Nova recolha de resíduos preocupa municípios mas também há experiências positivas

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2024

Em 2024 passou a ser obrigatório os municípios terem recolha seletiva de biorresíduos, mas um relatório da entidade reguladora, a ERSAR, destacou em junho uma “fraca implementação".

A nova obrigatoriedade de recolha seletiva de resíduos, como têxteis, pelos municípios, a partir de 1 de janeiro, preocupa muitas autarquias, que reclamam apoios. Há concelhos já com serviços em funcionamento, mas, em vários casos, precisam de maior cobertura.

Em 2024 passou a ser obrigatório os municípios terem recolha seletiva de biorresíduos, mas um relatório da entidade reguladora, a ERSAR, destacou em junho uma “fraca implementação”: apenas 79 (43%) das 185 câmaras que responderam a um inquérito (o país tem 308) informaram estar a concretizar o serviço e na maioria o sistema “não abrange toda a sua área de intervenção”.

Os desafios aumentam agora, já que o Regime Geral de Gestão de Resíduos determina – transpondo diretivas europeias – que estas autarquias devem ter recolha de três novas frações de resíduos gerados por famílias, lojas, locais de trabalho e instituições públicas: têxteis, pequenas quantidades de resíduos perigosos e resíduos de mobiliário e outros volumosos.

Apesar de haver vários destes circuitos no país, a Associação Nacional de Municípios Portugueses tem contestado a falta de financiamento, uma queixa repetida por várias câmaras contactadas pela Lusa.

Os Serviços Municipais de Setúbal, por exemplo, consideram que “não existem meios financeiros suficientes” para ativar todas as recolhas seletivas identificadas nas estratégias nacionais.

“As exigências emanadas de Bruxelas são irreais, porque, além de somar novos fluxos de resíduos, vêm impor metas muito exigentes, o que implicaria a mobilização de meios financeiros, tecnológicos e humanos de grande monta. Os municípios não têm meios para isso, não há apoios a que possamos recorrer e não podemos impor aumentos tarifários brutais aos cidadãos”, justificam.

O concelho tem 72 contentores para têxteis de redes privadas e está em fase de decisão o lançamento – no primeiro trimestre de 2025 – da rede municipal em articulação com privados, com 65 contentores. Já a recolha biorresíduos domésticos arrancou em 2021 e tem hoje uma cobertura de 34%.

Em Montemor-o-Novo (distrito de Évora), o presidente da câmara, Olímpio Galvão, admite estar preocupado com as novas exigências, por implicarem “um grande esforço financeiro” e por falta de orientações: “sem financiamentos previstos”, o investimento “terá de ser realizado de forma faseada”.

Há incertezas quanto às orientações da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para o funcionamento destas redes, “previstas na lei, mas ainda não publicadas”.

“Podemos estar a investir em soluções que posteriormente podem não ser reconhecidas pela APA”, alerta Olímpio Galvão, referindo existir já no concelho recolha seletiva destes resíduos, em parceria com as juntas de freguesias e a entidade gestora intermunicipal, mas sem abranger todo o território e a necessitar de melhorias.

Também o presidente da Câmara de Benavente (Santarém), Carlos Coutinho, indica o custo elevado e a complexidade da operação como desafios.

“O processo de tratamento requer investimentos significativos. É cada vez mais exigente e tem um custo muito elevado, além de ser penalizado pela Taxa de Gestão de Resíduos”, afirma, reconhecendo que, embora haja programas regionais de apoio, “há muito trabalho a fazer para garantir um sistema eficiente e sustentável de reciclagem e tratamento de resíduos”.

Já em Santarém, o vereador Alfredo Amarante sublinha que será necessário entregar os resíduos têxteis exclusivamente a entidades licenciadas. No concelho há três entidades a gerir esta recolha, mas só uma é licenciada.

“Estamos a desenvolver um trabalho de estudo, de verificação e de abertura a novas entidades. Gostaria muito de dar isto a uma entidade a nível local, só que eles têm que se licenciar”, explica, destacando ainda a aposta na sensibilização para acabar com o abandono do lixo junto aos contentores.

Outra questão, segundo o vice-presidente do executivo de Évora, Alexandre Varela, é o que fazer com os têxteis, que já são recolhidos na cidade através de contentores concessionados, pretendendo-se o alargamento ao resto do concelho em 2025. “Muitos não são propriamente recicláveis”, porque são constituídos por vários tipos de materiais e “é muito difícil separar todas as matérias”, indica.

Quanto a volumosos, Évora recolhe ao domicílio, mas a reciclagem também “não é uma matéria tão linear”, e as pequenas quantidades de lixo perigoso são recicladas pela empresa distrital Gesamb.

Na Nazaré (Leiria), a recolha e reciclagem de têxteis cabe a entidades externas e a recolha de volumosos é municipal, ficando por implementar a de lixo perigoso. Este sistema “reveste-se de algum grau de dificuldade tanto a nível operacional como financeiro”, mas a câmara pretende aplicá-lo “a breve prazo”.

Os biorresíduos são obtidos porta a porta “junto de alguns estabelecimentos de restauração” – prevê-se abranger mais, apesar de “alguma resistência à mudança” – e estão a ser distribuídos compostores aos particulares, mas “ainda não está implementada a recolha de proximidade”.

A rede de biorresíduos da Covilhã (Castelo Branco) está “na fase piloto e abrange cerca de 18% da população”. A câmara quer uma abrangência total até ao final de 2030 e está também a implementar uma rede para resíduos perigosos, em parceria com as juntas.

Já a rede de têxteis “está amplamente implementada em todo o concelho”, associando a empresa municipal Águas da Covilhã e a gestora multimunicipal Resiestrela, com o apoio de operadores especializados.

No distrito de Faro, Loulé adquiriu ecocentros móveis itinerantes para o lixo perigoso, como tintas ou solventes, e tem “em curso o planeamento da recolha de têxteis, prevendo-se a implementação e recolha ao abrigo de um protocolo para o primeiro trimestre de 2025”.

O município faz um balanço positivo do serviço para biorresíduos que tem aplicado gradualmente desde maio de 2023, mas também considera a consciencialização para a separação “um grande desafio”.

Em Faro, a empresa municipal Fagar adverte que são precisos, no setor, “investimentos avultados” e recursos humanos que “não existem neste momento” no Algarve.

Há já contentores no concelho para têxteis (recolhidos por uma empresa que tem um acordo com a autarquia) e serviço porta a porta para monos e resíduos verdes e de construção. A rede de lixo perigoso está a ser executada, com “alguns obstáculos” que “podem inviabilizar o cumprimento das metas”.

No distrito de Beja, Ourique tem “há muitos anos” recolha de monos, incluindo os têxteis neste serviço, e já reúne orgânicos no sistema porta a porta, mas o presidente, Marcelo Guerreiro, admite “não conhecer bem” a nova diretiva.

Na capital de distrito tem-se verificado um “aumento da deposição” dos biodegradáveis (iniciada há um ano) e os volumosos podem ser entregues junto de contentores, no ecocentro ou com serviço ao domicílio. Segundo o vice-presidente da Câmara de Beja, Rui Marreiros, há também contentores de empresas privadas para têxteis “por todo o concelho” e, para os resíduos perigosos, “irão ser colocados em vários locais, de forma calendarizada e rotativa, ecocentros móveis”.

Desde 2016 que Matosinhos (Porto) faz recolha de têxteis e cerca de 50% já vai para reutilização. Entre janeiro e setembro foram entregues 469 toneladas, mas nos 137 ‘roupões’ instalados pode-se deixar também brinquedos ou livros.

Leiria lançou em 2022 o projeto “Se não vestes, valoriza” e conseguiu cerca de 15 toneladas de material, em 22 pontos de recolha, em escolas e instituições particulares de solidariedade social, segundo o vereador Luís Lopes.

Quanto à rede de orgânicos, começou em janeiro na restauração e hotelaria, estendendo-se depois a algumas áreas residenciais, com 160 toneladas angariadas. Na freguesia de Regueira de Pontes, um projeto específico permitiu reunir desde 2022 mais quase 137 toneladas.

Em Viana do Castelo os têxteis são recolhidos desde 2015 em parceria com três entidades e os protocolos preveem que em cada ano contribuam para instituições. Em 2023, após a recolha de 148,6 toneladas, cinco instituições receberam 14.250 euros.

“Vamos manter exatamente o mesmo sistema de recolha, não descartando o reforço do número de contentores disponibilizados”, sublinha a vereadora Carlota Borges.

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“A palavra de ordem em 2025 é investimento, investimento, investimento”, diz Montenegro

Em entrevista ao DN, Luís Montenegro defendeu que é "um pouco insólito prever deficit de 0,1%. Se tivéssemos com problema de deficit de 0,1%, qualquer governo resolve isso em dois tempos".

“Do meu ponto de vista e do governo, o esforço principal tem de ser o de estimular o investimento e o de atrair investimento direto estrangeiro. São duas faces da mesma moeda. Temos o investimento público numa boa trajetória, mas estamos vinculados a prazos muito apertados”: As palavras são do primeiro-ministro Luís Montenegro que, em entrevista ao Diário de Notícias, promete uma recuperação “nos próximos dois anos” de “muito do investimento que se perdeu nos últimos oito. Agora, investir é a palavra de ordem. É a palavra de ordem para quem está cá e a palavra de ordem para quem nos olha de fora”.

E como? Montenegro explica dizendo que, “para quem está cá, dando condições como desagravamento fiscal, simplificação de licenciamentos e de processos administrativos, facilidade de contratação e regulação da captação de recursos humanos do exterior”.

Por outro lado, diz o líder do Executivo, “para quem vê de fora, o que é que nós temos? Temos boas condições de investimento, incentivos ao investimento, políticas de capitalização das empresas, políticas de valorização salarial, que implicam em si mesmo aumento da produtividade, o aproveitamento das nossas condições do ponto de vista da formação, do ponto de vista do conhecimento científico, do ponto de vista tecnológico, o apetrechamento das empresas com parcerias, estratégicas com o exterior, e depois é aqui que entronca também a questão da segurança como ativo económico”.

Na mesma entrevista, falou ainda do desagravamento fiscal, assumindo que é “insólito” prever deficit de 0,1%”. Acrescentando que “se tivéssemos com problema de deficit de 0,1%, qualquer governo resolve isso em dois tempos. Nem sequer é problema, honestamente. Mas no final do próximo ano, quando conversarmos eventualmente, podemos tirar as teimas entre a posição do governo e a do governador do Banco de Portugal”.

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O ano de todos os desafios autárquicos<span class='tag--premium'>premium</span>

Na antecâmara dos 50 anos das primeiras autárquicas de sempre, a batalha eleitoral do final de 2025 será o momento alto da Democracia. Mas a luta de autarcas também irá até São Bento e a Bruxelas.

O ano novo vem aí, mas com problemas e desafios antigos. As parangonas do rescaldo de 2025 serão sobre os eleitos para as 308 câmaras municipais e cerca de 3.000 juntas de freguesia— há que esperar pela desconcentração que se espera venha a ocorrer em 2025, desfazendo parte do mapa da “lei Relvas”, que criou as uniões de freguesia no tempo da troika. Este artigo é parte integrante da 11.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Mas há outras questões especialmente exigentes. A maior? A renovação da Lei das Finanças Locais. O atual articulado consubstancia um “absurdo” tal que, explica o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP), na proposta do Orçamento do Estado para 2025 os municípios acordaram, pelo segundo ano consecutivo, a “adulteração total das regras

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Segurança no trabalho deve ser prioridade das PME

  • Diana Rodrigues
  • 28 Dezembro 2024

As PME portuguesas enfrentam desafios com a segurança no trabalho, o que influencia os custos das apólices. Digitalização, incentivos fiscais e cultura de segurança são essenciais para mitigar riscos.

As PME em Portugal enfrentam desafios significativos quando se trata de garantir a segurança no trabalho, com um impacto direto nos custos com seguros.

O número de acidentes de trabalho no país continua a ser uma preocupação crescente, especialmente em setores como a construção civil e a indústria, onde as condições de trabalho são mais perigosas.

Em 2024, os dados revelam que, na União Europeia, foram registados 2,97 milhões de acidentes de trabalho não fatais em 2024, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, devido à retoma da atividade pós-pandemia. Os homens são significativamente mais afetados, representando dois em cada três acidentes não fatais. Esses dados refletem um cenário preocupante, onde a segurança no trabalho ainda é uma prioridade a ser melhorada, especialmente nas PME, que apresentam mais dificuldades em implementar práticas de segurança eficazes.

O desafio da fiscalização e a necessidade de aumento de recursos

Em Portugal, a fiscalização das condições de trabalho tem sido insuficiente, um problema que afeta particularmente as PME.

Com a ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho) sobrecarregada e com recursos limitados, a fiscalização nas PME acaba por ser muitas vezes esporádica, o que resulta na persistência de práticas inadequadas de segurança em muitos locais de trabalho. Os dados indicam que os acidentes não fatais aumentaram substancialmente na União Europeia, e os homens, que predominam em setores como a mineração, construção e indústria, estão mais expostos ao risco de acidentes. Esses setores continuam a ser os mais afetados, refletindo a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa e de incentivos para melhorar a segurança nas PME.

Uma possível solução seria a digitalização das inspeções, permitindo maior eficiência na monitorização dos locais de trabalho e a capacidade de realizar mais visitas, sem depender tanto de um número elevado de inspetores.

Incentivos fiscais e apoios para a implementação de práticas de segurança

A grande maioria das PME em Portugal enfrenta dificuldades em implementar práticas de segurança devido ao elevado custo associado. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), programas de formação e a implementação de sistemas de gestão de segurança exigem investimentos que muitas vezes as empresas de menor porte não podem fazer sem apoio.

A criação de incentivos fiscais e subsídios específicos para a segurança no trabalho seria uma forma eficaz de reduzir a carga financeira sobre as PME e permitir-lhes melhorar as suas condições de trabalho sem comprometer a sua sustentabilidade económica.

Promoção de uma cultura de segurança nas empresas

A segurança no trabalho não depende apenas de fiscalizações e incentivos fiscais, mas também de uma mudança de mentalidade dentro das próprias empresas.

Em 2025, as PME devem focar-se na proatividade na criação de uma cultura de segurança, o que envolve não só a implementação de medidas físicas de proteção, mas também uma educação contínua dos trabalhadores sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho e como preveni-los. Dados de 2024 demonstram que os homens têm maior probabilidade de serem vítimas de acidentes de trabalho, dado o seu envolvimento em setores de maior risco.

As empresas devem assumir um papel ativo na criação de uma cultura de proteção e respeito pelos seus trabalhadores, oferecendo aos seus colaboradores as ferramentas e os conhecimentos necessários para identificar e prevenir riscos. Além disso, existe a possibilidade de aproveitar a consultoria externa de especialistas em segurança no trabalho, o que ajuda a garantir que se estão a cumprir todas as normas estabelecidas e a adotar as melhores práticas de segurança no trabalho.

Adoção de tecnologias para monitorização de riscos

Ao tirar partido do desenvolvimento acelerado da tecnologia, as PME podem melhorar a sua capacidade de monitorização e gestão de riscos. Ferramentas como sistemas de monitorização de segurança, sensores para detetar condições de trabalho inseguras, ou plataformas digitais para formação, podem ser implementadas para evitar potenciais problemas antes que estes se tornem mais graves. Em 2025, a caminho da ampla implementação das ferramentas de inteligência artificial, já estão disponíveis tecnologias como sensores de qualidade do ar, dispositivos de monitorização de vibrações, ou sistemas de alerta para quedas e acidentes e podem ser facilmente incorporados no dia a dia das empresas. A adoção de tecnologias também pode servir para reduzir a necessidade de fiscalização direta e aumentar a precisão das medidas de segurança. Além disso, essas tecnologias podem ser úteis no caso de auditorias e na redução de custos com os seguros.

Reforço do sistema de seguros para PME

As PME enfrentam desafios significativos com os prémios de seguros elevados, muitas vezes devido à falta de implementação de práticas de segurança adequadas. Atualmente, estas pequenas e médias empresas são penalizadas com custos mais altos em seguros, devido ao risco associado a ambientes de trabalho menos seguros.

Melhorar a segurança no trabalho em Portugal e reduzir os custos com seguros nas PME exige um esforço conjunto entre o governo, as empresas, as seguradoras e os trabalhadores. A fiscalização, os incentivos fiscais, a promoção de uma cultura de segurança, a adoção de tecnologias e a criação de um sistema de seguros equilibrado são as principais medidas que podem ser implementadas para criar um ambiente de trabalho mais seguro e sustentável.

Se estas mudanças forem implementadas, as PME não só reduzirão a sinistralidade, mas também poderão beneficiar de custos mais baixos com seguros e um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

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O Seguro-Caução é uma ferramenta poderosa para as PME

  • Diana Rodrigues
  • 28 Dezembro 2024

O seguro-caução é essencial para as PME, e para a sua paz de espírito, pois garante o cumprimento de contratos sem comprometer a liquidez. Uma solução estratégica que protege o seu negócio.

Em Portugal, as PME e microempresas enfrentam desafios constantes no que diz respeito à gestão de riscos e à execução de contratos.

Uma das ferramentas mais eficazes para garantir a segurança e a continuidade dos negócios é o Seguro-Caução, apólice que tem vindo a crescer em relevância e a ser cada vez mais utilizado no contexto empresarial português.

O que é o Seguro-Caução?

Considere que uma empresa assume um compromisso importante, como a construção de um edifício ou a entrega de mercadorias. A parte que contrata necessita de uma garantia de que o trabalho será feito ou os produtos entregues conforme prometido.

O seguro-caução funciona como uma espécie de “garantia adicional”, onde a seguradora se propõe a cobrir os prejuízos caso a empresa contratada não cumpra o que foi acordado. Este tipo de seguro assegura que, se a empresa não cumprir suas obrigações, a seguradora irá compensar a parte prejudicada.

Este tipo de seguro é particularmente útil para as PME, uma vez que oferece uma solução eficiente para assegurar que se cumprem os contratos sem a necessidade de mobilizar grandes quantias, algo essencial para organizações que, muitas vezes, operam com margens financeiras reduzidas.

Em caso de incumprimento, a seguradora compromete-se a indemnizar os lesados, oferecendo, assim, uma camada extra de segurança e confiança para todas as partes envolvidas.

Principais benefícios do Seguro-Caução em relação à garantia bancária:

  • Não afeta o capital disponível da empresa;
  • Não é registado como dívida na CRC (Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal), ao contrário da garantia bancária;
  • O processo de emissão é mais rápido e com menos formalidades;
  • Oferece maior flexibilidade nas condições.

Este seguro é utilizado quando é necessário garantir o cumprimento de um contrato com terceiros, como em contratos de construção, fornecimentos, serviços ou concessões públicas. É uma alternativa preferida por quem deseja manter a liquidez da empresa e evitar riscos adicionais com instituições financeiras.

Embora ainda não seja amplamente difundido em Portugal, o uso deste seguro está em crescimento, tendo aumentado a sua adoção, no ano passado em Portugal (+19%), segundo dados da ASF, refletindo um mercado com grande potencial de expansão.

Como começar a implementar este seguro?

O processo de contratação de um Seguro-Caução envolve quatro etapas principais:

1. A PME solicita condições à seguradora, fornecendo os elementos necessários para a análise do risco.

2. A seguradora avalia a situação e emite uma cotação para o seguro.

3. Se a empresa aceitar a proposta, a seguradora emite a apólice.

4. O beneficiário do seguro-caução recebe a garantia, e o contrato entre as partes pode ser executado com segurança.

O Seguro-Caução não só protege o beneficiário, com também permite que as empresas cumpram suas obrigações sem comprometer a sua capacidade de pagamento ou os seus fundos próprios.

Garantias Técnicas vs. Garantias Financeiras

Existem duas principais categorias de garantias associadas aos Seguros-Caução: garantias técnicas e garantias financeiras.

  • Garantias Técnicas: as mais comuns, especialmente em setores como a construção e fornecimento de bens ou serviços. Estas cobrem o risco de incumprimento de obrigações relacionadas com a execução de tarefas, como a construção de um edifício ou a entrega de mercadorias.
  • Garantias Financeiras: garantem o cumprimento de obrigações financeiras, como o pagamento de dívidas ou o cumprimento de compromissos financeiros, sem envolver diretamente a execução de tarefas específicas.

Embora ambos os tipos de garantia protejam as partes envolvidas, as garantias técnicas são geralmente mais utilizadas por empresas que precisam de assegurar o cumprimento de contratos complexos, como em licitações públicas ou contratos de empreitada.

Quem Precisa de um Seguro-Caução?

  • PME que operam no setor da construção civil, como empreiteiros e subempreiteiros, frequentemente necessitam de um seguro-caução para garantir o cumprimento de contratos de obras públicas ou privadas. Este tipo de seguro assegura que a obra será concluída dentro do prazo e conforme as condições acordadas.
  • PME que atuam no comércio de produtos, como no setor de eletrónica ou produtos alimentares, podem precisar de um seguro-caução em contratos de fornecimento, onde há risco de não cumprimento da entrega ou das condições acordadas.
  • PME prestadoras de serviços, como limpeza, manutenção, segurança ou consultoria, podem ser solicitadas a apresentar um seguro-caução em contratos de prestação de serviços de longo prazo, especialmente em licitações públicas.
  • PME envolvidas no comércio internacional, que exportam ou importam produtos, podem precisar de seguros-caução para garantir o cumprimento de acordos comerciais, como prazos de entrega e conformidade com as normas de qualidade.
  • PME de transporte e logística, especialmente aquelas que lidam com grandes volumes de mercadorias ou produtos de alto valor, podem ser obrigadas a contratar um seguro-caução para garantir a entrega segura e pontual das mercadorias.
  • PME que atuam na compra, venda ou arrendamento de imóveis podem precisar de seguro-caução para garantir o cumprimento de contratos de construção ou transações imobiliárias, como a entrega de um imóvel ou o pagamento de alugueres.
  • PME de tecnologia, como aquelas que fornecem software, hardware ou soluções inovadoras, podem necessitar de seguros-caução para garantir a entrega de produtos ou serviços conforme acordado, especialmente em grandes contratos com clientes corporativos.
  • Empresas que realizam contratos com entidades públicas, como fornecedores de materiais, serviços administrativos, ou até mesmo em concursos públicos, são frequentemente solicitadas a fornecer seguros-caução para garantir o cumprimento do contrato.
  • Empresas que organizam eventos, desde conferências a grandes espetáculos, também podem ser obrigadas a contratar seguros-caução para garantir que os serviços sejam entregues conforme o acordado com clientes e parceiros.

O uso do seguro-caução oferece vantagens significativas para as PME

De acordo com o ECOSeguros, “perto de 1900 empresas recorreram a seguros de caução em 2023, garantindo 921 milhões de euros de compromissos e pagando por essa cobertura cerca de 7,8 milhões de euros em prémios de seguros”.

Um exemplo claro de como o seguro-caução pode ser útil no mercado português é o caso de uma empresa de construção civil em Lisboa, que utilizou um seguro-caução para garantir a execução de uma grande obra pública. Quando surgiram problemas logísticos imprevistos, a empresa não conseguiu cumprir o prazo de entrega, mas graças ao seguro-caução, a parte contratante foi indemnizada, permitindo à empresa continuar a trabalhar sem prejuízos financeiros significativos.

Muitos outros casos se verificam no setor de importação e exportação, onde as empresas que operam com produtos de alto valor frequentemente utilizam seguros-caução para garantir que cumprirão as suas obrigações fiscais e aduaneiras sem comprometer os seus recursos financeiros. Isto ajuda a manter a competitividade e a agilidade, sem que seja necessário lidar com a burocracia associada a garantias bancárias.

Ao oferecer segurança no cumprimento das obrigações contratuais, sem afetar a liquidez das empresas, permite um ambiente de negócios mais estável e competitivo. Com a crescente exigência de garantias em setores como a construção, fornecimento e comércio internacional, este tipo de seguro continuará a desempenhar um papel crucial no fortalecimento das pequenas e médias empresas portuguesas.

Se a sua empresa ainda não utiliza o seguro-caução, agora é o momento de considerar as vantagens destes, para garantir o sucesso no cumprimento dos seus compromissos e continuar a crescer de forma sustentável. Para mais informações, consulte a sua seguradora ou corretor especializado.

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O que está em jogo quando não possui seguro de mercadorias?

  • Diana Rodrigues
  • 28 Dezembro 2024

As PME portuguesas enfrentam riscos no transporte de mercadorias, como danos e perdas. O seguro de mercadorias é essencial para evitar prejuízos e proteger o negócio. Saiba mais e minimize os riscos.

Em Portugal, o crescimento das PME e microempresas no comércio internacional, aliado ao aumento das complexidades logísticas, torna a proteção das mercadorias transportadas uma prioridade.

As PME portuguesas afirmam que a cobertura de mercadorias transportadas é um dos seus maiores desafios.

Riscos comuns no transporte de mercadorias

Como é natural, o transporte de mercadorias está sujeito a vários riscos. De acordo com a pesquisa “Riscos Logísticos no Comércio Internacional”, da Associação Nacional de Transportadores de Mercadorias (ANTM), aproximadamente 30% das PME portuguesas envolvidas em transporte internacional enfrentam perdas devido a acidentes rodoviários, danos causados por intempéries ou furto.

Estes riscos podem ser mitigados com a contratação de seguros adequados, que garantam que a empresa não seja penalizada financeiramente em caso de sinistro.

Comércio de retalho e proteção contra perdas de produtos valiosos

O setor do comércio de retalho é um dos mais vulneráveis a danos no transporte, especialmente no caso de de alto valor, como eletrónica e tecnologia. O estudo “Impacto das Perdas de Mercadorias no Setor do Comércio”, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), revelou que, em 2023, 20% das perdas no setor ocorreram durante o transporte.

As PME que não possuem seguros adequados para estas mercadorias podem enfrentar prejuízos substanciais, comprometendo a rentabilidade do negócio.

Exportação de alimentos: a necessidade de seguros para produtos perecíveis

No setor da exportação de alimentos, os riscos aumentam devido à natureza perecível de muitas mercadorias, como frutas e produtos refrigerados.

Segundo o Relatório Anual de Logística e Transporte Alimentar 2024, elaborado pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), cerca de 25% das perdas no transporte internacional de alimentos são causadas por falhas nos sistemas de refrigeração. Para mitigar este risco, o seguro de mercadorias é essencial, especialmente para empresas que lidam com produtos sensíveis.

Logística e transporte de materiais pesados: garantia de proteção contra danos

As empresas que operam na logística de materiais pesados, como cimento, aço e madeira, enfrentam riscos elevados de danos durante o transporte. A pesquisa “Riscos de Transporte e Logística em 2023”, da Associação Nacional de Logística de Portugal (ANLP), indicou que cerca de 18% dos danos nos processos logísticos envolvem o transporte rodoviário de grandes volumes. O seguro de mercadorias é essencial para garantir que esses danos sejam cobertos, evitando que a empresa arque com custos inesperados.

Seguro de Dano vs. Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador

A distinção entre seguro de dano e seguro de responsabilidade civil do transportador é fundamental para garantir uma cobertura eficaz.

O seguro de mercadorias protege diretamente os bens transportados, enquanto o seguro de responsabilidade do transportador cobre apenas danos causados pelo transportador. A responsabilidade do transportador só existe em caso de culpa, o que significa que se ocorrer um sinistro por causa fortuita, o transportador não tem qualquer responsabilidade, não havendo, por isso, lugar ao pagamento de indemnização.

De acordo com o estudo “Convenção CMR e a Responsabilidade Civil do Transportador”, o seguro do transportador raramente cobre os danos totais, especialmente no caso de mercadorias de alto valor (este facto deve-se à existência de limites de indemnização definidos em legislação ou convenções internacionais a que os transportadores estão sujeitos que podem ser inferiores aos montantes em risco, prejudicando o proprietário da mercadoria).

É, por isso, imporante considerar que sempre que são compradas ou vendidas mercadorias é uma boa prática de gestão celebrar um contrato de seguro das mesmas por danos ocorridos durante o transporte.

A importância do Seguro de Mercadorias para PME e microempresas

Apesar da importância do seguro de mercadorias, um estudo recente realizado pela Associação Portuguesa de Diretores (APD) em 2024 revelou que 62% das PME portuguesas não contratam seguros adequados para as mercadorias que transportam.

Essa falha na proteção pode colocar as empresas em risco de perdas financeiras graves, prejudicando a sua sustentabilidade a longo prazo. “A subvalorização do seguro de mercadorias é uma falha comum, que pode ser prejudicial para os negócios”, afirma o estudo “Gestão de Riscos e Seguro nas PME”.

A necessidade de proteção no transporte de mercadorias

A crescente globalização e os desafios logísticos tornam o seguro de mercadorias indispensável para as PME e microempresas. Seja no comércio de retalho, exportação de alimentos ou logística de materiais pesados, os riscos envolvidos no transporte exigem uma abordagem estratégica. Segundo a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), as empresas que contratam seguros adequados têm 35% mais chances de sobreviver a imprevistos financeiros e continuar a expandir os seus negócios. Em última análise, embora o seguro de mercadorias não seja obrigatório, ele é uma medida de boa gestão para proteger os ativos da empresa.

Para mais informações sobre seguros de mercadorias transportadas, é aconselhável consultar a sua seguradora ou corretor especializado.

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Os seguros de assistência e proteção jurídica chegam primeiro

  • Diana Rodrigues
  • 28 Dezembro 2024

Descubra como os seguros PME de assistência e proteção jurídica podem salvar o seu negócio em momentos críticos. Evite perdas financeiras, resolva problemas rapidamente e assegure o funcionamento.

Considere os seguintes cenários: uma pequena empresa portuguesa, especializada na venda de produtos online, está a meio de uma campanha de descontos durante o pico de vendas do ano. De repente, o sistema informático colapsa. O website fica offline, os pagamentos deixam de ser processados, e os clientes começam a abandonar os carrinhos de compras. Cada minuto que passa representa vendas perdidas e danos à reputação da empresa. O pânico instala-se, mas não há suporte técnico disponível para resolver o problema com urgência. O que parecia ser um dia de lucros transforma-se num pesadelo operacional.

Noutro cenário, o proprietário de uma PME de transportes recebe uma notificação inesperada de um tribunal. Um ex-funcionário entrou com uma ação judicial por alegadas irregularidades no seu contrato de trabalho. O empresário, que já lida com margens apertadas e horários exigentes, sente-se perdido perante os custos e a complexidade de uma disputa legal. As despesas com advogados e o tempo despendido na resolução do litígio começam a ameaçar a estabilidade financeira e operacional da empresa.

Ambos os cenários têm um ponto em comum: um evento inesperado, mas potencialmente devastador, que pode comprometer a continuidade do negócio.

Ao gerir o seu negócio, é importante considerar que, com as coberturas certas – como seguros de assistência técnica e proteção jurídica – estas situações podem ser rapidamente controladas, permitindo às PME minimizar os danos e voltar à normalidade com o mínimo de interrupções.

O que torna estes seguros únicos?

1. Ativação simplificada: basta um contacto telefónico para mobilizar o serviço, independentemente de análises detalhadas ou apuramento de responsabilidades.

2. Resposta 24/7: tenha o apoio de equipas operacionais que garantem assistência 365 dias por ano, reduzindo interrupções nas atividades.

3. Soluções práticas: reparação de danos, apoio técnico ou assistência em viagem, sempre orientados para a continuidade do negócio.

Um exemplo clássico é o seguro de assistência automóvel, indispensável para PMEs com frotas. Este cobre desde reboques em caso de avarias até repatriamento de veículos e pessoas. Não menos importante, as coberturas de cibersegurança têm crescido, à medida que os ataques informáticos aumentam. De acordo com um estudo da IBM Security de 2023, o custo médio de uma violação de dados é de 4,45 milhões de dólares globalmente. Para as PMEs, o impacto proporcional pode ser ainda mais grave.

Proteção Jurídica: resolver problemas antes que se agravem

Se os seguros de assistência lidam com o imediato, os de proteção jurídica focam-se na gestão de litígios e na defesa legal da empresa. As PMEs, frequentemente vulneráveis em disputas laborais ou comerciais, encontram aqui um suporte valioso.

O que oferecem?

1. Consultoria jurídica pré-contenciosa: Acompanhamento e mediação em conflitos, muitas vezes evitando os custos e demoras de processos judiciais.

2. Cobertura de despesas legais: Custos com os honorários de advogados e taxas judiciais, libertando a empresa de encargos financeiros imprevistos, assim como aconselhamento jurídico especializado de forma permanente, evitando igualmente que os conflitos escalem para tribunal.

3. Ação preventiva: Este tipo de seguro pode incluir a cobertura de cancelamentos ou adiamentos de eventos importantes devido a fatores externos, como greves.

Um estudo da Federação Europeia de Seguros, a Insurance Europe, revelou que cerca de 52% das PMEs que enfrentaram litígios não tinham recursos financeiros para uma defesa adequada, um problema que a proteção jurídica pode resolver.

Quando a prevenção faz a diferença

1. Assistência técnica vital: Uma microempresa tecnológica em Lisboa recorreu ao seguro de assistência para reparar um servidor avariado durante o lançamento de um novo produto. Em menos de 24 horas, o problema foi resolvido, evitando uma perda estimada de €15.000 em receitas.

2. Proteção num litígio comercial: Um fornecedor de produtos alimentares no Porto enfrentou uma disputa contratual com um cliente internacional. Com o seguro de proteção jurídica, cobriu despesas legais de €20.000 e conseguiu mediar o conflito sem recorrer a tribunal.

Porque estes tipos de seguros são indispensáveis para as PME?

As PME representam mais de 99% das empresas em Portugal, segundo o Eurostat, mas frequentemente operam com margens reduzidas e recursos limitados. Um imprevisto pode ter efeitos desproporcionados no seu desempenho. Os seguros de assistência e proteção jurídica permitem:

1. Garantir continuidade operacional: rápida resolução de problemas técnicos ou logísticos.

2. Evitar custos elevados: limitação do impacto financeiro de disputas judiciais ou falhas operacionais.

3. Reduzir o stress empresarial: ao delegar a gestão de crises em profissionais, os gestores podem focar-se no crescimento do negócio.

Aposte na resiliência

Numa economia em que cada minuto conta, os seguros de assistência e proteção jurídica são uma estratégia de gestão. Com respostas rápidas e cobertura em múltiplas frentes, oferecem às PMEs uma proteção tangível contra os imprevistos do dia-a-dia.

Para as empresas que desejam prosperar num ambiente competitivo e em constante mudança, a adoção destas soluções é uma decisão inteligente e informada.

Para mais informações, consulte o seu agente ou corretor de seguros e descubra as opções que se adequam às necessidades do seu negócio.

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Governo demite três administrações de Unidades Locais de Saúde em dois dias

Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, de Leiria e do Alto Alentejo foram demitidos pela ministra da Saúde, no espaço de 48 horas.

Os Conselhos de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria, do Alto Alentejo e de Leiria foram demitidos pelo Ministério da Saúde.

A presidente da Câmara de Portalegre, Ermelinda Carvalho, indicou este sábado que a demissão do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Alentejo “já se efetivou” e que terá efeitos práticos no início de 2025. “Já se efetivou [e] vai ter mesmo efeitos práticos nos primeiros dias do [próximo] ano. Já foi dado nota ao anterior conselho de administração que vai ser afastado e já foi nomeado um novo conselho de administração”, afirmou.

Também o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria foi demitido pelo Ministério da Saúde, na sexta-feira, segundo a própria estrutura dirigente numa mensagem de despedida. Segundo a SIC Notícias, há ainda uma terceira demissão: desta vez da ULS de Leiria. É terceira demissão em dois dias. Conselho de administração de ULS de Leiria sai no final do ano.

Em declarações à agência Lusa, a autarca disse ter sido informada, na sexta-feira, de que o atual conselho de administração da ULS do Alto Alentejo “iria ser afastado” e que seria “nomeado um novo conselho de administração, presidido por Miguel Lopes, atual secretário – geral da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares”.

“O novo presidente é uma pessoa que conhece o nosso Hospital, porque já cá trabalhou, e desejo a maior sorte ao novo conselho de administração que tem muito trabalho pela frente, porque há situações por resolver”, frisou.

Trata-se de “uma pessoa com muita experiência e muito currículo, que tem a sua equipa constituída”, acrescentou.

A demissão do conselho de administração da ULS do Alto Alentejo foi noticiada, sexta-feira, pela estação televisiva SIC Noticias que avançou que o presidente Joaquim Araújo será substituído por Miguel Lopes, secretário-geral da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

Também o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria foi demitido pelo Ministério da Saúde, na sexta-feira, segundo a própria estrutura dirigente numa mensagem de despedida.

“Por decisão do Ministério da Saúde, a nossa jornada como Conselho de Administração” da ULS da Lezíria “chega agora ao fim”, dizem os elementos do conselho de administração, Tatiana Silvestre, Ana Rita Paulos, João Soares Ferreira, João Formiga e Sérgio Domingos.

Questionada pela Lusa, a presidente da Câmara de Portalegre, Fermelinda Carvalho, disse esperar “muito trabalho” do novo conselho de administração da ULS do Alto Alentejo e que os novos elementos consigam “resolver muitas das questões” ainda em aberto.

“Estou reconhecida em relação ao trabalho desempenhado pelo anterior conselho de administração, mas temos centros de saúde para construir que estão muito atrasados e obras muito relevantes a serem desenvolvidas no Hospital de Portalegre”, exemplificou.

Já o atual presidente da ULS do Alto Alentejo, Joaquim Araújo, mantém-se em silêncio e com o telemóvel desligado, tendo o assessor da unidade local de saúde, também contactado pela Lusa, remetido para um comunicado que será divulgado na segunda-feira.

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Ryanair recebe 29 novos aviões Boeing 737 em 2025 e cria 2 mil empregos

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2024

De acordo com um comunicado da companhia irlandesa, citado pela Efe, os novos aviões Boeing 737 da Ryanair reduzem as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 16% e o ruído em 40%.

A companhia aérea de baixo custo Ryanair anunciou que receberá 29 novos aviões Boeing 737 em 2025, criando 2.000 postos de trabalho para profissionais da aviação, segundo a agência Efe.

De acordo com um comunicado da companhia irlandesa, citado pela Efe, os novos aviões Boeing 737 da Ryanair reduzem as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 16% e o ruído em 40%.

Segundo o texto, os novos aviões destinar-se-ão a aeroportos servidos por linhas aéreas de baixo custo da União Europeia onde os países incentivem o crescimento da aviação, indicando a Ryanair a Suécia, Itália, Espanha e Polónia como exemplos.

A gerente da Ryanair em Espanha, Elena Cabrera, indicou no comunicado que “ao passo que a maioria das linhas aéreas europeias continuam a ter limitações de capacidade, a Ryanair prevê receber novos 29 aviões Boeing 737 em 2025”.

“Esta capacidade adicional permitirá à Ryanair aumentar o número de passageiros de 200 milhões em 2024 para 210 milhões em 2025 e criar 2.000 novos postos de trabalho altamente remunerados para profissionais da aviação em muitos dos aeroportos mais eficientes e de baixo custo da Europa”, acrescenta.

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Navigator em Aveiro sem produção de pasta de papel ao terceiro dia de greve

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2024

A produção de pasta e papel na Navigator em Aveiro continua parada pelo terceiro dia, na sequência da greve que termina este sábado.

A produção de pasta e papel na Navigator em Aveiro continua parada pelo terceiro dia, na sequência da greve que termina este sábado, e cuja adesão rondou os 85% nos três dias, segundo indicou fonte sindical à Lusa.

“A produção de pasta [de papel] está afetada a 100%, ou seja, não houve produção nestes três dias”, disse Paulo Ferreira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE-CN), à Lusa.

O dirigente sindical referiu ainda, que, neste terceiro e último dia de greve, a produção de energia, e à semelhança dos dois dias anteriores, continua “a trabalhar no mínimo”.

“Numa forma global, nos três dias e em concretamente neste turno em particular, a adesão [à greve] está na casa dos 85%”, acrescentou.

No início deste ano, The Navigator Company assinou um acordo de dois anos (2024 e 2025) com a Federação dos Sindicatos da Industria e Serviço, que prevê um aumento salarial no próximo ano de 2% com um mínimo de 25 euros.

No entanto, segundo Paulo Ferreira, esta “é a principal fonte de descontentamento” dos trabalhadores não só de Aveiro, mas também “na Figueira [da Foz] e em Setúbal”.

O dirigente sindical referiu ainda que o SITE-CN apresentou uma proposta para um aumento de 150 euros para todos os trabalhadores, tendo baixado este valor para os 125 euros, mas não obteve qualquer resposta por parte da empresa.

“Aguardamos que a empresa possa ter qualquer resposta” ou que “eventualmente melhore a sua proposta”, acrescentou Paulo Ferreira, sublinhando que agora é o momento para dar a “oportunidade à empresa” para se pronunciar.

Ainda assim, admitem “todas as formas de luta que venham a ser necessárias”. A Lusa contactou a empresa e aguarda resposta.

A greve arrancou às 00:00 do dia 26 e termina este sábado às 16:00.

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Putin admite fogo da defesa aérea russa no momento da queda de avião do Azerbaijão

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2024

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu desculpas ao homólogo azerbaijano pelo "incidente trágico" que matou 38 pessoas.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu que a defesa aérea russa estava em ação na quarta-feira quando um avião da Azerbaijan Airlines tentou aterrar e pediu desculpas ao homólogo azerbaijano pelo “incidente trágico” que matou 38 pessoas.

Segundo uma declaração oficial do Kremlin, citado pela Agência France-Press (AFP) Putin afirmou, numa conversa telefónica com o seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliev, que “o avião comercial do Azerbaijão tentou repetidamente aterrar no aeroporto de Grozni”, ao mesmo tempo que “ Grozny, Mozdok e Vladikavkaz foram atacados por drones de combate ucranianos, e aviões de defesa russa “repeliram esses ataques”.

De acordo com a AFP o Presidente da Rússia não indicou, porém, se o avião foi atingido por estas defesas.

O Presidente russo pediu desculpas ao seu homólogo azerbaijano pelo que chamou de “incidente trágico” após a queda avião da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, que resultou na morte de 38 pessoas, a maioria azeri, embora também houvesse russos e cazaques, segundo a agência de notícias Kazinform.

O avião efetuava, na quarta-feira, um voo da capital do Azerbaijão, Bacu, para Grozny, a capital regional da república russa da Chechénia, quando virou em direção ao Cazaquistão e caiu ao tentar pousar.

Na sexta-feira, uma autoridade dos EUA e um ministro do Azerbaijão fizeram declarações separadas atribuindo a culpa do acidente a uma arma externa.

Na quinta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha pedido uma investigação completa sobre as circunstâncias da queda do avião no Cazaquistão e pedido pressão internacional para esclarecer as circunstâncias do acidente que sobreviveram 29 pessoas.

A Azerbaijan Airlines revelou que o avião sofreu “interferência física e técnica externa”, citando os resultados preliminares da investigação ao desastre.

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📹 Sabe o que faz um provedor de Justiça europeu?

  • ECO
  • 28 Dezembro 2024

Teresa Anjinho é a nova provedora de Justiça europeia. Mas sabe o que faz um provedor de Justiça europeu? Veja o vídeo.

Teresa Anjinho é a nova provedora de Justiça europeia. A antiga secretária de Estado da Justiça, provedora-adjunta de Justiça de Portugal e deputada pelo CDS-PP, era uma de seis concorrentes ao cargo e foi eleita após duas rondas de votação (por voto secreto).

Jurista, especialista em direitos humanos, é membro do Comité de Fiscalização do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF). Teresa Anjinho vai suceder a Emily O’Reilly e deverá assumir funções numa cerimónia de juramento, a 27 de fevereiro de 2025, no Tribunal de Justiça da União Europeia, para um mandato de cinco anos.

Mas o que faz um provedor de Justiça europeu? Ajuda pessoas, empresas e organizações que enfrentam problemas com a administração da UE, investigando queixas sobre má administração, bem como analisando proativamente questões sistémicas mais amplas. Saiba mais no vídeo.

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