Com a app do Millennium nunca foi tão fácil pedir um crédito habitação

  • BRANDS' ECO
  • 20 Novembro 2024

Desde este texto até à sua nova casa são apenas três passos. Torne o seu pedido de crédito habitação numa experiência agradável.

O processo de pedir um crédito habitação não precisa de ser aborrecido e complicado. A prova disso é a app do Millennium que tornou este processo mais intuitivo, rápido e digital.

Estes benefícios começam muitos antes do pedido de crédito habitação, com a calculadora de “Quanto posso pedir?” e depois com a simulação do crédito logo a seguir. O primeiro passo é saber quanto é que pode pedir e quanto é que precisa de ter para a entrada e os encargos. Nesta fase, terá acesso a uma informação completa sobre tudo o que precisa para avançar com o seu crédito habitação.

Depois deste passo, é hora de simular o crédito. Terá de responder a umas perguntas sobre os objetivos que tem para a compra da casa e ajustar as condições do crédito para obter uma simulação personalizada, incluindo com as prestações para todos os tipos de taxa (variável, mista ou fixa). Voilá: simulação de crédito feita na app (já imaginou fazer isto tudo a partir do seu sofá?).

Apesar de ter sido feita através da app, esta simulação também vai estar disponível no Centro de Contactos e na sucursal, permitindo que possa esclarecer dúvidas ou continuar o processo através de outro canal. Com esta integração de canais, a experiência de crédito habitação no Millennium passa a ser omnicanal e a consistência dos dados é total.

O terceiro e último passo é o pedido. Como a simulação fica guardada na app, basta recuperá-la. Terá de responder a um conjunto de perguntas rápidas, submeter algumas informações e enviar tudo para análise. A proposta ficou visível na App Millennium e passa a ser possível ver os documentos que precisam ser enviados.

Em caso de dúvidas ao longo do processo, basta uma chamada ao Centro de Contactos. Eles terão acesso ao seu processo sempre atualizado. Além disso, pode acompanhar tudo em tempo real, com o tracking na app.

Depois de tudo validado, chegou o grande dia: o dia de ter o crédito aprovado! Sempre que existir um crédito aprovado, é preciso assinar a carta de aprovação e submeter a documentação para a escritura. Estes documentos podem ser enviados pelo Serviço Premium, que permite ao Millennium recolher alguns documentos em vez do cliente – sem custos.

Por fim, é so marcar a escritura e preparar os festejos.

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EUA reconhecem Edmundo González Urrutia como Presidente eleito da Venezuela

  • Lusa
  • 19 Novembro 2024

"O povo venezuelano pronunciou-se de forma contundente em 28 de julho e escolheu Edmundo González como Presidente eleito", disse o Secretário de Estado.

Os Estados Unidos reconheceram esta terça-feira como Presidente eleito da Venezuela, pela primeira vez, Edmundo González Urrutia, que reclama vitória sobre Nicolás Maduro nas eleições de julho.

O povo venezuelano pronunciou-se de forma contundente em 28 de julho e escolheu Edmundo González como Presidente eleito. A democracia exige respeito pela vontade dos eleitores”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, nas redes sociais.

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Congresso ASF: “O Estado não pode resgatar todas as perdas com catástrofes naturais”

No congresso da ASF o ministro das Finanças estimulou a cooperação pública e privada para dar resposta às consequências financeiras de catástrofes naturais.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou esta terça-feira que “catástrofes como as inundações recentes em Valência, Espanha, vêm demonstrar a importância de mecanismos robustos de prevenção e a existência de um sistema nacional de cobertura abrangente de fenómenos físicos, em que participem agentes públicos e privados“. O governante abriu o Congresso Anual da ASF, entidade supervisora do setor segurador e dos fundos de pensões que se realizou em Lisboa, com o tema “O papel do setor segurador na gestão de riscos de catástrofes naturais”.

Miranda Sarmento “aguarda com expectativa” as conclusões do trabalho da ASF sobre a constituição de um fundo sísmico em Portugal. Até ao final do ano estará pronto, garante a ASF.

Miranda Sarmento disse que o Governo “aguarda com expectativa” as conclusões do trabalho da ASF sobre a constituição de um fundo sísmico em Portugal, até porque em caso de catástrofe e de grandes perdas financeiras será o Estado chamado a assumir grandes perdas”. E é o Estado que, no final do dia, pode ser o ‘bailout’ [resgate] de todas estas perdas“, afirmou.

O ministro aproveitou o momento para explicar a uma audiência plena de reguladores do setor financeiro e de altos responsáveis por companhias de seguros as principais medidas e intenções contidas no orçamento de Estado de 2025, agora em fase de aprovação na Assembleia da República. Destacou o emprenho do Governo na baixa do IRC “para que a taxa marginal fique a meio da tabela e não como a 2ª mais elevada dos países da OCDE”, bem como o objetivo de em 2026 reduzir a dívida pública para menos de 90% do PIB, “porque 90% são os novos 60% do tratado de Maastricht”, disse.

A presidente da ASF adianta que “uma insuficiente subscrição de seguros que cubram catástrofes, pelas empresas ou particulares, pode ser justificada pela menor perceção da utilidade desses produtos”.

Problema: Iliteracia ou perceção de custo elevado de um seguro para cobrir catástrofes

Margarida Corrêa de Aguiar, anfitriã como presidente da ASF, salientou que só em 2023, as perdas económicas globais associadas a desastres naturais atingiram 280 mil milhões de dólares, das quais apenas 35% se encontravam cobertas por seguros, revelando assim um ‘protection gap’ significativo.

Em Portugal salientou os “incêndios florestais que marcaram tragicamente a última década, as vulnerabilidades geológicas associadas ao risco sísmico, as cheias que têm afetado algumas comunidades e a intensificação de tempestades são exemplos concretos dos riscos que enfrentamos”, disse.

Segundo Margarida Aguiar “o setor segurador confere resiliência ao país, assegurando a mitigação significativa das perdas resultantes da ocorrência de catástrofes naturais e o acesso a mecanismos especializados de assistência, de avaliação das perdas e de compensação financeira aos lesados, promovendo uma recuperação mais célere do tecido económico e social”.

Referiu um estudo recente, promovido pela ASF, que detetou lacunas de proteção relevantes em quatro principais áreas: o risco climático e de catástrofes naturais, o risco cibernético, o risco demográfico, nas vertentes da saúde e das pensões de reforma, e o risco pandémico, na vertente de interrupção de negócio em situações pandémicas.

O Fundo Sísmico será a criação de um tal sistema, “projeto em que a ASF se encontra empenhada, perspetivando-se para breve a entrega ao Governo de um primeiro documento com propostas concretas nessa matéria”. A presidente do órgão supervisor adianta que permitirá “reduzir o elevado ‘protection gap’ nacional existente e criar mecanismos para a acumulação de fundos ex-ante que possam ser canalizados para o ressarcimento das perdas potencialmente sistémicas decorrentes da ocorrência de um sismo”.

Também lembrou que, do lado da procura, “uma insuficiente subscrição de seguros pelas empresas ou particulares pode ser justificada pela menor perceção da utilidade desses produtos, devido à falta de uma cultura de risco e falta de literacia financeira e/ou pelo seu custo ser considerado demasiado elevado face ao rendimento disponível”.

Protagonistas no Congresso: Ricardo Mourinho Félix, Leigh Wolfrom, Pamela Schuermans, Margarida Corrêa de Aguiar, Hugo Borguinho, Edouard Vieillefond e José Galamba de Oliveira. Em falta Augusto Mateus.

“Políticas públicas precisam cada vez mais dos seguros”

O economista e ex-ministro Augusto Mateus focou a evolução da “indústria dos seguros” numa economia de riscos aumentados com as alterações climáticas, o envelhecimento da população e a fragmentação social. Afirmou que a mutualização dos riscos tem de ser feita de forma criativa exemplificando com “somos campeões dos fogos florestais porque não temos cadastro florestal”, disse acrescentando: “fiz cálculos para empresas de infraestraturas e concluí que essa falta de cadastro aumenta em 2,3% a 3,6% dos custos das obras”.

Augusto Mateus defende ter-se capacidade de gerir riscos para garantir rendibilidades que financiem a mudança. Na área da poupança referiu a anormalidade da pouca poupança existente em Portugal (cerca de 7% do rendimento das famílias) quando na China é 40%. A esta constatação juntou a ideia de “a meio deste século teremos uma taxa de substituição (proporção da primeira pensão em relação ao último salário) abaixo dos 50%. Qualquer atividade passa por uma sociedade mais resiliente, que depois se desenvolve.

Na área a saúde reafirmou que um sistema de nacional de saúde precisa dos seguros de saúde porque “sem liberdade de escolha o sistema será sempre de dificuldades, e esse sistema terá de ser focado na pessoa”. Daí afirmar que “precisamos de novos instrumentos de parceiras público-privadas nesta e noutras áreas” justificando que “políticas públicas precisam cada vez mais dos seguros”.

Concluiu afirmando “só nos salvamos pela inovação e não pela inovação parva!”

Públicos, privados, seguradores, resseguradores. A solução passa por todos.

Ricardo Mourinho Félix, diretor de Relações Internacionais e de Cooperação do Banco de Portugal, foi moderador convidado para o painel “O papel do setor segurador na gestão de riscos de catástrofes naturais”, em que a ASF juntou quatro insituições com experiência de prática e de estudo de como prevenir e enfrentar os efeitos financeiros de catástrofes naturais.

Edouard Vieillefond, CEO da CCR – Caisse Centrale de Réassurance, resseguradora estatal de França, descreveu o NAT CAT Scheme de França, um sistema de proteção que envolve seguradoras, resseguradoras, em várias camadas até atingir o Estado como último recurso financeiro, enquanto Leigh Wolfrom, analista na Capital Markets and Financial Institutions Division da OCDE descreveu a abordagem metodológica recomendada para montar um sistema de proteção financeira para responder a catástrofes.

Pamela Schuermans, especialista na Risks and Financial Stability Department da EIOPA salientou que na União Europeia “existe um protection gap de 75%”, incentivando maior literacia porque cada um “não deve haver o assumir de um risco moral ao esperar que outros avancem para resolver os problemas”.

José Galamba de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) revelou que as seguradoras portuguesas pagaram 800 milhões de euros desde 2010 em indemnizações para cobrir um valor estimado de 15 mil milhões de perdas económicas por eventos naturais. Salientou que apenas 47% das habitações em Portugal têm seguro, a maioria de incêndio e apenas 19% têm cobertura sísmica.

Apontou soluções para avançar neste tema, como controlar melhor a obrigatoriedade dos seguros, tornar obrigatória a cobertura multirriscos – em lugar de apenas incêndio -, e redução de infra-seguros, apólices com capitais reduzidos em que a regra proporcional torna difícil recuperar uma habitação.

O custo dos seguros de catástrofes para os consumidores foi lembrado como causa para lacunas de proteção. Galamba de Oliveira disse ainda que as simulações do prémio do seguro sísmico devem ser calculadas face aos custos de reconstrução e não pelo valor comercial do imóvel e advoga a criação de um sistema nacional em cooperação entre Estado e companhias de seguros, com adesão voluntária de alcance nacional, acumulando recursos em fundos apropriados para estarem disponíveis em emergências.

O problema cultural foi reforçado por José Galamba ao dizer que Portugal se habituou a ter um estado paternal que habituou as pessoas a intervir. Felizmente é menos grave do lado dos negócios. “As pessoas que pensam que têm seguro mas não têm as coberturas certas que as podem proteger”, concluiu.

Hugo Borguinho, Diretor do Departamento de Análise de Riscos e Solvência da ASF, encerrou a Conferência.

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PCP diz que Governo não quer taxar super-ricos mas dá “super descontos” às grandes empresas

  • Lusa
  • 19 Novembro 2024

Paulo Raimundo ironiza com o "super desconto que o Governo está fazer em IRC para as grandes empresas, para as tais dos 32 milhões de euros de lucros por dia".

O secretário-geral do PCP ironizou esta terça-feira que o primeiro-ministro diz que Portugal não tem condições para decidir taxar os super-ricos, mas tem sempre condições para dar “super descontos” às grandes empresas em sede de IRC.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma sessão pública em Lisboa, Paulo Raimundo foi questionado sobre como é que vê as palavras de Luís Montenegro, que manifestou na terça-feira abertura para debater um imposto sobre os super-ricos, mas admitiu que nem Portugal nem o G20 estão “ainda em condições de assumir uma decisão” sobre essa matéria.

“Eu compreendo. Este senhor primeiro-ministro e este Governo nunca estão prontos para isso. Estão prontos é para nos pedir para aguentar, para a contenção dos salários e das pensões, ou para a malta fazer mais um esforço, porque tem de pagar as taxas de juro ao banco”, ironizou Paulo Raimundo. O secretário-geral do PCP considerou que são os “super-ricos que ficam de fora, os super lucros que ficam de fora, os super empreendimento que ficam de fora”.

“Curiosamente, há uma coisa que não fica de fora. Sabe o que é? É o super desconto que o Governo está fazer em IRC para as grandes empresas, para as tais dos 32 milhões de euros de lucros por dia. Para esses, há sempre um super desconto”, disse.

Sobre se o PCP pretende aprovar a alteração ao Orçamento do Estado apresentada pelo PS que prevê um aumento extraordinário das pensões em 1,25%, Paulo Raimundo considerou que “o PS, como sempre, é muito comedido”, defendendo que se deve antes perguntar aos socialistas se vão acompanhar a proposta do seu partido para aumentar em 5% as pensões, com um mínimo de 70 euros.

“Essa é que é a pergunta que têm de fazer ao PS, porque isso é que é de coragem. Não é agora uns pozinhos, desculpem-me a expressão. É claro que tudo o que venha para cima é melhor do que nada. Mas o que é que o PS faz? Pega nas contas do Governo, a partir da matriz do Governo, e procura ali um jeitinho. Não é disso de que o país precisa”, disse.

Nestas declarações, Paulo Raimundo foi ainda questionado sobre como é que vê os 1.000 dias de guerra na Ucrânia que se assinalam esta terça, tendo respondido que, infelizmente, o conflito já dura há 10 anos e “são mais de mil dias de guerra”, numa alusão ao início dos conflitos militares na região ucraniana do Donbass, em 2014.

Para o secretário-geral do PCP, a guerra da Ucrânia “nunca devia ter começado, é preciso acabar” e todos devem empenhar-se na promoção da paz. “E, no dia de hoje, com os acontecimentos recentes das últimas horas, é uma dor no coração a leviandade com que se fala de guerra, de possibilidade de confronto entre potências nucleares. É tão assustadora a leviandade como se fala, como a possibilidade de confronto entre potências nucleares”, disse.

Questionado especificamente sobre o facto de a Rússia ter decidido alargar a possibilidade de utilização de armas nucleares, após os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com os mísseis de longo alcance, Raimundo defendeu que é preciso “travar a escalada”.

“Que cada um se questione: onde é que isto vai parar? De escalada em escalada, onde é que isto vai parar? O que é que vai acontecer à humanidade? Alguém pensa que se vai sair entre os pingos da chuva de um confronto entre potências nucleares?”, perguntou.

Esta segunda-feira, à margem da cimeira do G20, cujos trabalhos Portugal integra pela primeira vez como observador a convite da presidência brasileira, Luís Montenegro respondeu a perguntas da comunicação social, designadamente sobre a hipótese de uma taxação global para as grandes fortunas. “É uma questão que está, como estava em cima da mesa, que nós encaramos do ponto de vista conceptual com abertura, mas naturalmente não estamos ainda em condições – nem nós nem os nossos parceiros nesta cimeira, creio eu – para assumir uma decisão”, disse.

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Aeroporto de Beja acolhia “ampla estrutura” de rede internacional de tráfico de droga

  • Lusa
  • 19 Novembro 2024

A polícia espanhola e portuguesa realizaram uma operação conjunta que identificou uma rede de funcionários corruptos que operavam sob a liderança de um cidadão português, no aeroporto de Beja.

A rede de tráfico de cocaína desmantelada pela Polícia Nacional (PN) espanhola e pela Polícia Judiciária tinha no aeroporto de Beja uma “ampla estrutura”, onde operava “uma rede de funcionários corruptos” liderada por um cidadão português, segundo a PN.

Em comunicado divulgado na sua página oficial, a PN revela que a rede criminosa agora desmantelada, denominada de ‘Narcos (traficantes) do céu’, recorria a voos de jatos privados fretados para o transporte de cocaína, proveniente de diversos pontos da América do Sul, com destino a aeroportos europeus, como o de Beja, em Portugal, mas também no Reino Unido.

O alegado esquema criminoso envolveu transporte marítimo, usando contentores de carga para dissimular cocaína em direção a portos espanhóis. Segundo o comunicado, após meses de investigação, foi possível confirmar que a rede de tráfico tinha acesso a vários aeroportos europeus como ponto de entrada dos carregamentos de cocaína, “encontrando-se um deles na localidade portuguesa de Beja”.

“Ali a rede contava com uma ampla estrutura, razão pela qual os seus membros realizavam numerosas deslocações a Portugal”, adianta o comunicado.

“No passado mês de janeiro, a PN e a Polícia Judiciária (PJ) realizaram uma operação conjunta que permitiu identificar uma rede de funcionários corruptos que operavam sob a liderança de um cidadão português, no aeroporto comercial de Beja. Nessas datas, os agentes tiveram conhecimento de que a organização tinha enviado o seu primeiro avião fretado a partir de Barranquilla, Colômbia, em direção ao aeroporto de Beja, a bordo do qual se encontravam vários dos seus membros, assim como pilotos contratados para o efeito”, lê-se no comunicado.

A PN adianta ainda que nessa ocasião não foi possível à rede criminosa carregar o avião com droga, o que se traduziu num prejuízo superior a 500 mil euros para a organização.

Os suspeitos mantiveram o plano de enviar para a Europa quase duas toneladas de cocaína por voos privados, mas para “poder recuperar economicamente da perda e financiar a operação, assim como para manter o seu nível de vida, mudaram o seu modus operandi“, optando por operações de “menor envergadura”, enviando malas de cocaína a partir de vários países em direção ao aeroporto de Barajas, em Madrid.

Foram detetados pela investigação quatro envios com recurso a este método ao longo de um ano: setembro de 2023 (16,5 quilos de cocaína), março de 2024 (31 quilos), abril de 2024 (60 quilos) e setembro de 2024 (20 quilos). Em maio deste ano, foram encontrados 344 quilos de cocaína escondidos no chão de um contentor carregado de abacates proveniente do Peru com destino ao porto de Barcelona, tendo o carregamento sido intercetado antes de chegar às mãos da rede de tráfico.

“Em junho de 2024, os suspeitos realizaram uma segunda tentativa para transportar droga num avião privado. Depois de conseguirem financiamento de vários investidores externos no México, fretaram um avião particular em Joanesburgo, na África do Sul, até à República Dominicana, onde devia ser carregado o estupefaciente para ser transportado para o Reino Unido. Tal como na primeira tentativa, problemas logísticos impediram o carregamento”, detalhou a PN.

Face às contrariedades sofridas nas operações falhadas, a organização criminosa recorreu a novas fontes de financiamento que lhes permitisse pagar despesas diárias, a droga e a logística.

A polícia identificou várias formas utilizadas pela rede de tráfico para dar cobertura às suas operações financeiras e logísticas, entre as quais o recurso a empresas que trabalham com criptomoedas para converter os ganhos com as operações de narcotráfico em moeda legal, mas também a utilização de redes informais de envio de dinheiro.

Segundo a investigação, a rede recorria a serviços desta natureza para financiamento, sobretudo a empresários de origem chinesa, “com capacidade económica suficiente e com uma estrutura que operava a nível mundial” para realizar transações à margem do sistema financeiro legal, recorrendo ao sistema informal denominado Hawala.

A investigação, que durou 15 meses, teve início em junho de 2023, quando a PN e a agência norte-americana de combate ao tráfico de droga (DEA), iniciaram uma investigação conjunta às atividades de um cidadão colombiano residente em Madrid, que alegadamente liderava uma grande rede de tráfico de droga, tendo a investigação fixado a atenção, numa fase inicial, num café no bairro de La Moraleja, frequentado pelos investigados e ao qual estes se referiam como “o escritório”, por ser onde decorriam as organizações dos membros da rede.

Segundo o comunicado hoje divulgado pela PJ sobre a operação em Portugal, denominada Operação Fóssil, a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes e realizada em conjunto com a polícia espanhola e com o apoio da Europol, resultou na detenção de seis pessoas, na realização de nove buscas domiciliarias e, ainda, na apreensão de vários bens, nomeadamente, cinco automóveis de gama alta, elevadas quantias de dinheiro em numerário, material informático, documentação e pequenas quantidades de droga e anabolizantes.

Em Portugal, a operação iniciou-se na sequência de troca de informação no âmbito da cooperação policial internacional, resultando num mandado de detenção europeu, que permitiu à PJ proceder à detenção do principal responsável da rede criminosa que operava em território nacional e importava droga para o continente europeu.

A PJ acrescenta que este suspeito, conhecido pelas autoridades policiais portuguesas, é reconhecido internacionalmente como sendo um “High Value Target”, ou seja, um suspeito de elevada relevância criminal no submundo do tráfico ilícito de estupefacientes. No total, em Portugal e Espanha, foram detidas 25 pessoas de diversas nacionalidades.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot sobe para 168 milhões de euros

  • ECO
  • 19 Novembro 2024

O jackpot desta terça-feira ronda os 168 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões, com um primeiro prémio no valor de 168 milhões de euros. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 19 de novembro :

Números: 4, 13, 20, 28 e 49

Estrelas: 7 e 12

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Trump entrega pasta do comércio a Howard Lutnick

Howard Lutnick defendeu o aumento de tarifas como uma forma de impulsionar a economia norte-americana durante um comício de campanha de Trump. Uma posição alinhada com as promessas de Trump.

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos da América, nomeou o multimilionário Howard Lutnick, CEO da financeira Cantor Fitzgerald, como próximo secretário do Comércio, avança a Reuters. Com 63 anos, Lutnick tem sido uma personalidade próxima de Trump e assumirá agora este departamento que é responsável pela gestão da dívida pública, regulação de instituições financeiras e implementação de políticas económicas.

Howard Lutnick defendeu o aumento de tarifas como uma forma de impulsionar a economia norte-americana durante um comício de campanha de Trump. Uma posição alinhada com as promessas de Trump de impor tarifas de 60% sobre produtos chineses e de 10% sobre bens de outros países. Lutnick chegou também a sugerir que as criptomoedas poderiam ser usadas como forma de pagamento de impostos, uma proposta que gerou controvérsia na comunidade financeira.

Entre os apoiantes de Howard Lutnick para este cargo estava Elon Musk, que foi nomeado para liderar a nova Comissão de Eficiência Governamental. O dono da Tesla elogiou Lutnick como uma escolha que será capaz de “promover mudanças reais”, descrevendo-o como o oposto de alguém que prefere uma abordagem “tradicional e estagnada” aos problemas, tendo-o provado como líder da empresa de serviços financeiros Cantor Fitzgerald.

Para além de CEO da Cantor Fitzgerald, uma das principais empresas de serviços financeiros do mundo, Howard Lutnick é ainda presidente e diretor executivo do BGC Group e presidente do Newmark Group, um líder mundial em serviços imobiliários comerciais.

Lutnick tem sido uma figura influente no núcleo próximo de Trump, desempenhando um papel central na seleção de membros do gabinete e na definição de estratégias para o novo mandato.

(Notícia atualizada às 20h24)

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Lusíada prolonga até 28 de fevereiro prazo para inscrições no curso de gestão de seguradoras

  • ECO Seguros
  • 19 Novembro 2024

As empresas de seguros têm apoiado as inscrições curso. Para o diretor da pós-graduação, tal significa que reconhecem "o valor estratégico desta formação para o desenvolvimento das suas equipas.

A Universidade Lusíada de Lisboa alargou as inscrições do curso de pós-graduação em Gestão de Seguradoras até 28 de fevereiro de 2025 “para permitir que mais profissionais possam candidatar-se”, afirmou Nuno Oliveira Matos, Sócio da Carrilho & Associados – ROC, que, com o Professor Álvaro Matias, Diretor da Faculdade de Ciências da Economia e da Empresa Universidade Lusíada, assume a direção científica do curso.

Nuno Oliveira Matos, Sócio da Carrilho & Associados – ROC, avisa que ainda há vagas para “quadros de companhias de seguros, gestores, atuários, consultores e auditores que desejem atualizar e aprofundar os seus conhecimentos teórico-práticos”.

Em resposta ao ECOseguros, Nuno Matos indicou que há ainda vagas para esta edição do curso, destinado a “quadros de companhias de seguros, gestores, atuários, consultores e auditores que desejem atualizar e aprofundar os seus conhecimentos teórico-práticos num ambiente dinâmico e especializado”.

As empresas de seguros têm apoiado as inscrições na pós-graduação. Para Nuno Matos, esse investimento das companhias significa que reconhecem “o valor estratégico desta formação para o desenvolvimento das suas equipas”.

O curso, que recebeu cartas de reconhecimento da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), é uma pós-graduação em que não é requerido o desenvolvimento de tese, será ministrado à 6.ª feira às 18h e sábado às 9h00 durante dois semestres num total de 300 horas.

Os colaboradores da ASF e de empresas associadas da APS terão acesso a um desconto de 20% sobre o valor indicativo de 3.600 euros como propina para todo o curso que inclui uma avaliação integrada entre aprovação em exames e resolução de problemas em estudos de caso.

Mais informações aqui.

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MPM atualiza plataforma de comparação de seguros de saúde

  • ECO Seguros
  • 19 Novembro 2024

O software "permite aos corretores de seguro comparar detalhadamente os produtos de saúde de múltiplas seguradoras e, agora, facilita a contratação direta de apólices da DKV", refere em comunicado.

A MPM Software lançou uma nova versão da sua plataforma, em Espanha, de precificação de seguros de saúde em parceria com a companhia de seguros DKV chamada de Salud-e, anunciou em comunicado.

Segundo comunicado, a plataforma foi desenvolvida com foco na facilidade de utilização, permitindo a comparação dos prémios das coberturas das principais companhias de seguros de saúde “apresentando a informação de uma forma clara e organizada”.

O software “permite aos corretores de seguro comparar detalhadamente os produtos de saúde de múltiplas seguradoras e, agora, facilita a contratação direta de apólices da DKV a partir da própria plataforma, otimizando o processo de venda”.

Como o Salud-e simplifica a análise e comparação de produtos de saúde permite que os distribuidores forneceram aos clientes um aconselhamento completo sobre seguros de saúde, assinala a empresa.

Neste sentido, a MPM destaca que “com funcionalidades como a comparação de coberturas, o envio de ofertas personalizadas e um sistema de preços híbrido (online e offline), a Salud-e consolida-se como a ferramenta mais avançada do mercado para a comercialização de seguros de saúde”.

Para incentivar o adoção da plataforma, a empresa de software oferece uma subscrição experimental gratuita de dois meses, no entanto, o cliente assume o custo de instalação e arranque de solução.

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PS acusa Governo de estar a “arranjar desculpas” para não aumentar pensões

  • Lusa
  • 19 Novembro 2024

O PS vai "bater-se" pelo aumento das pensões, diz Pedro Nuno Santos, que tem a "expectativa de que esse aumento vá mesmo acontecer porque é devido" aos reformados".

O secretário-geral do PS acusou esta terça-feira o Governo de estar a “arranjar desculpas” para chumbar o aumento das pensões proposto pelo seu partido, garantindo que se “vai bater” para que ele fique inscrito no Orçamento do Estado.

“O Governo que nós temos neste momento em funções está a arranjar desculpas, a tentar procurar desculpas para chumbar este aumento das pensões. O PS vai bater-se para que ele aconteça e temos mesmo a expectativa de que esse aumento vá mesmo acontecer porque é devido aos nossos reformados”, defendeu Pedro Nuno Santos, na Maia, no distrito do Porto, à margem de uma visita a uma empresa da área da metalomecânica.

O líder socialista reagiu assim à notícia de que o PSD pediu à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que avalie o impacto no Orçamento do Estado da proposta do PS para aumentar as pensões mais baixas – até pouco acima dos 1.500 euros – em 1,25 pontos percentuais, além do aumento regular que decorre da lei, no próximo ano.

“Nós hoje sabemos também que o país tem uma boa situação financeira orçamental, fruto da governação socialista. Essa boa situação financeira e orçamental permite-nos dar mais um passo em frente na melhoria das pensões dos nossos reformados”, sustentou Pedro Nuno Santos.

O também ex-ministro das Infraestruturas defendeu que o Governo liderado por Luís Montenegro tem margem para aquele aumento. “Ainda há poucos dias o Governo se disponibilizou para viabilizar a redução do IRC em dois pontos percentuais. Cada ponto percentual custa cerca de 300 milhões de euros. Se estavam disponíveis para reduzir dois pontos e só se vai reduzir um, têm ai uma boa margem para pagarem o aumento das pensões”, argumentou.

Questionado ainda sobre os 1.000 dias de guerra na Ucrânia e a discussão atual sobre a segurança da Europa, o líder do PS defendeu que Portugal deve ter voz nessa discussão. “É motivo de preocupação e é um tema sobre o qual há um consenso nacional. Portugal deve continuar a ter um papel importante na discussão europeia sobre a defesa do espaço europeu e da Europa. Temos esse dever para proteger todos os cidadãos europeus”, disse.

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PRR

Novo concurso para aquisição de navios elétricos nos Açores custa mais 5,5 milhões de euros

  • Lusa
  • 19 Novembro 2024

Um novo concurso para a aquisição de dois navios elétricos foi lançado esta terça, depois de o primeiro, lançado em janeiro, ter ficado deserto e de o segundo, em abril, ter sido anulado pela empresa.

O novo concurso para a aquisição de navios elétricos pela empresa que assegura o transporte marítimo de passageiros nos Açores, lançado esta terça-feira, tem um preço base de 30,5 milhões de euros, mais 5,5 milhões do que o anterior. “Na altura do anterior concurso, pareceu-nos que aquele valor seria o mais adequado, mas com a experiência deste último concurso, e de forma a garantir que pudessem aparecer melhores soluções e termos mais concorrentes, optámos por um aumento do valor do concurso para os 30,5 milhões”, explicou, em declarações a Lusa, a presidente do conselho de administração da Atlânticoline, Isabel Dutra.

A Atlânticoline, empresa pública que assegura o transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores, lançou um novo concurso para a aquisição de dois navios elétricos, depois de o primeiro, lançado em janeiro, ter ficado deserto e de o segundo, em abril, ter sido anulado pela empresa. O concurso, publicado em Jornal Oficial, define como preço base 30,5 milhões de euros, quando o anterior tinha sido lançado por 25 milhões de euros.

Inicialmente, estava previsto que o investimento fosse assegurado na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas, com o aumento do preço base, a empresa poderá ter de recorrer à banca para assegurar o remanescente. “À partida será através de um empréstimo, mas iremos continuar a encontrar soluções e se houver outras formas de financiamento iremos aproveitar”, adiantou Isabel Dutra.

“Neste momento, a garantia que temos do PRR são 25 milhões. É aquilo que temos assinado em contrato”, acrescentou. Para aceder aos fundos do PRR, a empresa tinha de adquirir os navios até ao final de 2025, mas estima agora contar com um período adicional de seis meses. “Prevê-se que os navios sejam entregues até 30 de junho de 2026, entrando em funcionamento no segundo semestre de 2026”, indicou a presidente do conselho de administração.

Questionada sobre o alargamento do prazo, Isabel Dutra revelou que estão a decorrer “conversações com a Comissão Europeia e, portanto, tudo indica que será possível”. A administradora da Atlânticoline disse ainda acreditar que continua a ser possível aceder aos fundos do PRR. “Estamos convictos de que sim. O prazo passará de 31 de dezembro de 2025 para 30 de junho de 2026 e, portanto, estamos convictos de que irão aparecer concorrentes, caso contrário não teríamos avançado com este novo concurso”, apontou.

Em outubro, Isabel Dutra admitiu a possibilidade de o concurso lançado em abril ser anulado, alegando que o consórcio vencedor, composto pelas empresas Transinsular e Navaltagos, se recusou a assinar o contrato.

Infelizmente, o concurso não teve o desfecho que estávamos a contar tendo em conta que, já depois de termos adjudicado a proposta, o consórcio vencedor veio solicitar alterações, quer ao prazo de execução, quer às características técnicas dos navios, alterações essas que contrariavam o que estava definido no caderno de encargos”, explicou, na altura, em declarações à Lusa.

A Atlânticoline colocou em cima da mesa a possibilidade de uma adjudicação direta, mas optou por lançar um novo concurso público. “A decisão foi avançar com um concurso público internacional e assim não estaríamos a limitar a concorrência, o que iria acontecer no caso de um ajuste direto”, justificou Isabel Dutra.

A empresa Navaltagus contestou em tribunal a caducidade da adjudicação, mas a administradora disse que a ação não impede o lançamento de um novo concurso. “É um direito que assiste ao consórcio lutar por aquilo que entende que são os seus direitos, mas de forma alguma a ação coloca em causa ou inviabiliza o lançamos deste terceiro concurso”, explicou.

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IHRU promove auditoria a problemas informáticos que levaram a anular sorteio de renda acessível

  • Lusa
  • 19 Novembro 2024

Depois de anular um sorteio de 130 casas de renda acessível, o IHRU diz que está “empenhado em garantir que o novo sorteio seja realizado de forma justa".

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) vai promover “uma auditoria” às causas dos problemas informáticos, que levaram à anulação do sorteio que atribuiu 130 casas de renda acessível, após ter confirmado o resultado às famílias selecionadas.

“O IHRU reitera o compromisso com a transparência e o rigor nos processos de atribuição de habitação e irá promover uma auditoria para identificar as causas dos problemas técnicos informáticos”, indicou à Lusa o instituto, assegurando que está “empenhado em garantir que o novo sorteio seja realizado de forma justa e em conformidade com os critérios estabelecidos”.

Em causa estão dois concursos, abertos no início de outubro, “para sorteio de 130 casas de renda acessível, no âmbito do Programa Arrendar para Subarrendar”, em 24 concelhos do país, abrangendo 22 alojamentos, na zona Norte, com rendas que variam entre 219 euros (T1) e 287 euros (T4), e 108 alojamentos, na região Sul, com rendas de 287 euros (T1 a T5).

As candidaturas podiam ser submetidas até 1 de novembro, através de plataforma digital “IHRU Arrenda”, decorrendo os sorteios das candidaturas admitidas a concurso em 5 de novembro. As famílias foram informadas por correio eletrónico das casas atribuídas e do valor da renda. “Apesar do IHRU reconhecer as expectativas criadas junto dos candidatos notificados do resultado do sorteio, viu-se obrigado, nos termos legais, a proceder à anulação dos sorteios e à revogação das notificações de resultados”, explicou fonte oficial do instituto.

Segundo a mesma fonte, “devido a problemas informáticos ocorridos durante os sorteios e após análise técnica detalhada”, foram identificadas “desconformidades” relacionadas com candidaturas “admitidas que não foram sorteadas”, “sorteadas em duplicado” ou “sorteadas que não constavam da lista de candidaturas admitidas para o sorteio”.

“Para mitigar o impacto desta situação, foi implementado um mecanismo de contingência para notificar todos os candidatos admitidos a concurso e esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas com este assunto”, acrescentou. No entanto, segundo noticiou esta terça-feira o Jornal de Notícias, concorrentes escolhidos e que viram o sorteio anulado estão descontentes e ameaçam recorrer a tribunal.

Uma concorrente selecionada, Sancha Vaz Pinto, citada pelo jornal, assumiu a “frustração” com a decisão do IHRU, que representou “implicações sérias” na sua vida, e admitiu recorrer a “medidas legais para garantir os direitos e exigir a manutenção dos resultados originais”.

“Lamentamos a situação ocorrida e informamos que será comunicada brevemente uma nova data para os sorteios, assim que os problemas técnicos forem resolvidos”, concluiu, por seu turno, a fonte oficial do IHRU.

As habitações a sortear situam-se em Albufeira (distrito de Faro), Almada, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira, Seixal (Área Metropolitana de Lisboa), Gondomar, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Valongo, Vila Nova de Gaia (Área Metropolitana do Porto), Praia da Vitória (Açores), Caldas da Rainha (distrito de Leiria), Coimbra, Penacova (Coimbra), Ponte da Barca (Viana do Castelo) e Torres Vedras (Lisboa).

De acordo com o IHRU, podem concorrer pessoas ou agregados familiares que cumpram os critérios de elegibilidade definidos no programa e condições estabelecidas nos avisos dos concursos, e será dada “prioridade aos agregados com idade até aos 35 anos, famílias monoparentais ou famílias com quebras de rendimento superiores a 20% face aos rendimentos dos três meses precedentes, ou no mesmo período homólogo do ano anterior”.

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