5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 20 Maio 2025

Marcelo Rebelo de Sousa começa a ouvir os partidos políticos. Bosch Portugal divulga contas de 2024. A ministra do Ambiente participa na conferência "Estratégia e Segurança Elétrica para Portugal".

No dia em que o Presidente da República começa a ouvir os partidos políticos no rescaldo das eleições legislativas deste domingo, a Bosch Portugal divulga as contas de 2024. Após três semanas do apagão na Península Ibérica, a ministra do Ambiente participa na conferência “Estratégia e Segurança Elétrica para Portugal”. E acontece a 5.ª edição da conferência New Money – New Wave of Digital Money numa parceria do ECO e a Morais Leitão.

Marcelo Rebelo de Sousa ouve partidos políticos

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa começa a ouvir os partidos políticos no rescaldo das eleições legislativas deste domingo: PSD a partir das 11h, segue-se depois o PS pelas 15h e duas horas depois o Chega.

Bosch Portugal divulga contas de 2024

Sob a liderança de Javier González Pareja, a Bosch Portugal divulga esta terça-feira, nas instalações de Braga, os resultados financeiros de 2024. Dá ainda a conhecer a Bosch Car Multimedia Portugal, a que se segue uma visita à fábrica desta empresa germânica. Tem depois lugar a mesa redonda subordinada ao tema “Os Potenciais da Inteligência Artificial na Mobilidade”.

Como anda a economia por cá e na Europa

Esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os índices de preços na produção industrial referentes a abril de 2025. Em março deste ano registou uma descida homóloga de 5,5%, após o crescimento de 1,2% no mês anterior. Já lá fora, o Eurostat publica estatísticas sobre o custo do trabalho e a propósito das vagas de emprego.

Conferência “Estratégia e Segurança Elétrica para Portugal”

Dois dias depois das eleições legislativas e após o apagão “elétrico” de 28 de abril que afetou a Península Ibérica, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, participa na conferência “Estratégia e Segurança Elétrica para Portugal”. Trata-se de uma iniciativa da Ordem dos Engenheiros (OE), que acontece na sede nacional desta entidade em Lisboa. Participam ainda o bastonário da OE, Fernando de Almeida Santos, o anterior ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e os presidentes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

Conferência New Money

A 5.ª edição da conferência New Money – New Wave of Digital Money reúne, em Lisboa, especialistas da indústria financeira e entidades que prestam serviços com criptoativos para analisar os impactos do regulamento MiCA e os desafios da resiliência operacional digital. Esta é uma iniciativa do ECO em parceria com a Morais Leitão.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 20 de maio

  • ECO
  • 20 Maio 2025

Ao longo desta terça-feira, 20 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Quem perdeu e quem ganhou os 628.457 votos que mudaram o país

A mudança de sentido de 10,5% dos votos nas eleições legislativas de 18 de maio foi o suficiente para, no espaço de um ano, alterar o equilíbrio de forças do futuro parlamento.

Foram o PS e e BE os partidos que mais perderam votos com o Chega e a AD a serem os que mais beneficiaram, analisando a aritmética do número de boletins válidos depositados nas urnas em território nacional no passado domingo.

Estavam inscritas 9.256.493 pessoas para votar (menos 1.403 que em 2024) e desses votaram 5.965.322 (menos 174.665 que em 2024). Dos que votaram, 85.699 fizeram-no em branco (- 2.013) enquanto 58.930 boletins (-7.225) foram considerados nulos pelas assembleias de voto. A abstenção em território nacional, continente e regiões autónomas de Açores e Madeira, atingiu o número de 3.300.171 de pessoas (+173.262) o que em significou 35,62% de taxa de abstenção em 2025, face a 33,7% em 2024.

Assim, em 2025 houve 5.820.426 votos válidos (- 165.427) distribuídos por 21 forças políticas, das quais a AD –coligação PSD/CDS e a coligação PPD/CDS – PPM, que concorreu nos Açores são consideradas em conjunto, resultando em 20 forças em análise. A troca de votos, entre quem votou em 2024 e não o fez em 2025 fez a abstenção “conquistar” 165.427 adeptos e, juntando a redução de brancos e nulos, significou uma alteração do sentido de voto num total de 628.457 casos.

PS e BE perderam 520 mil votos

O PS obteve 1.394. 491 votos (-395.546 que em 2024) e foi o maior perdedor em números absolutos das eleições deste domingo. O BE teve a sua votação reduzida para 119.211 (-154.821), ou seja, para menos de metade.

O PAN conseguiu 80.850 votos (-37.772), enquanto o PCP-PEV baixou para 180.943 (-21.503). Próximo do PAN ficou o ADN, com 78.914 votos (-21.152 em 2024), completando a lista de perdas o R.I.R (-11.904), o Nova Direita (-6.283), o PCTP/MRPP (-3.885), o MPT (- 3.577) e o PTP (-2.014).

Chega, AD explicam 377 mil de votos ganhos

O Chega conseguiu 1.345.575 votos (+236.631), enquanto a AD alcançou 1.951.792 boletins favoráveis, mais 140.622 que em 2024. O Livre foi a exceção da esquerda, aumentando a sua votação para 250.651 (+50.564), ganho bastante superior ao da Iniciativa Liberal (+17.892) que, no entanto, conseguiu um total de 330.149 votos.

Nos novos partidos, o PLS – Partido Liberal Social conseguiu 6.336 votos, o PPM, a concorrer independente da AD em 2025, conseguiu 4.845.

Entre os partidos mais pequenos, repetentes em eleições legislativas, o Ergue-te ganhou 3.080 votos para um total de 8.806, o JPP subiu 1.742 para 20.126, o Nós Cidadãos cresceu 1.141 para 2.771 votos, enquanto o Volt Portugal conseguiu 10.998 escrutínios, mais 177 que os obtidos nas legislativas de 2024.

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Sem “maioria maior”, Montenegro tem de dançar com PS ou Chega até novas eleições

Risco de ingovernabilidade mantém-se, apesar do reforço dos votos na AD. O mais provável é um entendimento com o novo líder do PS no curto prazo a não ser que caia o 'não é não' à extrema-direita.

O risco de instabilidade política e de ingovernabilidade vai manter-se. Luís Montenegro terá de escolher entre uma valsa com o novo líder do PS – Pedro Nuno Santos já bateu com a porta – ou com o presidente do Chega, André Ventura. Depois dos sinais da ala socialista mais moderada, da qual fazem parte Fernando Medina ou Francisco Assis, de que é preciso “reconstruir o partido” e viabilizar um Governo, desde que exclua a extrema-direita, a AD – coligação PSD/CDS deverá escolher este parceiro de dança e assim juntos irão, pé ante pé, até novas eleições em 2027, antecipam vários polílogos consultados pelo ECO.

Durante um ano, até junho de 2026, não é possível dissolver o Parlamento, por causa das eleições presidenciais que impedem o uso da bomba atómica no último semestre do mandato do Chefe do Estado e nos primeiros seis meses a seguir à ida às urnas. E o PS precisa de tempo para se organizar. Quanto ao Chega, André Ventura já não estendeu a mão a Montenegro como há um ano. Resta saber se a AD vai manter o cordão sanitário do ‘não é não’. Rangel já disse que só se aplica a coligações e acordos de incidência parlamentar.

Com 89 lugares no Parlamento, já contando com os três dos Açores, nem com os nove da IL, Luís Montenegro consegue uma “maioria maior” para poder governar sem depender de negociações com os dois maiores partidos da oposição: PS e Chega, ambos com 58 eleitos (sendo que ainda faltam atribuir os quatro mandatos da Europa e Fora da Europa). A AD precisaria de pelo menos 116 lugares no Parlamento, metade mais um relativamente aos 230 que compõem o hemiciclo.

E Rui Rocha, líder dos liberais, perdeu a oportunidade de vir a ser uma força relevante para maiorias. Desiludido com o resultado eleitoral, que lhe deu apenas mais um deputado, já afastou um cenário de alianças com a AD. Andou toda a campanha a tentar seduzir Luís Montenegro que classificava as notícias de namoro como apenas “mexericos”.

Legislativas 2025, noite eleitoral da Aliança Democrática - 18MAI25
Legislativas 2025, noite eleitoral da Aliança DemocráticaHugo Amaral/ECO

Se é certo que Luís Montenegro sai reforçado destas eleições, mesmo depois do caso Spinumviva, por outro lado não alcança o pleno com uma maioria absoluta, quando foi o próprio que ousou apresentar uma moção de confiança que sabia chumbada desde o início, mesmo que, na 25.ª hora, tenha tentado dissuadir o PS de Pedro Nuno Santos de deitar abaixo o Governo com a rejeição.

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“Luís Montenegro ganha alguma margem de manobra mas esta afasta uma estabilidade a quatro anos. Apenas está garantida para ano e meio, dois anos, não só pelo ciclo eleitoral, com autárquicas e presidenciais à porta, mas também pela limitação de marcação de eleições”, conclui Bruno Costa, professor de Ciência Política da Universidade da Beira Interior, em declarações ao ECO.

Na mesma senda, Hugo Ferrinho Lopes considera que “as condições não se alteraram um milímetro face à legislatura em vigor”.

“A AD continua a depender do PS ou do Chega para a viabilização do programa e de Orçamentos do Estado e pode continuar a ser vítima de coligações negativas como aconteceu com o fim das portagens ou a redução do IRS. Vamos continuar com um cenário de instabilidade do ponto de vista da governabilidade”, concluiu o investigador de doutoramento do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Perante o clima de incerteza a instabilidade, Filipa Raimundo não descarta “qualquer cenário, inclusivamente novas eleições em 2027”. “Os últimos anos levam-nos a ser extremamente cautelosos. O facto de o PS ter passado para terceira força e o Chega passar a ter mais 10 deputados não é irrelevante. E aquele “não ao não” [ao Chega] mais afirmativo não foi tanto assim na noite eleitoral”, destacou a professora de professora de Ciência Política do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

Mas, no curto prazo, e uma vez que durante um ano não há possibilidade de dissolução do Parlamento, os partidos não vão querer “ser penalizados nas autárquicas ou nas presidências ao criar uma nova crise política em tão pouco tempo”, sublinha Bruno Costa.

Tendo em conta o posicionamento de PS e Chega, os partidos que podem viabilizar ou derrubar o Governo de Montenegro, o politólogo da Universidade da Beira Interior defende que “a estabilidade terá de ser feita com a validação da nova liderança do PS”.

“O PS precisa de tempo para se reconstruir, para ter uma nova liderança, assumindo que uma oposição constante à AD e ir a jogo a eleições antecipadas não deu resultado. Houve uma forte penalização. Não me parece que seja viável que o PS se mantenha nessa estratégia de constante oposição a Luís Montenegro”, argumenta.

Aliás, sublinha, “já está a haver uma tentativa do PS em sinalizar que são será fator de instabilidade, na condição de não haver diálogo com a extrema-direita, o que dá algum conforto a Luís Montenegro que fica com a garantia de que o programa passará” completa. De lembrar que o ex-ministro da Finanças e um dos putativos sucessores de Pedro Nuno Santos aos comandos do PS, Fernando Medina, já defendeu, em declarações ao canal NOW, que “o PS deve ter as portas abertas no sentido de assegurar uma solução de Governo [de Luís Montenegro], desde que exclua a extrema-direita da esfera da governabilidade”.

Da mesma forma, o eurodeputado do PS Francisco Assis já apelou a uma mudança de atitude do partido. “Tem de ser um partido disponível para contribuir para a estabilização política do país” e tem “um elevado sentido de responsabilidade face à AD no atual quadro político“, afirmou em declarações à rádio Observador.

José Luís Carneiro, que perdeu as últimas eleições internas no PS para Pedro Nuno Santos, e volta a posicionar-se para uma nova “eventual” candidatura a secretário-geral socialista, também admite viabilizar o Governo de Luís Montenegro, mas afasta um bloco central.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem, afirmou esta segunda-feira à noite, em entrevista à CNN Portugal.

Mas “este cenário é um risco para o PS, porque o Chega pode tornar-se verdadeiramente o líder da oposição”, alerta o politólogo Bruno Costa. “E, se as coisas correm menos bem na governação, com o apoio do PS, isto pode fazer o Chega crescer. Estamos a assistir a este cenário na Alemanha, o que também pode acontecer no contexto português”, completa.

Já um diálogo com o Chega parece pouco provável, segundo a análise dos especialistas em Ciência Política, ainda que Paulo Rangel, da comissão política nacional do PSD e número dois do Governo demissionário de Montenegro, tenha esclarecido que um ‘não é não’ refere-se apenas a coligações e acordos de incidência parlamentar. “O diálogo é com todos”, afirmou este domingo à noite na RTP3, já depois de conhecidos os resultados eleitorais.

“É pouco provável que a AD prefira um entendimento com o Chega, até porque o discurso de André Ventura mudou. Em 2024, quis estender a mão à AD, agora disse que não vai parar enquanto não for primeiro-ministro. O Chega é o segundo partido a vencer nos municípios, ficou à frente em mais de 100 e venceu em quatro distritos. Por isso, André Ventura não quer dar a mão à AD, não é esse o caminho. Para o Chega, este é o momento de fazer oposição”, de acordo com a análise de Bruno Costa.

Também Hugo Ferrinho Lopes considera “muito pouco provável que a AD vá contar com o apoio do Chega”.

“Pela primeira vez na história de Portugal, aquilo que era um slogan de André Ventura passou a ser realidade: André Ventura também é candidato a primeiro-ministro, do ponto de vista material, e tendo em conta que tem uma bancada no mínimo igual à do PS. É líder da oposição, tem influência na eleição dos juízes para o Tribunal Constitucional, passa a ter acesso a informação classificada. Se não for para o Governo, o Chega tem zero incentivos para colaborar com Luís Montenegro”, justificou.

Papel do próximo Presidente da República será decisivo

A governabilidade dos próximos tempos também vai depender da forma como o novo Presidente da República, que sair das eleições de janeiro de 2026, vai lidar com a conjuntura política. O chefe do Estado “é uma figura institucional que pode ter uma importância significativa, é um garante da estabilidade mas pode optar por ser mais ou ser menos interventivo”, sublinha Filipa Raimundo. Para a professora do ISCTE, “a expectativa é como é que o Presidente vai interpretar os seus poderes”.

Alinhando pelo mesmo diapasão, Bruno Costa refere que a possibilidade de eleições antecipadas já em 2027, na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado “vai depender muito do perfil do Presidente da República”. Por exemplo, indica, caso “o PS mantenha a linha de oposição à AD, com André Ventura a rejeitar também o programa do Governo, o Presidente da República poderia ser obrigado a procurar uma alternativa que seria convidar o PSD a indicar um novo primeiro-ministro, que pudesse ter a anuência de PS e Chega”. Isto, porque, “há pouca margem o país ficar com um Governo de gestão durante um ano e sem Orçamento de Estado”, argumenta.

Entretanto o candidato à Presidência da República e antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes, já veio defender que o Chefe do Estado deve ter um “papel mediador”, construindo “pontes de entendimento para evitar moções de censura”.

“Os portugueses deram um mandato a Luís Montenegro para governar e deve governar, praticando o diálogo com os dois principais partidos da oposição e, quando surgirem matérias mais delicadas como Orçamento do Estado, vai ter de entrar o papel pacificador do Presidente da República”, afirmou esta segunda-feira. Para Marques Mendes, “não é necessário que haja acordos em matérias como Orçamentos”.

“O importante é que haja diálogo. O Presidente da República tem de ajudar a fazer pontes, evitar impasses, bloqueios, crises, que depois só se resolvem com bombas atómicas e o pais precisa de paz”, frisou.

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Generalitat confia à TÜV SÜD o plano ferroviário que marcará o futuro do transporte na Catalunha

  • Servimedia
  • 20 Maio 2025

A empresa afirma que está a assumir a liderança no Plano de Serviços Ferroviários 2040 para a Catalunha.

A TÜV SÜD foi selecionada pelo Governo da Catalunha para liderar o Plano de Serviços Ferroviários da Catalunha para 2040, um projeto que representa um marco no desenvolvimento do transporte ferroviário na Catalunha, lançando as bases para um modelo de mobilidade eficiente, sustentável e alinhado com as futuras exigências dos cidadãos.

O principal objetivo do plano é configurar um sistema ferroviário ótimo que antecipe e responda eficazmente às necessidades de mobilidade previstas para 2040. Para o efeito, será prosseguida uma visão global e de longo prazo, destinada a transformar o transporte público numa referência de modernidade e acessibilidade.

Entre os destaques do projeto estão a integração de serviços entre os diferentes modos de transporte, a identificação e formulação de propostas para a resolução de estrangulamentos e a estratégia para a sua implementação.

Paralelamente, a TÜV SÜD foi nomeada como Entidade de Controlo de Prevenção da Poluição Sonora (EC-PCA) para os trabalhos de extensão da Linha 8 dos Ferrocarrils de la Generalitat de Catalunya (FGC) em Barcelona.

Os especialistas em acústica ambiental da TÜV SÜD irão implementar um programa de monitorização acústica que inclui a instalação de sensores de medição contínua para monitorizar em tempo real os níveis sonoros gerados pelas obras. Os dados recolhidos serão analisados semanalmente para garantir que os níveis de pressão sonora correspondem aos níveis declarados nos estudos de impacto sonoro, assegurando assim o bem-estar dos cidadãos durante a execução do projeto.

Lydia Alonso, diretora da unidade de negócio ferroviário da TÜV SÜD Espanha, salientou que “o grande desafio não é apenas planear serviços utilizando infra-estruturas mais eficientes, mas fazê-lo numa perspetiva sustentável e centrada nas pessoas”. Com a sua participação em ambos os projetos, a TÜV SÜD afirmou que reforça o seu compromisso com a melhoria da qualidade de vida urbana e com o desenvolvimento e manutenção de infra-estruturas sustentáveis, “consolidando a sua posição como um ator-chave na evolução dos transportes na Catalunha”.

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Zelensky rejeita exigência russa de retirada militar de zonas que Kiev controla

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

"Se a Rússia estabelecer condições para a retirada das nossas tropas do nosso território, isso significa que não quer um cessar-fogo e não quer que a guerra termine", disse o presidente ucraniano.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou esta segunda-feira retirar tropas de regiões sob controlo de Kiev e cuja soberania a Rússia tem reivindicado nos contactos bilaterais, aguardando que Moscovo apresente condições para um cessar-fogo. “Ninguém vai desistir das nossas terras, dos nossos territórios, do nosso povo”, disse Zelensky numa conferência de imprensa, após uma chamada telefónica entre os Presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump.

“Se a Rússia estabelecer condições para a retirada das nossas tropas do nosso território, isso significa que não quer um cessar-fogo e não quer que a guerra termine”, acrescentou. Zelensky afirmou ainda que a próxima reunião entre delegações da Ucrânia e da Rússia, e talvez com a presença de outros países, poderia realizar-se no Vaticano, na Suíça ou na Turquia, referindo que espera conhecer as condições de Moscovo para um cessar-fogo.

O Presidente ucraniano afirmou ainda que novas sanções norte-americanas impostas à Rússia “seriam decisivas” para a sua capacidade de continuar a invasão da Ucrânia. “As sanções americanas nos sectores bancário e energético determinarão, em grande medida, se Vladimir Putin e o exército russo continuarão a beneficiar desta guerra ou se enfrentarão sérias dificuldades económicas”, afirmou Zelensky na conferência de imprensa.

“Devemos trabalhar arduamente com os Estados Unidos para que, em qualquer altura, quando puderem, imponham sanções adequadas”, acrescentou.

O Presidente norte-americana afirmou esta segunda que as negociações entre Ucrânia e Rússia sobre um cessar-fogo começarão “imediatamente”, deixando às partes a apresentação das condições para o efeito. Após um telefonema de duas horas com o Presidente russo, Vladimir Putin, Trump recorreu às redes sociais para fazer um balanço “muito positivo” do contacto, considerando que “o tom e o espírito da conversa foram excelentes”.

“A Rússia e a Ucrânia vão iniciar imediatamente negociações com vista a um cessar-fogo e, mais importante ainda, a pôr fim à guerra. As condições para isso serão negociadas entre as duas partes, como só pode ser, porque elas conhecem pormenores de uma negociação que mais ninguém conhece”, adiantou.

Trump adiantou que logo após o telefonema com Putin deu conta da conversa ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Presidente francês, Emmanuel Macron, à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e ainda ao chanceler alemão Friedrich Merz e ao Presidente Alexander Stubb, da Finlândia.

A todos informou que “as negociações entre a Rússia e a Ucrânia iniciar-se-ão imediatamente”, reiterou. “O Vaticano, representado pelo Papa, declarou que estaria muito interessado em acolher as negociações. Que comece o processo!”, adiantou.

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José Luís Carneiro disponível para viabilizar Governo mas afasta bloco central

O eventual candidato à liderança do PS defende que o partido tem de ser "fator de estabilidade" e dialogar com a AD, mas considera que um bloco central "seria prejudicial".

José Luís Carneiro, que perdeu as últimas eleições internas no PS para Pedro Nuno Santos, volta a posicionar-se para uma nova “eventual” candidatura a secretário-geral socialista, depois da hecatombe eleitoral do PS. O socialista admite viabilizar o Governo de Luís Montenegro, mas afasta um bloco central, afirmou segunda-feira em entrevista à CNN Portugal.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, sublinhou o antigo ministro da Administração Interna e atual membro da comissão política nacional do PS.

No entanto, salvaguardou, “não é uma estabilidade pela estabilidade”. Essa estabilidade “tem de responder aos desafios da democracia daí a necessidade de um impulso reformista”, sustentou. E afastou totalmente um acordo de centrão: “Estamos fora da opção de um bloco central, não é necessário e seria prejudicial aos dois partidos subsumirem-se, mas é possível um quadro parlamentar com um impulso reformista”.

Assumindo a divergência de posições face a Pedro Nuno Santos, Carneiro considera que o PS “tem de ter a capacidade de, em diálogo com a AD, garantir o crescimento da economia, a atração de investimento, de promover uma política fiscal para reduzir a pobreza e as desigualdades”. De lembrar que Pedro Nuno Santos, quando anunciou a sua demissão, na noite eleitoral de domingo, afirmou que nunca daria suporte a um Governo da Aliança Democrática. Por isso, decidiu sair de cena para não ser um “estorvo” a quem tomar decisão diferente.

José Luís Carneiro explicou ainda que decidiu disponibilizar-se uma segunda vez para a liderança do PS “para servir o país, mantendo o diálogo com os camaradas”.

“Tenho um dever constituído quando fui candidato pela primeira vez, há um ano atrás, e hoje essa responsabilidade é acrescida pela crise política que estamos a viver”, sublinhou.

Sobre o calendário para as eleições internas, Carneiro concorda com a proposta que o presidente do partido, Carlos César, vai apresentar na reunião da comissão nacional de sábado. O congresso “pode ser feito no fim de junho e final de julho, mas há sempre a possibilidade de fazer a eleição, dando logo legitimidade ao novo secretário-geral e depois realizar o congresso com a eleição dos delegados depois das das eleições autárquicas”, esclareceu.

O socialista explicou que a eleição do novo líder socialista deve ocorrer o mais rapidamente possível, porque “o vazio na vida política é algo que prejudica a eficácia da resposta aos cidadãos”. Para além disso, argumentou, “é necessário escolher, nas próximas semanas, a liderança do grupo parlamentar e dar orientações políticas sobre a viabilização do programa do Governo”.

Pedro Nuno Santos deixa de ser secretário-geral do PS já no próximo sábado, após a comissão nacional, e será o presidente do partido, Carlos César, a assumir interinamente a liderança socialista, avançou à Lusa fonte oficial partidária.

O ex-ministro socialista, José Luís Carneiro, está, desde a noite de domingo, a ser “contactado por militantes do partido e por membros da sociedade civil”, no sentido de avançar com a candidatura à liderança.

Na noite de domingo, Pedro Nuno Santos assumiu a derrota nas legislativas e anunciou que iria convocar eleições internas às quais, assegurou, não se vai candidatar.

(Notícia atualizada às 21h57)

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Duarte Cordeiro afasta candidatura à liderança do PS

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

"Não serei candidato, mas quero contribuir para uma solução de unidade e não de fação", diz ex-ministro Duarte Cordeiro, afastando qualquer candidatura à liderança do PS.

O ex-ministro Duarte Cordeiro adiantou, esta segunda-feira, à Lusa que não será candidato à liderança socialista, mas quer contribuir “para uma solução de unidade e não de fação”, pedindo tempo para escolher os melhores e não os mais rápidos.

“Não serei candidato mas quero contribuir para uma solução de unidade e não de fação”, referiu, numa declaração à Lusa, Duarte Cordeiro.

Na opinião do antigo ministro dos governos de António Costa, é preciso “dar tempo” para que se possa “escolher entre os melhores e não eleger os mais rápidos”.

“Quem se candidatar deve trabalhar com todos, os melhores, respeitar o passado e ter uma atitude construtiva”, defendeu, sem avançar ainda nomes.

Não serei candidato mas quero contribuir para uma solução de unidade e não de fação.

Duarte Cordeiro

Ex-ministro do PS

Duarte Cordeiro considerou também que devem ser procurados “consensos entre os potenciais candidatos para os calendários” eleitorais internos.

Pedro Nuno Santos deixará de ser secretário-geral do PS já no sábado, após a Comissão Nacional, e será o presidente do partido, Carlos César, a assumir interinamente a liderança socialista, confirmou à Lusa fonte oficial partidária.

A Comissão Nacional do PS para aprovar o calendário eleitoral interno, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, foi convocada para sábado, em Lisboa, também para analisar os resultados das legislativas.

Da ordem de trabalhos faz parte a “análise da situação política face aos resultados eleitorais” de domingo e a “aprovação de calendários e regulamentos eleitorais”.

O PS alcançou o terceiro pior resultado da sua história em legislativas, ficando quase empatado com o Chega, o que levou o seu líder, Pedro Nuno Santos, a apresentar a demissão um ano e meio após a sua eleição.

As eleições legislativas antecipadas de domingo, ganhas pela AD, tiveram um impacto profundo no PS e, no discurso no qual assumiu a derrota, Pedro Nuno Santos anunciou que pediu ao presidente do partido a convocação para sábado da Comissão Nacional para que haja eleições internas, às quais não se vai recandidatar.

Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos contados da emigração, o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos.

Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano.

Este é o terceiro pior resultado da história do PS em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se “puder ser já” e que não quer “ser um estorvo nas decisões” que o PS tem que tomar.

“Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos”, enfatizou.

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Pedro Nuno sai sábado e César assume liderança interinamente

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, a Comissão Nacional do PS reúne-se este sábado para aprovar o calendário eleitoral interno e analisar a situação política.

Pedro Nuno Santos deixará de ser secretário-geral do PS já no próximo sábado, após a Comissão Nacional, e será o presidente do partido, Carlos César, a assumir interinamente a liderança socialista, confirmou à Lusa fonte oficial partidária.

Esta informação foi inicialmente avançada pelo Público e confirmada à Lusa por fonte oficial do PS.

A Comissão Nacional do PS para aprovar o calendário eleitoral interno, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, foi convocada para sábado, em Lisboa, também para analisar os resultados das legislativas.

De acordo com a convocatória, a que a agência Lusa teve acesso, o presidente do PS, Carlos César, refere que depois do anúncio desta noite de Pedro Nuno Santos, após a pesada derrota do PS, convoca os membros da Comissão Nacional para esta reunião, que decorrerá sábado de manhã, em Lisboa, em local ainda a designar.

JOSE SENA GOULAO/LUSAJOSE SENA GOULAO/LUSA

Da ordem de trabalhos faz parte a “análise da situação política face aos resultados eleitorais” de domingo e a “aprovação de calendários e regulamentos eleitorais“.

O PS alcançou o terceiro pior resultado da sua história em legislativas, ficando quase empatado com o Chega, o que levou o seu líder, Pedro Nuno Santos, a apresentar a demissão um ano e meio após a sua eleição.

As eleições legislativas antecipadas de domingo, ganhas pela AD, tiveram um impacto profundo no PS e, no discurso no qual assumiu a derrota, Pedro Nuno Santos anunciou que pediu ao presidente do partido a convocação para sábado da Comissão Nacional para que haja eleições internas, às quais não se vai recandidatar.

Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos contados da emigração, o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos.

Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano.

Este é o terceiro pior resultado da história do PS em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se “puder ser já” e que não quer “ser um estorvo nas decisões” que o PS tem que tomar.

“Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos”, enfatizou.

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S&P alerta para o risco de “fragmentação política” atrasar reformas em Portugal

  • ECO
  • 19 Maio 2025

Agência norte-americana acredita que o rumo orçamental em Portugal se mantém no "bom caminho" mesmo com um governo de minoria. Mas já antevê riscos orçamentais em 2026.

A agência norte-americana Standard & Poor’s (S&P) alerta que a “persistente fragmentação política” em Portugal pode “atrasar a implementação das reformas”. Em nota, publicada esta segunda-feira, a S&P desvaloriza, no entanto, o cenário de um governo minoritário – o mais provável depois das eleições deste domingo –, uma vez que a trajetória orçamental do país se mantém no “bom caminho”.

A terceira eleição, no espaço de três anos, destaca a “fragmentação política em curso”, mas a agência de rating recorda que as transições políticas, desde 2015, não causaram “grandes perturbações económicas ou deslizes orçamentais”.

Para este ano, a S&P projeta um excedente de 0,3% do PIB, em linha com o orçamento, o terceiro consecutivo. Ainda assim, podem “surgir riscos orçamentais em 2026”. Por um lado, a falta de um orçamento aprovado e, por outro, a pressão para o país aumentar os gastos militares.

Sem orçamento para o próximo ano, a agência acredita que o país consegue ser gerido em duodécimos com o “orçamento responsável” deste ano e continuar a reduzir a dívida. A S&P antecipa, no entanto, uma redução mais lenta do rácio uma vez que Portugal encaminha-se para subir a despesa militar dos atuais 1,5% do PIB para os 2%, em linha com os objetivos iniciais da NATO. Ainda assim, indica que “é pouco provável” que haja uma inversão da tendência de queda da dívida pública.

A S&P subiu o rating de Portugal, de A- para A, em fevereiro de 2025, e manteve a perspetiva positiva. Na nota, que acompanhava a avaliação à dívida soberana, a agência considerava então que o cenário de eleições antecipadas eram “improváveis” este ano.

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Marcelo acredita que AD, PS e CH vão “colaborar na governabilidade”

"À primeira vista, não há razões para que não queiram colaborar na governabilidade", antecipa o Presidente da República, que deseja ter um Governo antes de 10 de junho.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acredita que AD, PS e Chega vão “colaborar na governabilidade”, tendo em conta as incertezas internacionais, afirmou esta segunda-feira, em declarações transmitidas pela RTP3, um dia antes de receber os três partidos mais votados.

“À primeira vista, não há razões para que não queiram colaborar na governabilidade, porque o mundo está como está e a Europa está como está. Por isso, é do interesse que haja um esforço de todos”, defendeu. Marcelo indicou ainda que gostaria de ter um Governo antes do feriado de 10 de junho, Dia de Portugal.

Questionado porque, desta vez, vai ouvir AD, PS e Chega num dia e os restantes partidos nos seguintes, o Chefe do Estado explicou que “a lição do passado foi a de que era muito curto o período de uma hora e daí ficar com duas horas para cada um deles”.

“Uma hora era insuficiente e depois para posicionar cada partido, e no caso do PS há uma substituição de liderança, é importante que o PS tenha tempo para ser perceber qual o calendário de substituição e o posicionamento em relação ao Governo. E, em relação ao Chega, há o problema da repercussão dos resultados dos emigrantes na posição relativa de segundo ou partido mais votado”, salientou.

Marcelo frisou que quer saber qual a posição de PS e Chega, “no caso de um partido avançar com uma moção de rejeição” ao programa do Governo. De lembrar que o Presidente já avisou que só dá posse a um Executivo se tiver a “certeza” que passa no Parlamento.

Na próxima semana, e já depois de conhecidos os resultados dos círculos Europa e Fora da Europa, eventualmente a 28 de maio, o Presidente conta receber novamente AD, PS e Chega, sobretudo “para perceber o processo de transição no PS e como se vai decidir a liderança do PS”. Este sábado a comissão nacional socialista reúne-se para marcar eleições internas.

Quanto ao calendário seguinte, relativo ao da tomada de posse, Marcelo lembrou que, “da última vez não chegou a um mês”, entre o ato eleitoral e a formação de Executivo. Agora, “há o 10 de junho, uma série de feriados”, salientou. “Se for possível ficar ficar tudo pronto antes dos feriados muito bem, se não for possível ficará para logo a seguir aos feriados”, rematou.

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai começar a ouvir os partidos políticos já esta terça-feira, 20 de maio, na sequência das eleições legislativas deste domingo. Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República, o chefe de Estado vai ouvir na terça-feira:

  • o PSD a partir das 11h;
  • o PS a partir das 15h;
  • e o Chega a partir das 17h.

“Na sequência das eleições para a Assembleia da República ontem realizadas, o Presidente da República nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, vai iniciar, terça-feira, as consultas aos partidos políticos, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna, e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar”, segundo a nota da Presidência da República.

A Aliança Democrática venceu as eleições com 32,10% dos votos e 86 deputados, mais 3,9 pontos percentuais do que em março de 2024, a que se somam três deputados eleitos pela coligação PSD/CDS/PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o Parlamento, 58. Mas falta ainda apurar a votação nos consulados.

O PS registou o terceiro pior resultado da sua história e o pior desde 1987, enquanto o Chega voltou a crescer e foi um claro vencedor da noite.

O Bloco de Esquerda (BE) foi um dos grandes derrotados da noite eleitoral ao conseguir eleger apenas um deputado, ao contrário do Livre que foi o único partida da esquerda a melhorar o resultado face há um ano, passando de 3,18% para 4,20% e ao eleger seis deputados, mais dois que no ano ano anterior. A deputada única do PAN voltou a garantir um lugar no Parlamento.

A CDU, com 3,0%, passou de quatro para três deputados, enquanto a IL ganhou um deputado face às eleições de 2024 e passa a contar com nove deputados. O JPP foi uma das surpresas da noite eleitoral ao ser o novo partido no Parlamento.

(Notícia atualizada às 19h39)

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IAPMEI abre quarta-feira novo aviso para apoio à eficiência energética na indústria

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O segundo aviso do concurso para apoiar a eficiência energética da indústria tem uma dotação de 32,5 milhões de euros.

A Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) anunciou que, esta quarta-feira, vai abrir o segundo aviso do concurso para apoiar a eficiência energética da indústria, com uma dotação de 32,5 milhões de euros. A medida, denominada “Apoio ao Desenvolvimento de uma Indústria Ecológica”, está inserida no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O objetivo do concurso passa por “aumentar a capacidade de produção de tecnologias orientadas para as energias renováveis, a descarbonização e a eficiência energética, em consonância com as metas do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 e com os objetivos do Plano Industrial do Pacto Ecológico Europeu”, explica a IAPMEI em comunicado.

A medida destina-se a empresas, de qualquer dimensão ou forma jurídica, que apresentem projetos de investimento inseridos em atividades económicas relacionadas com a produção de equipamentos relevantes para a transição climática ou “de componentes essenciais concebidos e utilizados principalmente como insumos diretos para a produção dos equipamentos definidos no ponto anterior”,

Também podem ser apresentados projetos relacionados com “a produção ou recuperação de matérias-primas críticas conexas necessárias para a produção dos equipamentos e componentes essenciais referidos nos pontos anteriores, excluindo mineração e extração”, detalha a Agência para a Competitividade e Inovação.

As empresas apenas podem apresentar uma candidatura, e desde que não tenham tido já uma candidatura prévia aprovada no primeiro concurso, acrescenta. As candidaturas estarão abertas de 21 de maio até às 17h59 do dia 26 de junho de 2025.

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