Montenegro recusa “campanha eleitoral” no Bolhão. Governo “executou um terço das medidas previstas no programa”

Primeiro-ministro rejeitou a ideia de estar em campanha na Mercado do Bolhão, onde decorreu a reunião de Conselho de Ministros e aproveitou para fazer o balanço de um ano de governação.

Montenegro no Mercado do BolhãoLusa

O primeiro-ministro assegura que “não veio distribuir material de campanha” na reunião de Conselho de Ministros que decorreu esta quarta-feira no Mercado do Bolhão, no Porto. Luís Montenegro recusa estar em campanha eleitoral, apesar de reconhecer que foi “uma oportunidade de contactar com os cidadãos”.

“Eu andei sempre na rua a falar com as pessoas. Não vim aqui fazer campanha, nem vim aqui distribuir materiais de campanha”, alegou Montenegro durante a conferência de imprensa depois da reunião do Conselho de Ministros.

Esta ação “descentralizada” está a ser contestada pela oposição por afastar-se da “contenção” que o chefe do Governo prometeu na semana passada. Questionado pelos jornalistas, respondeu que “não houve aqui nenhuma violação dos deveres de neutralidade nem de isenção”. “Não houve aqui nenhuma ação que possa colocar em causa esses princípios, é a minha convicção”, completou.

No dia em que Pedro Duarte Duarte anunciou que será o candidato do PSD à Câmara do Porto, a concelhia liderada por Alberto Machado convidou os militantes para “ir cumprimentar o Presidente” ao Mercado do Bolhão. Montenegro alegou desconhecer essa mensagem enviada pelas estruturas locais social-democratas.

“Não sei ao que se está a referir. Em todo o caso, acho que há dirigentes partidários que podem elucidar sobre o que é o trabalho partidário desenvolvido aos níveis local, regional e nacional”, referiu Montenegro. “Nessa componente não tive nenhuma diligência. Admito que possa haver trabalho político das estruturas partidárias, o que é normal”, afiançou o primeiro-ministro.

Montenegro fala em “momento de clarificação”

A reunião desta quarta-feira teve como premissa o balanço da governação da coligação de direita, já que faz precisamente esta quarta-feira um ano que Montenegro tomou posse como primeiro-ministro. A propósito, assinalou que “em cerca de um quinto do tempo que iria ser preenchido com esta legislatura, o Governo executou um terço das medidas previstas no programa”.

“[Portugal] é hoje, como sabemos, um país com estabilidade económica, com estabilidade financeira, que teve estabilidade política e que está agora a viver um momento de clarificação”, resumiu o líder do Governo e candidato nas eleições antecipadas agendadas para 18 de maio.

Entre as medidas executadas, Montenegro elencou a redução dos impostos, em particular para os jovens, a valorização salarial de 17 carreiras na administração pública, o aumento das pensões e o “maior programa de investimento público de que há memória”, numa referência à construção de 59 mil casas.

Outras das “conquistas” enumeradas estão a redução da tributação sobre o rendimento das empresas, a escolha da localização do novo aeroporto da região de Lisboa e o “reforço da atração e desenvolvimento de grandes investimentos” no país, citando diretamente a decisão da Volkswagen em fabricar o novo veículo elétrico na fábrica da Autoeuropa, em Palmela.

 

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Fundo de apoiante de Trump negoceia compra do TikTok

A sociedade de capital de risco Andreessen Horowitz, liderada pelo 'todo-poderoso' das Big Tech norte-americanas Marc Andreessen, está em conversações para comprar a posição da chinesa ByteDance.

O fundo de capital de risco Andreessen Horowitz, liderado pelo “todo-poderoso” das Big Tech norte-americanas Marc Andreessen, está em negociações para investir no TikTok com outros grupos interessados em afastar a chinesa ByteDance da rede social dos vídeos, avança esta quarta-feira o Financial Times.

A sociedade de private equity Blackstone e outras gestoras de ativos que ainda não investiram na ByteDance também terão sido abordadas durante esta fase final das negociações, embora a Blackstone estivesse interessada numa posição minoritária e em injetar abaixo de mil milhões de dólares, de acordo com a agência Reuters. A transação está em contrarrelógio, porque o prazo para vender a posição dos chineses termina no sábado.

O investidor Marc Andreessen é membro do conselho de administração da Meta e um dos braços direitos de Mark Zuckerberg. Nas últimas eleições presidenciais, ganhou mediatismo por ter doado 2,5 milhões de dólares (2,4 milhões de euros), num envelope a meias com Ben Horowitz, para a campanha de Donald Trump, mas antes também disse que ia fazer uma doação “significativa” para apoiar a candidatura de Kamala Harris mesmo sem conhecer as suas políticas.

Quando Donald Trump venceu as eleições e Elon Musk foi nomeado para liderar o departamento de eficiência governamental, Marc Andreessen esteve por detrás da escolha dos membros dessa equipa que está a reestruturar as agências federais. Paralelamente, uma ex-sócia da Andreessen Horowitz – Sriram Krishnan – é assessora da Casa Branca para a Inteligência Artificial (IA).

A Andreessen Horowitz — a par com a Sequoia Capital, a 8VC, a Goanna Capitale e a Fidelity Investments –, também faz parte do grupo de investidores da X (antigo Twitter).

Aliás, na sexta-feira o bilionário Elon Musk fez um negócio que foi interpretado pelo mercado como uma forma de os recompensar, três anos depois da – pouco consensual – compra da rede social dos tweets por 44 mil milhões de dólares. Em causa está a compra do X pela sua startup de IA, a xAI, para utilizar dados de uma plataforma e desenvolver os algoritmos de outra.

Já o TikTok tem de ser vendido até dia 5 de abril. Entre os interessados em ficar com a posição da ByteDance surgiram nomes como Microsoft (que em 2020 tentou comprar o TikTok, mas as conversas fracassaram) ou a Oracle (embora Donald Trump não tenha confirmado), contudo só a tecnológica Perplexity AI apresentou uma oferta formal na semana passada.

Na lista de nomes de potenciais compradores surgiram também um grupo liderado pelo ex-dono da equipa de baisebol Los Angeles Dodgers, Frank McCourt, e pelo tubarão do programa “Shark Tank” Kevin O’Leary, bem como o influenciador digital Jimmy Donaldson e o fundador da Employer.com, Jesse Tinsley, segundo a CNN.

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Marcelo pede esforço para que próximo Governo “dure o mais tempo possível”, diz Marcelo

Presidente da República destacou que situação é "muito mais difícil" que há um ano, devido à eleição de Donald Trump e às consequências das suas medidas para a Europa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou esta quarta-feira que deve existir a preocupação de garantir que a próxima legislatura seja “o mais longa possível”, de modo a garantir estabilidade, num momento em que a Europa lida com os desafios criados pela nova administração norte-americana, uma realidade que não existia há um ano quando foi eleito o atual Executivo.

Aquilo que se deseja é que haja preocupação de garantir uma legislatura o mais longa possível“, adiantou o Chefe de Estado, em declarações aos jornalistas. Questionado sobre as legislativas de maio, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que o espaço para falar é agora dos partidos, que durante a campanha irão dizer “o que pensam para o futuro”.

Estabelecendo uma comparação com o período eleitoral do ano passado, o Presidente da República destacou que “a Europa ela própria está a recomeçar o seu caminho, perante a nova posição americana. um ano não havia isso”, destacou, notando que ainda não se conheciam os resultados das presidenciais norte-americanas, que deram a vitória a Donald Trump, nem as consequências desta mudança na Casa Branca.

“Sabe-se quais as consequências e o que isso significa nas relações entre a América e a Europa e como a Europa tem que se preparar para, por um lado, recuperar economicamente, e, por outro lado, responder se houver tarifas”, salientou, reforçando que, perante este quadro de maior incerteza é importante criar condições “para que próximo governo dure o mais tempo possível“.

“É evidente que sendo a situação muito mais difícil que há um ano é necessário fazer um esforço grande para que a governação dure mais tempo”, defendeu.

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Concelhia do PSD convida militantes a “ir cumprimentar o nosso Presidente” no Porto. Montenegro nega conhecimento

"Apenas aproveitamos a vinda do Luís Montenegro ao Porto para o ir cumprimentar à chegada", diz presidente da concelhia. Montenegro nega ter conhecimento do convite.

O primeiro ano de Governo está a ser assinalado com um Conselho de Ministros descentralizado, no Mercado do Bolhão, no Porto. No dia em que se sabe que o ainda ministro dos Assuntos Parlamentares é oficialmente candidato à Câmara Municipal do Porto, fica também a saber-se que a concelhia liderada por Alberto Machado convidou os militantes para “ir cumprimentar o nosso Presidente”. Ou seja, para uma iniciativa do Governo e não do partido.

O convite foi endereçado na terça-feira, por SMS. “Caro(a) militante, informa-se que amanhã, dia 2 de abril, o Primeiro-Ministro Luís Montenegro estará na cidade do Porto, numa reunião do Conselho de Ministros que assinalará um ano de governação. O Primeiro-Ministro chegará ao Mercado do Bolhão pelas 10h20 e sairá pelas 12h30. Todos estão convidados a ir cumprimentar o nosso Presidente”, lê-se na mensagem a que o ECO teve acesso.

Na segunda mensagem, remetida pelo PSD Porto, novo convite. “Um Ano de Governo: Amanhã, 2 abril, 10h20: Luís Montenegro no Mercado do Bolhão numa reunião do Conselho de Ministros que termina as 12h30. Contamos consigo!“.

Utilização de uma iniciativa do Governo para campanha? Contactado pelo ECO, o gabinete do primeiro-ministro ainda não respondeu.

Também contactado pelo ECO, Alberto Machado nega que se trate de aproveitamento para a pré-campanha. “De forma nenhuma. Nem estivemos na iniciativa do Governo”, responde o também deputado. “Apenas aproveitamos a vinda do Luís Montenegro ao Porto para o ir cumprimentar à chegada”, diz.

Entretanto, o próprio Luís Montenegro já foi questionado, na conferência de imprensa dada em pleno Mercado do Bolhão, sobre o tema, do qual diz não ter tido conhecimento. “Não sei ao que se está a referir, em todo o caso acho que há dirigentes partidários que podem elucidar sobre o que é o trabalho partidário desenvolvido aos níveis local, regional e nacional. Nessa componente não tive nenhuma diligência. Admito que possa haver trabalho político das estruturas partidárias, é normal“, acabou por responder o primeiro-ministro e também líder do PSD, quando questionado sobre em que qualidade estava no Bolhão.

“Ainda não chegámos à Hungria do Sr. Orbán”, reage o PS Porto

Entretanto, a Federação Distrital do Porto do Partido Socialista do reagiu e acusa o Governo de confundir “Estado com partido” e usar “dinheiro público para campanha eleitoral”.

Violando a ética, a isenção e o respeito democrático, o Governo PSD/CDS, atualmente em gestão, está a usar recursos públicos para sucessivas sessões de campanha eleitoral um pouco por todo o país”, escreve em comunicado Nuno Araújo, presidente da distrital.

“Hoje, um ato propagandístico chocante, pago por todos os portugueses, o Governo decidiu passear-se no Mercado do Bolhão, no Porto, apresentando um “balanço” que mais não é do que uma ação de campanha eleitoral para a qual o PSD enviou uma mensagem a apelar à presença dos seus militantes para “cumprimentar o seu Presidente” em horários específicos”, prossegue o PS, referindo também que “um Ministro do Governo decidiu aproveitar o cargo, o momento e os recursos, lançando-se como candidato à Câmara onde decorre o evento de campanha”.

“O PSD não tem limites na utilização do aparelho do Estado para favorecer os seus interesses, lembrando as “democracias musculadas” com quem partilhou afinidades na Europa”, escreve Nuno Araújo, que termina lembrando “ao Dr. Luís Montenegro que ainda não chegámos à Hungria do Sr. Orbán“.

 

(Notícia atualizada com reação do PS às 15h)

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Leitão&Irmão celebra legado real com nova coleção

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 2 Abril 2025

A The Royal Collection, da Leitão & Irmão e do Museu Tesouro Real, resgata jóias da Coroa Portuguesa, unindo tradição e inovação em peças inspiradas na monarquia e no legado joalheiro nacional.

A realeza inspira, a história molda e a arte transforma. A Leitão & Irmão, uma das mais icónicas casas de joalharia portuguesas, juntou-se ao Museu Tesouro Real para dar vida à The Royal Collection, uma coleção que reinventa a tradição da monarquia portuguesa. Mais que um tributo ao passado, esta linha celebra o requinte intemporal da ourivesaria nacional, transportando-o para os dias de hoje.

O Museu Tesouro Real adiciona, assim, à sua coleção permanente uma réplica do Título de Joalheiros da Coroa Portuguesa, um testemunho do papel inegável da Leitão & Irmão na história da joalharia nacional. A história da Leitão & Irmão confunde-se com a própria evolução da joalharia portuguesa. Nomeada Ourives da Casa Imperial Brasileira por D. Pedro II em 1873 e Joalheiros da Coroa Portuguesa por D. Luís I em 1887, a casa mudou-se do Porto para Lisboa para se instalar junto à Corte. No Bairro Alto, onde estabeleceu a sua oficina, continua a transformar metais e pedras preciosas em autênticas obras de arte. “A exposição da réplica do Título de Joalheiros da Coroa Portuguesa sublinha a importância do legado joalheiro português e permite-nos celebrar a excelência e tradição da ourivesaria nacional, projetando-a para o futuro”, afirma Nuno Vale, diretor executivo do Museu.

A The Royal Collection é um mergulho nos tesouros do passado, com inspiração direta em três peças fundamentais do Museu Tesouro Real: o Cofre da Cidadania, a Coroa Real Portuguesa e o diamante em bruto de 35,80 ct. Elementos que outrora simbolizaram poder e exclusividade ganham agora uma nova roupagem, mantendo intacta a sua essência.

O Royal Collectable resgata os moldes originais do Cofre da Cidadania, manufaturados pela casa joalheira em 1907. Uma das suas mais fascinantes características é o Rinoceronte esculpido pelos artesãos da época, agora reinterpretado com a mesma atenção aos detalhes e mestria artesanal.

Já a linha Royal Jewels leva a Coroa Real Portuguesa para o quotidiano, transformando-a em peças de joalharia com um toque contemporâneo. Anéis, brincos, colares, pulseiras e botões de punho surgem em ouro e diamantes ou em prata e diamantes, permitindo que a sofisticação da realeza se adapte ao estilo moderno. Para celebrar esta colaboração entre o Museu do Tesouro Real e a Leitão & Irmão, quem adquirir peças desta coleção, receberá duas entradas para ir conhecer o Museu do Tesouro Real.

The Royal Collection

“Um país que preserva a sua memória, nomeadamente através da expressão artística, projeta o seu futuro”, sublinha Jorge Leitão, sócio-gerente da casa Leitão. A The Royal Collection reflete essa filosofia, provando que tradição e modernidade podem coexistir, criando jóias que celebram a história e brilham no presente.

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Algarve entre regiões da Europa com maior número de dormidas em alojamentos de curta duração

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Abril 2025

Entre julho e setembro, a região algarvia contabilizou 6.077.649 dormidas reservadas através de plataformas como a Airbnb, Booking, Expedia Group ou TripAdvisor.

O Algarve foi uma das 20 regiões europeias que registou um número mais elevado de dormidas em alojamentos de curta duração no terceiro trimestre de 2024. Ao todo, segundo dados do Eurostat, contabilizou 6.077.649 dormidas reservadas através de plataformas como a Airbnb, Booking, Expedia Group ou TripAdvisor entre julho e setembro.

As regiões mais populares para alojamento de curta duração reservado através de plataformas online nesse período foram a Jadranska Hrvatska, na Croácia (25,2 milhões de noites, +6% face ao terceiro trimestre de 2023), a Andaluzia, em Espanha (17,2 milhões de noites, +23,1%), e a Provença-Alpes, na Côte d’Azur francesa (15,6 milhões de noites, +26,2%).

No ‘top 20’ de regiões da Europa mais populares nesse período encontram-se ainda outras cinco francesas, quatro espanholas, cinco italianas e duas gregas.

O Eurostat divulga ainda dados relativos a 2024, mostrando que os hóspedes passaram 854,1 milhões de noites em alojamentos de aluguer de curta duração na UE, reservados através da Airbnb, Booking, Expedia Group ou TripAdvisor. Isto representa um aumento de 18,8% em comparação com 2023 (719,0 milhões de noites), estabelecendo um novo recorde.

Com exceção de abril, todos os meses de 2024 registaram um número mais elevado de dormidas em alojamentos de curta duração em comparação com o mesmo mês de 2023.

Fonte: Eurostat

Os maiores aumentos relativos face a 2023 registaram-se em março (+48%), maio (+31,7%), agosto (+21,6%) e novembro (+21,5%). A evolução atípica de março para abril, em que se verificou uma queda de 1,8%, deve-se provavelmente ao facto de as férias da Páscoa terem caído em março em 2024, enquanto no ano anterior foram em abril.

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Jovens representam 55% dos novos empréstimos da casa

Garantia pública está a puxar pelo crédito aos jovens para compra de habitação: representaram 55% dos novos empréstimos da casa em fevereiro, mais 5 pontos percentuais em relação a janeiro.

A garantia pública está a puxar pelo crédito da casa junto dos jovens até 35 anos, que em fevereiro representaram 55% das novas operações de empréstimo para a compra de habitação, um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao início do ano.

Embora os bancos tenham começado a disponibilizar a linha de garantia de Estado para os jovens logo no arranque do ano, os contratos ao abrigo deste esquema só começaram a ser fechados a partir de fevereiro, o que ajuda a explicar este aumento.

A linha de garantia de Estado tem o valor de 1,2 mil milhões de euros. São 18 os bancos que aderiram a mecanismo que se destina a ajudar jovens entre os 18 e os 35 anos a adquirirem a sua primeira habitação própria permanente. O Estado garante até 15% do valor da transação do imóvel. Por exemplo, numa casa de 200 mil euros, a garantia pública pode ir até 30 mil euros.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, os bancos emprestaram 1,66 mil milhões de euros às famílias com a finalidade de habitação em fevereiro, mais 132 milhões em comparação com janeiro. A este valor somam-se 477 milhões de euros em renegociações.

Crédito da casa aumenta em fevereiro

Fonte: Banco de Portugal

A taxa de juro média das novas operações de crédito da casa baixou para 3,17% naquele mês, recuando tanto novos contratos como nas renegociações. No caso dos novos empréstimos, baixou para 3,09%, a taxa mais baixa desde outubro de 2022.

No segmento de empresas, o montante das novas operações de crédito ascendeu a 2,15 mil milhões de euros, mais 142 milhões face ao primeiro mês do ano. A taxa de juro média subiu 0,09 pontos percentuais para 4,33%, segundo o supervisor.

(Notícia atualizada às 12h23)

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Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,356%, ficou acima da taxa a seis meses (2,320%) e da taxa a 12 meses (2,326%).

A Euribor subiu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses depois de ter descido na terça-feira para novos mínimos desde, respetivamente, janeiro de 2023, novembro e setembro de 2022.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,356%, ficou acima da taxa a seis meses (2,320%) e da taxa a 12 meses (2,326%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,320%, mais 0,011 pontos e contra 2,309% na terça-feira, um novo mínimo desde 17 de novembro de 2022. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, para 2,326%, mais 0,049 pontos, depois de ter sido fixada em 2,277% na terça-feira, um novo mínimo desde 16 de setembro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, subiu ao ser fixada em 2,356%, mais 0,032 pontos, contra um novo mínimo desde 12 de janeiro de 2023 na terça-feira.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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EDP lança painéis solares para instalar no gradeamento das varandas. Saiba como funciona

Esta solução, composta por painéis com três quilos, é capaz de produzir energia suficiente para permitir uma poupança no consumo de energia da rede de até 25%, estima a elétrica.

A EDP Comercial vai vender painéis mais leves do que os tradicionais para serem instalados no gradeamento das varandas dos apartamentos, informa a elétrica.

De acordo com dados do Eurostat citados pela EDP, quase metade da população portuguesa habita em apartamentos e, por isso, não tem espaço de telhado próprio para produzir a sua energia. Em paralelo, a elétrica avança a estimativa de que mais de metade das varandas em Portugal sejam feitas em gradeamento.

Painéis solares, a instalar em gradeamento de varandas, vêm permitir que estas famílias possam fazer parte da transição energética e aproveitem, também elas, os benefícios do sol“, lê-se no comunicado enviado pela EDP às redações.

A ideia é colocar os painéis no gradeamento das varandas e, depois, ligá-los a uma tomada elétrica. Estes painéis têm 3 quilos, em vez dos 20 de um painel tradicional. Esta solução é capaz de produzir energia suficiente para permitir uma poupança no consumo de energia da rede de até 25% e evitando a produção de mais de 100 quilos de emissões de carbono por ano.

O sistema, poderá ser monitorizado em tempo real pelas famílias, através da aplicação móvel (app) EDP Solar, passando a ter um controlo e conhecimento maior sobre a energia que consomem nas suas casas.

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É um exit. Damia Group compra recrutadora tech Landing.Jobs

Recrutadora especializada no setor tecnológico, a Landing.Jobs acaba de ser comprada pelo Damia Group Portugal.

À Esquerda, Pedro Oliveira e, à direita, José Paiva. São os fundadores da Landing.jobs.Afonso Castella/Luma Visual Experience

A Damia Group Portugal reforça o seu recrutamento na área de TI com a compra da recrutadora especializada no setor tecnológico Landing.Jobs ao grupo Brightwizard, cofundado por Pedro Oliveira e José Paiva.

“A Landing.Jobs é uma marca muito forte e reconhecida no mercado tecnológico e, agora, ao unirmos forças, damos um passo extraordinário que representa a nossa estratégia de crescimento e diferenciação no mercado. A abordagem inovadora, irreverente e próxima da comunidade de IT que a Landing.Jobs construiu, fazem dela o parceiro ideal para expandirmos a nossa presença e reforçarmos a ligação entre o talento e as empresas, num mercado cada vez mais competitivo como o da tecnologia”, refere Cláudio Menezes, managing partner da Damia Group Portugal, citado em comunicado.

Com esta aquisição, a Damia Group Portugal fortalece a sua oferta no mercado, através das três empresas que compõem o grupo — Damia Portugal, We Are Meta, e agora a Landing.Jobs — abrangendo várias áreas de prestação de serviço como recrutamento permanente ou outsourcing, incluindo serviços dedicados como In-house talent acquisition (RPO), employer of record (EOR); job board marketplace e employer branding, elenca.

“A Landing.Jobs sempre teve como missão transformar a forma como o talento tecnológico se conecta com as empresas, fazendo a diferença na vida das pessoas e das organizações, e apostando no digital com um toque humano que é fundamental para maximizar o uso de inteligência artificial na área de recrutamento. Esta visão disruptiva é coincidente com a da Damia Group Portugal e, por isso, esta integração é um motivo de orgulho. Estou confiante de que continuará a crescer e a inovar neste novo capítulo”, destaca o cofundador José Paiva, citado em comunicado.

A Landing.Jobs “continuará as suas operações no mercado nacional e internacional”, agora integrada no portefólio da Damia Group Portugal, “abrindo portas a novas sinergias que servem todos os perfis de cliente, desde startups, scaleups, a grandes organizações”, refere comunicado.

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Covid-19. Ryanair perde recurso contra LOT Polish Airlines relativo a resgaste de 650 milhões

  • Lusa
  • 2 Abril 2025

O Tribunal Geral da União Europeia (TJUE) rejeitou um recurso da companhia aérea irlandesa Ryanair contra o aval de Bruxelas ao resgate de 650 milhões de euros à LOT Polish Airlines.

O Tribunal Geral da União Europeia (TJUE) rejeitou um recurso da companhia aérea irlandesa Ryanair contra o aval de Bruxelas ao resgate de 650 milhões de euros à LOT Polish Airlines, no âmbito da pandemia da covid-19.

A companhia de baixos preços irlandesa Ryanair e a sua sucursal polaca Ryanair Sun recorreram para o TJUE da decisão da Comissão Europeia de autorizar auxílios de Estado polacos à LOT, bem como da proporcionalidade da ajuda, a ausência de um procedimento formal e o seu impacto na concorrência.

O tribunal rejeitou todos os argumentos das transportadoras aéreas, mantendo a validade do auxílio de 650 milhões de euros e considerando que a LOT não apresentava quaisquer dificuldades financeiras antes da pandemia, que atingiu a Europa no início de 2020 e provocou graves perdas económicas, nomeadamente às companhias aéreas que estiveram sem operar durante o período de confinamento mais rigoroso.

Em fevereiro, o mesmo tribunal rejeitou um recurso interposto pela Ryanair a uma ajuda de Estado, de 1,2 mil milhões de euros, dada à TAP em 2020, durante a crise da covid-19.

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Bial reforça “compromisso” com Parkinson com venda de novo medicamento em Portugal

Já com um fármaco próprio para Parkinson no mercado e outro em desenvolvimento, empresa da Trofa vai agora comercializar uma terapêutica para alívio de sintomas após acordo com farmacêutica americana.

Na sequência do acordo de licenciamento exclusivo com a norte-americana Sumitomo Pharma America para a comercialização do medicamento para a doença de Parkinson Kynmobi na União Europeia e no Reino Unido, a Bial anunciou esta quarta-feira o lançamento em Portugal e em Espanha desta película que os doentes já medicados colocam sob a língua sempre que a medicação principal perde efeito.

A farmacêutica portuguesa, que tem um medicamento de investigação própria para esta doença – o Ongentys já chega a mais de 100 mil doentes em vários países, dos EUA ao Japão e Austrália –, sublinha que este lançamento “reforça o compromisso com a comunidade de Parkinson”, estimando que a doença de Parkinson possa afetar cerca de 20 mil pessoas em Portugal e 160 mil em Espanha.

Em paralelo, como o ECO noticiou em janeiro, a empresa sediada na Trofa tem em desenvolvimento um novo tratamento para a doença de Parkinson (BIA 28), que recentemente atingiu um “marco fundamental” com um primeiro doente a completar o ensaio clínico de fase 2 (activate). É o composto em fase mais avançada no pipeline da farmacêutica nortenha, que emprega 800 pessoas e em 2023 gerou receitas de quase 340 milhões de euros.

“Agora, com o lançamento do Kynmobi damos mais um passo importante na nossa estratégia de desenvolvimento e de expansão na Europa, onde ambicionamos ser a empresa de referência na área da doença de Parkinson. Estamos muito satisfeitos por poder disponibilizar esta opção de tratamento e, potencialmente, poder contribuir para ajudar os doentes a lidarem com sintomas tão difíceis e incapacitantes como podem ser os episódios off na sua vida quotidiana”, aponta António Portela.

É mais um passo importante na nossa estratégia de desenvolvimento e de expansão na Europa, onde ambicionamos ser a empresa de referência na área da doença de Parkinson.

António Portela

CEO da Bial

Antes do lançamento em Portugal e Espanha, a Bial já tinha iniciado a comercialização desta película sublingual na Alemanha em maio de 2024, prevendo que chegue também a Itália ainda este ano. Entre os medicamentos próprios – lançou o Zebinix (epilepsia) em 2009 e o Ongentys (Parkinson) em 2016 – e acordos de licenciamento, em que assenta a estratégia de internacionalização da empresa, os produtos Bial estão presentes em mais de 50 países.

Fundada em 1924, a Bial tem atualmente unidades de produção e de investigação e desenvolvimento (I&D) em Portugal e conta com filiais em Espanha, Alemanha, Reino Unido, Itália, Suíça e nos EUA.

O que são episódios off no Parkinson?

Cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com Parkinson. É a segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo o mundo e a doença neurológica com maior crescimento, estimando-se que a sua prevalência possa duplicar até ao ano de 2050.

O que são os episódios off, para os quais os doentes podem recorrer ao Kynmobi como complemento da medicação antiparkinsónica habitual? Explica a Bial que ocorrem quando a medicação se torna insuficiente ao longo do dia, levando ao reaparecimento de sintomas, que podem ser motores (como rigidez, tremor e dificuldade de locomoção) ou outros que afetem a atividade diária e a autonomia dos pacientes, visando este tipo de terapêuticas on-demand aliviar estes sintomas.

“Apesar dos contínuos avanços no tratamento da doença de Parkinson, ainda não é possível garantir que os doentes com flutuações motoras não apresentem momentos de bloqueio (off). Desta forma, a disponibilização de um medicamento de fácil administração, que permita melhorar os doentes rapidamente (on), é de fundamental importância. Aguardamos assim com grande expectativa a chegada deste novo medicamento, que oferecerá aos doentes mais autonomia e independência na gestão da sua doença”, comenta Joaquim Ferreira, Professor de Neurologia e Farmacologia Clínica na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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