Musk diz-se “arrependido” de alguns dos seus ‘posts’ contra Trump

  • ECO
  • 11 Junho 2025

Elon Musk escreveu na rede social X que algumas das suas mensagens públicas contra o Presidente dos EUA, outrora seu aliado, "foram longe demais".

O multimilionário Elon Musk, líder da Tesla, da SpaceX e da plataforma X, mostrou-se esta quarta-feira arrependido de algumas das mensagens que publicou recentemente na sua rede social que visavam o Presidente dos EUA, Donald Trump.

“Estou arrependido de algumas das publicações sobre o Presidente Donald Trump na semana passada. Foram longe demais”, publicou Elon Musk esta quarta-feira de manhã no X.

Musk e Trump, outrora aliados, começaram a trocar insultos nas redes sociais na semana passada, depois de o primeiro se ter mostrado contra um projeto de lei de Trump que irá agravar a dívida pública dos EUA.

Ao longo de várias publicações, Musk sugeriu que Trump só venceu as eleições por sua causa, afirmou que o Presidente deveria ser alvo de um impeachment e chegou mesmo a implicar Trump no escândalo de pedofilia envolvendo Jeffrey Epsein.

Por seu turno, Trump ameaçou rasgar contratos governamentais com empresas de Musk e defendeu que a oposição do empresário tem mais a ver com os cortes nos subsídios a veículos elétricos do que com o agravamento da dívida pública americana.

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Hoje nas notícias: Galp, Provedoria de Justiça e ‘vistos gold’

  • ECO
  • 11 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A venda de 10% de um consórcio de gás natural está no centro de um duelo jurídico entre a Galp e o Governo moçambicano. A AD tem de negociar com mais do que um partido o nome do próximo provedor de Justiça até 4 de julho. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

TAP tem de pagar 177 milhões à Azul até ao final do mês

O empréstimo de 176,9 milhões de euros contraído pela TAP em 2016 junto da companhia aérea brasileira Azul tem de ser pago até 23 de junho. Na última Assembleia Geral de Obrigacionistas, os credores apontaram vários incumprimentos por parte da transportadora portuguesa, pelo que foi antecipada a data do reembolso em nove meses. Os 176,9 milhões de euros contemplam os 90 milhões de euros emprestados em março de 2016 e os juros acumulados desde então.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Galp trava duelo de 266 milhões em Moçambique após venda de gás

A venda de 10% de um consórcio de gás natural em Moçambique à Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC), por 1.050 milhões de dólares (919 milhões de euros, ao câmbio atual), foi um dos maiores negócios de sempre da Galp. No entanto, o Governo de Maputo está a exigir à petrolífera portuguesa o pagamento de 300 milhões de dólares (266 milhões de euros) de imposto sobre as mais-valias. A empresa, por sua vez, alega que, devido ao investimento no projeto de 1.020 milhões de euros, na forma de suprimentos e outros financiamentos, a mais-valia do negócio é de apenas 30 milhões de dólares (26 milhões de euros), o que reduz o imposto a pagar para um valor na ordem dos oito milhões de dólares (7 milhões de euros).

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Provedoria de Justiça obriga a acordos entre AD e oposições até 4 de julho

O calendário para designar um novo provedor de Justiça teve de ser antecipado devido à saída de Maria Lúcia Amaral para ser ministra da Administração Interna no novo Governo de Luís Montenegro. Segundo a lei, a designação de um novo provedor de Justiça tem de ocorrer nos “30 dias imediatos” à vagatura do cargo, ou seja, até 4 de julho, e precisa de ser aprovada por uma maioria de dois terços na Assembleia da República. Isto significa que, só com o PS ou o Chega, a bancada parlamentar da AD não tem votos suficientes para aprovar um novo nome, pelo que serão necessários entendimentos com mais do que um partido para a maioria de dois terços.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Governo estuda melhorar ‘vistos gold’ depois do verão

Na passada sexta-feira, em entrevista à Bloomberg, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, revelou que o Governo está a equacionar melhorar o regime de vistos gold para torná-los ainda mais atrativos. Segundo o Jornal Económico, as mudanças ao regime de Autorização de Residência para Investimento (ARI) deverão ocorrer após o verão. O objetivo, conforme avançado pelo governante, é organizar os vistos gold de “uma forma mais eficaz e economicamente eficiente”, garantindo, ao mesmo tempo, que quaisquer alterações são “económica e socialmente justas”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Programa de apoio à troca de eletrodomésticos é lançado este mês

O programa de apoio à substituição de eletrodomésticos e equipamentos a gás por soluções elétricas mais eficientes e sustentáveis, que foi anunciado em novembro do ano passado, vai arrancar “em meados deste mês de junho”, de acordo com o Ministério do Ambiente e Energia. Segundo o gabinete liderado por Maria da Graça Carvalho, o E-Lar – Eficiência Energética e Conforto Térmico prevê a atribuição de um teto máximo por beneficiário (em vez de número de equipamentos), valor que deverá ser aplicado na substituição de eletrodomésticos ineficientes por equipamentos de classe A e também de aparelhos a gás por soluções elétricas eficientes e sustentáveis. No entanto, o montante do apoio por beneficiário ainda não está fechado.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Revolução digital na saúde: rumo a um ecossistema inteligente e integrado

  • ECO
  • 11 Junho 2025

Com a tecnologia a avançar rapidamente, o tema Digital Health começa a ganhar ênfase dentro das entidades de saúde. De que forma a GenAI melhora o sistema? Saiba como no 3º episódio do podcast InGov.

A revolução digital está a transformar a forma como os cuidados de saúde são prestados, geridos e experienciados pelo utilizador. Tecnologias como a Inteligência Artificial, o Low Code e o Composable Architecture prometem revolucionar a jornada do paciente, desde o acesso ao histórico médico até à gestão personalizada de doenças.

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No setor público, estas inovações têm o potencial de criar um sistema de saúde mais eficiente, acessível e centrado no cidadão, mas também trazem consigo alguns desafios importantes, como a gestão dos dados e da privacidade. Estes desafios, bem como as soluções, foram debatidos no terceiro episódio do podcast InGov.

“Se olharmos para a prestação de cuidados de saúde, percebemos que há muitos sistemas e muita informação que está dispersa por vários sítios. Portanto, há uma necessidade de conectar isto e de conseguir que o prestador de cuidados de saúde, seja ele enfermeiro, médico ou auxiliar, tenha acesso à informação sem ter que andar a saltar de um lado para outro. Isto obriga à interoperabilidade de dados e, aqui, o Low Code tem um papel muito importante”, começou por dizer César Marto, Partner da Deloitte na área de Consultoria em Portugal.

De acordo com Filipe Ganhão, Associate Partner da Deloitte na área de Consultoria e responsável pelo European Healthcare Tech Center em Portugal, há, por isso, uma urgência em criar uma interoperabilidade dos dados, principalmente para um sistema sobrecarregado como o Serviço Nacional de Saúde (SNS): “A longevidade é cada vez maior, assim como os cuidados de saúde necessários, e isso traz uma pressão enorme ao sistema de saúde, em particular ao SNS. Por isso, é importante que as organizações de saúde, públicas ou privadas, sejam ágeis e consigam ter acesso a mecanismos e sistemas que lhes permitam ser ágeis, como o LowCode e a Digital Front Door, para terem uma maior proximidade dos pacientes e terem arquiteturas mais eficientes”.

Filipe Ganhão, Associate Partner da Deloitte na área de Consultoria e responsável pelo European Healthcare Tech Center em Portugal

“A nível nacional, já temos alguns mecanismos e aplicações através dos quais conseguimos aceder ao nosso histórico médico (SNS). Então, eu acho que Portugal acaba por ter já algum avanço nessa proximidade do paciente e no acesso aos dados. Mas, apesar disso, esta proximidade é ainda mais vincada no setor privado. O desafio é, por isso, criar uma conexão entre o mundo privado e o mundo público, que ainda não é transparente”, continuou o Associate Partner da Deloitte.

César Marto concorda com a necessidade de se criar essa conexão, principalmente para promover uma saúde proativa e não uma saúde reativa. “Para ter saúde proativa, é preciso informação a circular. Hoje em dia há benefícios para quem for um dador de sangue, por que não há um dador de dados?”, questionou, ao mesmo tempo que explicou a vantagem que isso traria, principalmente para o setor público: “Ao disponibilizar dados, como pré-triagem, para um processo de ida às urgências, sabe-se exatamente qual é o estado de gravidade e pode-se direcionar o paciente para um centro de saúde ou para um hospital central, o que ajuda na logística dos cuidados de saúde”.

César Marto, Partner da Deloitte na área de Consultoria em Portugal

Mas se, por um lado, a tecnologia pode ajudar muito, por outro pode ser um desafio conseguir que alguns pacientes, principalmente os mais idosos, consigam usá-la ou ter acesso a ela. Para isso, um modelo híbrido parece ser a melhor opção, mas o partner da Deloitte relembrou que, tal como noutras áreas, há outras formas de contornar a situação, nomeadamente através dos cuidadores. “Antigamente, o IRS entregava-se numa folha preenchida à mão, mas hoje em dia ninguém preenche isso. Neste caso, são os cuidadores que fazem a captura de informação e a sua submissão. E eu acho que esta é uma transição que vai ter de acontecer naturalmente [também no setor da saúde]”.

Contudo, esta transição, apesar de todas as vantagens que tem associadas, tem-se feito com alguma demora. E isto deve-se a vários fatores, entre eles, a falta de investimento, mas também pela falta de tempo, algo que Filipe Ganhão considera fundamental contrariar. “Tem que haver investimento, mas tem que se parar para pensar e tem que se pedir ajuda. É normal que quando as organizações estão embrulhadas num problema, muitas vezes não tenham tempo de olhar para as coisas, mas é importante parar. E parar não significa ficar para trás, pode implicar até significar dar um passo atrás para dar dois à frente“, concluiu.

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Costa diz que Portugal tem aproveitado o PRR, mas “há um problema nacional de autoflagelação”

  • ECO
  • 11 Junho 2025

Antigo primeiro-ministro e atual presidente do Conselho Europeu aponta que Portugal surge sempre "nos melhores indicadores" da Comissão Europeia em matéria de execução do PRR, e não só.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, entende que “há um problema nacional de autoflagelação” em Portugal, considerando “errada” a ideia de que o país aproveitou mal os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “A Comissão Europeia regularmente publica todos os indicadores. Portugal está sempre nos melhores indicadores. Não é de e agora, é desde 1985”, afirmou, em entrevista à Antena 1.

“Agora como vivo mais tempo no estrangeiro do que em Portugal, cada vez mais aprecio aliás as qualidades dos serviços em Portugal, daquilo que Portugal faz, daquilo que os portugueses são”, indicou o também ex-primeiro-ministro socialista, por ocasião dos 40 anos da entrada do país na Comunidade Económica Europeia (CEE). No entanto, “o país martiriza-se”, acrescentou.

Considerando também que “foi um erro” a não suspensão do PRR em pleno surto inflacionista, o que “penalizou a execução”, António Costa antecipou também que “o próximo quadro financeiro plurianual não poderá ser igual aos anteriores”. “E muito daquilo que introduzimos nos mecanismos do NextGeneration, o PRR, vão existir seguramente no próximo quadro financeiro. Não vai ter é a mesma metodologia de execução e vai ter muito das metodologias de execução dos PRR”, disse.

Ainda sobre o orçamento europeu, António Costa afirmou que “finalmente a União Europeia assumiu a habitação como uma política essencial”. Assim, “no próximo quadro financeiro plurianual — todos já sabemos, não sabemos é quanto — a habitação vai passar a ser elegível”, aventou.

O antigo primeiro-ministro foi ainda questionado sobre o crescimento da extrema-direita: “Eu creio que a razão fundamental tem a ver com a sensação generalizada de que as desigualdades têm vindo a aumentar, de que há largas camadas da sua população estão bloqueadas nas suas perspetivas em relação ao futuro”, explicou.

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Quer proteger o seu negócio de ameaças digitais? Comece por aqui

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  • 11 Junho 2025

Muitas empresas operam com falhas de segurança que desconhecem. Descubra uma solução simples e acessível para identificar riscos e proteger o seu negócio.

Sabe se a sua empresa está segura ou vulnerável ao cibercrime? Muito se ouve falar de cibersegurança e da sua importância nos tempos que correm, mas para muitas empresas é apenas mais uma camada de preocupação, demasiado complexa ou inatingível. Relaciona-se com esta realidade? Não é caso único.

De acordo com um estudo recente, apenas 35% das pequenas e médias empresas (PME) familiares portuguesas se sentem totalmente preparadas para operar na economia digital, sendo que 58% consideram a cibersegurança uma barreira à transformação digital.

A pesquisa “Why the Cybersecurity Gap Between SMEs and Large Organizations Matters”, levada a cabo por uma especialista em consultoria de riscos e corretagem, dá ainda conta de que as PME na União Europeia (EU) apresentam um nível de controlo de cibersegurança 15% inferior ao das grandes organizações.

Mais: segundo o último relatório europeu da Mastercard em matéria de cibersegurança, 43% dos gestores de pequenas e médias empresas portuguesas preocupa-se diariamente com a possibilidade de ser vítima de um ataque informático. Apesar da inquietação, metade (49%) confessa não ter competências para se proteger de ciberataques e 79% reconhece que precisa de formação em matéria de proteção, um número bastante superior à média europeia (67%).

E não é que o cibercrime esteja a abrandar: de acordo com a mesma pesquisa, Portugal ocupa o 4º lugar entre os mercados com maior exposição reportada a burlas e fraudes online.

Recorde-se que as PME são essenciais para a estabilidade económica nacional, já que representam 99% do tecido empresarial português. A realidade é que existem ainda muitas empresas expostas ao cibercrime, sem saberem que o estão, e mal preparadas para prevenir ou fazer frente a ataques cada vez mais sofisticados. Um estudo da Google de 2024 indica que apenas cerca de 15% das empresas europeias se sente preparada para um ciberataque.

Motivos para a falta de investimento

São várias as razões que inibem as empresas de menor dimensão de investir em cibersegurança, entre as quais:

1. Recursos financeiros limitados

Segundo o Relatório sobre Cibersegurança em PME, da Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (ENISA), as PME muitas vezes não têm capacidade financeira para investir em soluções robustas de cibersegurança.

2. Falta de conhecimento técnico

Ao não existirem equipas de Tecnologias de Informação (TI) internas especializadas, aumenta a dificuldade de a empresa avaliar os riscos e selecionar soluções ajustadas à realidade do seu negócio.

3. Perceção de baixo risco

Embora esta perceção esteja a mudar rapidamente, muitas pequenas e médias empresas ainda acreditam que, pela sua dimensão, não são alvos atrativos para os cibercriminosos, desvalorizando, assim, a importância da cibersegurança.

4. Falta de pressão externa

Há vários setores que não enfrentam, para já, obrigações legais específicas para implementar medidas de cibersegurança, o que reduz a motivação para agir de forma proativa. Mas esta é uma realidade que está prestes a mudar na UE, com a adoção da NIS2 e DORA, entre outras diretivas, que incluem a obrigação de gestão de risco nas cadeias de abastecimento de empresas consideradas mais críticas, o que terá um efeito de contágio positivo em empresas de todos os setores.

Democratizar o acesso à cibersegurança

Algum dos motivos acima identificados se relaciona com a realidade da sua empresa? Muito provavelmente sim, e até mais do que um. Foi para ajudar organizações neste cenário que a NOS acaba de lançar a CyberInspect.

Trata-se de uma plataforma que ajuda a identificar riscos digitais e a entender necessidades de prevenção de forma simples e acessível. Como? Através de testes de cibersegurança que permitem um diagnóstico completo sobre as vulnerabilidades digitais. A ideia central desta nova unidade de negócio é democratizar os testes para que passem a ser acessíveis a todas as empresas.

A plataforma da NOS agrega múltiplas tecnologias de teste e recorre a Inteligência Artificial (IA) nos testes e na geração de relatórios, com a síntese da informação mais relevante. Além disso, assegura apoio ao longo do processo, tanto na realização dos testes, como identificando as medidas a tomar para minimizar os riscos a que a empresa está exposta.

“A CyberInspect surge para ajudar as empresas e organizações a identificar os riscos e como os prevenir, através dos testes mais relevantes, disponibilizados num formato simplificado e numa só plataforma de fácil acesso, com acompanhamento e suporte de especialistas ao longo de todo o processo”, explica Duarte Sousa Lopes, responsável da CyberInspect.

Uma só plataforma, avaliação de vários riscos

A oferta base da CyberInspect consiste em pacotes de testes específicos, realizados num timing pré-definido durante o ano, e uma avaliação mensal do índice de risco.

Mas a plataforma também permite uma utilização flexível, com opções individuais dos testes a realizar, incluindo aconselhamento personalizado sem custos adicionais.

Nesta fase de lançamento, a CyberInspect disponibiliza quatro tipos de testes: Índice de Risco de Cibersegurança, Teste de Intrusão Automático, Mapeamento de Vulnerabilidades e Análise de Código.

A CyberInspect no dia a dia de uma empresa

Para perceber a aplicação da plataforma CyberInspect numa empresa, coloquemos um cenário prático. Imagine que gere uma PME no setor do retalho online. Tem uma base de dados com milhares de clientes, integra vários métodos de pagamento e utiliza ferramentas de marketing digital para captar novos utilizadores.

Como a maioria das PME, também se confronta com recursos limitados para TI e segurança digital. A manutenção do site é feita em regime de outsourcing, os testes são esporádicos (ou inexistentes) e nunca pediu uma auditoria profunda à segurança da infraestrutura.

Um dia, um parceiro de negócio internacional questiona se a empresa cumpre determinados requisitos de cibersegurança, essenciais para fechar a parceria. Saberia responder a esse desafio?

Ao usar a plataforma CyberInspect, conseguirá, de forma rápida e simplificada, obter:

  • um Índice de Risco de Cibersegurança, que mostra que o seu site está mais ou menos exposto do que a média do setor;
  • um Teste de Intrusão Automático, que deteta as vulnerabilidades críticas do site através do uso de robots e IA;
  • um Mapeamento de Vulnerabilidades, que varre os ativos expostos à Internet e identifica os seus pontos fracos;
  • uma Análise de Código, que analisa o código fonte dos seus produtos e serviços digitais, identificando vulnerabilidades que possam ser exploradas.

Voltamos à questão inicial: sabe realmente se o seu negócio está seguro ou vulnerável ao cibercrime? Explore a plataforma CyberInspect da NOS e reduza os riscos digitais de uma forma simples e prática.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 11 de junho

  • ECO
  • 11 Junho 2025

Ao longo desta quarta-feira, 11 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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EUA e China chegam a “acordo de princípio” para restaurar trégua comercial

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

Delegações norte-americana e chinesa alcançaram um acordo de princípio em Londres para tentarem restaurar uma trégua comercial temporária, deixando a validação para os respetivos presidentes.

As delegações dos EUA e da China, reunidas durante dois dias em Londres para resolver as diferenças comerciais entre os dois países, anunciaram na noite de terça-feira um acordo de princípio, deixando a validação para os respetivos presidentes.

As duas partes chegaram a um acordo de princípio sobre uma estrutura geral […] e reportarão essa estrutura geral aos seus respetivos líderes“, adiantou à imprensa o representante do Comércio Internacional da China, Li Chenggang.

O secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, manifestou confiança de que a questão dos envios chineses de terras raras — considerada demasiado limitada pelas autoridades norte-americanas — “será resolvida através da implementação desta estrutura geral” de acordo.

Lutnick liderou a delegação norte-americana, juntamente com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, enquanto o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, um confidente próximo do Presidente Xi Jinping, liderou a comitiva chinesa.

Esta segunda ronda de negociações entre as duas maiores potências económicas mundiais começou na segunda-feira e aconteceu cerca de um mês depois de uma reunião entre delegações da China e dos Estados Unidos em Genebra.

O objetivo do encontro de Londres foi negociar uma solução para a guerra comercial iniciada por Washington há pouco mais de dois meses com a imposição de tarifas por parte da Administração liderada por Donald Trump a diversos países, à qual a China respondeu com as suas próprias contramedidas.

A China e os EUA entraram num conflito comercial sobre semicondutores avançados que alimentam inteligência artificial, terras raras, vitais para os fabricantes de veículos elétricos, e vistos de estudante chineses.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que se vai saber se Sócrates vai a julgamento em processo separado da Operação Marques, Semapa distribui dividendos e o INE e Eurostat divulgam dados.

José Sócrates saberá está quarta-feira se vai a julgamento por processo separado da Operação Marquês. No mesmo dia, termina o prazo de negociações da Duro Felguera com credores, o INE divulga dados dos setores dos serviços e da construção e o Eurostat dados sobre o comércio por moeda de faturação.

Como evoluíram os setores da construção e de serviços em abril?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgará os índices de produção, emprego e remuneração no setor da construção — e para os trabalhadores dos serviços juntamente com os dados sobre horas trabalhadas – relativos a abril deste ano. Em maio, o índice de produção na construção desacelerou 0,7 pontos percentuais, passando para um crescimento homólogo de 1,3%.

TCIC anuncia se Sócrates vai ou não a julgamento em processo separado da Operação Marquês

A decisão da juíza de instrução Sofia Marinho Pires, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), será conhecida esta quarta-feira, às 16h00. Nessa sessão ficará determinado se o ex-primeiro-ministro José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva vão ou não a julgamento num processo separado da Operação Marquês, relativo aos crimes de falsificação de documento e branqueamento de capitais que lhes são imputados.

O Ministério Público já reconheceu a prescrição dos três crimes de falsificação alegadamente cometidos em coautoria, mas a defesa de Sócrates sustenta que também os crimes de branqueamento prescreveram há, pelo menos, um mês.

Semapa começa hoje a pagar dividendos

Arranca esta quarta-feira o pagamento de dividendos da Semapa, dona da Navigator e da Secil, num total de cerca de 50 milhões de euros, o que corresponde a 0,626 euros por ação. A holding da família Queiroz Pereira fechou 2024 com um resultado líquido de 232,7 milhões de euros, 4,8% abaixo dos 244,5 milhões registados no ano anterior. O volume de negócios somou 2.849,4 milhões de euros, um aumento de 5,3% face a 2023. Mais de 75% das receitas do grupo foram geradas no exterior.

Termina hoje o prazo de negociações da Duro Felguera com credores

A participada espanhola da Mota-Engil, Duro Felguera, pediu, a 11 de março, uma prorrogação de três meses do processo de proteção contra credores, estendendo as conversas até esta quarta-feira. Na altura, o pedido surgiu por não ter chegado a acordo com a Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI) para a reestruturação do grupo, que passaria por converter em ações os 120 milhões de euros que lhe emprestou em plena pandemia, o que lhe daria a maioria do capital.

Eurostat divulga comércio por moeda de faturação

O órgão estatístico europeu, Eurostat vai divulgar dados sobre o comércio por moeda de faturação referente a 2024. Em 2023, o euro foi a moeda mais usada nas exportações da União Europeia (52%), à frente do dólar americano (32%). No entanto, o dólar americano foi a moeda mais utilizada para as importações na UE, com uma quota de 50% em 2023, à frente do euro com 41%.

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Farmacêuticas nacionais mais que duplicaram vendas para EUA antes do ‘Dia da Libertação’

Empresas da saúde exportaram mais 160% no primeiro trimestre do que entre janeiro e março de 2024. Indústria mantém-se "confiante" na capacidade de produção e na cadeia de abastecimento global.

Sob o antigo ditado de que “prevenir é o melhor remédio”, as farmacêuticas portuguesas terão tentado antecipar-se às tarifas dos Estados Unidos (EUA), o segundo maior destino das suas vendas, e procurado escoar os produtos e ingredientes de medicamentos para o outro lado do Atlântico antes do chamado “Dia da Libertação”, a 2 de abril.

No primeiro trimestre, as exportações da saúde para Estados Unidos cresceram 32,5%, em termos homólogos, para 484 milhões de euros. Só de fevereiro para março, estas empresas mais que duplicaram as exportações para a maior economia do mundo de 131 milhões para 286 milhões de euros. Na prática, os EUA representavam 16% das vendas de produtos farmacêuticos e de preparações farmacêuticas de base e passaram para 69% em apenas um mês.

Em janeiro, mês da tomada de posse de Donald Trump, o mercado norte-americano valia apenas 7% das exportações do setor ou cerca de 63 milhões de euros. Entretanto, em meados de fevereiro, os Estados Unidos estimaram taxar os produtos farmacêuticos em “25% ou mais” e levaram as vendas a aumentar de 63 milhões de euros no início do trimestre para quase 300 milhões no final de março.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta segunda-feira novos dados sobre as exportações, referentes a abril, que permitem perceber que a atividade das farmacêuticas para o mercado norte-americano – que se havia intensificado nos meses anteriores – voltou a estabilizar no quarto mês de 2025. As organizações ligadas ao setor descartam comentários ou explicações, mas a queda coincide com o facto de, no temido dia 2 de abril, a administração Trump ter revelado que os produtos farmacêuticos iam ficar de fora das tarifas recíprocas, a par com os artigos de cobre.

Depois de ter escapado ao reforço das taxas aduaneiras, a indústria mantém-se num impasse e, simultaneamente, a preparar-se para qualquer investida da administração Trump. Ainda no início de maio, já depois da avalanche tarifária, o presidente dos Estados Unidos disse que iria anunciar tarifas sobre produtos farmacêuticos dali a “duas semanas”, logo após ter assinado uma ordem executiva para promover o seu fabrico em território norte-americano. Certo é que se passaram cinco semanas e não houve novidades da Casa Branca nesse sentido.

Empresas estão confiantes na cadeia de valor

As multinacionais do setor que estão presentes em Portugal corroboram a volatilidade e dinamismo internacional com os quais o mercado se depara, embora afirmem que a situação ainda é controlável e que estão a trabalhar na mitigação de “quaisquer potenciais impactos nos doentes”.

A situação continua a ser muito volátil e estamos a acompanhar de perto e a avaliar os potenciais impactos à medida que mais pormenores vão ficando disponíveis. Entretanto, estamos confiantes de que, com a nossa cadeia de abastecimento global e as nossas capacidades de produção, podemos continuar a fornecer medicamentos aos doentes, sejam eles pessoas ou animais”, referiu fonte oficial da alemã Boehringer Ingelheim.

“O ambiente externo é dinâmico e está a evoluir rapidamente. Consideramos que a situação atual é controlável e estamos confiantes na nossa capacidade de lidar com as mudanças na política e implementar quaisquer potenciais medidas de mitigação de forma ponderada e eficaz”, comentou a suíça Roche.

Enquanto administrador da Federação Europeia das Associações e Indústrias Farmacêuticas, o CEO da Bial, António Portela, assinou a carta que dezenas de farmacêuticas enviaram a Bruxelas a pedir apoio à Comissão Europeia para conseguir manter as operações na União Europeia, perante este risco em Washington e o aumento da regulação comunitária.

Questionada sobre a missiva, fonte oficial da farmacêutica portuguesa diz que traça medidas para garantir que a Europa continua a ser base de investigação, desenvolvimento e fabrico de medicamentos, nomeadamente “o fortalecimento das normas europeias de propriedade intelectual, a adoção de um quadro regulatório favorável à inovação e a coerência entre políticas ambientais e químicas”.

A inovação é crítica para os pacientes, para os sistemas de saúde e para a economia europeia. A Europa precisa de assumir um compromisso sério com o investimento no ecossistema farmacêutico, ou corre o risco de se tornar apenas consumidora da inovação de outras regiões

Fonte oficial da Bial

A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) recusa comentar este movimento do setor e a política protecionista do presidente norte-americano, mas garante ao ECO que “está alinhada com o posicionamento da EFPIA [European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations] e encontra se a acompanhar a evolução dos acontecimentos”.

Vendas da saúde disparam 160% no primeiro trimestre

No cômputo geral, entre janeiro e março, as empresas da saúde venderam 2.244 milhões de euros para o exterior, o que representa um aumento de cerca de 160% em relação aos primeiros três meses de 2024, segundo a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) com base na informação do INE.

O Health Cluster Portugal constata que a tendência de crescimento das exportações da fileira da saúde, que foi recordista no ano passado, continua a verificar-se em 2025. “No que respeita ao tipo de produto, o maior aumento verificou-se no segmento da fabricação de preparações farmacêuticas, passando de um total de 698 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, para 2.021 milhões de euros entre janeiro e março de 2025, um aumento de 189,5%. Em segundo lugar, destaca-se a exportação de produtos farmacêuticos de base, com um aumento de 71,4%, correspondente a um total de 72 milhões de euros”, informa o cluster de saúde em resposta ao ECO.

Importa ainda realçar que a Alemanha destronou os Estados Unidos enquanto principal destino das exportações portuguesas da fileira da saúde ao registar um volume na ordem dos 1.268 milhões de euros no primeiro trimestre, mas só conquistou a liderança por causa de janeiro e fevereiro, meses nos quais as exportações de produtos farmacêuticos para a Alemanha totalizaram 1.235 milhões. Em março, com o agudizar da guerra comercial e a necessidade de investir noutros mercados, as exportações destes bens e substâncias para a maior economia da Europa caíram a pique para 20,8 milhões de euros.

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Banca aceita perdão de dívida para dar nova vida à uva sem grainha do Vale da Rosa

Plano de revitalização do Vale da Rosa foi aprovado pela maioria dos credores. Bancos aceitaram perdão de dívida de vários milhões. Espanhóis vão ficar com 85% do grupo que produz uva sem grainha.

O plano de recuperação do Vale da Rosa foi aprovado pela maioria dos credores, incluindo os bancos, que aceitaram um perdão de dívida de vários milhões de euros para dar uma segunda vida à produtora de uva sem grainha fundada pelo comendador António Silvestre Ferreira, mas agora com um capítulo sob controlo espanhol.

O Processo Especial de Revitalização (PER) teve o voto favorável de credores representando cerca de 92% da dívida do Vale da Rosa, excluindo abstenções. A favor do plano votaram, por exemplo, BCP, BPI e Crédito Agrícola, os maiores bancos credores, de acordo com processo consultado pelo ECO. Autoridade Tributária e Segurança Social – que não perdem dinheiro – também deram aval.

Mas nem todos os bancos aceitaram as condições do PER, casos do Santander Totta, Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Bankinter, que votaram desfavoravelmente, enquanto o Novobanco se absteve.

Os bancos que aprovaram o PER optaram, na sua maioria, pela ‘alternativa A’ do plano, aceitando um perdão de dívida que ascenderá a vários milhões de euros, mas recuperando o remanescente nos três meses a seguir à homologação do plano. Já a ‘alternativa B’ previa um alongamento dos prazos de reembolso por uma década ou mais, mas com o pagamento integral das dívidas.

Além do Vale da Rosa, com dívidas de 16 milhões de euros, também a Uval e o próprio empresário em nome individual António Silvestre Ferreira avançaram para PER – estas duas últimas produzem e fornecem a uva que é comprada, processada e comercializada pela primeira.

Como o ECO avançou, a par da reestruturação financeira, o PER também contempla uma reorganização societária de todo o grupo, que conta com mais de 200 trabalhadores.

Desde logo com a entrada de dois novos acionistas: os espanhóis da Iberian Premium Fruits e da Sanlucar Fruits, com experiência no setor, facto que facilitou a aprovação dos PER por parte dos bancos.

Em março passado, as duas empresas espanholas e o Vale da Rosa celebraram um acordo de um financiamento de 3,535 milhões de euros para “suportar os custos operacionais” até junho e garantir que campanha da uva deste ano decorre sem constrangimentos.

Com a aprovação do PER, esta dívida será convertida em capital, numa operação que fará com que 85% do grupo passe para as mãos da joint-venture espanhola, com os atuais sócios – António Silvestre Ferreira e os quatro filhos – a permanecerem na estrutura acionista com 15% do negócio.

Com sede em Ferreira do Alentejo, o Vale da Rosa vem enfrentando dificuldades financeiras nos últimos anos, crise para a qual contribuíram fatores “estruturais e conjunturais”, segundo a empresa, incluindo um aumento significativo do endividamento e a perda de clientes importantes, como a Jerónimo Martins e o Lidl.

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Tarifas: TMG Automotive paga mais para equipar nova fábrica nos Estados Unidos

Fornecedora de têxteis para a indústria automóvel está a construir uma nova fábrica nos EUA, estimando um custo entre 25 e 30 milhões de euros em máquinas. Um preço que poderá subir com as tarifas.

A construção da nova unidade da TMG Automotive nos Estados Unidos poderá sair mais cara devido à imposição de tarifas. Com a nova administração norte-americana a impor novas taxas aduaneiras sobre as importações que chegam ao país, o administrador do grupo TMG admite que, em vez de um investimento estimado entre 25 e 30 milhões em máquinas para equipar a fábrica, a empresa poderá ter que pagar mais devido às tarifas, antecipando um impacto “muito grande” na folha de encargos.

A TMG Automotive, do grupo TMG, anunciou no início deste ano a construção de uma nova fábrica no Sul dos EUA, através de uma joint venture com a americana Haartz, com quem já tem uma parceria industrial na China. Trata-se da segunda unidade industrial da fornecedora de têxteis para a indústria automóvel fora do país, um investimento decidido há cerca de dois anos, “muito antes de Trump” e do tema das tarifas, segundo explicou Vítor Fernandes, administrador do Grupo TMG.

Apesar de referir que as tarifas diretas têm um impacto “muito limitado” — vendas para os EUA representam 4 ou 5% da produção “e para o México quase outros tantos” –, este tema poderá ter um impacto significativo naquilo que são os custos associados à construção da nova fábrica em Massachusetts.

“O tema das tarifas tem, sim, um impacto, que é neste investimento que estamos a fazer, sobretudo em nível de equipamentos — e a parte de equipamentos é muito pesada”, admitiu Vítor Fernandes, administrador do Grupo TMG, na conferência Risco País da Coface, que decorreu no dia 3 de junho, na Fundação António Cupertino de Miranda, no Porto.

“Um set de base para uma fábrica como a que temos, só em equipamentos custa entre 25 e 30 milhões de euros. Aí as tarifas podem ter um impacto muito grande“, explicou o responsável da empresa de Vila Nova de Famalicão.

Um set de base para uma fábrica como a que temos, só em equipamentos custa entre 25 e 30 milhões de euros. Aí as tarifas podem ter um impacto muito grande.

Vítor Fernandes

Administrador executivo do Grupo TMG

Apesar de admitir este aumento nos custos, o administrador do grupo TMG salvaguardou que, “por um lado, tem havido alguma sensibilidade do ponto de vista da diplomacia económica do lado dos EUA, de perceberem que este tipo de investimento nos EUA é algo que eles não têm, porque só existe um player nos EUA a fazer o que nós fazemos”. “Por outro lado, é um investimento que já tínhamos anunciado antes das tarifas”, acrescentou.

Mesmo com o impacto das tarifas, Vítor Fernandes reconhece que “olhando para equipamentos semelhantes produzidos nos EUA e os produzidos na Europa, que é aquilo que são os nossos, mesmo com as tarifas em cima, eles saem muito mais baratos colocados lá do que comprados localmente”.

O administrador do grupo famalicense alerta ainda para o impacto indireto das tarifas no que diz respeito à procura. “Obviamente que nos preocupa o impacto indireto, que é quebra da procura, porque se os carros vão ficar mais caros, certamente a procura vai começar a abrandar”, avisa.

Para já, “ainda não o notamos”, diz. “Notamos algum maior conservadorismo dos nossos principais clientes. Os contratos ainda estão lá, estão ativos, mas há aqui algum roll over em termos de entregas, mas acho que mais cedo ou mais tarde é inevitável” uma quebra na procura, reconhece.

Obviamente que nos preocupa o impacto indireto, que é quebra da procura, porque se os carros vão ficar mais caros, certamente a procura vai começar a abrandar. Ainda não o notamos, notamos algum maior conservadorismo dos nossos principais clientes. Os contratos ainda estão lá, estão ativos, mas há aqui algum roll over em termos de entregas, mas acho que mais cedo ou mais tarde é inevitável.

Vítor Fernandes

Administrador executivo do Grupo TMG

“Hoje já se nota, que é algo que já se sentia em 2008/2009, pré-grande crise do setor automóvel, que é que as grandes marcas mundiais estavam a produzir muito mais do que estavam a vender, estavam a fazer stock e a uma dada altura estourou. Já se nota que isto está a acontecer, mas acredito que vão ser mais cautelosos nesta gestão de stocks“, conclui.

Sobre a entrada de novos fabricantes chineses na Europa, Vítor Fernandes refere que, no que diz respeito à Automotive, “enquanto os carros tiverem bancos, estaremos lá para fornecer sejam europeus, chineses ou americanos“.

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Javier Tebas: «Não foi acordado nada com as ligas nacionais sobre o Mundial de Clubes, quando isso afeta as nossas competições»

  • Servimedia
  • 11 Junho 2025

O presidente da LALIGA, Javier Tebas, diz estar "preocupado com o futuro do futebol. Fundamentalmente, pela irrupção de novas competições, pela fraude audiovisual e pela governação".

Tebas participou em Bruxelas na sessão «Para onde vai o futebol?», realizada no Parlamento Europeu, um encontro que contou também com representantes da UEFA, da ECA (European Club Association), da Série A italiana e representantes das instituições da União Europeia, e no qual o dirigente abordou os desafios mais relevantes que a indústria do futebol tem pela frente.

Desta forma, o máximo dirigente da entidade patronal do futebol profissional espanhol colocou o foco na fraude audiovisual, uma luta em que a organização está imersa desde 2013 e que combate através do uso de diferentes ferramentas tecnológicas para detetar emissões ilegais. «Piratear é roubar. Não se pode justificar que por 35 euros por mês se possa roubar um produto que impulsiona uma indústria que cria centenas de milhares de empregos”, afirmou Tebas.

O dirigente também salientou que “à pergunta se o futebol deve ser gratuito, é impossível, porque a indústria não se sustentaria. Mesmo com os preços que se pagam hoje, vemos que os clubes perdem dinheiro. É inviável e é um problema de fair play». Além disso, comentou que atualmente «não temos um mercado publicitário de marcas globais na Europa, que é de onde vem o dinheiro, suficiente para poder pagar o futebol em aberto. Se quisermos assim, perder-se-ão postos de trabalho, baixarão os salários dos jogadores e outros salários de indústrias adjacentes ao futebol, sejam jornalistas, televisões, hotelaria ou retalho».

Durante a intervenção, Tebas enfatizou outros assuntos candentes, como o surgimento de novas competições. A Superliga, criada pela A22, é um exemplo disso. A este respeito, o presidente da LALIGA advertiu que a criação de competições «põe em perigo a verdadeira indústria, que são as competições nacionais, onde há muitos jogadores e clubes que não disputam competições europeias ou mundiais, e que podem desaparecer ou diminuir muito a sua capacidade de receitas e, portanto, os seus jogadores vão receber menos. Estas mudanças estão a favorecer uma minoria de clubes e isso vai contra o modelo europeu do desporto».

Aproveitou também a sua intervenção para criticar a saturação do calendário, com especial ênfase no Mundial de Clubes, que começa em breve. «Temos aqui um Mundial de Clubes sobre o qual não fomos consultados, não foi acordado nada que afete as nossas competições. Temos aqui alterações nas datas de incorporação de jogadores que a FIFA fez unilateralmente. Não consultou nem acordou com as ligas nacionais. Fazem-nos calendários, impõem-nos competições sem acordar com as ligas nacionais, que são as que sofrem os danos», salientou Tebas, que acrescentou: «Defendemos a competição e a indústria em geral. Na minha liga, tenho o Real Madrid, mas também tenho o Getafe. E preocupo-me tanto com o Real Madrid como com o Getafe».

Nesse sentido, Tebas concluiu apontando, como um dos desafios que o futebol tem pela frente no futuro, a necessidade de «mudar a forma de governar. Houve uma decisão importante – do TJUE – que alertou para o monopólio da UEFA e da FIFA, e devem ser tomadas decisões para ter processos regulamentares adequados, não discriminatórios, e chegar a um acordo com as partes que intervêm na indústria do futebol, como as ligas ou os jogadores».

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