum Rosa e Tortilha Aberta com Gamba.

De terça a sexta-feira, o Duro apresenta o seu Menu Executivo ao almoço, uma alternativa pensada para quem procura uma refeição de qualidade num ambiente sofisticado. O menu inclui couvert, prato principal, bebida e café, com a opção de adicionar entrada ou sobremesa pelo valor de 25 euros, ou ambas por 30 euros.

O Menu Executivo conta com pratos fixos e uma sugestão especial do dia, com opções como bochecha de porco estufada com puré de batata, filetes de linguado com arroz de tomate, Bacalhau com broa ou cabrito.

Inspirado nos restaurantes clássicos de Lisboa, o Duro equilibra influências da cozinha portuguesa, francesa e espanhola. Pratos icónicos como o Chateaubriand e o Polvo à Galega ganham um novo brilho nas mãos do chef executivo Sandro Farinho. Para acompanhar, a carta de vinhos aposta sobretudo em referências nacionais, incluindo as ilhas, dando espaço tanto a produtores clássicos como a novas descobertas.

O nome Duro nasce da sua localização na Rua Boqueirão do Duro, um arruamento histórico que desembocava no rio Tejo. Mas também evoca a atitude do restaurante: uma abordagem descomplicada, focada na essência dos ingredientes, sem excessos na apresentação.

O espaço integra-se na oferta do grupo Attifood, responsável por restaurantes como a Cervejaria Sem Vergonha, o Yuppie, o Descarado, a Cervejaria Malandra, em Lisboa, e o Vivant, em Almancil.

A cozinha do Duro funciona sem interrupção, das 12h00 às 23h00 (ou até à meia-noite nos dias de maior movimento), permitindo uma refeição fora dos horários convencionais. O ambiente ganha ainda mais dinamismo durante a noite, com a presença de DJs que criam uma atmosfera cosmopolita e descontraída.

Duro
Rua Dom Luís I, nº32, Lisboa
Reservas: 926 472 698

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Swatch presta homenagem ao relógio que conquistou o espaço

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 8 Março 2025

O MoonSwatch 1965 celebra 60 anos da qualificação da NASA ao Speedmaster. Com detalhes vintage e design espacial, é uma homenagem icónica à conquista da Lua — um relógio com história.

Em 1965, a NASA submeteu diversos cronógrafos a rigorosos testes para encontrar o modelo ideal para suas missões espaciais. Apenas um resistiu às exigências extremas: o Omega Speedmaster. Seis décadas depois, o legado desse modelo é celebrado com o lançamento do MoonSwatch 1965, uma peça que combina design vintage com inovação.

O relógio que passou no teste do tempo
Para garantir um acessório confiável em condições extremas, a NASA submeteu três modelos de diferentes marcas a 11 testes rigorosos, que incluíam exposição a temperaturas entre -18°C e 93°C, vibrações intensas, altos níveis de pressão e impacto. Apenas o Omega Speedmaster superou todos os desafios, recebendo a qualificação oficial em março de 1965.

Que testes foram estes?

Cronógrafos de três marcas diferentes foram sujeitos a 11 testes sucessivos. O pré-requisito era uma precisão de 5 segundos em 24 horas, idealmente dentro de um intervalo de mais ou menos 2 segundos por cada 24 horas. Os relógios tinham de ter uma função de paragem, ser fáceis de ler e ser antimagnéticos.
1. Teste a alta temperatura: 70 °C durante 48 horas e, em seguida, 93 °C durante 30 minutos em vácuo parcial.
2. Teste a baixa temperatura: -18 °C durante 4 horas.
3. Teste em vácuo: aquecido numa câmara de vácuo e, em seguida, arrefecido a -18 °C durante vários ciclos.
4. Teste de humidade: dez ciclos de 24 horas a >95% de humidade com temperaturas entre 25 °C e 70 °C.
5. Teste de corrosão: numa atmosfera de oxigénio a 70 °C durante 48 horas.
6. Teste de resistência ao impacto: seis impactos de 40 G em seis direções diferentes.
7. Teste de aceleração: aceleração progressiva até 7,25 G durante cerca de cinco minutos e, em seguida, até 16 G durante 30 segundos em três eixos.
8. Teste a baixa pressão: pressão de 10-6 atmosferas a 70 °C durante 90 minutos e, em seguida, a 93 °C durante 30 minutos.
9. Teste a alta pressão: a uma pressão de ar de 1,6 atmosferas durante 60 minutos.
10. Teste de vibração: vibrações aleatórias em três eixos entre 5 e 2000 Hz com uma aceleração de 8,8 G.
11. Teste de som: 130 decibéis a frequências de 40 a 10 000 Hz durante 30 minutos.

Três meses depois, durante a missão Gemini IV, Ed White protagonizou a primeira caminhada espacial americana com um Speedmaster preso ao seu fato. A fiabilidade do modelo torná-lo-ia um equipamento essencial para astronautas nas missões subsequentes, incluindo as viagens Apollo à Lua.

O novo MoonSwatch 1965 homenageia o modelo original, trazendo elementos icónicos como o logótipo vintage da OMEGA, reproduzido na bracelete e na coroa; os ponteiros e tipografia que ecoam o Speedmaster de 1965; a caixa Bioceramic em tom cinza, refletindo o espírito das missões espaciais; e o mostrador inspirado no OMEGA Speedmaster Moonwatch Professional de 2024.

Uma das inovações mais intrigantes são os contadores do cronógrafo. Posicionados às 10 e às 2 horas, eles exibem os números 19 e 65, formando a inscrição “1965”. Sob luz UV, também é possível visualizar o número 60, celebrando os 60 anos da qualificação do Speedmaster pela NASA.

A funcionalidade também recebeu atenção especial. O contador de minutos foi ajustado para 65 minutos ao invés dos tradicionais 60, criando uma dinâmica exclusiva: após completar um ciclo, o ponteiro de horas avança e o contador de minutos reinicia sem zerar. Esse detalhe é um tributo à precisão e à inovação constantes da Omega.

O MoonSwatch 1965 é equipado com uma bracelete de velcro cinzenta, inspirada nas utilizadas pelos astronautas. A caixa assimétrica, a escala taquimétrica com o icónico “ponto sobre 90” e os distintos contadores Speedmaster reafirmam sua identidade histórica. Como todos os modelos da linha Bioceramic MoonSwatch, o MoonSwatch 1965 utiliza Bioceramic, uma mistura patenteada de cerâmica e materiais de origem biológica.

Disponível desde 1 de março, a data simbólica da qualificação do Speedmaster, o modelo é vendido exclusivamente em lojas Swatch selecionadas.

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Alexandra Leitão apresenta-se como candidata Lisboa com promessa de diálogo

  • Lusa
  • 8 Março 2025

A candidata do PS à Câmara de Lisboa defendeu hoje que a capital precisa de "liderança real e que decida em diálogo". Pedro Nuno Santos aproveitou para criticar fortemente Luís Montenegro.

A candidata do PS à Câmara de Lisboa defendeu hoje que a capital precisa de “liderança real e que decida em diálogo”. Na oficialização da candidatura de Alexandra Leitão, o histórico Manuel Alegre responsabilizou o PCP por não ser possível uma frente de esquerda.

“As eleições não são um projeto pessoal nem se ganham no dia da votação, por isso, deixo-vos aqui o apelo: juntem-se a nós e sejam parte desta mudança”, afirmou Alexandra Leitão, na apresentação da sua candidatura à presidência da Câmara da capital que decorreu no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, e que contou com a presença do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e do anterior autarca socialista, Fernando Medina, que em 2021 perdeu a câmara para Carlos Moedas por uma diferença inferior a 2500 votos, num universo superior a 240 mil votantes.

Num discurso com muitas críticas ao atual presidente da Câmara, Alexandra Leitão defendeu que “Lisboa precisa de uma liderança real, que decida em diálogo, não de cenários fabricados ou de mera propaganda”

“Desta candidatura — asseguro-vos — podem contar com um debate político transparente, honesto e consequente”. A promessa fez parte de um discurso que terminou com citação do escritor José Saramago e a recordação “o saudoso Jorge Sampaio”, que também foi autarca da capital antes de ser Presidente da República.

Desta candidatura — asseguro-vos — podem contar com um debate político transparente, honesto e consequente.

Alexandra Leitão

Candidata do PS à Câmara Municipal de Lisboa

Antes, numa curta intervenção, o presidente honorário do PS Manuel Alegre lamentou que não tenha sido possível uma frente de esquerda em Lisboa, responsabilizando diretamente o PCP.

“Neste Dia da Mulher, venho aqui dar o meu apoio a Alexandra Leitão pela sua inteligência e pelas suas convicções, por não ter papas na língua. Seria desejável uma frente de esquerda, mas o PCP parece preferir refugiar-se em si mesmo. A responsabilidade não é nossa”, frisou.

Neste Dia da Mulher, venho aqui dar o meu apoio a Alexandra Leitão pela sua inteligência e pelas suas convicções, por não ter papas na língua. Seria desejável uma frente de esquerda, mas o PCP parece preferir refugiar-se em si mesmo. A responsabilidade não é nossa

Manuel Alegre

Presidente honorário do PS

Alegre avisou que, “o PS não anda a reboque da direita, mas também não anda a reboque do PCP”. E concluiu: “com a Alexandra Leitão vamos bater-nos por uma candidatura aberta, dialogante, inclusiva, tendo em vista um novo projeto para Lisboa. Quem quiser acompanhar-nos será bem-vindo. Mas uma coisa é certa, não há solução sem o PS, muito menos contra o PS. Não há alternativa sem o PS”.

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CDU e SPD têm acordo de princípio para futuro Governo na Alemanha

  • Lusa
  • 8 Março 2025

Os conservadores alemães de Merz (CDU) e o SPD chegaram a um acordo de princípio para formar um governo que planeia investir maciçamente para reanimar e rearmar a economia da Alemanha.

Os conservadores alemães de Friedrich Merz (CDU) e o partido de centro-esquerda SPD anunciaram ter chegado a um acordo de princípio para formar um governo que planeia investir maciçamente para reanimar e rearmar a economia da Alemanha. “Elaborámos um documento conjunto e chegámos a acordo sobre uma série de questões“, declarou o futuro chanceler conservador à imprensa, acrescentando que os parceiros irão iniciar negociações pormenorizadas, provavelmente na próxima semana, com vista à formação de um novo executivo.

Friedrich Merx afirmou que estão todos convencidos de que têm “uma grande tarefa pela frente” face aos “desafios que se colocam a toda a Europa”. “Conseguimos dar um primeiro passo“, afirmou, por seu turno, Lars Klingbeil, copresidente do SPD.

Em pormenor, os dois partidos conseguiram ultrapassar as suas diferenças em matéria de migração, disse Merz.

O SPD aceitou uma proposta dos conservadores no sentido de reforçar os controlos fronteiriços “de acordo com os parceiros europeus” e de fazer regressar aos seus países os estrangeiros sem documentos. Os sociais-democratas, por seu lado, impuseram o seu pedido de aumento do salário mínimo, disse Klingbeil.

Os parceiros surpreenderam ao chegarem a acordo, no início da semana, sobre um gigantesco programa de investimento de várias centenas de milhar de milhões de euros, destinado ao rearmamento e às infraestruturas.

As discussões para a formação de um novo governo são seguidas com muita atenção pelos vizinhos europeus, que esperam que a Alemanha, sob a alçada do guarda-chuva americano desde o pós-guerra, desempenhe um papel mais importante na segurança e na defesa, numa altura em que o continente se mobiliza para reduzir a sua dependência dos Estados Unidos.

O bloco conservador, formado pela CDU e pela congénere bávara União Social-Cristã (CSU), venceu as eleições de 23 de fevereiro na Alemanha, tendo o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ficado em segundo lugar, enquanto o SPD, do chanceler cessante Olaf Scholz, foi a terceira força política mais votada.

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Governo substitui mais um gestor público (desta vez nos Portos de Sines e Algarve)

  • Lusa
  • 8 Março 2025

O Governo vai substituir, a partir de segunda-feira, José Luís Cacho como presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS). Ainda não é conhecido o nome do sucessor.

O Governo vai substituir, a partir de segunda-feira, José Luís Cacho como presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), disse à Lusa uma fonte do Ministério das Infraestruturas. Questionada pela Lusa, uma fonte do Ministério das Infraestruturas e Habitação afirmou que a atual administração “cessou o mandato em dezembro de 2024” e que o Governo “iniciou o processo de escolha” para a sua substituição.

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) deu “parecer favorável, em relatório datado de 12 de fevereiro”, que não é público.

A nova administração iniciará funções na próxima segunda-feira, ainda segundo a mesma fonte do ministério. Mas não foi anunciado o nome do sucessor de José Luís Cacho, nomeado para o cargo em 2016.

Licenciado em Engenharia Civil, antes da APS José Luís Cacho presidiu à administração dos portos de Aveiro e da Figueira da Foz e colaborou como consultor da Direcção da Associação dos Portos de Língua Oficial Portuguesa (APLOP).

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Montenegro admite não haver alternativa a eleições

  • Lusa
  • 8 Março 2025

O presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, admite não haver alternativa a eleições antecipadas, garantindo que é sua responsabilidade "evitar que Portugal seja um país envolto em lama".

O presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, admite não haver alternativa a eleições antecipadas, garantindo que é sua responsabilidade “evitar que Portugal seja um país envolto em lama”. “A minha responsabilidade, [e] parece que não há alternativa a isso, é devolver aos portugueses a capacidade que só eles têm de escolher o que querem para Portugal“, disse Luís Montenegro num almoço do PSD no âmbito do Dia da Mulher, na Maia (distrito do Porto).

Abordando os “complexos” últimos dias, na sequência do caso envolvendo a empresa da sua família, e que recentemente foi passada aos filhos, o líder social-democrata disse que a sua responsabilidade era “evitar que Portugal seja um país envolto em lama”, “que as instituições portuguesas sejam corroídas pela irresponsabilidade de quem quer manter o espaço público permanentemente enlameado”.

Nunca foi o meu desejo, nunca foi e tenho a noção que os portugueses nem sequer percebem porque é que isso vai acontecer, mas eu tenho a obrigação, pela responsabilidade que me está confiada, de saber antecipar os problemas“, afirmou.

O líder do PSD e chefe do Governo rejeitou deixar o país a viver “um ano ou um ano e meio de instabilidade quando pode resolver essa instabilidade em dois meses”.

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Fora de Série, uma nova casa digital para o luxo e o lifestyle

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 8 Março 2025

A Fora de Série tem uma nova morada. O projeto que foi relançado em novembro, sob a alçada do ECO, dá mais um passo na sua evolução com o lançamento do seu novo site. Mais novidades estão a chegar.

Depois de se afirmar através de uma newsletter semanal e de uma participação mensal na ECOmagazine, a marca Fora de Série ganha agora um espaço digital dedicado, que reflete uma visão sobre o luxo e o lifestyle contemporâneo.

O novo site é mais do que uma montra para conteúdos: É um ponto de encontro para quem procura as melhores histórias e experiências ligadas ao universo do luxo. Dividido em diferentes secções, cada uma delas explora uma dimensão do luxo, desde a moda à gastronomia, passando pela hotelaria, relojoaria, automóveis e bem-estar.

No coração do site estão as secções que tornam a Fora de Série única – Luxo: o que define o luxo nos dias de hoje? As marcas, as tendências e os conceitos que estão a redefinir este universo; Estilo, com análises sobre as principais tendências, a revolução nas grandes casas de moda e o impacto de criadores visionários; Pessoas, com os protagonistas que moldam o universo do luxo e do lifestyle: criadores, empreendedores, visionários e personalidades que fazem a diferença; Relógios, com reportagens e entrevistas exclusivas com marcas que elevam a arte do tempo; Motores, do design ao desempenho, passando pela inovação e sustentabilidade, os carros que definem o futuro; Prazeres, com as melhores experiências à mesa, os chefs que estão a mudar as regras do jogo e as garrafas que contam histórias; Evasões, onde encontra destinos inesquecíveis, hotéis de sonho e os conceitos que estão a redefinir o turismo de luxo; Beleza e Bem-Estar, um mergulho nas rotinas, marcas e experiências que elevam o quotidiano, do self-care às práticas que melhoram a qualidade de vida; Artes e o impacto da criatividade, os eventos que marcam o cenário cultural e as exposições imperdíveis e Tecnologia, com as inovações que estão a transformar o mercado do luxo e o modo como vivemos, das casas inteligentes à mobilidade do futuro.

Mais novidades Fora de Série a caminho
O lançamento do site é apenas o início de uma nova fase. A Fora de Série promete continuar a surpreender com novos formatos e conteúdos que vão alargar a forma como abordamos o luxo e o lifestyle. Entrevistas exclusivas, coberturas especiais de eventos e eventos próprios, e iniciativas interativas estarão entre as novidades que poderão ser acompanhadas na nova plataforma.

Com este novo capítulo, a Fora de Série reforça a sua identidade e compromisso: ser a referência no segmento premium, com uma curadoria de conteúdo que combina sofisticação, exclusividade e inovação.

A partir de hoje, o luxo tem uma nova casa digital. Bem-vindos à nova Fora de Série.

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Louis Vuitton lança-se na beleza e anuncia a nova linha La Beauté

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 8 Março 2025

A marca francesa embarca numa nova aventura com o lançamento de La Beauté Louis Vuitton. Esta iniciativa expande a visão da maison, enraizada no espírito de viagem e na excelência criativa.

Há momentos em que o luxo redefine os seus próprios limites. A entrada da Louis Vuitton no mundo da beleza não é só uma expansão de portfólio, mas uma afirmação de poder criativo e savoir-faire. La Beauté Louis Vuitton nasce para elevar a maquilhagem ao patamar da couture e, para essa missão, a maison convocou Dame Pat McGrath, a visionária que há décadas molda o conceito de beleza nos bastidores da moda. O anúncio, feito com pompa e circunstância, promete uma nova forma de interpretar o luxo.

O lançamento oficial está previsto para o outono de 2025, mas a expectativa já está criada. A colaboração entre McGrath e a Louis Vuitton não é inédita – a sua assinatura já brilhou nos desfiles da maison –, mas agora ganha um novo estatuto. Com uma carreira marcada por colaborações icónicas e pelo lançamento da sua própria marca, Pat McGrath Labs, em 2015, a artista britânica chega à Louis Vuitton para criar muito mais do que uma linha de cosméticos. “O universo da beleza é muito mais do que produto, e aquilo que estamos a criar aqui irá desbloquear um novo nível de beleza de luxo”, afirma McGrath.

A relação da Louis Vuitton com a beleza não é um capricho recente. A casa francesa sempre teve um olhar atento para este universo, criando desde os anos 20 objetos preciosos para transportar perfumes e maquilhagem. Entre os seus arquivos, guardam-se preciosidades como o nécessaire criado para o compositor polaco Jan Paderewski e um estojo personalizado para a soprano Marthe Chenal, datados de 1925. Agora, com La Beauté Louis Vuitton, a marca promete resgatar essa tradição e dar-lhe um fôlego contemporâneo.

Pietro Beccari, Presidente e CEO da Louis Vuitton, vê este novo capítulo como um desdobramento natural da identidade da maison: “Através deste novo universo, temos a oportunidade de acompanhar ainda mais os clientes nas suas vidas quotidianas, enquanto continuamos a celebrar a nossa criatividade e herança”.

E o que podemos esperar de La Beauté Louis Vuitton? Se a assinatura de Pat McGrath servir de pista, o mais provável é que vejamos fórmulas inovadoras, texturas luxuosas e um conceito que transcende o óbvio. Com a casa a expandir os seus domínios para a cosmética, o mercado da beleza ganha um novo protagonista – um que promete desafiar convenções e redefinir padrões.

Resta aguardar pelo outono de 2025 para ver como se materializa esta fusão entre o savoir-faire da Louis Vuitton e a genialidade disruptiva de Pat McGrath. Mas uma coisa é certa: quando o luxo decide reinventar a beleza, o impacto é garantido.

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Trump apoia moedas digitais. “Sentimo-nos pioneiros”

  • Lusa
  • 8 Março 2025

Donald Trump prometeu na sexta-feira abrir o terreno às moedas digitais depois de uma reunião com os operadores do setor, para posicionar os EUA como "pioneiros" das criptomoedas.

Donald Trump prometeu na sexta-feira abrir o terreno às moedas digitais depois de uma reunião com os operadores do setor, para posicionar os EUA como “pioneiros” das criptomoedas. “É uma oportunidade enorme para o crescimento económico e a inovação no nosso setor financeiro“, disse Trump, na Casa Branca. “Sentimo-nos pioneiros“.

Oposto desde há muito às moedas digitais, Trump fez uma reviravolta na última campanha eleitoral, ao ponto de passar a defender esta atividade. Colocou-se assim em posição contrária à do então presidente, Joe Biden, que era muito crítico deste ecossistema, que via como muito arriscado e volátil. O setor, por seu lado, apoiou a campanha eleitoral de Trump, com financiamentos superiores a 100 mil milhões de dólares.

Desde a sua chegada à Casa Branca, Trump nomeou para a direção da autoridade de regulação dos mercados financeiros (SEC, na silha em Inglês), Paul Atkins, um defensor destes ativos financeiros de novo tipo.

Sob a sua direção, a SEC já abandonou os processos judiciais contra grandes nomes, como as plataformas Coinbase e Kraken, lançadas durante a presidência de Biden.

Na quinta-feira à noite, Trump acentuou a sua posição, ao assinar um decreto que institui uma “reserva estratégica” alimentada por cerca de 200 mil bitcoins apreendidas pela justiça em processos civis e penais. Nesta ocasião, o conselheiro para a inteligência artificial (IA) e as moedas digitais, David Sacks, comparou este novo fundo público, cujo valor ascende a 17,5 mil milhões de dólares, às reservas de ouro dos EUA.

Questionado sobre a volatilidade crónica da cotação da bitcoin, David Sacks estimou que, ao guardar este ativo ao longo do tempo, o governo defender-se-ia das flutuações da moeda a curto prazo.

Esta reserva é “uma das mensagens de apoio mais importantes que a indústria já viu”, segundo Jacob Phillips, da Lombard Finance, uma sociedade financeira especializada nas moedas digitais.

Na sexta-feira, uma dezena de dirigentes e investidores reuniram-se com os membros do grupo de trabalho presidencial para os ativos digitais, presidido por David Sacks. “Vamos posicionar os EUA como líderes da estratégia dos ativos digitais“, comentou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, presente na reunião.

A equipa Trump entende também “acabar com a instrumentalização regulamentar contra os ativos digitais”, à qual se dedicou, acusou, a equipa Biden, “cujas decisões só puniram os inovadores”, acrescentou.

Também na sexta-feira, o Departamento do Tesouro levantou algumas restrições regulamentares impostas aos bancos desejosos de se envolverem nas moedas digitais.

O setor bancário tradicional tem estado reticente em se envolver no universo das moedas digitais, por razões regulamentares, mas também pela influência dos governos precedentes, que os dissuadiam.

O apoio de Trump às moedas digitais é atribuído por críticos a razões financeiras.

Além das contribuições que recebeu para a campanha, Trump associou-se a uma nova plataforma de transações destas moedas, a World Liberty Financial, e depois lançou, em meados de janeiro, a sua própria moeda digital, a Trump, levantando acusações de conflitos de interesse.

Segundo o Financial Times, esta nova moeda, cuja cotação desvalorizou mais de 80% desde o seu máximo em janeiro, já lhe rendeu 350 milhões de dólares.

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Administração Trump pressiona Google a vender o Chrome

  • Lusa
  • 8 Março 2025

O Departamento de Justiça intensificou os esforços contra a Google para vender o navegador Chrome, depois de uma decisão judicial de agosto passado que considerou a empresa culpada de monopólio.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos intensificou esta sexta-feira os esforços contra a Google para vender o navegador Chrome, depois de uma decisão judicial de agosto passado que considerou a empresa culpada de monopólio. A Administração norte-americana insistiu junto de um tribunal federal em Washington na sua proposta de novembro para dividir a Google através da venda do navegador mais popular do mundo, noticiou o The Washington Post.

O Departamento de Justiça insistiu, na petição interposta junto do tribunal, que “a Google deveria alienar-se do navegador Chrome, um importante ponto de acesso à pesquisa, para dar a oportunidade a um novo rival de operar uma importante porta de entrada para a pesquisa na Internet, ‘livre do controlo monopolista da Google'”, refere diário norte-americano.

A posição do Departamento de Justiça, iniciada durante a administração do Presidente Joe Biden, constitui-se como a primeira grande ação da divisão antitrust sob a Presidência de Donald Trump e ocorre antes de a nova chefe da divisão, Gail Slater, ter sido confirmada pelo Senado, sublinha o jornal.

Em agosto do ano passado, um juiz federal decidiu que a Google tinha violado a lei antitrust no mercado dos motores de busca online, na primeira grande ação judicial do género contra o gigante da Internet.

O juiz Amit Mehta, do Tribunal Distrital do Distrito de Colúmbia, que tinha decidido que a Google detinha um monopólio ilegal, decidirá sobre a ação final em abril.

Os porta-vozes da Google não responderam de imediato a um comentário pedido pelo The Washington Post.

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