AAMT Legal funda aliança internacional e agora é Ethikos Lawyers Portugal

Fundada em janeiro de 2022 por Inês Azevedo e João Ascenso, a Ethikos Lawyers Portugal conta atualmente com uma equipa multidisciplinar de 16 pessoas.

A sociedade de advogados Azevedo Ascenso / AAMT Legal fundou, com um escritório de Bruxelas e outro do Luxemburgo, a aliança internacional Ethikos Lawyers. Com esta nova aliança, a marca muda para Ethikos Lawyers Portugal.

Fundada em janeiro de 2022 por Inês Azevedo e João Ascenso, a Ethikos Lawyers Portugal conta atualmente com uma equipa multidisciplinar de 16 pessoas, incluindo cinco sócios. Este escritório atua em várias áreas como Imigração, Fiscal, Societário, Contratual ou Imobiliário, prestando assessoria à mobilidade internacional de empresas e clientes particulares em Portugal e investimento estrangeiro.

Inês Azevedo salienta que “a nossa forte vertente internacional foi uma das razões para decidirmos fazer parte desta nova aliança europeia. Somos um importante aliado na internacionalização das empresas e no estabelecimento de empresas em Portugal, pelo que as sinergias criadas com esta aliança serão seguramente uma importante mais-valia para o nosso escritório e, sobretudo, para os nossos clientes que muitas vezes precisam de apoio jurídico tanto em Bruxelas como no Luxemburgo. Passar a ter escritórios nestas duas geografias é um passo determinante para poder servir mais e melhor os nossos clientes”.

João Ascenso destaca também que “esta parceria e a nova marca representam um reforço do nosso compromisso com os clientes. É a marca que muda: a equipa permanece a mesma, a dedicação inabalável, e a nossa experiência local intacta. Esta aliança traz-nos um alcance mais global e uma filosofia e abordagem partilhadas, que colocam os valores humanistas, da confiança e de simplicidade no centro das nossas ações e relações. É esta a fórmula descomplexada, de relações de trabalho fortes e transparentes que acreditamos ser a essência e o futuro da profissão e o caminho para o sucesso dos nossos clientes”.

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Bruxelas critica EUA por “mudança de paradigma” no comércio e “acelera negociações” com o resto do mundo

  • Lusa e ECO
  • 7 Abril 2025

A Comissão Europeia criticou a "mudança de paradigma" no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na UE.

A Comissão Europeia criticou esta segunda-feira a “mudança de paradigma” no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na União Europeia (UE) para os próximos passos.

Vamos discutir a forma de posicionar a Europa naquilo que eu descreveria como uma mudança de paradigma do sistema comercial global”, disse o comissário europeu da tutela, Maros Sefcovic, falando à chegada da reunião dos ministros europeus responsáveis pela pasta do Comércio, no Luxemburgo.

Depois de ter estado em contacto com os seus homólogos norte-americanos face aos recentes anúncios do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o responsável europeu acrescentou estar “muito satisfeito” por informar os seus colegas de tais conversações iniciais.

“Vamos centrar a nossa discussão nos próximos passos, na forma de preparar a nossa próxima ação em relação aos Estados Unidos, mas também na forma de preparar o nosso sistema comercial na UE para evitar eventuais desvios de comércio e para garantir que prestará o apoio e os serviços às empresas europeias nesta situação muito difícil”, apontou Maros Sefcovic.

Segundo o comissário europeu do Comércio, urge também garantir que, com o resto do mundo, a UE “acelera as negociações sobre comércio livre e assegura que estes 87% do comércio [sem os Estados Unidos] continuam a funcionar num sistema baseado em regras, respeitando os mecanismos da Organização Mundial do Comércio”.

As principais bolsas europeias abriram hoje da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas em pânico com as consequências da aplicação das tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

As novas tarifas de Trump são uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que pune os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.

No entanto, a maioria dos economistas acredita que as tarifas ameaçam mergulhar a economia numa recessão e, ao mesmo tempo, destruir alianças de décadas.

A União Europeia está a preparar-se para tensões na relação com a nova administração de Donald Trump, especialmente em relação a tarifas comerciais, mas no espaço comunitário paira a incerteza sobre a parceria transatlântica.

A Comissão Europeia detém a competência da política comercial na UE.

Eurodeputados vão a Washington na quarta-feira

Um grupo de eurodeputados prepara-se para viajar para Washington D.C. para reunir com representantes do órgão legislativo dos Estados Unidos, anunciou o Parlamento Europeu (PE).

A delegação do PE para as relações com os Estados Unidos deslocar-se-á à capital norte-americana de quarta-feira até sexta-feira para conversações com representantes do Congresso no âmbito do recente anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas aos parceiros comerciais mundiais.

A delegação do PE em Washington D.C. será chefiada pelo italiano Brando Benifei (S&D). O objetivo sera também “em parte para preparar o próximo Diálogo Transatlântico de Legisladores (TLD), um fórum de legisladores de renome destinado a reforçar as relações entre o Parlamento Europeu e o Congresso”, de acordo com a instituição europeia.

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Mobi.E bate recordes de consumo, carregamentos e utilizadores em março

No final de março, a rede de carregamento pública disponibilizava 6.091 postos, o que corresponde a 11.319 pontos, isto é, tomadas que podem estar a carregar em simultâneo.

A rede Mobi.E registou em março recordes em todos os indicadores: carregamentos, número de utilizadores, energia consumida e número de postos utilizados. Em termos homólogos, contabilizou a empresa num comunicado enviado às redações, os saltos oscilaram foram entre 40% e 60%.

Foram realizados mais de 660 mil carregamentos, o que representa um aumento de 48% face ao mesmo mês do ano passado, efetuados por mais de 108 mil utilizadores distintos, uma subida de 44% em comparação com o período homólogo. Foram consumidos cerca de 14,6 GWh, mais 61% em relação a fevereiro de 2024.

Em média, foram efetuados 21.419 carregamentos por dia: um aumento face a fevereiro, quando tinha sido de 20.708 carregamentos. No primeiro trimestre deste ano, o número de carregamentos já ultrapassou 1,7 milhões de carregamentos. Um aumento de 47% em comparação com o mesmo período de 2024.

A infraestrutura tem acompanhado o crescimento da procura. No final de março, a rede de carregamento pública disponibilizava 6.091 postos, o que corresponde a 11.319 pontos (tomadas que podem estar a carregar em simultâneo). Destes, mais de 2330 eram de carregamento rápido ou ultrarrápido (com potência superior a 22 kW), representando 38,3% do total da rede.

No final de março, a rede Mobi.E disponibilizava mais de 377.000 kW de potência, ultrapassando o exigido pelo regulamento europeu para a criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos (AFIR), que determina que deve existir uma potência de 1,3 kW por cada veículo 100% elétrico e 0,8 kW por cada veículo híbrido plug-in.

Em termos de poupança ambiental, no terceiro mês de 2025, a utilização da rede Mobi.E evitou que fossem emitidas para a atmosfera mais de 11.700 toneladas de dióxido de carbono. Seriam necessárias mais de 193 mil árvores, em ambiente urbano, com 10 anos, para reter o mesmo CO2, indica a mesma entidade.

A rede Mobi.E integra atualmente 32 Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e 100 Operadores de Pontos de Carregamento (OPC). Em média, existem atualmente 92 tomadas por 100 quilómetros de estrada e 125 tomadas por 100 mil habitantes.

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Jóias que fizeram história: a Cartier no coração de Londres

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Abril 2025

O V&A celebra o legado da Cartier com uma exposição imperdível. De tiaras reais a jóias icónicas, a mostra revela a mestria da maison e o impacto cultural das suas criações intemporais.

A joalharia sempre desempenhou um papel central na expressão de poder, status e criatividade. No coração de Londres, o Victoria & Albert Museum (V&A) recebe já no dia 12 de Abril uma das mais aguardadas exposições do ano – uma celebração da Cartier, um dos nomes mais icónicos da alta joalharia. Esta exposição é uma viagem imersiva pela história da maison, onde o luxo e a arte se encontram para contar histórias de elegância e inovação.

Desde a sua fundação, em 1852, que o V&A se consolidou como o principal museu mundial de arte e design, com um acervo que atravessa cinco milénios de criatividade humana. Ao longo dos anos, tem sido um local privilegiado para a exploração da evolução estética, servindo como um arquivo vivo da história das artes decorativas. Receber uma exposição Cartier é, assim, um tributo ao impacto duradouro da maison francesa, que atravessa séculos reinventando-se e estabelecendo novos padrões de sofisticação.

Nesta exposição, a curadoria especial permite aos visitantes mergulharem na dimensão artística da joalharia, destacando como a Cartier influenciou a história do design de luxo e continua a inspirar criadores em todo o mundo. A cenografia, concebida por Asif Khan, envolve os visitantes numa atmosfera vanguardista.

Jóias que contam histórias
A exposição apresenta algumas das mais notáveis criações da Cartier, cada uma contando uma história que se inscreve na história cultural e social. Com uma lista invejável de clientes da realeza e da aristocracia, a Cartier tornou-se conhecida como “o joalheiro dos reis e o rei dos joalheiros” e, mais tarde, expandiu a sua capacidade de atração com a devoção de artistas de renome do mundo do cinema, da música ou da moda.

Entre os destaques, encontramos a lendária Tiara Halo, confecionada em platina e diamantes, criada em 1936 e imortalizada quando foi usada pela Rainha Isabel II no dia do seu casamento. Este acessório tornou-se um símbolo de realeza e elegância intemporal, refletindo o requinte da Cartier na criação de jóias para a nobreza europeia.

Outro destaque da exposição é o famoso Colar Panthère, uma peça de arte que captura a essência da feminilidade e força. Criado pela primeira vez na década de 40, este design revolucionário marcou o início da representatividade do felino na joalharia, tornando-se um dos emblemas da Cartier. O colar em platina e ónix, incrustado com safiras e diamantes, já foi usado por celebridades e membros da realeza, como Wallis Simpson, Duquesa de Windsor.

Um ponto alto desta secção inclui o anel de noivado Cartier de 10,48 ct com diamantes lapidados em escada que Grace Kelly usou no seu último filme antes de se casar com o Príncipe Rainier III do Mónaco, emprestado pela Coleção do Palácio Principesco do Mónaco. E o excecional colar de serpentes, de escala arrojada e movimento realista, encomendado pela estrela de cinema mexicana María Félix – que sintetiza a capacidade da Cartier de combinar criatividade estética e proeza técnica para criar um objeto único que reflete o estilo individual do cliente – também poderá ser apreciado.

Na categoria da relojoaria, a exposição exibe exemplares tão icónicos como o Santos de Cartier, projetado originalmente para o aviador Alberto Santos-Dumont. Lançado em 1904, este foi um dos primeiros relógios de pulso do mundo, revolucionando a indústria ao aliar funcionalidade e sofisticação. Com linhas clean e um design arrojado para a época, o Santos tornou-se um dos modelos mais emblemáticos da Cartier.

Além destas peças, a exposição também inclui o famoso Panthère Brooch, encomendado pela Duquesa de Windsor nos anos 40; e o Colar Maharajá de Patiala, uma das jóias mais luxuosas já criadas, que pertenceu ao Maharajá Bhupinder Singh de Patiala. Esta peça impressionante contém centenas de diamantes, incluindo o famoso De Beers de 234 quilates, um dos maiores diamantes do mundo.

As curadoras da exposição, Helen Molesworth e Rachel Garrahan, declararam: “A Cartier é uma das mais famosas casas de joalharia do mundo. Esta exposição explora a forma como Louis, Pierre e Jacques Cartier, juntamente com o seu pai Alfred, adotaram uma estratégia de “design” original, técnica excecional e expansão internacional que transformou a joalharia familiar parisiense num nome famoso. Com a sua coleção de joalharia de classe mundial, o V&A é o cenário perfeito para comemorar as conquistas pioneiras da Cartier e a sua capacidade transformadora para continuar no centro da cultura e da criatividade durante mais de um século. Estamos entusiasmadas por poder partilhar com os visitantes algumas das mais famosas criações da Cartier, bem como por revelar objetos nunca antes vistos e material de arquivo que enriquecem ainda mais a nossa compreensão de uma casa de joalharia que, hoje em dia, continua a influenciar a forma como nos adornamos.”

Cartier hoje e amanhã
O impacto da Cartier na joalharia contemporânea está longe de ser só uma herança do passado. A maison continua a redefinir os padrões do luxo, integrando novas tecnologias, materiais e conceitos estéticos. Desde parcerias com designers inovadores até a um compromisso crescente com a sustentabilidade, a Cartier mantém-se na vanguarda da alta joalharia e relojoaria.

A exposição no V&A é um testemunho da capacidade da Cartier de permanecer como uma referência de bom gosto e inovação. Nos últimos anos, a maison tem explorado o uso de metais reciclados e diamantes cultivados em laboratório, sem comprometer a sua identidade de luxo. A Cartier também se associa regularmente a artistas contemporâneos, trazendo novas interpretações para as suas peças clássicas e garantindo que a marca continua a impactar as novas gerações de apreciadores de joalharia.

Exposição Cartier
Victoria & Albert Museum, South Kensington, Londres
De de 12 de abril a 16 de novembro de 2025

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Euribor sobem a 3 e 6 meses e descem a 12 meses para mínimo desde setembro de 2022

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Esta segunda-feira, a taxa Euribor subiu a três e a seis meses para, respetivamente, 2,362% e 2,275%. No prazo mais longo (12 meses), desceu para 2,210%.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses para um novo mínimo desde setembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,362%, ficou acima da taxa a seis meses (2,275%) e da taxa a 12 meses (2,210%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 2,275%, mais 0,016 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, para 2,210%, menos 0,025 pontos e um novo mínimo desde 14 de setembro de 2022.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, subiu, ao ser fixada em 2,362%, mais 0,039 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores. A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Investidores já antecipam cinco cortes das taxas de juro dos EUA até ao final do ano

Tarifas comerciais de Trump aumentam a pressão sobre a Fed para cortar as taxas de juro, com os investidores a anteciparem que as Fed Funds possam baixar para entre 3% e 3,5% até ao final do ano.

Os mercados estão a ajustar rapidamente as suas expectativas relativamente à política monetária da Reserva Federal dos EUA (Fed), como resultado da nova política comercial de Donald Trump, marcada por subidas significativas das tarifas sobre as importações.

Segundo os dados mais recentes da ferramenta FedWatch da CME Group, os traders de taxa de juro atribuem agora uma probabilidade de 48% a um corte de 25 pontos base das taxas de juro diretora na próxima reunião do Comité de Política Monetária da Fed (FOMC), marcada para 6 e 7 de maio.

Este movimento representa um aumento significativo face à probabilidade de apenas 14% registada na semana passada, refletindo uma crescente preocupação com o impacto económico das tarifas comerciais impostas pela Administração Trump.

A sustentar este aumento das expectativas dos traders está uma crescente preocupação dos investidores com os sinais de abrandamento económico e as incertezas associadas às políticas comerciais dos EUA. Estas dinâmicas estão também a influenciar as expectativas para a trajetória das taxas de juro, com os mercados a anteciparem agora até cinco cortes de 25 pontos base até ao final do ano, o que colocaria a taxa diretora num intervalo entre 3% e 3,25%.

Se há uma semana apenas 7,5% dos traders antecipa que as Fed Funds pudessem chegar ao final do ano em níveis entre 3% e 3,25%, atualmente essa percentagem cresceu até aos 35,4%, ao mesmo tempo que 32,8% dos traders prevê que as taxas de juro nos EUA possam terminar o ano no intervalo 3,25%-3,5%.

Apesar das expectativas crescentes no mercado, o presidente da Fed, Jerome Powell, adotou um tom cauteloso no seu discurso proferido na sexta-feira, durante a conferência anual da Society for Advancing Business Editing and Writing.

Powell sublinhou que “não há necessidade de apressar” decisões sobre cortes nas taxas de juro, destacando que o banco central está focado em manter o equilíbrio entre os seus dois mandatos: pleno emprego e estabilidade de preços.

O presidente da Fed reconheceu que os riscos económicos aumentaram devido às novas tarifas e às incertezas associadas às políticas comerciais, mas frisou que a economia norte-americana continua sólida, com crescimento moderado e um mercado laboral equilibrado. “Estamos bem posicionados para esperar por maior clareza antes de considerar qualquer ajuste na nossa política monetária”, afirmou Powell.

Um dos principais desafios identificados por Powell é o impacto das tarifas sobre a inflação. Embora estas possam gerar um aumento temporário nos preços, o presidente da Fed alertou para a possibilidade de efeitos mais persistentes caso as expectativas de inflação a longo prazo não permaneçam ancoradas.

Neste contexto, a Fed mantém-se vigilante aos dados económicos e à evolução das condições financeiras antes de tomar qualquer decisão, ao mesmo tempo que continua a ser fortemente pressionada por Donald Trump, com o presidente dos EUA a utilizar a sua rede social para instigar Powell a cortar rapidamente as Fed Funds.

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Governo rasga contrato de concessão das minas de ferro de Moncorvo. “Vamos exercer os nossos direitos”, responde Aethel Mining

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Ministério do Ambiente justifica decisão com incumprimento de “obrigações legais e contratuais” pela mineira britânica Aethel Mining. Interessados na exploração têm de apresentar pedido à DGEG.

O Governo rasgou o contrato de concessão de exploração das minas de ferro de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança. O aviso publicado em Diário da República e assinado pelo diretor-geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), Paulo Carmona, torna pública “a resolução do contrato por iniciativa do Estado com fundamento no incumprimento das obrigações legais e contratuais”.

“Ao longo de todo este processo, o Estado procurou sempre as soluções que permitissem viabilizar o projeto. No entanto, perante o não cumprimento, nos prazos previstos, das obrigações que estão previstas na lei e no contrato, datado de 2016, o Estado viu-se obrigado a terminar o vínculo“, justificou fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Energia, em declarações ao Jornal de Negócios (acesso pago). O contrato fora assinado com a MTI – Ferro de Moncorvo e tinha um prazo inicial de 30 anos, prorrogável, que poderia ir até 2076.

Questionada sobre o fim do contrato de concessão, por iniciativa do Estado, a Aethel Mining diz ter tomado “conhecimento” e prometeu “exercer os [seus] direitos”, declarou apenas fonte oficial da mineira de origem britânica, detida pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert. Agora, segundo o Governo, a área concessionada fica disponível e qualquer empresa que esteja interessada em explorar o ferro de Moncorvo pode apresentar o pedido junto da DGEG.

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A criar a marca da Portugal Duty Free de A a Z, Cláudia Carvalho, na primeira pessoa

Depois ganhar "bagagem" no estrangeiro, Cláudia Carvalho regressou a Portugal, encontrando-se agora a construir a marca da Portugal Duty Free. Tem uma paixão por África, por Lisboa e pela praia.

Depois de construir durante mais de uma década um percurso no estrangeiro, para cumprir a ambição de “perceber o que é o mundo lá fora” e adquirir “bagagem”, Cláudia Carvalho regressou a Portugal no final de 2021. Após liderar o marketing da marca de tintas Dyrup, aceitou a “oportunidade única” de “criar de A a Z” a marca da Portugal Duty Free.

Resultado de uma joint venture, a marca Portugal Duty Free está presente nos aeroportos em Portugal desde 2022. “Passaram-me a marca num rascunho de uma agência criativa e disseram ‘aqui está, esta é a Portugal Duty Free e agora faz tudo o que quiseres com ela’“, recorda a diretora de marketing em conversa com o +M.

Coube assim a Cláudia Carvalho posicionar e definir a comunicação da marca, tanto a nível externo como interno. Os cerca de 700 colaboradores da altura (hoje são 850) passaram, de um dia para o outro, para outra empresa através da joint venture, pelo que houve “muito a fazer na comunicação de valores da empresa“.

Mas Cláudia Carvalho pôde também desenvolver o posicionamento da marca, que “é uma coisa tão rara de se poder fazer hoje em dia”, aponta. “Foi darem-me um grande presente, de poder criar a marca de A a Z, num trabalho que teve o seu culminar este ano, após dois anos e meio de empresa. Existe uma identidade de marca, comunicação externa e acabamos de renovar as lojas todas“, refere a responsável de 41 anos.

A comunicação da Portugal Duty Free — empresa detida pela ARI e pela ANA|Vinci Airports e responsável pela gestão de mais de 30 lojas lojas nos aeroportos nacionais de Lisboa, Porto, Faro, Madeira, Ponta Delgada, Santa Maria e Horta — passa por uma “linha bastante apoiada no que é a portugalidade e a essência da marca portuguesa, que a distingue de uma forma bastante marcada e vincada das outras lojas Duty Free espalhadas pela Europa”.

“Uma coisa que nos define — até pelo nome Portugal Duty Free, que depois adota a designação Lisbon Duty Free, Açores Duty Free, Madeira Duty Free, etc. –, é a personalidade. Nós temos hoje uma zona muito maior de produtos portugueses e queremos muito que as pessoas, quando passem, não sintam que é igual às outras lojas de outros aeroportos”, refere Cláudia Carvalho.

A distinção passa assim também por um portfólio “muito pensado para o desenvolvimento de fornecedores locais”. “Há fornecedores que são exclusivos nossos e que cresceram connosco, e esta parte para nós é de extremo orgulho”, aponta a diretora de marketing.

“Temos um port seller, por exemplo, que tem cerca de 230 vinhos do Porto. Somos, provavelmente, uma das melhores caves de vinho do Porto que possam existir em Portugal. E é através deste tipo de coisas que damos acesso a muitas pessoas de tocarem no que existe mais de sense of place de Portugal, e estamos muito orgulhosos por isso”, acrescenta.

No que diz respeito à renovação das lojas, num total de dez mil metros quadrados, o objetivo passou também por conseguir captar a essência da portugalidade e criar uma experiência de retalho memorável para os passageiros.

Um aeroporto tem uma lógica completamente diferente e muito mais complexa, temos de expressar todos os valores da marca de uma forma muito clara na experiência do passageiro. As lojas têm de ter uma grande consistência, mas depois tivemos também de as adaptar à região de cada loja e ter isso muito claro no design de cada uma das lojas”, explica.

Em Lisboa, por exemplo, a marca colocou uma representação do elétrico 28 dentro da loja, enquanto a loja em Faro dispõe de uma carrinha associada ao surf. “E, no fundo, a partir de agora, vai ser começar uma ode de viver a loja, a essência de Portugal e das suas diferentes regiões”, diz Cláudia Carvalho.

Mas a aposta passa também, cada vez mais, pelo digital. “Somos sempre um comércio de aeroporto mas sabemos que temos de ir para plataformas digitais, possibilitando até aos clientes fazerem um click antes da sua viagem e depois um collect, quando passarem na nossa loja”. Esse é portanto um desafio para um futuro próximo, assim como a extensão da imagem de marca no digital, nomeadamente nas redes sociais, explica a responsável de marketing.

No início da sua carreira, e após completar um curso de Economia, Cláudia Carvalho tinha a “ambição de tentar perceber o que é que era o mundo lá fora para depois poder voltar com uma bagagem diferente”. Nesse sentido, após trabalhar na Pepsi, em Portugal, rumou para Madrid, para reposicionar a marca LG no mercado espanhol.

Voltou entretanto a Portugal para trabalhar a Johnson & Johnson, indo depois para Milão, Itália, trabalhar enquanto group brand manager da Prénatal. Ingressou depois no retalho alimentar, dentro do Grupo Pam, antes de assumir a responsabilidade pelo marketing e comunicação da Italchimica, mantendo-se sempre em Itália.

A experiência do Covid fê-la equacionar se não teria já a bagagem que quis ganhar e se não estaria na hora de regressar às raízes. Foi então que veio para Portugal assumir o marketing da Dyrup, antes de ingressar na Portugal Duty Free.

Nascida em Cascais, Cláudia Carvalho vive atualmente com a filha de oito anos no centro de Lisboa. “Acho que também por causa do meu passado profissional, que me levou a viver em cidades bastante grandes, Lisboa assenta-me agora que nem uma luva”, refere.

“Gosto de sentir o coração da cidade. E quando regressei a Portugal, dez anos depois de vida em Itália, encontrei uma Lisboa muito diferente. Quando vinha de férias, era numa perspetiva muito rápida e de enquadramento familiar, pelo que hoje em dia, e mesmo após ter voltado em 2021, ainda estou a descobrir Lisboa“, acrescenta.

Nas cidades em que viveu no estrangeiro não havia praia, pelo que com o regresso a Portugal readquiriu aquilo que mais gosta de fazer e que está na sua essência: praia. “Pode haver vento, chuva ou sol, que não há fim de semana em que eu não passe pela praia. A minha essência é com o pé na areia pelo que a praia é para mim uma prioridade”, diz.

Uma vez que considera que vive num “mundo em que conhecer culturas diferentes faz extraordinariamente bem”, viajar é uma das suas paixões. Embora goste muito de conhecer países europeus, a cultura desses países não é assim tão diferente e o trabalho levou-a a conhecer diversas cidades europeias. Assim, a sua preferência recai por outras culturas mais diferentes, que lhe “ensinem outras perspetivas e que inclusive chamem mais ao que é essencial”, pelo que África é para si uma paixão.

Cláudia Carvalho, que considera que tem um estilo de vida “bastante saudável”, faz caminhadas e dois treinos por semana, às sete da manhã. “Quem tem filhos e uma vida relativamente ocupada tem que encontrar uma forma que funcione para si, e no fundo este tem sido um modelo”, refere.

Entende também que sempre foi uma pessoa de ambição profissional, impulsionada desde logo pela sua formação académica, feita na Universidade Nova de Lisboa, uma faculdade que “abre muito os olhos” e que também “puxou muito” por si. Além disso, teve uma educação que a “fez ver que há mais para lá das fronteiras, e que as fronteiras são algo que talvez devêssemos eliminar“.

O maior desafio foi equilibrar o ponto perfeito de ambição com o estilo de vida. Uma pessoa quando chega aos 40 — e hoje em dia tenho 41 — começa a pensar como vai conseguir equilibrar a ambição profissional com um estilo de vida saudável, onde a velocidade seja compensada. E Portugal conseguiu-me dar isto“, aponta.

Atualmente, está numa “posição muito interessante”, gostando do que faz e considerando que teve uma “sorte incrível” por estar a trabalhar numa empresa onde “tinha tudo para cozinhar, com muita liberdade e sem deixar de estar em Portugal”.

“O maior desafio foi este: ir tomando as decisões que não quebrassem a ambição mas que me dessem um equilíbrio entre o que é a vida pessoal e profissional”, conclui.

Cláudia Carvalho, em discurso direto

1. Que campanhas – 1 nacional e 1 internacional – gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível internacional, destaco as campanhas de Oliviero Toscani (que faleceu recentemente) e que romperam com tantos dogmas nos anos 90 através da marca Benetton, com temas que ainda hoje seriam muito atuais. Foi sem dúvida uma mente brilhante muito à frente do seu tempo com um marketing que o deixou criar.
Em termos de campanhas nacionais, destaco a This is Art, do Turismo de Portugal, é um exemplo claro de tradição e contemporaneidade do que Portugal tem para oferecer. Uma narrativa simples e emocional, com impacto internacional que exibe a ligação da nossa arte à forte cultura de forma muito clara e envolvente.

2. Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

A missão de, em momentos mais difíceis de vendas, decidir eliminar projetos ou redimensionar projetos que idealizámos e sabemos que teriam impacto em vendas.

3. No (seu) top of mind está sempre?

A excelência.

4. O briefing ideal deve…

Ser apenas um ponto de partida, onde a agência que o ouve, interpreta e engrandece! Esse é a verdadeira parceria difícil de encontrar!

5. E a agência ideal é aquela que…

É 100% empática com o cliente. E traz novidades e propostas que nunca pensámos.

6. Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar. O word of mouth é o verdadeiro valor da comunicação.

7. O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

O orçamento ilimitado não basta! A equipa que o pensa e implementa é o verdadeiro valor do mesmo!

8. A publicidade em Portugal, numa frase?

Portugal é hoje muito similar ao que de melhor se faz lá fora! Portanto seria “muito orgulho”.

9. Construção de marca é?

Criar e posicionar a marca Portugal Duty Free desde o zero. Era, em 2022, um rascunho… hoje é uma marca com experiência de consumidor marcante que eleva a marca “Portugal”.

10. Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seria arquiteta! Um sonho de criança que ficou por aí, porque o mundo dos negócios e das marcas nunca deixou de me surpreender e ensinar!

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Oeiras recebe conferência sobre mobilidade inteligente com líderes políticos e empresariais

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide, acolhe a 23 de abril a conferência Smart Mobility Oeiras, dedicada aos desafios e soluções para a mobilidade urbana sustentável.

Num momento em que as cidades enfrentam transformações profundas nos seus modelos de mobilidade, a conferência Smart Mobility Oeiras reúne, no próximo dia 23 de abril, líderes políticos, gestores públicos e representantes de empresas para um debate alargado sobre o futuro da mobilidade urbana.

Organizada pelo ECO em parceria com a Parques Tejo, a conferência realiza-se no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide, e propõe-se refletir sobre as soluções que podem tornar os territórios mais conectados, sustentáveis e inteligentes — e sobre o papel das autarquias, do setor empresarial e da inovação tecnológica nesse processo.

A entrada é livre, mas limitada à lotação da sala e mediante inscrição aqui.

A sessão de abertura, marcada para as 09h30, contará com as intervenções de António Costa, diretor do ECO, e Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação.

Autarcas da Grande Lisboa debatem visão metropolitana

O primeiro painel, às 10h30, será dedicado à mobilidade em contexto metropolitano, reunindo os presidentes das câmaras municipais de três dos principais concelhos da região: Isaltino Morais (Oeiras), Carlos Carreiras (Cascais) e Carlos Moedas (Lisboa), ainda por confirmar. Será uma oportunidade para ouvir as diferentes visões sobre como articular políticas de mobilidade à escala intermunicipal, num contexto marcado pela crescente necessidade de integração de serviços, tecnologias e estratégias.

Da transição energética à mobilidade como serviço

Após um coffee-break, o segundo painel — “Transição para a Mobilidade Sustentável”, com início às 11h30 — trará para o palco representantes de entidades públicas e privadas que estão na linha da frente da transformação do setor.

Participam Pedro Faria, presidente da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, Joana Baptista, vereadora da mobilidade da Câmara Municipal de Oeiras, e Faustino Gomes, presidente da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML). Os temas em foco vão desde a eletrificação dos transportes e a descarbonização da mobilidade, até à importância da cooperação entre autarquias e operadores para a criação de soluções eficazes e acessíveis.

Encerramento com Ministro das Infraestruturas e Habitação

A sessão de encerramento, às 12h15, contará com a intervenção de Rui Rei, presidente da Parques Tejo, empresa municipal responsável pela gestão da mobilidade e do estacionamento no concelho de Oeiras, acompanhado de Isaltino Morais.

A conferência Smart Mobility Oeiras afirma-se assim como um espaço de reflexão e partilha de boas práticas, essencial para construir as soluções de mobilidade do futuro — hoje.

PROGRAMA

09h30 Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação

10h30 Mobilidade em linha
Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras
Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais
Moderação: Alexandre Batista, Editor do Local Online

11h15 Coffee-break

11h30 Transição para a Mobilidade Sustentável
Manuel Melo Ramos
, Administrador Executivo do Grupo Brisa e CEO da BCR
Pedro Faria, Presidente da UVE
Joana Baptista, Vereadora da Câmara Municipal de Oeiras
Faustino Gomes, Presidente da TML
Moderação: Tiago Freire, Subdiretor do ECO

12h15 Encerramento
Rui Rei, Presidente da Parques Tejo
Isaltino Morais
, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras

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Maré vermelha. Bolsas prolongam quedas com escalada da guerra comercial

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Abril 2025

Tarifas anunciadas por Donald Trump continuam a penalizar os mercados bolsistas e o preço do petróleo. Índice de volatilidade dispara quase 90%.

Os mercados financeiros dão sinais de que vão estender o colapso que teve início na semana passada face aos receios de uma guerra comercial global, após a China a retaliar contra os EUA com a aplicação de tarifas de 34% aos produtos norte-americanos e a União Europeia (UE) a prometer impor as suas próprias contramedidas se as negociações com Washington falharem.

Na manhã desta segunda-feira, o índice pan-europeu Stoxx 600 está a cair mais de 6%, depois de ter registado perdas de 8,4% na semana passada, a pior em cinco anos.

Mas é o DAX, na Alemanha, que regista o pior desempenho entre as principais bolsas da Europa, com uma queda acima de 7% (depois de, na abertura, ter estado a recuar quase 10%). O espanhol IBEX 35 e o francês CAC 40 cedem cerca de 5,9% cada um, enquanto o londrino FTSE 100 desliza 4,8%.

Em Lisboa, o PSI também acordou pintado de vermelho, ao desvalorizar 5,53%, para 6.267,70 pontos. As cotadas da família EDP registam as maiores quedas, na casa dos 6%, tal como a Galp e a Jerónimo Martins.

Este desempenho das bolsas europeias reflete o cenário das ações na Ásia durante a noite. Em Tóquio, o principal índice, o Nikkei, fechou a sessão a cair 7,83%, para 31.136,58 pontos, enquanto o segundo indicador, o Topix, também perdeu 7,79%, para 2.288,66 pontos. Em Seul, o índice Kospi encerrou igualmente em baixa (-5,57%). Mesmo Sydney fechou com uma queda de 4,2%.

Já em Wall Street, depois de as “Sete Magníficas” terem desvalorizado mais de um bilião de dólares num só dia na sexta-feira, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq estão a negociar com quedas de 4,5% e 5%, respetivamente, antes da abertura desta segunda-feira.

A escalada da guerra comercial está a atingir também as cotações do petróleo. O barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações europeias, está a desvalorizar 3,77%, para os 63,12 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recua 3,98%, para 59,49 dólares.

Com a queda nas ações, o índice de volatilidade VIX está a disparar quase 90%, chegando aos 57 pontos.

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Imigrantes que “Estado português não quer aceitar” protestam contra falta de resposta da AIMA

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Associação de imigrantes organizou "manifestação de descontentamento" junto à sede da Agência para a Integração, Migrações e Asilo. Com via verde, imigrantes ficam "escravizados e na mão dos patrões".

Mais de uma centena de imigrantes de origem asiática concentraram-se esta manhã em frente à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), em Lisboa, para contestar a discriminação e falta de respostas da estrutura.

“Direitos iguais para todos”, “somos todos legais”, “não mais espera” e “residência para todos” são algumas das frases gritadas pelos imigrantes nesta manifestação promovida pela Associação Solidariedade Imigrante.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da associação, Timóteo Macedo, criticou o acordo assinado recentemente entre o Estado português e as entidades patronais para a contratação nos países de origem, conhecido como via verde, dizendo que desta forma os trabalhadores vão ficar “escravizados e nas mãos dos patrões”.

A iniciativa contou com o apoio da maior associação de imigrantes do país, a Solidariedade Imigrante, que tem recolhido muitas queixas de imigrantes do Bangladesh, Nepal, Paquistão e Índia, aqueles “que o Estado português não quer aceitar”, referiu à Lusa o presidente da associação.

“Nada nos cai dos céus, nada nos é dado, se nós não lutarmos para que as coisas se alterem”, afirmou à Lusa Timóteo Macedo, antes da concentração agendada para as 10:00. O dirigente explicou que um grupo de imigrantes pediu à associação para realizar uma “manifestação de descontentamento”, sendo esta concentração a primeira de várias previstas contra a política migratória portuguesa.

“Reunimos há pouco tempo com representantes das várias comunidades que estão a ser muito perseguidas, até por algumas organizações da extrema-direita em Portugal. Falamos das comunidades asiáticas e também das comunidades islâmicas”, disse Timóteo Macedo, denunciando o “aumento da islamofobia” no país.

O dirigente acusou a AIMA de estar a mostrar uma “grande inoperância”, o que deixa a vida de milhares de imigrantes suspensa, e acusou esta estrutura de estatal de “não responder e indeferir mais de 50% das anteriores manifestações de interesse”.

Além disso, os imigrantes identificados como irregulares noutros países europeus são colocados numa “lista de não admissão do espaço Schengen” e, por causa disso, não têm resposta da AIMA.

Essas pessoas optaram por vir para Portugal para pedir manifestações de interesse e caberia à AIMA identificar os casos e retirá-los da lista em causa, caso cumpram os requisitos legais em Portugal.

Estão cá a trabalhar, fazem os seus descontos, passaram por um outro país e não fizeram nada de mal. Mas agora têm a vida parada.

Timóteo Macedo

Presidente da associação Solidariedade Imigrante

Mas “a AIMA não está a fazer absolutamente nada, queixa-se de não ter recursos humanos e diz que não tem muitas vezes competências para fazer isso”, acusou Timóteo Macedo, que quer, com esta concentração, “alertar a sociedade civil e a comunicação social para a situação destes milhares e milhares de pessoas que têm a vida suspensa”.

“Estão cá a trabalhar, fazem os seus descontos, passaram por um outro país e não fizeram nada de mal. Mas agora têm a vida parada”, afirmou, salientando que só no Porto existem 800 casos deste tipo.

A abertura de canais prioritários aos cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ao contrário do que sucede com outras origens corresponde a uma estratégia de “dividir para reinar” os imigrantes e o movimento associativo.

Recentemente, foi assinado o acordo entre o estado e as entidades patronais para a contratação nos países de origem, denominada “Via Verde”, mas Timóteo Macedo é muito crítico da medida, porque transformam “os trabalhadores em contratados, escravizados e acorrentados aos patrões”.

“Os patrões não ficam responsáveis por nada, porque retiram dos salários tudo, o seguro de saúde, os custos da educação [da língua portuguesa] ou a habitação que disseram ao Governo ser responsáveis”, acusou, frisando que vão “meter em contentores as pessoas, presas às empresas, sem direito a uma vida autónoma”.

(Notícia atualizada às 11h45)

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Startup World Cup chega a Portugal. Startups podem ganhar um milhão de dólares

50 startups nacionais serão pré-selecionadas e 15 irão competir por um lugar na Grand Finale em São Francisco. Poderão ganhar um milhão de dólares na competição que chega agora a Portugal.

Da esquerda para a direita, Manuel Teixeira Magalhães (diretor comercial & parcerias); Nuno Cepêda (diretor de marketing & comunicação); Sónia Magalhães (diretora de inovação & ecossistema) e Rui Sales Rodrigues (diretor executivo).

As startups nacionais vão ter a oportunidade de ganhar um milhão de dólares em investimento se ganharem o pitch que se vai realizar em Silicon Valley, nos Estados Unidos, com a entrada do Startup World Cup em Portugal. A competição presente em 70 países, chega ao país pelas mãos da Pegasus Tech Ventures e “reflete a crescente relevância do país como centro europeu de inovação e empreendedorismo”. A primeira edição realiza-se em setembro, na Unicorn Factory, em Lisboa.

“A chegada da Startup World Cup a Portugal reflete a crescente relevância do país como centro europeu de inovação e empreendedorismo, apoiado por um ecossistema de inovação dinâmico e em crescimento”, afirma Rui Sales Rodrigues. “Esta iniciativa, que combina uma competição de pitch com uma conferência, e está presente em mais de 70 países, reforça a posição estratégica de Portugal como hub de negócios, inovação e networking internacional, evidenciando o talento e o potencial das startups portuguesas no cenário global”, reforça o diretor executivo da Startup World Cup em Portugal, ao ECO.

Com mais de 100 etapas regionais, a Startup World Cup é uma competição global em que startups, investidores, business angels, analistas de mercado e empresas juntam-se para discutir negócios e soluções em setores como a saúde, energia, educação, finanças, entretenimento e tecnologia, com o objetivo de ligar ecossistemas regionais de inovação com Silicon Valley. Anualmente, recebe cerca de dez mil candidaturas de startups em eventos nos seis continentes, envolvendo mais de 50 mil participantes.

“Estamos muito entusiasmados por finalmente chegar a Portugal, um país com um ecossistema de inovação vibrante e uma cultura crescente de empreendedorismo e investimento”, diz Anis Uzzaman, fundador e CEO da Pegasus Tech Ventures.

Esta iniciativa [Startup World Cup], que combina uma competição de pitch com uma conferência, e está presente em mais de 70 países, reforça a posição estratégica de Portugal como hub de negócios, inovação e networking internacional, evidenciando o talento e o potencial das startups portuguesas no cenário global.

Rui Sales Rodrigues

Diretor executivo da Startup World Cup em Portugal

Em Portugal, a primeira edição realiza-se a 10 e 11 de setembro, na Unicorn Factory Lisboa. Durante os dois dias de evento, um grupo de jurados, organizações líderes e parceiros institucionais, vão avaliar o potencial de 50 startups pré-selecionadas e eleger 15 semifinalistas que irão competir por um lugar na Grand Finale, a 17 de outubro, em São Francisco.

“É uma oportunidade única para as startups portuguesas aumentarem a sua visibilidade a nível nacional e internacional”, argumenta Rui Sales Rodrigues. O diretor executivo da competição em Portugal explica como. “O evento proporciona acesso direto a investidores e empresas de referência, bem como mentoria especializada e ampla exposição mediática. As startups poderão ainda competir por um lugar na final em Silicon Valley, em outubro, com a possibilidade de conquistar um prémio de um milhão de dólares em investimento direto — um impulso decisivo para o seu crescimento”, diz.

Mais, as startups ficarão integradas “na base de dados de deal flow da Pegasus Tech Ventures, uma venture capital americana de referência [tem dois mil milhões de dólares de ativos sob gestão] tornando-as visíveis para toda a sua rede global de investidores, independentemente do resultado do concurso”, diz.

Desde o seu arranque, em 2010, a Startup World Cup já avaliou “dezenas de milhares de startups nas suas edições globais e regionais, proporcionando visibilidade e oportunidades de investimento através da rede da Pegasus Tech Ventures”, destaca Rui Sales Rodrigues.

Alguns dos mais de 35 parceiros corporativos da Pegasus incluem ASUS, Aisin, SEGA, Sojitz e NGK Spark Plugs. Essas empresas podem ter acesso a mais de 200 empresas do portefólio Pegasus, como a SpaceX, Airbnb, SoFi, Doordash, 23andMe, Bird, Color, Carbon, entre outras.

Rui Sales Rodrigues destaca alguns “casos de sucesso” de startups que participaram na competição. É o caso da vencedora no ano passado, a EarthGrid, que desenvolveu uma “tecnologia de escavação por plasma que permite perfurar túneis até 100 vezes mais rápido e com custos 90% inferiores”. No inicio do ano, “o financiamento total da EarthGrid atingiu 31 milhões de dólares, distribuídos por sete rondas, sendo a mais recente uma competição de planos de negócios realizada a 8 de janeiro de 2025”, descreve.

Um ano antes, o prémio foi para a Aillis, startup especializada em tecnologia de saúde com inteligência artificial para diagnóstico de doenças respiratórias, “já captou mais de 50 milhões de dólares”; e, em 2022, para a SRTX, empresa “focada em têxteis ultraduráveis, com mais de 120 milhões de dólares angariados, reconhecida pela sua inovação tecnológica e compromisso com a sustentabilidade no setor da moda”.

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