Raize reforça montante mínimo de fundos próprios após multa do Banco de Portugal

  • Lusa
  • 20 Março 2025

O Banco de Portugal “instaurou um processo contraordenacional sumaríssimo contra a Raize", que resultou numa multa de 70 mil euros.

A Raize vai reforçar o montante mínimo de fundos próprios, que desceu dos 125 mil euros que lhe são aplicáveis, depois de lhe ter sido aplicada uma multa de 70 mil euros pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com um comunicado da Raize – Instituição de Pagamentos, divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a sociedade irá apresentar uma proposta para regularizar esta situação, na assembleia-geral (AG) de 31 de março.

A empresa lembrou que o BdP “instaurou um processo contraordenacional sumaríssimo contra a Raize, que culminou, em 10 de dezembro de 2024, numa decisão na qual condenou a sociedade ao pagamento de uma coima de 70.000 euros”.

A Raize já tinha adiantado, num comunicado esta quarta-feira, que na sequência de auditorias realizadas nas suas instalações em janeiro e junho de 2020, “foram detetadas pelo Banco de Portugal evidências de desconformidades nos mecanismos internos da sociedade destinados a assegurar a gestão de riscos, o controlo interno e a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo”.

No entanto, “de acordo com a decisão do Banco de Portugal não foram identificados quaisquer indícios de prejuízos causados a terceiros ou intenção da Raize de obter de benefícios, para si ou outrem, não foram identificados quaisquer atos de ocultação e não foi identificado qualquer perigo ou dano ao sistema financeiro ou à economia nacional”, ressalvou a sociedade.

Esta quinta-feira, a empresa indicou que a sua administração executiva “veio requerer o pagamento faseado da coima em 2 prestações mensais e sucessivas, no montante de 35.000 euros cada uma, o que foi deferido pelo Banco de Portugal”.

De acordo com o comunicado, em resultado da aplicação da coima “o montante de fundos próprios da Raize passou a ser de 115.952 euros, verificando-se que tal montante é inferior ao montante mínimo de fundos próprios requerido para as instituições de pagamento nos termos do n.º 1 do artigo 50.º do Regime Jurídico dos Serviços de Pagamento e da Moeda Eletrónica que no caso da Raize é de 125.000 euros”.

A empresa lembrou que “a detenção de fundos próprios abaixo dos limites legalmente exigidos importa potenciais consequências especialmente gravosas para a Raize”, incluindo a revogação da autorização do Banco de Portugal.

Por isso, a acionista Flexdeal – SIMFE, S.A. “disponibilizou à Raize créditos por suprimentos”, sendo que a “conversão de uma parte dos referidos suprimentos, no montante de 10.000 euros, em prestações acessórias de capital sujeitas ao regime das prestações suplementares” é “apta a regularizar o montante mínimo de fundos próprios da Raize para um total de 125.952 euros”.

A empresa disse ainda que “apresentou junto do Banco de Portugal pedido de autorização para inclusão de instrumentos nos fundos próprios, condição necessária para efetuar a referida conversão”. Na quarta-feira, a Raize adiantou que, no âmbito desta multa do BdP, tinha abandonado um possível processo contra dois ex-administradores, que tinha originalmente incluído na agenda da AG.

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Concorrência aprova compra da Troiaresort e da Aqualuz Troia pela Arrow

  • Lusa
  • 20 Março 2025

A ACO Ceder, detida pelo grupo Arrow, tinha notificado a Autoridade de Concorrência a 26 de fevereiro da intenção de adquirir a Troiaresort e da Aqualuz Troia.

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu ‘luz verde’ à compra da Troiaresort e da Aqualuz Troia por parte da empresa ACO Cedar, que é detida pelo grupo Arrow.

A ACO Ceder notificou a AdC em 26 de fevereiro da intenção de adquirir a Troiaresort e da Aqualuz Troia, que operam na área da gestão de projetos turísticos e imobiliários.

A empresa tem sede no Luxemburgo e faz parte do Grupo Arrow, que em Portugal se dedica à gestão de créditos vencidos e de cobrança duvidosa, a investimentos no setor imobiliário, incluindo através da Norfin e da Whitestar, à exploração de empreendimentos de alojamento turístico e de campos de golfe, e à produção e comercialização de pavimentos e revestimentos cerâmicos, segundo explica a AdC.

A atividade da Troiaresort e da Aqualuz Troia inclui o desenvolvimento, a exploração e a gestão de vários empreendimentos turísticos, incluindo hotéis, apartamentos, moradias, um campo de golfe, a marina de Tróia, concessões de transporte marítimo, apoios balneares e apoios de praia.

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Barragens do Algarve com quase 80% e água para quase três anos de consumo

  • Lusa
  • 20 Março 2025

O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente avisa, no entanto, que "não faz sentido usar a água" para "regar golfe, nem jardins".

As barragens do Algarve estão em média a 79% da sua capacidade total de armazenamento, depois das últimas chuvas, o que significa “quase três anos de consumo” da região, segundo o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente.

“Esta situação permite-nos trabalhar com alguma tranquilidade na execução dos projetos em curso para dar maior resiliência à região”, disse Pimenta Machado à agência Lusa. Estes números ainda não tomam em conta a passagem esta semana da depressão Martinho, que provocou “mais vento do que chuva”.

O responsável da APA sublinhou a necessidade de nos próximos anos a região se manter focada em executar os projetos já em curso, como combater as perdas de água na atual rede de distribuição ou acelerar o processo de passar a usar a água das ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais) para regar os campos de golfe e os jardins.

“Isto é uma questão fundamental. Não faz sentido usar a água que nós temos para regar golfe, nem jardins”, insistiu Pimenta Machado.

O presidente da APA também referiu os projetos em curso de reforço do armazenamento de água, como o da construção da central de dessalinização no concelho de Albufeira e a obra de captação de água no Pomarão, no concelho de Mértola (Alentejo), e a construção de uma conduta até à albufeira de Odeleite, no concelho de Castro Marim (Algarve).

Quanto ao Barlavento (oeste) algarvio, está a ser estudada uma ligação, via Santa Clara, no Alentejo, “para dar uma maior resiliência” a esse lado do Algarve. Outros projetos em curso incluem o estudo da eventual construção da barragem de Alportel ou do projeto para a nova barragem de Foupana.

“O Algarve neste momento está muito mais tranquilo, mas é neste momento em que está mais tranquilo que temos de tomar boas decisões para nos prepararmos para os anos futuros”, disse o presidente da APA. Pimenta Machado referiu que o Algarve armazenou nos últimos meses mais 200 hectómetros cúbicos de água em comparação com o ano passado, tendo agora reservas para “quase três anos”.

Quanto às barragens que até há pouco tinham menos água, a da Bravura está agora a 49% da sua capacidade, quando em dezembro estava a 11%, e a do Arade com 58%, quando há poucos meses era a única do país abaixo dos 10%, referiu o dirigente da APA. Pimenta Machado adiantou ainda que devem ser suspensas “muito em breve as descargas preventiva” feitas nos últimos dias nas barragens de Odeleite (97%) e Beliche (92%).

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Mota-Engil vai construir terminal de águas profundas na República Democrática do Congo

Empresa liderada por Carlos Mota Santos formalizou um acordo com a multinacional DP World esta quinta-feira no Dubai. O novo contrato tem um valor de 230 milhões.

A Mota-Engil assinou esta quinta-feira no Dubai um acordo de entendimento com a gigante da logística DP World para a construção de um novo terminal de contentores e carga no Porto de Banana, na República Democrática do Congo. A parceria foi rubricada pelo CEO da construtora portuguesa, Carlos Mota Santos, e o presidente da multinacional do emirado, Sultan Ahmed bin Sulayem.

O contrato, com uma “duração estimada de 24 meses”, tem um “valor de cerca de 230 milhões de euros”, avançou a empresa entretanto ao mercado, através de comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Em causa está um acordo para trabalhos de dragagem que permitirão melhorar a navegação até à nova linha de atracação, num cais que terá um comprimento total de 600 metros para conseguir receber os maiores navios do mundo, dos quais 400 metros serão para movimentação de contentores e 200 metros para carga geral. Ou seja, um porto de águas profundas.

Ademais, será desenvolvida uma área só para a movimentação de contentores, numa primeira fase com capacidade anual para 450 mil TEU (Twenty-foot Equivalent Units ou unidade de espaço ocupada por contentores) – embora esteja previsto expandir – e um acesso rodoviário de ligação à infraestrutura rodoviária existente, como novos edifícios portuários, oficinas e comodidades.

“Depois de termos desenvolvido a construção de um projeto para a DP World no Peru, a parceria que hoje estabelecemos para um novo projeto na República Democrática do Congo, revela o reconhecimento e a confiança que um dos maiores operadores portuários a nível mundial tem na Mota-Engil para a execução de um projeto para o qual temos todas as competências técnicas e a capacidade para a sua execução”, comenta o CEO da Mota-Engil, Carlos Mota Santos.

De facto, não é a primeira vez que a Mota-Engil entra em projetos deste género para a DP World. Em 2021, o contrato foi de 200 milhões de dólares (aproximadamente 184 milhões de euros) para desenho e construção da segunda fase de expansão do Porto de Callao, no Peru.

Integrando trabalhadores locais, será um exemplo de sustentabilidade e promoção do desenvolvimento económico a longo prazo deste país [Congo] que carece de uma infraestrutura moderna como a que nos propomos executar”, acrescenta o CEO da Mota-Engil.

O Banana Port é um projeto transformador que irá remodelar o panorama do comércio e da logística da República Democrática do Congo. Ao estabelecer uma parceria com a Mota-Engil, estamos a assegurar que esta infraestrutura de classe mundial é construída de acordo com os mais altos padrões, promovendo o crescimento económico e criando oportunidades para o povo congolês”, referiu Sultan Ahmed bin Sulayem, chairman e CEO da DP World, sublinhando que o projeto vai transformar o comércio e a economia da RDC – que hoje está em conflito na fronteira com o Ruanda – para as próximas gerações.

(Notícia atualizada às 18h28 com informação enviada ao mercado)

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Fadiga e falta de interesse fazem cair consumo de notícias online

  • Lusa
  • 20 Março 2025

Apesar da maior falta de interesse pelas notícias online ter sido identificada entre os mais jovens, as restantes faixas etárias também registaram quedas no interesse.

A fadiga, a falta de interesse e a falta de representatividade das notícias são alguns do motivos que explicam o declínio geral no consumo de notícias online, segundo o relatório da Universidade de Oxford e da Reuters Institute.

De acordo com o relatório, “houve um declínio no interesse entre todos os grupos ao longo do tempo”, mas a queda mais acentuada centra-se nos jovens com idades entre os 18 e 24 anos.

Nesta faixa etária, entre 2015 e 2024, o interesse pelas notícias entre os jovens licenciados passou dos 71% em 2015 para os 56% em 2024, sendo que entre os jovens não licenciados as percentagens passaram de 63% em 2015 para 44% em 2024.

Apesar da maior falta de interesse pelas notícias ter sido identificada entre os mais jovens, as restantes faixas etárias também registaram quedas.

Na faixa etária entre os 25 e 34 anos, a percentagem passou de 63% em 2015 para 39% em 2024; entre os 35 e 44 anos, passou dos 65% para 43%; entre 45 e 54 anos, passou de 69% para 48%; e nas pessoas com mais de 55 anos passou de 74% para 56%.

Neste sentido, a diminuição do interesse pelas notícias online pode ser justificada, segundo o estudo, pelo facto de as notícias serem dominadas por “desgraças e tristeza”, sendo esta uma das principais razões para evitar a informação, em conjunto com uma sensação de fadiga e sobrecarga.

Além disso, “as pessoas estão fartas de notícias políticas, em particular“, sentindo-se “sobrecarregadas e bombardeadas pela quantidade da cobertura, grande parte negativa“.

Neste sentido, esta tendência pode ser justificada pela falta de confiança nas notícias, pelo facto de o seu consumo exigir muito esforço, nomeadamente em notícias consideradas de interpretação “difícil, chato, tedioso e trivial”.

O relatório destaca também a falta de interesse genuíno para o consumo de notícias, bem como o stress do dia-a-dia, fazendo com que muitas pessoas “não tenham tempo ou energia para consumir notícias porque estão sobrecarregadas, cansadas e têm coisas mais importantes para fazer”.

O estudo alerta ainda para a necessidade de reverter esta tendência, o que é possível através de uma restruturação dos media e na sociedade em geral, para que as notícias sejam vistas como um bem social.

A elaboração deste relatório teve como base os dados do Digital News Report 2024 e inclui um grupo de 17 países, entre os quais Portugal.

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Produção de energia eólica no país atinge novo máximo histórico. Tempestade Martinho impulsiona

  • Lusa
  • 20 Março 2025

A produção eólica registada na quarta-feira abasteceu 56% do consumo de eletricidade que se verificou no país.

A produção de energia eólica atingiu novos máximos históricos na quarta-feira, alcançando os 112,4 gigawatts-hora (GWh), com a depressão Martinho a permitir uma nova potência eólica máxima de 5.080 megawatts (MW), informou a REN.

Na quarta-feira, “a produção total diária atingiu os 112,4 GWh, batendo os 110,3 GWh registados a 24 de novembro de 2024“, adiantou a REN — Redes Energéticas Nacionais, em comunicado, avançando também que “a depressão Martinho permitiu ainda uma nova potência eólica máxima de 5.080 MW, às 12:15, ultrapassando os 5.034 MW obtidos às 13:45 de 29 de fevereiro de 2024”.

Segundo a REN, a produção eólica registada na quarta-feira abasteceu 56% do consumo de eletricidade que se verificou no país. Já a totalidade da produção renovável foi responsável pelo abastecimento de 92% das necessidades de energia elétrica.

Desde o início do ano, a produção renovável representa 79% do consumo nacional repartida pela hídrica com 39%, a eólica com 28%, a solar com 7% e a biomassa com 5%.

 

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Liberais dividem-se. Tribunal Constitucional aceita novo partido

Está criado o Partido Liberal Social pela mão de José Cardoso, ex-militante da IL. A nova força partidária deverá fazer parte dos boletins de voto nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Há uma cisão oficial dos liberais. O Tribunal Constitucional aceitou, na semana passada, a criação do novo Partido Liberal Social (PLS) pela mão de João Cardoso, que saiu da Iniciativa Liberal (IL) há mais de um ano depois de ter perdido a corrida à liderança da IL contra Rui Rocha e Carla Castro, na convenção de janeiro de 2023.

“Fomos, dia 11 de março 2025, aceites como Partido Político em Portugal”, lê-se num comunicado publicado página oficial do PLS. A aprovação acontece no dia em que o Parlamento chumbou a moção de confiança que ditou a queda do Governo e a convocação de eleições antecipadas.

A criação do PLS já tinha sido recusada duas vezes pelo Tribunal Constitucional (TC) por falta de assinaturas válidas. Agora, a cerca de dois meses das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, a formação do partido foi aprovada, avança a SIC Notícias e o Público.

O PLS torna-se agora na 24.ª força partidária no ordenamento político nacional e deverá constar já nos boletins de votos das eleições de maio.

Em setembro, quando iniciou o processo de legalização do partido, José Cardoso garantiu que o PLS visa responder ao que considera ser a ausência de um partido defensor do liberalismo social no cenário político português, afirmando que não se posiciona “nem à esquerda nem à direita” porque tal caracterização está “fora de moda”.

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Mau tempo. Cerca de 18 mil clientes continuavam sem eletricidade às 14:00

  • Lusa
  • 20 Março 2025

Os distritos de Leiria e de Coimbra são os mais afetados. A situação pior ocorreu pela 01:00, quando 185 mil clientes ficaram sem luz devido aos estragos na rede elétrica.

Cerca de 18 mil clientes fornecidos pela E-Redes – Distribuição de Eletricidade continuavam às 14:00 sem energia devido aos efeitos do mau tempo, sobretudo nos distritos de Leiria e Coimbra, revelou esta quinta-feira a empresa.

Segundo a distribuidora elétrica, a situação pior ocorreu pela 01:00, quando 185 mil clientes ficaram sem luz devido aos estragos na rede elétrica, mas o número de instalações afetadas tem vindo progressivamente a ser reduzido e, pelas 14:00, eram 18 mil os clientes que continuavam sem energia. Os distritos de Leiria e de Coimbra eram os mais afetados nessa altura.

A E-Redes está a utilizar cerca 40 geradores para “minimizar o impacto imediato associado a avarias com reparações mais demoradas”.

Na sequência das previsões de mau tempo, a empresa assegurou que ativou o seu Plano Operacional de Atuação em Crise na quarta-feira, colocando “todo o dispositivo operacional dedicado ao estado de alerta em vigor, em estreita articulação com a Proteção Civil e demais autoridades”.

No terreno estão mobilizados 800 operacionais, acrescentou. A passagem da depressão Martinho em Portugal continental, com vento, chuva e agitação marítima, provocou um total de 5.800 ocorrências entre as 00:00 de quarta-feira e as 11:00 desta quinta, sobretudo queda de árvores, revelou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

A maior incidência da depressão foi na área da Grande Lisboa (35%), seguindo-se Setúbal, Porto e Coimbra, provocando 15 pessoas desalojadas e 13 deslocadas.

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Dazn vai transmitir primeira liga profissional de râguebi feminino dos EUA

  • + M
  • 20 Março 2025

Os fãs podem assim assistir gratuitamente e em exclusivo na Dazn a todos os jogos da Women’s Elite Rugby, em direto e on demand.

A Dazn apostou na transmissão global da Women’s Elite Rugby (WER), a primeira liga profissional de râguebi feminino nos Estados Unidos.

Os fãs podem assim assistir gratuitamente e em exclusivo na Dazn a todos os jogos da Women’s Elite Rugby, em direto e on demand. A temporada inaugural arranca este sábado, dia 22 de março, e estende-se até 29 de junho, num total de 30 jogos da fase regular que culminam numa grande final. A disputar o título estão seis equipas de diferentes regiões dos EUA: Bay Breakers, Boston Banshees, Chicago Tempest, Denver Onyx, New York Exiles e Twin Cities Gemini.

Além disso, a Dazn vai transmitir um “novo programa semanal de magazine”, disponível em exclusivo na sua plataforma online, com os melhores momentos de cada jogo. Tanto a Dazn como a WER estão “empenhadas no crescimento da competição através de esforços conjuntos de comunicação e marketing“, refere-se em nota de imprensa.

“A parceria da Dazn com a Women’s Elite Rugby significa que os fãs de todo o mundo que desejam acompanhar a temporada inaugural desta competição emocionante podem fazê-lo gratuitamente, juntamente com outros conteúdos premium de desporto feminino. A Dazn está comprometida com o crescimento da visibilidade e popularidade do râguebi feminino, depois de já ter estabelecido um padrão elevado no entretenimento desportivo e na transmissão global do futebol feminino“, diz Esmeralda Negron, co-CEO do Women’s Sports na DAZN, citada em comunicado.

Já Jessica Hammond-Graf, presidente da Women’s Elite Rugby, refere que a colaboração representa um “marco importante” para a Women’s Elite Rugby. “Com o alcance global da Dazn, estamos ansiosos por levar o râguebi feminino de elite a uma audiência mundial e conquistar novos adeptos para a modalidade“, acrescenta.

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Brisa notifica Autoridade da Concorrência da compra da Via Verde

  • Lusa
  • 20 Março 2025

A Brisa já tinha anunciado que tinha chegado a acordo com o grupo Ascendi para a compra dos 25% que detém na Via Verde, passando a deter a totalidade do capital social da empresa.

A Brisa notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra dos 25% que o grupo Ascendi detém na Via Verde, tendo em vista deter a totalidade do capital da empresa.

A operação de concentração consiste na aquisição pela Brisa – Auto Estradas de Portugal, S.A. (“Brisa”) do controlo exclusivo da Via Verde Portugal – Gestão de Sistemas Electrónicos de Cobrança, S.A. (“Via Verde”)”, segundo conta na ficha do processo publicada hoje no site do regulador da Concorrência.

Na terça-feira, a Brisa tinha anunciado, em comunicado, que tinha chegado a acordo com o grupo Ascendi para a compra dos 25% que detém na Via Verde, passando a deter a totalidade do capital social da empresa, sublinhando que a operação está sujeita à aprovação da AdC e do Banco de Portugal.

A Brisa já tinha comprado a participação da SIBS na sociedade, em 2021, ficando-lhe apenas a faltar a posição da Ascendi para controlar a Via Verde na totalidade. O capital da Ascendi é controlado pela Ardian, uma sociedade independente de investimento privado sediada em França e que gere ativos na Europa, América do Norte e Ásia, lembrou a Brisa.

No aviso publicado esta quinta, a AdC dá conta de que a notificação foi recebida em 13 de janeiro e que “as observações” devem ser remetidas ao regulador”, no prazo de 10 dias úteis contados da publicação do presente aviso.

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Hospitais privados querem revisão dos valores pagos pelo SNS para cirurgia

  • Lusa
  • 20 Março 2025

Óscar Gaspar indica que a tabela em vigor tem oito anos e "a situação do país e a situação da estrutura de funcionamento dos hospitais não tem nada a ver com aquilo que era em 2017".

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) defendeu esta quinta-feira a revisão dos valores pagos pelo SNS aos hospitais privados para ajudar a reduzir a lista de espera cirúrgica, salientando que a tabela em vigor é de 2017.

“Hoje estamos em 2025, estamos a falar de há oito anos atrás e, como é bom de ver, a situação do país e a situação da estrutura de funcionamento dos hospitais não tem nada a ver com aquilo que era em 2017”, disse Óscar Gaspar na conferência de imprensa em que apresentou o desempenho dos hospitais privados em 2024.

Nesse sentido, defendeu que a tabela do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) “teria que ser revista e atualizada”. Óscar Gaspar realçou que, em 2024, o número de cirurgias realizadas pelos hospitais privados atingiram o número recorde de 286.941, mais 6% do que em 2023, sendo que destas apenas 15.766 (5,5%) foram ao abrigo do SIGIC.

“Aquilo que constatamos é que, de facto, em termos históricos, 2024 foi o ano em que o SNS menos recorreu ao privado para redução de listas de espera cirúrgicas”, declarou. Questionado pelos jornalistas sobre os motivos de haver um menor recurso do Estado aos privados, Óscar Gaspar começou por responder que essa pergunta terá de ser feita ao Ministério da Saúde, mas apontou um aspeto positivo: “O SNS teve mais atividade em 2024 do que nos anos anteriores”.

No caso do SIGIC, em particular, disse que hospitais privados têm verificado, e reportado ao longo dos anos, que o sistema tem “muitas dificuldades e muitas entropias”, dando dois exemplos concretos.

“Constatamos que há cidadãos, por exemplo, na margem sul do Tejo, que recebem vales cirúrgicos para o norte do distrito do Porto ou para o sul do distrito de Braga. E, portanto, a pessoa não está disponível para fazer 200 e tal quilómetros sem saber se é um dia, se é dois dias, para fazer uma cirurgia”, contou.

Outro caso também “muito típico” é a pessoa receber um vale cirúrgico, escolher o prestador privado ou na área social com o qual quer fazer a cirurgia e, depois, o processo clínico não chega a esse hospital e a operação não se realiza, porque o processo clínico não foi transferido em tempo útil.

No caso das consultas, Óscar Gaspar disse que os hospitais privados estavam disponíveis para participar da “consulta a tempo e horas” do SNS (sistema de acesso a uma primeira consulta de especialidade), mas não foram contactados e, como tal, não puderam dar o seu contributo para a redução das listas de espera nesta área.

O presidente da APHP destacou também o número de partos realizados em 2024, que atingiram o número recorde de 15.092, apesar da tendência de queda da natalidade portuguesa. “Realizámos 15 mil dos 80 mil partos do país”, vincou, salientando que, em Lisboa, cada uma das maternidades privadas do país faz “mais partos do que qualquer maternidade pública”, com a realização de cerca de 4.000 partos por ano, o que disse ser “muito significativo”.

Em 2023, os hospitais privados também acompanharam cerca de 418.000 pessoas em termos de medicina dentária e 23.000 doentes oncológicos. Em termos globais, Óscar Gaspar disse que houve “um reforço da capacidade instalada” e, apesar de ainda não serem conhecidos com exatidão os valores globais do país do sistema de saúde, disse que cerca de um terço da capacidade instalada no país decorre dos hospitais privados.

O investimento superou os 200 milhões de euros na totalidade dos hospitais privados do país, que abriram mais hospitais, clínicas associadas e adquiriram equipamento médico pesado.

Segundo Óscar Gaspar, o “crescimento significativo” da atividade dos hospitais privados está relacionado com o facto de haver quatro milhões de portugueses com seguro de saúde, mas também ao aumento da capacidade “não só nas maiores cidades, mas também no resto do país”.

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Despesa com PPP rodoviárias apresenta “desvio desfavorável” para o Estado, diz UTAO

No primeiro semestre de 2024, o Estado teve de pagar 626 milhões de euros, ou seja, mais de metade do previsto para o ano inteiro. Desconto nas portagens das ex-SCUT é um dos fatores, conclui a UTAO.

Os descontos nas portagens das ex-SCUT do Interior, aprovadas pelo anterior Governo socialista de António Costa, terão contribuído para “o desvio desfavorável” da despesa do Estado com parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias no primeiro semestre de 2024, ainda que a fatura, de 626 milhões de euros, represente uma ligeira diminuição em termos homólogos, conclui a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) num relatório publicado esta quinta-feira.

De lembrar que, desde 1 de janeiro de 2025, os condutores deixaram de pagar portagens em seis autoestradas do Interior e do Algarve, na sequência de um projeto de lei do PS, aprovado com a ajuda do Chega, que revogou os descontos que vigoraram até ao final de 2024. O Executivo de Luís Montenegro estimou que esta medida poderá custar 180 milhões de euros por ano, por via da perda de receita.

No primeiro semestre de 2024, ainda com a medida de descontos em vigor, verificou-se uma redução de 6,4% (ou de 43 milhões de euros) da despesa pública com PPP rodoviárias para 626 milhões de euros, em comparação com o mesmo período de 2023, no qual o Estado teve de desembolsar 669 milhões às concessionárias.

No entanto, a UTAO sinaliza que “os valores executados em encargos líquidos com as PPP rodoviárias situaram-se acima do duodécimo de referência (50%), tendo em conta a previsão constante na proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), registando-se um grau de execução de 62,5%“, face aos 1.002 milhões de euros inscritos no Orçamento para 2024.

Isto significa que, em meio ano, saíram dos cofres públicos mais de metade do que estava previsto para o conjunto do ano, o que se traduz num “desvio desfavorável ao setor público nos encargos brutos e nas receitas de portagem”, salienta a entidade que presta apoio aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Púbica da Assembleia da República.

Um dos fatores para esta evolução da despesa, prende-se com a “fraca recuperação” da receita de portagem, cujo grau de execução (42,7%) ficou “abaixo do respetivo duodécimo (50%)”, de acordo com o mesmo relatório. Entre janeiro e junho, houve um encaixe de 168 milhões de euros por via da cobrança de portagens e, para o conjunto do ano, o Governo anterior, comandado por António Costa, estimou 394 milhões de euros. Ou seja, a receita não chegou sequer a metade.

A entidade liderada por Rui Nuno Baleiras aponta três “razões para a fraca recuperação da receita de portagens: o impacto dos descontos nas tarifas de portagens (iniciados em 1 de janeiro de 2024), mas também a atualização anual das tarifas de portagem em 2,1% e o crescimento homólogo do nível de tráfego.

Relativamente à taxa de cobertura, que é definida pelo rácio entre as receitas obtidas pelo Estado e os encargos públicos com PPP, a UTAO assinala que houve uma recuperação de 1,3 pontos percentuais, para 21,1%, no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. No entanto, ficou “abaixo da previsão implícita na proposta do Orçamento do Estado de 2024 para o conjunto do ano”, que apontava para “uma recuperação da taxa de cobertura para 28,2%”, ou seja superior à verificada”, segundo o mesmo documento.

Considerando que “os resultados por parceria são heterogéneos”, a UTAO salienta a baixa taxa de cobertura registada pelas subconcessões rodoviárias da empresa Infraestruturas de Portugal, que, no primeiro semestre de 2024, se situou em 6,3%, diminuindo 0,6 pontos percentuais face ao período homólogo”.

“Relativamente às concessões rodoviárias, aquelas que apresentaram individualmente, no período em análise, as maiores taxas de cobertura (e, por conseguinte, um menor esforço financeiro para o setor público) foram as seguintes: concessão Costa de Prata (54,0%), concessão Grande Lisboa (44,6%), concessão Algarve (39,7%) e concessão Norte (32,3%)“, indica a mesma entidade.

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