China não teme mais tarifas e avisa Trump que vai “fracassar” na guerra comercial

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Pequim adverte que “não se vai acomodar nem deixar que os direitos e os interesses legítimos do povo chinês sejam violados”. Goldman Sachs revê em baixa previsões de crescimento da China.

A China não está interessada numa guerra comercial, mas adverte que não teme que os Estados Unidos continuem com as ameaças tarifárias.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China referiu que “a causa americana não conquista o apoio do povo e vai terminar em fracasso”.

Lin Jian promete que Pequim “não se vai acomodar nem deixar que os direitos e os interesses legítimos do povo chinês sejam violados”.

Também esta quinta-feira, o Ministério do Comércio avisou que “pressão, ameaças e chantagem não são a maneira correta de lidar com a China”, que irá “até ao fim” se Trump insistir neste caminho.

Face às “tarifas intimidatórias” dos EUA, Pequim prometeu que “na qualidade de segunda maior economia do mundo e segundo maior mercado de consumo de matérias-primas (…) promoverá inabalavelmente uma abertura de alto nível” e “injetará mais segurança na economia global”.

O novo aumento das taxas de 34% para 84% sobre os produtos provenientes dos Estados Unidos que chegam à China já entrou em vigor, em resposta à taxa adicional de 50% anunciada na terça-feira por Donald Trump, que elevou para 104% o total de taxas sobre produtos chineses que entram no mercado norte-americano.

Na sequência do anúncio de Pequim, na quarta-feira, Trump voltou a aumentar as tarifas sobre a China para 125% com efeito imediato, ao mesmo tempo que declarou uma trégua de 90 dias na aplicação da maioria das tarifas anunciadas a 2 de abril aos restantes países do mundo.

Face à guerra tarifária entre Pequim e Washington, o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs reviu esta quinta-feira em baixa as previsões de crescimento da economia chinesa em 2025 e 2026, para 4% e 3,5%, respetivamente.

“O aumento das taxas alfandegárias sobre os produtos chineses terá um impacto significativo na economia e no mercado de trabalho chineses”, afirmou o banco, notando que eventuais novos aumentos tarifários terão um “impacto marginal”, devido às elevadas taxas já em vigor.

Quem já saudou a suspensão das tarifas recíprocas, anunciada por Trump, foi a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Trata-se de um passo importante para estabilizar a economia mundial. Condições claras e previsíveis são essenciais para o funcionamento do comércio e das cadeias de abastecimento”, reagiu.

Para a presidente da instituição que detém a competência da política comercial da UE, “as tarifas são impostos que só prejudicam as empresas e os consumidores”, pelo que Bruxelas “continua empenhada em negociações construtivas” com Washington. A ambição é conseguir trocas comerciais “sem atritos e mutuamente benéficas”.

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Relatório Draghi: Nuno Melo na 3.ª conferência ECO sobre Segurança e Defesa

  • ECO
  • 10 Abril 2025

Nuno Melo, Ministro da Defesa Nacional, estará presente na 3.ª conferência dedicada ao Relatório Draghi, desta vez sobre Segurança e Defesa. Será a 17 de abril no Estúdio ECO.

“A Europa tem de reagir a um mundo de geopolítica menos estável, no qual as dependências se estão a transformar em vulnerabilidades, e não pode continuar a depender de outros para a sua segurança”. Estas foram as palavras de Mario Draghi no relatório sobre o futuro da competitividade europeia, ainda em setembro, muito antes de Donald Trump ter chegado à Casa Branca e ter abalado os equilíbrios históricos entre Europa e Estados Unidos.

Com estes desenvolvimentos, o tema da defesa e da segurança só ganhou ainda mais relevância, É isso que iremos discutir nesta terceira conferência dedicada ao Relatório Draghi: a segurança e a defesa, numa ótica militar mas também de independência estratégica em termos de matérias-primas e de cadeias de produção.

A conferência ocorre no Estúdio ECO, em Lisboa, a 17 de abril, a partir das 10h00. O ministro da Defesa Nacional Nuno Melo fará a abertura do encontro. A entrada é livre, limitada à lotação da sala e mediante inscrição aqui.

As Conferências Relatório Draghi têm o apoio da PwC.

PROGRAMA

09:45 Registo e Welcome coffee

10:15 Boas-Vindas
António Costa, Diretor do Eco

10:20 Abertura
Nuno Melo, Ministro da Defesa Nacional

10:40 O relatório Draghi e a Defesa e Segurança europeia
Luís Rebelo de Sousa, Director da PwC

11:00 Painel de discussão
Francisco Oom Peres, COO da Orion Technik
Hélder Sousa Silva, Eurodeputado
José Neves, Presidente do AED Cluster Portugal
Moderação: Tiago Freire, Subdiretor do ECO

11:45 Encerramento
Vítor Sereno, Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa

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Hoje nas notícias: apoio a empresas, construção e Santa Casa

  • ECO
  • 10 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os incentivos à internacionalização continuam por liquidar e mesmo os adiantamentos que o Compete2030 prometeu não chegaram a toda a gente. Quem construir uma obra num terreno comprado para revenda vai ter de pagar IMI. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Empresas desesperam pelos apoios. Compete tem 39 milhões em pedidos de reembolsos

O Compete2030 prometeu avançar, até ao início de março, com adiantamentos às empresas que aguardam pelos reembolsos das despesas efetuadas no âmbito dos projetos de internacionalização, mas há associações e empresas a garantir que continuam à espera. O cenário é cada vez mais difícil, atendendo à conjuntura internacional. No final de março, havia 24 candidaturas contratualizadas que correspondem a um investimento total de 83,4 milhões de euros, e a incentivos na ordem dos 42,5 milhões. Pagos foram os já referidos 10,7 milhões.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Construir em terreno comprado para revenda obriga a pagar IMI

Lançar as bases para uma obra num terreno destinado a construção, mas que tenha sido inicialmente comprado para revenda — e por isso não tenha pago IMT — corresponde a um “desvio em relação ao fim” inicialmente declarado, o que faz caducar a isenção de imposto que existe nestes casos. A orientação é da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Neste cenário, o contribuinte terá de devolver ao Fisco o IMT que deixou de pagar no momento da aquisição, acrescido de juros compensatórios.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Lucros da Santa Casa ultrapassam 30 milhões com recuperação dos jogos sociais

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa registou lucros acima dos 30 milhões de euros em 2024, o que o provedor Paulo Alexandre de Sousa descreve como o “melhor ano dos últimos cinco anos”. Parte desta evolução resulta da recuperação nos jogos sociais que, no último ano, pagaram prémios recorde de 2,7 mil milhões de euros. Paulo de Sousa assegura que o plano de reestruturação está a ser executado acima das metas, mas que a venda de imóveis é exceção, pois está muito abaixo da previsão.

Leia a entrevista completa no Observador (acesso pago)

Preços do cabrito e borrego disparam antes da Páscoa

O preço de um borrego vivo disparou até 40,5% no último ano, variando agora entre os 4,95 e os 5,64 euros por quilo, quando, em março de 2024, a média mensal, em função do porte do animal, oscilava entre 3,54 e os 4,87 euros. A tendência é para que o custo continue a subir, sendo que a fatura ficou 10 a 20 cêntimos mais cara só na semana passada. No caso do cabrito, verifica-se também uma subida dos encargos, ainda que menos acentuada, de até 16%. Entre 31 de março e 6 de abril, o agravamento variou entre os 17 cêntimos na Beira Interior e os 50 cêntimos na Beira Litoral.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Ferro Rodrigues admite bloco central: “Podemos caminhar para uma situação limite”

Eduardo Ferro Rodrigues diz que “não estranharia que houvesse a necessidade” de haver de novo um Governo de bloco central. Em entrevista ao Público, o ex-presidente da Assembleia da República admite que o país pode caminhar para “uma situação limite”, visto que “há todos os ingredientes negativos do ponto de vista internacional, muito mais graves” do que em 1983, quando apoiou a solução do bloco central. “Quando começarem a chegar à mesa dos portugueses estas tarifas extraordinárias, no sentido negativo, do Presidente Trump, as pessoas vão começar a perceber que os tempos estão a mudar e que é necessário também que os políticos aprendam alguma coisa e que tenham juízo”, afirmou.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago)

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Desligar-se do trabalho, planear e estabelecer limites, as chaves para uma pausa eficaz nas férias

  • Servimedia
  • 10 Abril 2025

Nesta Páscoa, a Quirónprevención sublinha a importância de garantir um descanso eficaz e recarregar energias, melhorando assim o bem-estar pessoal e a produtividade a longo prazo.

Num ambiente de trabalho cada vez mais interligado, os especialistas em saúde mental da Quirónprevención sublinham a importância de estabelecer limites claros antes de ir de férias, bem como de promover uma cultura organizacional que respeite o direito ao descanso.

Recordam-nos que a Páscoa é uma oportunidade ideal para fazer uma pausa, desligar-se do trabalho e recarregar baterias. Após um início de ano intenso e stressante, conseguir uma verdadeira desconexão continua a ser um desafio para uma percentagem crescente da população ativa. Relatórios recentes concluíram que entre 40% e 60% dos trabalhadores não conseguem desligar-se completamente durante as férias. Estes números mostram a dificuldade crescente de separar a vida profissional da vida pessoal e sublinham a necessidade de implementar medidas que favoreçam uma verdadeira desconexão.

A empresa especializada na prevenção dos riscos profissionais recomenda a adoção de algumas boas práticas antes do início do período de férias. Em primeiro lugar, é essencial efetuar uma última verificação dos e-mails e das mensagens urgentes, certificando-se de que tudo está sob controlo antes de se desligar. Desta forma, reduz-se o risco de interrupções durante os dias de folga. A nível individual, a recomendação é simples mas essencial: estabelecer limites claros e comprometer-se a respeitá-los.

MODO AVIÃO

A desconexão digital é, hoje em dia, uma condição essencial para conseguir uma verdadeira pausa mental e emocional. A utilização contínua de dispositivos eletrónicos, especialmente telemóveis, pode interferir com o descanso e até prolongar a sensação de cansaço. Segundo os especialistas, quem passa mais de uma hora por dia ao telefone ou continua a responder a e-mails de trabalho durante as férias corre um risco maior de sofrer sintomas de exaustão a médio e longo prazo.

Por esta razão, a Quirónprevención incentiva os trabalhadores a deixarem os seus dispositivos fora do seu alcance durante determinados períodos do dia, permitindo-se desfrutar de atividades que realmente promovem o descanso: caminhar ao ar livre, ler, fazer exercício ou partilhar tempo com a família e amigos, sem interrupções digitais.

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Morgan Stanley destaca a Telefónica como uma ação de refúgio, bem como o seu potencial tecnológico e os seus dividendos

  • Servimedia
  • 10 Abril 2025

O último relatório do Morgan Stanley envia uma mensagem clara sobre a Telefónica, considerando-a uma das ações europeias mais bem posicionadas no atual contexto de mercado.

O banco de investimento sublinha o seu baixo risco geopolítico – sem exposição significativa às tarifas norte-americanas ou ao consumo chinês – e destaca a sua capacidade de gerar valor graças a uma combinação estratégica de potenciais operações corporativas, redução do capex e crescimento moderado ligado à Inteligência Artificial.

Além disso, recorda que o setor das telecomunicações tem historicamente superado o desempenho do mercado em fases de baixa – com exemplos como a crise financeira global ou o último trimestre de 2018 – e valoriza a natureza essencial dos seus serviços, o aumento do consumo de dados e um elevado dividend yield bem suportado pelo free cash flow.

O Barclays sublinha igualmente a natureza defensiva e estratégica do setor das telecomunicações no atual contexto macroeconómico. No seu relatório mais recente, a empresa salienta que as telecomunicações europeias – incluindo a Telefónica – não são diretamente afetadas pelas tarifas internacionais e, além disso, têm demonstrado historicamente uma menor sensibilidade às flutuações do PIB em comparação com outros setores do mercado. O Barclays acrescenta uma nuance geopolítica relevante: um setor de telecomunicações reforçado pode tornar-se uma alavanca fundamental para proteger a soberania digital europeia, acrescentando incentivos adicionais para facilitar as transações e a consolidação empresarial (M&A) na região.

Outro analista relevante é a NewStreet Research, que segue a mesma linha e reforça a perceção do setor das telecomunicações como um relativo porto seguro face à volatilidade global. De acordo com os seus especialistas, as telecomunicações europeias estão razoavelmente isoladas dos efeitos diretos e indiretos das mudanças na política tarifária, o que as torna uma opção atrativa em comparação com outros setores mais expostos. Em tempos de incerteza, argumentam, o setor das telecomunicações comporta-se como um ativo defensivo natural, capaz de oferecer estabilidade e previsibilidade no meio de mercados turbulentos.

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EUA abandonam regras bancárias criadas após crise do subprime

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Bessent vai analisar a "reserva de capital que se aplica aos maiores bancos". Transferência para ativos seguros "significou menos financiamento disponível para empréstimos e outros ativos produtivos".

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou uma reforma da atividade bancária no país, que cortará com as regras criadas após a crise financeira de 2007-2008.

“Temos de adotar uma abordagem diferente, não devemos confiar a tomada de decisões dos Estados Unidos a organismos internacionais. Em vez disso, devemos efetuar a nossa própria análise desde o início para determinar um quadro regulamentar que seja do interesse dos Estados Unidos”, afirmou Bessent, na quarta-feira, num discurso proferido numa conferência da American Bankers Association em Washington, divulgado posteriormente pelo Departamento do Tesouro.

O acordo de Basileia III foi a resposta regulatória internacional às consequências da crise do subprime, empréstimos hipotecários de alto risco. Obriga os bancos e outras instituições de crédito a manterem um nível suficiente de fundos próprios e de liquidez para cumprirem as suas obrigações e absorverem perdas inesperadas.

O governante norte-americano concedeu que algumas das normas – cujo processo de adoção foi iniciado pela anterior Administração Biden em 2023, e será agora interrompido – “possam servir de inspiração” à reforma, mas sê-lo-ão de “forma seletiva”.

Desde logo, disse Bessent, será analisada a “reserva de capital que se aplica aos maiores bancos”, tendo em conta “o papel que os testes de stress associados desempenham indiretamente na fixação de preços e na atribuição de financiamento”.

“Já anteriormente manifestei a minha preocupação quanto ao facto de as restrições ao capital de alavancagem serem demasiado frequentes”, afirmou, concretizando em seguida que “as reformas pós-2008 exigiram grandes aumentos nos investimentos dos bancos em reservas do banco central, títulos do Tesouro e outros ativos de alta qualidade”, o que fez com que, “mais de um quarto dos balanços dos bancos [esteja] agora afetado a estes ativos, mais do dobro da percentagem que antes da crise de 2008″.

A transferência para ativos seguros “significou menos financiamento disponível para empréstimos e outros ativos produtivos”, criticou o governante. “É altura de recuarmos e reavaliarmos estes e outros custos e benefícios do quadro de liquidez”, afirmou, anunciando que essa avaliação irá “alargar o papel dos empréstimos e de outros ativos produtivos como garantia de financiamento durante um período de tensão, ajudando assim os bancos a regressar à atividade de concessão de crédito”.

Por outro lado, o alívio das restrições relativas aos capitais próprios será extensivo a bancos grandes e pequenos. A nova Administração pretende “promover a paridade competitiva entre os bancos grandes e pequenos e os credores não bancários”, nomeadamente reduzindo os requisitos de fundos próprios para empréstimos hipotecários e outras exposições para os bancos mais pequenos.

“Isto é apenas o começo”, prometeu Bessent, acrescentando que o Departamento do Tesouro planeia rever “outros aspetos da regulamentação prudencial”, por exemplo, revendo “de perto os impedimentos regulatórios para blockchain, stablecoins e novos sistemas de pagamento”.

epa11961084 US Treasury Secretary Scott Bessent talks to reporters outside the White House in Washington, USA, 13 March 2025. EPA/YURI GRIPAS / POOLEPA/YURI GRIPAS / POOL

A blockchain é um registo descentralizado de transações, uma base de dados digital, uma tecnologia subjacente à Bitcoin e a outras criptomoedas, mas que possui o potencial para suportar uma grande variedade de negócios. As stablecoins são um tipo de criptomoeda cujo valor é vinculado a outro ativo, como uma moeda convencional ou ouro, para manter um preço estável.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu no início de março abrir o caminho às moedas digitais e posicionar os Estados Unidos como pioneiros das criptomoedas, considerando-as “uma oportunidade enorme para o crescimento económico e a inovação no setor financeiro” norte-americano.

Símbolo importante da nova atitude em relação aos criptoativos por parte de Trump – durante largos anos um forte opositor – foi a assinatura no começo de março de decreto presidencial que institui uma “reserva estratégica” alimentada por cerca de 200 mil bitcoins apreendidas pela justiça em processos civis e penais.

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Pololikashvili está empenhado em continuar a reforçar o turismo como motor da prosperidade e da cooperação internacional

  • Servimedia
  • 10 Abril 2025

O Secretário-Geral procura prosseguir o seu trabalho num terceiro mandato para reforçar a posição do Turismo das Nações Unidas como líder no setor.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, apresentou a sua candidatura à reeleição para dirigir a agência especializada das Nações Unidas com o objetivo de continuar a promover o turismo a nível mundial, num contexto internacional complexo marcado pela incerteza e pela desconfiança.

Pololikashvili, depois de ter conseguido a recuperação do setor do turismo após os efeitos devastadores da pandemia de covid-19, está empenhado em prosseguir a linha de ação da organização e reforçar o papel do turismo a nível mundial como motor de prosperidade e cooperação.

Num momento histórico em que o turismo enfrenta grandes desafios – 56 conflitos ativos em todo o mundo, o número mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial, guerras comerciais e o aumento da “turismofobia” – o secretário-geral indicou que a sua candidatura se baseia na unidade, na segurança e na confiança, que são fundamentais para o desenvolvimento do turismo.

Para enfrentar estes desafios, Pololikashvili procura a continuidade no caminho para uma organização que liderará o desenvolvimento do setor não só como instrumento económico, mas também como catalisador da paz: “O turismo tem o potencial de mudar vidas, transformar economias e construir pontes entre culturas. Continuemos a trabalhar para fazer deste setor um verdadeiro instrumento de desenvolvimento e de cooperação global”, afirmou.

COLABORAÇÃO, INVESTIMENTO E SUSTENTABILIDADE

Nesta linha, o atual Secretário-Geral e candidato à reeleição apresenta um programa que inclui vários blocos de ação com a intenção de elevar a posição do Turismo da ONU a nível global, ao mesmo tempo que apoia os destinos e os Estados membros, e promove a colaboração com entidades privadas de referência.

Entre as propostas estão a cooperação técnica internacional e o incentivo ao investimento em projetos estratégicos, uma abordagem em que a organização tem vindo a trabalhar há anos para promover a colaboração público-privada e ajudar no desenvolvimento de destinos turísticos em todo o mundo. Além disso, estão a ser desenvolvidos trabalhos em áreas como a educação, a inovação e a tecnologia, sempre apoiados por políticas sustentáveis e pela luta contra as alterações climáticas.

Nas palavras de Pololikashvili, “ao promover práticas inclusivas e sustentáveis, o turismo pode dinamizar as comunidades rurais, criar oportunidades para os jovens e fomentar o desenvolvimento económico local”. O Secretário-Geral apresenta assim um roteiro orientado para o futuro que visa reforçar a posição da ONU Turismo a nível internacional e fazer do turismo um símbolo de unidade, sustentabilidade e resiliência.

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Bloomberg destaca consenso positivo do mercado para a reunião desta quinta-feira da Telefónica

  • Servimedia
  • 10 Abril 2025

83% dos analistas que acompanham a empresa recomendam a compra (6) ou a manutenção (18) da ação, considerando-a um valor sólido e estável; com apenas 5 recomendações de venda.

A Bloomberg destaca um consenso de mercado positivo para a Assembleia Geral de Acionistas da Telefonica, convocada para esta quinta-feira em Madrid.

O total de 29 analistas internacionais que seguem atualmente a Telefónica mostra uma clara confiança nos fundamentos da empresa e na sua capacidade de gerar valor sustentado sob a nova liderança de Marc Murtra. Os analistas consultados destacam “a solidez dos fundamentos da empresa”, “a capacidade de gerar valor sustentado sob a nova liderança”, “a baixa exposição aos EUA”, “o elevado potencial de fusões e aquisições”… Este apoio reflete-se também no facto de o consenso de mercado atribuir à Telefónica um preço-alvo de 4,30 euros, o que sugere que as ações têm margem para subir em relação aos preços atuais.

O consenso da Bloomberg inclui analistas de telecomunicações muito experientes e especializados, que seguem não só a Telefónica, mas também outras grandes empresas de telecomunicações em todo o mundo.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 10 de abril

  • ECO
  • 10 Abril 2025

Ao longo desta quinta-feira, 10 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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A saúde tem um lugar de destaque na lista “Spain’s 100 Best CEOs” publicada pela Forbes

  • Servimedia
  • 10 Abril 2025

Como salienta a revista, “num país tão envelhecido como o nosso, há um grande número de CEOs de empresas ligadas ao setor da saúde, sejam hospitais ou empresas farmacêuticas”.

A revista Forbes publicou a sua lista anual dos 100 melhores CEOs de Espanha em 2024, destacando o trabalho de líderes notáveis no setor da saúde.

Sob a liderança de Eduardo Pastor, a Cofares consolidou a sua posição como uma referência na distribuição farmacêutica de gama completa em Espanha, com uma quota de mercado de 29,85% em 2023. Nesse ano, bateu o seu recorde de vendas, distribuiu 450 milhões de unidades e expandiu a sua rede com 87 novas rotas. A cooperativa representa cerca de 12.000 farmácias e emprega mais de 3.000 pessoas. A sua estratégia baseia-se na inovação, na sustentabilidade e no compromisso com as pessoas.

Desde julho de 2023, Javier Sánchez-Prieto é CEO da IVI RMA Global, liderando a expansão e consolidação do grupo como líder mundial em reprodução assistida. A sua gestão está focada em reforçar a liderança internacional da empresa e estender o seu modelo de sucesso a novos mercados, num momento de crescimento estratégico impulsionado por um ambicioso plano de investimento em inovação médica, científica e tecnológica.

São vários os nomes que se destacam no setor farmacêutico. Entre eles, María Río, a única mulher a destacar-se no setor da saúde na lista da Forbes. Na sua função de vice-presidente e diretora-geral da Gilead Espanha e Portugal, liderou a transformação da empresa para a tornar um dos líderes do setor no país. Desde a sua chegada em 2012, trabalhou para reforçar a Gilead como um parceiro comprometido com o sistema de saúde e impulsionou o lançamento de produtos inovadores em áreas como o VIH, a hepatite e a oncologia, que melhoraram a qualidade de vida de milhares de doentes em Espanha.

O Presidente da AstraZeneca em Espanha, Rick R. Suárez, também faz parte da lista. Desde a sua nomeação em 2020, a empresa anglo-saxónica registou um crescimento sustentado, triplicando a sua força de trabalho para 2 500 empregados. Suárez consolidou o AstraZeneca Global Hub em Barcelona, um centro internacional de investigação clínica que está a reforçar a liderança científica em Espanha e na Catalunha. Com um investimento previsto de 1,3 mil milhões de euros até 2027, o centro tornou-se um motor de desenvolvimento científico e económico.

A sua estreia na lista deste ano é Christoph Müller, CEO da empresa de tecnologia médica B. Braun Espanha. Braun Espanha, que desde a sua chegada em janeiro de 2023 está a conduzir uma nova fase de crescimento e transformação estratégica. A B. Braun conta atualmente com mais de 2.600 colaboradores e 18 centros de produção, logística e diálise em todo o território espanhol, consolidando Espanha como um pilar fundamental da sua estratégia global.

Também incluído pela primeira vez está Carlos Gallardo, que reforçou a sua liderança à frente da Almirall desde que assumiu a presidência em novembro de 2022 e, posteriormente, o cargo de CEO em fevereiro de 2023. Com uma visão estratégica centrada na dermatologia médica e um portefólio altamente inovador com grande potencial de crescimento, conseguiu reforçar o posicionamento internacional da empresa neste domínio altamente especializado, marcando o início de uma nova fase de crescimento sustentado.

A Isdin também entrou na lista de 2024 com o seu CEO, Juan Naya, reconhecido pelo seu compromisso com o bem-estar e a saúde dos seus colaboradores, o que levou a que a empresa recebesse o prémio Forbes de Melhor Empresa para Trabalhar em Espanha em 2024.

O presidente da Novartis em Espanha, Jesús Ponce, repete a sua presença na lista deste ano, e fá-lo ao iniciar uma nova etapa. Após mais de seis anos à frente da filial espanhola, e depois de ter sido também presidente da Farmaindustria, Ponce vai assumir um novo desafio em Basileia como responsável internacional da área Cardiovascular-Renal-Metabólica.

Também fazem parte da lista deste ano Juan López-Belmonte, Presidente e Diretor Executivo da Rovi; Iñaki Peralta, Diretor Executivo da Sanitas e da Bupa Europe & Latin America, um forte defensor da colocação das pessoas no centro da atividade empresarial; e Alejandro Abarca Cidón, Diretor Executivo do grupo HM Hospitales.

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SDIN intenta uma ação judicial na Alemanha contra o Instituto Dr. Schrader, responsável pela realização dos estudos da OCU

  • Servimedia
  • 10 Abril 2025

A empresa de dermocosmética alega deficiências na metodologia utilizada pelo laboratório para avaliar um dos seus produtos.

A ISDIN SA interpôs uma ação judicial no Tribunal Distrital de Hildesheim, Alemanha, contra o Instituto Dr. Schrader por alegada negligência no teste do nível de proteção UVA do seu produto ISDIN Fusion Water Magic SPF 50 em 2024.

De acordo com os meios de comunicação financeiros alemães, como o Finanznachrichten, a empresa espanhola considera que, após uma análise exaustiva do estudo, a metodologia utilizada pelo Instituto Dr. Schrader apresenta várias deficiências. A ação judicial surge na sequência da publicação dos resultados destes testes pela Organização de Consumidores e Utilizadores (OCU) em Espanha e pela Que Choisir em França, que a ISDIN considera prejudiciais para a sua reputação. A ação judicial intentada na Alemanha contra o Instituto Dr. Schrader, cujo diretor executivo é Joep Bruins, visa obter uma indemnização e uma ordem de cessação.

É importante referir que a ação judicial contra o Instituto Dr. Schrader surge num contexto em que a ISDIN também intentou uma ação judicial contra a OCU em Espanha com um processo, já admitido para processamento em janeiro passado, por concorrência desleal e por alegados estudos denegridores e enganadores para os consumidores.

Esta ação judicial deve-se ao facto de a ISDIN considerar que os estudos da OCU, presididos por Miguel Angel Feito e dirigidos por Ester Rodríguez, sobre os produtos de proteção solar, e especialmente uma análise de março de 2024 que questiona o nível de proteção UVA do ISDIN Fusion Water Magic SPF 50, são tendenciosos e afetam negativamente a sua reputação e o seu negócio. A ISDIN reitera o seu compromisso com a transparência e a qualidade dos seus produtos, e confia que os tribunais alemães avaliarão as provas fornecidas.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 10 Abril 2025

A reunião dos acionistas da EDP, evento do setor cervejeiro, dados da inflação do INE, debate sobre tarifas de Trump e debates para as legislativas marcam esta quinta-feira.

O INE divulgará esta quinta-feira os dados mais recentes sobre a inflação e o Conselho de Ministros debaterá as medidas a adotar em resposta às tarifas impostas por Trump. Os acionistas da EDP reúnem em assembleia e prosseguem os debates em preparação para as eleições legislativas.

Como evoluíram os preços?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar o Índice de Preços no Consumidor relativo a março. Em fevereiro, a inflação desacelerou para 2,4%, 0,1 pontos percentuais abaixo da taxa verificada em janeiro. Esta desaceleração deve-se, sobretudo, à diminuição do agregado relativo aos produtos energéticos para 1,5% – uma queda de nove décimas face aos 2,4% registados no mês anterior.

Executivo debate respostas às tarifas de Trump

O Conselho de Ministros tinha previsto discutir, esta quinta-feira, uma resposta às tarifas impostas por Donald Trump, que entretanto anunciou uma pausa de 90 dias nesta medida. Nos últimos dois dias o ministério da Economia reuniu-se com associações empresariais de diversos setores para avaliar “o impacto e as medidas de mitigação” das tarifas. O ECO adiantou que a resposta do Executivo para ajudar as empresas a mitigar os impactos da guerra comercial deverá passar por seguros de crédito à exportação, apoios à formação, apoios à internacionalização e a diversificação dos mercados.

Acionistas da EDP reúnem-se em assembleia geral

Os acionistas da EDP reúnem-se em assembleia-geral em Lisboa pelas 11h00. Na ordem dos trabalhos está a deliberação sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício de 2024, assim como a proposta de distribuição de dividendos e também “conferir autorização ao Conselho de Administração Executivo para a aquisição e alienação de ações próprias pela EDP e sociedades participadas”.

Continuam os debates para as legislativas

Continuam os debates para as eleições legislativas agendadas para 18 de maio. Nesta quinta-feira há dois. O primeiro coloca frente a frente o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e Rui Rocha, presidente da IL e está marcado para as 21h00 na RTP1. Será o primeiro debate da IL que no mesmo dia divulga o seu programa eleitoral. O último será entre a coordenadora Mariana Mortágua, coordenadora do BE, e Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, às 22h00 na CNN Portugal. Pode ver o calendário completo dos debates aqui.

Qual o peso do setor cervejeiro na economia?

A assembleia geral dos Cervejeiros de Portugal vai decorrer entre as 10h30 e 13h00 em Lisboa e vai centrar-se no impacto económico do setor cervejeiro na economia nacional e na necessidade de desenvolvimento de políticas públicas que reforcem a capacidade de produção agrícola portuguesa. O evento conta com a participação de Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal, João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia e encerramento será feito pelo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes.

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