PS quer ouvir diretor executivo do SNS sobre situação nas urgências

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2024

O PS requereu a audição urgente do diretor executivo do SNS sobre a situação nas urgências, considerando que o Governo se tem mostrado incapaz de resolver uma “crise que se instalou no verão”.

O PS requereu a audição urgente do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sobre a situação nas urgências, considerando que o Governo se tem mostrado incapaz de resolver uma “crise que se instalou no verão”.

“O PS vai chamar o diretor executivo do SNS e a administração dos Serviços Partilhados [do Ministério da Saúde] ao parlamento. Consideramos que o acesso às urgências hospitalares em determinadas regiões do país continua em crise, um pesadelo de verão que tomou conta também do inverno”, afirmou o deputado do PS João Paulo Correia em declarações à agência Lusa.

João Paulo Correia considerou que os problemas nos acessos às urgências que se verificaram nos últimos dias – como o encaminhamento de doentes para urgências encerradas – mostram que “o Governo e a senhora ministra têm sido manifestamente incapazes de desenvolver medidas para responder” à situação no SNS.

Entre as críticas feitas ao Governo, o deputado do PS afirmou que a obrigatoriedade de se ligar ao SNS24 antes de aceder às urgências foi “uma medida errada” e que “não foi bem preparada pelo Governo”.

“As falhas que ocorreram estes dias na linha SNS24 mostram não só que o Governo não conseguiu resolver o problema do encerramento das urgências de obstetrícia, ginecologia e pediatria, como também não conseguiu encontrar na linha SNS24 alternativa para responder a essa crise”, disse, defendendo que o plano de emergência para a saúde apresentado pelo Governo se revelou “um falhanço”.

Por outro lado, o deputado do PS manifestou também preocupação com “as demissões em catadupa que o Governo está a fazer pelo país fora em conselhos de administração de muitos hospitais”, entre as quais o da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, demitido esta sexta-feira.

“Estar a provocar demissões de administrações que se encontram em funções em pleno inverno, em plena crise de acesso às urgências, é repetir um erro que custou muito ao SNS e a muitos cidadãos e que foi cometido pelo Governo quando forçou a queda do anterior diretor executivo do SNS às portas do verão”, advertiu.

João Paulo Correia criticou ainda o primeiro-ministro por “continuar em silêncio sobre os problemas que diariamente ocorrem no SNS”, defendendo que é altura de Luís Montenegro “dar uma explicação ao país”, e considerou que, após oito meses de governação, o executivo “teve todas as condições” para resolver a situação e “não pode passar culpas a nenhuma outra entidade e a nenhum outro responsável político anterior”.

Questionado se, dadas estas críticas ao Governo, o PS não pretende também chamar a ministra da Saúde ao parlamento, João Paulo Correia afirmou que o diretor executivo do SNS, António Gandra d’Almeida, “tem pautado a sua postura pelo silêncio ou por palavras muito vagas ou até alarmistas”.

“Julgo que é, neste momento, em primeiro lugar, altura de pedir responsabilidades ao diretor executivo do SNS, que tem aqui um papel fundamental na coordenação do acesso às urgências hospitalares, e à própria organização das urgências hospitalares”, disse, acrescentando que, em função da audição de António Gandra d’Almeida, o PS ponderará se também vai pedir para ouvir Ana Paula Martins.

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Juízes definem prazos para eliminar dados pessoais de arguidos e réus no Citius

Até agora, cabia ao Conselho Superior da Magistratura decidir sobre a eliminação de dados pessoais dos arguidos ou réus, mas só a pedido dos próprios.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) aprovou o que chama de “política de prazos claros para a publicação de dados pessoais nas situações sem regras legais específicas”. Objetivo? Garantir o cumprimento do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), segundo explica o órgão de fiscalização dos juízes, no site oficial.

Em causa a definição de prazos – diferentes para cada tipo de processo judicial – em que os dados pessoais dos arguidos, réus ou pessoas insolventes possam estar acessíveis a qualquer cidadão, no Citius, o sistema informático de apoio aos tribunais portugueses. Até aqui, cabia ao CSM decidir sobre a eliminação desses dados, mas só a pedido dos próprios.

A medida do CSM visa “promover uma gestão mais responsável e transparente dos dados judiciais e reforçar a proteção dos direitos dos cidadãos. Visa ainda garantir a conciliação entre esses direitos e o interesse público na manutenção da publicação online, como sublinhado em várias ocasiões pelo Tribunal de Justiça da União Europeia”, diz o CSM.

A título de exemplo, dados pessoais em processos de insolvência, por exemplo, não podem ser mantidos no Portal Citius durante dez anos, uma vez que não existe base legal para isso.

Alerta da provedora de Justiça

Em novembro, a Provedora de Justiça recomendou à Ministra da Justiça que garanta a adoção pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) de práticas adequadas “face aos pedidos de ocultação de dados pessoais no quadro da insolvência”.

A lei determina que o acesso por terceiros a dados dos processos de insolvência disponíveis no Portal Citius cessa quando os processos sejam arquivados e tenham já sido utilizados para fins estatísticos. Este regime visa possibilitar, em certas condições, a reintegração económica e social das pessoas atingidas por processos de insolvência.

Uma vez que cabe ao IGFEJ a gestão do Portal Citius, é a este Instituto que vários cidadãos têm vindo a dirigir pedidos de ocultação dos seus dados pessoais. As queixas recebidas na Provedoria desde 2022 revelam que, para além de nem sempre esclarecer que não é a entidade competente para tomar a decisão, o IGFEJ tem vindo a difundir uma interpretação incorreta da lei quanto aos termos do acesso público a estes dados.

Na recomendação, a Provedora solicita que o IGFEJ deixe de “alegar a obrigatoriedade de publicação de dados por 10 anos, por esse prazo carecer de fundamento legal. Pede-se ainda que, ao receber tais pedidos de remoção de dados, o IGFEJ esclareça que não é competente para decidir sobre a matéria, e que os reencaminhe para as entidades responsáveis”.

Estas práticas, sublinha a Provedora de Justiça, “são essenciais à realização do direito à autodeterminação informativa e do direito ao esquecimento, contribuindo para que os cidadãos em causa possam retomar a sua vida económica e social em linha com os objetivos da exoneração do passivo restante”.

Com a política de prazos para publicação de dados judiciais, “na falta de previsão legal ou de decisão judicial, passam a ser seguidas as novas regras, com critérios uniformes e transparentes, que visam reforçar o direito à proteção de dados pessoais e ao esquecimento em portais públicos”.

A nova política de prazos resulta das conclusões de um grupo de trabalho do CSM, constituído para responder aos pedidos, cada vez mais frequentes, de eliminação dos dados pessoais dos portais públicos de publicitação dos atos judiciais, em especial das pessoas singulares declaradas insolventes.

Exemplos de novos prazos a aplicar

  • As citações e notificações editais de executados, réus e sujeitos processuais no CITIUS, integram dados pessoais como o nome, o NIF, a morada, o número de segurança social, e não têm prazo legal de publicação. Atualmente podem permanecer durante um ano. Com a nova política de publicação deverão ter como limite 60 dias a contar da data da sua publicação, atendendo aos prazos de contestação e de dilação máximos.
  • A publicidade dos processos de insolvência que, refere o CSM, podem atualmente permanecer no CITIUS por 10 anos, devem passar a ser removidos 30 dias após a publicação da decisão ou do ato em causa: prestação de contas, designação de data para convocação de assembleia de credores, decisão de encerramento do processo e verificação ulterior de créditos e outros credores ou publicidade da composição da massa insolvente, publicação da venda pelo Administrador Judicial.
  • Tratando-se do despacho que declara aberto o incidente de qualificação da insolvência – se é culposa ou fortuita – o prazo de 30 dias conta-se da seguinte forma: qualificação fortuita: após a publicação da decisão que qualifica a insolvência como fortuita e qualificação: após a publicação do despacho de encerramento do processo de insolvência.
  • Nos Processos Especiais de Revitalização (PER), a publicidade tem um prazo de 30 dias após publicação da decisão que homologar o plano de recuperação ou que encerrar o processo. O mesmo se passa no caso de publicidade dos Processos Especiais para Acordo de Pagamento e dos Processos Extraordinários de Viabilização de Empresas (PEVE).
  • Por fim, salientamos a Lista Pública de Execuções no CITIUS. Atualmente todos os registos referentes a processos findos há mais de cinco anos são oficiosa e automaticamente retirados e destruídos até cinco anos após encerramento. A nova política de prazos vai manter os mesmos cinco anos, contados da data do arquivo eletrónico do processo executivo, caso não tenha, entretanto, existido reclamação do ato de extinção do agente de execução para o juiz.

O levantamento das publicações judiciais existentes foi realizado pelo CSM, juízes presidentes das Comarcas, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) e pela Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ). Foram também integrados os contributos da Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça (CAAJ), da Ordem dos Advogados (OA) e da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (OSAE).

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Talento, burocracia, capital. A ‘trindade’ dos desafios do ecossistema<span class='tag--premium'>premium</span>

Depois de um ano de crescimento do capital investido no ecossistema de empreendedorismo, a onda vai manter-se em 2025? Haverá novos unicórnios com ADN português?

Quando olham para os desafios que o ecossistema de empreendedorismo português deverá enfrentar em 2025, os operadores são unânimes: talento, burocracia e capital. E não há receios de que eventuais políticas protecionistas da nova Administração Trump afetem as decisões de investimento dos fundos, o ‘grande motor’ para financiar novas startups ou voos de unicórnio. Este artigo integra a 11.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.“A mentalidade americana está muito focada em trazer o maior retorno económico e em ganhar influência geopolítica, por isso a torneira [dos fundos] apenas se fecha se o nosso ecossistema nacional, quer económico quer político, não trouxer nenhum benefício aos EUA”, considera José Sacadura. “Cabe-nos inovar, atrair e criar (que parece acontecer cada vez mais)

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8 razões para repensar os seguros de saúde da sua PME

  • SegurosPME
  • 28 Dezembro 2024

Os seguros de saúde são uma ferramenta estratégica para as PME, proporcionando benefícios que vão além da simples cobertura médica. Conheça 8 razões para considerar uma revisão aos seguros de saúde.

As PMEs e microempresas que optam por seguros de saúde de qualidade colhem vários benefícios:

  1. Promoção da saúde e bem-estar: ao melhorar a saúde física e mental dos colaboradores, as empresas aumentam a produtividade e o bem-estar no ambiente de trabalho;
  2. Redução da sinistralidade: a melhoria na saúde dos trabalhadores resulta em menos faltas ao trabalho e menor taxa de sinistralidade;
  3. Benefícios fiscais: as empresas podem deduzir os prémios de seguros de saúde em IRC, o que reduz os encargos fiscais;
  4. Fidelização dos colaboradores: os seguros de saúde contribuem para aumentar a satisfação dos trabalhadores e a retenção de talentos;
  5. Promoção de estilos de vida saudáveis: o acesso contínuo a cuidados médicos incentiva hábitos saudáveis;
  6. Prevenção e diagnósticos precoces: a utilização de serviços de rastreio e prevenção permite diagnosticar e tratar doenças a tempo, melhorando a qualidade de vida dos colaboradores;
  7. Incentivos fiscais: os colaboradores podem deduzir o valor do prémio do seguro no IRS, beneficiando de uma vantagem fiscal;
  8. Confiança no futuro: os seguros de saúde oferecem segurança, sabendo que os cuidados médicos estão assegurados quando necessário.

Ao implementar seguros de saúde de excelência, as PME e microempresas tomam uma decisão financeira vantajosa, enquanto investem no bem-estar e na sustentabilidade do negócio. A prevenção, ao ser considerada uma prioridade, ajuda a reduzir custos a longo prazo e contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

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5 desafios dos Seguros de Saúde em Portugal

  • SegurosPME
  • 28 Dezembro 2024

Os seguros de saúde em Portugal enfrentam desafios significativos, desde o envelhecimento da população até à gestão de custos. Conheça 5 obstáculos principais.

Os seguros de saúde em Portugal enfrentam um cenário complexo, moldado por várias questões estruturais e dinâmicas que exigem uma adaptação constante do setor.

Embora o mercado tenha evoluído ao longo dos anos, desafios substanciais permanecem. À medida que a população portuguesa envelhece, os custos com a saúde aumentam, ao mesmo tempo que as expectativas dos consumidores se tornam mais exigentes.

Conheça 5 obstáculos que as seguradoras e o sistema de saúde em geral têm de superar para garantir a sustentabilidade do setor, o bem-estar da população e a evolução das políticas de saúde:

1. Longevidade e envelhecimento da população

Portugal tem uma das populações mais envelhecidas da União Europeia. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, mais de 30% da população portuguesa tinha 65 anos ou mais, uma tendência que deve continuar a crescer nas próximas décadas. Este aumento da longevidade traz consigo uma série de desafios para os seguros de saúde. As doenças crónicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas, tornam-se mais prevalentes, aumentando os custos com tratamentos de longo prazo.

2. A tecnologia e os tratamentos de alto custo

À medida que a tecnologia na área da saúde avança, novos tratamentos e diagnósticos emergem, muitos dos quais são mais eficazes, mas também mais caros.

Tratamentos inovadores como terapias genéticas, medicamentos especializados para doenças raras e dispositivos médicos avançados têm custos elevados. Para que os seguros de saúde continuem a ser acessíveis, as seguradoras precisam de adotar estratégias de gestão de custos que combinem a inovação com a eficiência. A introdução de soluções como a medicina personalizada, baseada no uso de dados genéticos, pode ser uma forma de gerir os custos ao mesmo tempo que se oferece uma cobertura mais precisa e adaptada às necessidades dos clientes.

3. Expectativas dos clientes

Atualmente, os clientes querem mais do que uma simples cobertura para doenças. Pretendem-se serviços personalizados, com acesso a médicos especialistas, tratamentos inovadores e, principalmente, transparência nas coberturas e nos custos. Este cenário exige que as seguradoras invistam em plataformas digitais de fácil acesso, onde os clientes possam verificar e personalizar as suas apólices, obter informações detalhadas sobre tratamentos e consultar a rede de prestadores de serviços de saúde.

4. Eficiência nos cuidados de saúde

A pressão por eficiência no setor de saúde não se resume à contenção de custos. Existe uma crescente necessidade de garantir que os tratamentos e serviços prestados resultem em melhores desfechos para os pacientes.

Este cenário exige das seguradoras uma gestão eficiente dos custos, com prioridade para a qualidade dos cuidados.

5. Gestão de dados em saúde

O uso de dados pessoais na personalização de seguros de saúde representa um avanço significativo no setor. As seguradoras podem usar informações sobre hábitos de vida, históricos médicos e até mesmo dados genéticos para criar apólices mais ajustadas às necessidades dos clientes. No entanto, o armazenamento e a utilização desses dados levantam questões sérias sobre privacidade e segurança.

Portugal é um dos países que mais investiu na digitalização do setor da saúde, com a implementação do sistema de Saúde Digital, que integra dados de pacientes, médicos e hospitais. O uso desses dados pode ser fundamental para a criação de seguros mais eficientes e personalizados, mas é necessário garantir que as seguradoras cumpram com as rigorosas normas de privacidade estabelecidas pela União Europeia, nomeadamente o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR).

A necessidade de inovação e adaptação

O setor de seguros de saúde em Portugal encontra-se num ponto de inflexão. A longevidade, o aumento dos custos dos tratamentos, as elevadas expectativas dos consumidores e a necessidade de adaptação às novas tecnologias exigem uma resposta ágil e inovadora das seguradoras. Para que as apólices se mantenham acessíveis e eficazes, é necessário que as seguradoras se adaptem a estas novas realidades, investindo na personalização dos serviços, na prevenção e na eficiência no tratamento dos custos.

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Seguros de Saúde em Portugal: públicos e privados

  • SegurosPME
  • 28 Dezembro 2024

Conheça as diferenças, vantagens e opções para proteger a sua PME e a saúde dos seus colaboradores.

O Sistema de Saúde em Portugal é composto por fontes públicas e privadas. O financiamento da saúde é assegurado por dois sistemas principais: os públicos e os privados.

Sistemas Públicos: SNS e Subsistemas Públicos

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o sistema público dominante em Portugal, sendo responsável pela prestação de cuidados de saúde a todos os cidadãos, garantidos pela Constituição Portuguesa. Criado em 1979, o SNS oferece acesso universal e gratuito ou a preços reduzidos, conforme as condições económicas dos cidadãos. Além do SNS, existem subsistemas públicos, como a ADSE, que garantem cobertura adicional aos funcionários públicos, assegurando a prestação de cuidados de saúde a categorias específicas da população.

Sistemas Privados: Seguros e Subsistemas Privados

No setor privado, destacam-se os subsistemas privados, frequentemente associados a grandes empresas ou sindicatos, como o SAMS, que garantem cobertura de saúde aos seus membros. Estes subsistemas podem ser financiados pelos beneficiários ou pelas empresas, e representam uma forma de garantir acesso a cuidados de saúde fora do SNS.

Além disso, os seguros privados desempenham um papel crucial, complementando o SNS ao fornecer cobertura suplementar para cuidados de saúde, mas sem se sobrepor ao sistema público. Muitas vezes, as famílias em Portugal recorrem ao auto seguro, um modelo em que as despesas de saúde são pagas diretamente pelas famílias, representando mais de 30% dos gastos com saúde no país.

Seguros de Saúde: principais características

Modalidades e Coberturas

Os seguros de saúde privados em Portugal estão disponíveis em diferentes modalidades, adaptando-se às necessidades de cada cliente, nomeadamente:

  • Sistema de Reembolso: O seguro cobre as despesas com os cuidados de saúde prestados, reembolsando os custos ao segurado ou ao prestador de serviços de saúde, de acordo com as condições contratadas.
  • Sistema de Rede Convencionada (Managed Care): O seguro estabelece uma rede de prestadores de cuidados de saúde aos quais os segurados podem recorrer, pagando apenas a franquia (copagamento). O segurador paga diretamente ao prestador os restantes custos.
  • Sistema Misto: Combina as opções de reembolso e rede convencionada, oferecendo flexibilidade ao segurado.

Na oferta mais comum, predominam as soluções de Rede Convencionada ou de sistema misto.

As coberturas variam entre os seguros, mas as mais comuns incluem:

  • Assistência médica hospitalar: Internamentos, consultas, medicamentos durante o internamento, transporte de urgência, cirurgias e outros cuidados hospitalares.
  • Assistência médica ambulatória: Consultas, exames, tratamentos, fisioterapia, cuidados de saúde preventivos, como check-ups, e outros serviços fora do ambiente hospitalar.
  • Outras garantias: Saúde mental, estomatologia, subsídios diários por internamento, fertilidade, entre outras.

Exclusões e condições especiais

É importante notar que existem algumas exclusões nos seguros de saúde, como doenças profissionais, tratamentos de emagrecimento, ou procedimentos relacionados com fecundação artificial. As doenças preexistentes também podem ser cobertas, mas dependem das condições acordadas com a seguradora.

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6 pontos estratégicos em Seguros de Saúde

  • SegurosPME
  • 28 Dezembro 2024

Ao selecionar um seguro de saúde para a sua PME, é essencial avaliar seis pontos estratégicos para o seu negócio que também podem melhorar a cobertura dos seus colaboradores.

Em Portugal, as PME enfrentam vários desafios, desde a gestão de recursos humanos até à concorrência no mercado. No entanto, um benefício que pode ser fundamental para o crescimento e a sustentabilidade a longo prazo é o seguro de saúde para os colaboradores.

Embora a implementação de seguros de saúde possa parecer um custo adicional, existem diversas razões pelas quais esta pode ser uma escolha estratégica vantajosa para a sua pequena ou média empresa. Eis 6 pontos principais:

1. Atração e retenção de talentos

No atual mercado de trabalho, onde a escassez de mão-de-obra qualificada é uma realidade, a oferta de benefícios adicionais pode ser o fator chave para atrair e reter os melhores profissionais. O seguro de saúde é um dos benefícios mais valorizados pelos trabalhadores, pois oferece segurança em termos de cuidados médicos e tranquilidade em caso de necessidade.

Além disso, vários estudos confirmam que os funcionários que sentem que a empresa se preocupa com o seu bem-estar estão mais propensos a permanecer na organização e a desempenhar um trabalho de qualidade.

Este benefício pode ser particularmente atrativo para as gerações mais jovens, que procuram empresas com uma oferta de valor mais abrangente.

2. Melhoria do bem-estar e motivação dos colaboradores

Investir na saúde dos colaboradores tem impacto direto na sua motivação e produtividade. Quando os funcionários sabem que têm acesso a cuidados médicos rápidos e eficientes, sentem-se mais seguros e valorizados, o que melhora o seu desempenho no trabalho.

A oferta de um seguro de saúde pode também reduzir o stress relacionado com questões de saúde, criando um ambiente mais positivo e propício ao crescimento da empresa.

3. Redução de faltas e absenteísmo

Outro benefício importante de um seguro de saúde é a redução de faltas ao trabalho devido a problemas de saúde.

Funcionários com acesso a cuidados médicos rápidos e de qualidade tendem a recuperar mais rapidamente de doenças e a evitar ausências prolongadas. A redução do absenteísmo pode resultar numa maior continuidade das operações e numa diminuição dos custos relacionados com a substituição de colaboradores. Além disso, em casos de doenças graves ou urgentes, o acesso facilitado a tratamentos médicos pode evitar complicações que levariam a um afastamento prolongado.

4. Benefícios fiscais para a empresa

Embora o seguro de saúde represente uma despesa para a empresa, este tipo de investimento pode ser vantajoso do ponto de vista fiscal. As contribuições para os seguros de saúde que abranjam transversalmente e com critérios idênticos o quadro de pessoal são dedutíveis no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), e com uma majoração de 20%, o que significa que a empresa vai reduzir a sua carga tributária.

5. Diferenciação de marca no mercado competitivo

Num mercado onde muitas empresas lutam por visibilidade e competitividade, a oferta de seguros de saúde pode ser um diferencial importante. Esta vantagem não só torna a PME mais atrativa para os trabalhadores, como também transmite uma imagem de responsabilidade e modernidade. Empresas que investem na saúde e no bem-estar dos seus colaboradores são geralmente vistas de forma mais positiva por clientes, parceiros e até mesmo investidores. Portanto, ter um seguro de saúde pode contribuir para a construção de uma marca forte e reputada.

6. Custo-benefício a longo prazo

Apesar da possível despesa inicial, o seguro de saúde representa um investimento com retorno. Funcionários mais saudáveis, motivados e satisfeitos tendem a ser mais produtivos e a contribuir de forma mais eficaz para os resultados da empresa. Além disso, a redução de custos com absenteísmo, a melhoria da imagem da empresa e a diminuição do turnover de colaboradores são fatores que, a longo prazo, podem traduzir-se numa vantagem financeira para a PME. Com o tempo, o retorno do investimento em seguros de saúde pode ser substancial, tornando-se uma escolha estratégica vantajosa.

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5 pontos a considerar ao selecionar um Seguro de Saúde

  • SegurosPME
  • 28 Dezembro 2024

Escolher o seguro de saúde ideal pode ser desafiador. Conheça 5 pontos essenciais a considerar antes de tomar a decisão, garantindo a melhor cobertura para as necessidades da sua empresa.

Escolher o seguro de saúde certo para a sua PME é uma decisão essencial que pode influenciar diretamente o bem-estar dos seus colaboradores e a produtividade da empresa.

Para tomar a melhor decisão, é importante avaliar as necessidades específicas da sua equipa: conheça quais são as faixas etárias, considere o tipo de trabalho realizado e os cuidados médicos necessários.

Ao comparar as opções disponíveis, verifique a cobertura oferecida, como consultas médicas, exames e tratamentos hospitalares, e assegure-se de que a rede de prestadores de serviços seja ampla e de qualidade. Além disso, atenção ao custo-benefício, pois, embora um plano mais barato possa parecer vantajoso, ele pode não cobrir tudo o que a sua equipa precisa.

Não se esqueça de considerar os benefícios adicionais que algumas seguradoras oferecem, como programas de bem-estar ou descontos em medicamentos, que podem ser um grande plus para a sua equipa.

Considere 5 pontos de partida para facilitar o processo:

  • Pesquise as seguradoras: Comece por identificar as seguradoras que oferecem seguros de saúde empresariais. Algumas das principais seguradoras em Portugal oferecem planos de seguros de saúde que podem ser adaptados a PME. Cada uma delas tem diferentes opções e coberturas, por isso é importante comparar as ofertas.
  • Defina as necessidades da empresa: Antes de contactar as seguradoras, pense nas necessidades da sua empresa e dos seus colaboradores. Quer coberturas básicas ou mais amplas? Quer incluir familiares dos colaboradores? Precisará de serviços específicos como consultas de medicina preventiva ou de especialidade? A definição dessas necessidades ajudará a escolher o plano mais adequado.
  • Consulte um mediador de seguros: Um mediador de seguros pode ser útil para ajudar a escolher o melhor plano para a sua PME, com base nas necessidades específicas da sua equipa. Eles têm acesso a uma variedade de produtos e podem orientar na negociação de termos favoráveis.
  • Verifique os benefícios fiscais: Ao contratar seguros de saúde para os colaboradores, desde que abrangendo todos eles com critérios idênticos, vai beneficiar de deduções fiscais, o que alivia a carga de impostos da empresa. Certifique-se de que o seguro escolhido tem condições idênticas para todos os trabalhadores para garantir que está a aproveitar ao máximo as vantagens fiscais​.
  • Solicite propostas e pondere-as adequadamente: Após escolher algumas seguradoras ou mediadores, peça propostas detalhadas e analise os custos, coberturas, copagamentos e exclusões de cada plano. Certifique-se de que a oferta se adequa ao orçamento da sua PME. Mas não pondere os preços isoladamente. Valorize também o âmbito das coberturas e a rede de prestadores. Pondere, em especial, a amplitude dos capitais seguros na cobertura de hospitalização, para acautelar a proteção dos seus colaboradores em doenças mais graves.
    Esses passos ajudarão a garantir que a sua empresa tenha a cobertura adequada para os seus colaboradores, ao mesmo tempo que consegue um bom custo-benefício.

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O que fazer em caso de acidente de trabalho?

  • SegurosPME
  • 28 Dezembro 2024

Em caso de acidente de trabalho, saiba como reagir para garantir a máxima segurança e a assistência necessária. Use um simulador de seguros para entender as coberturas e proteger os seus direitos.

No caso de um acidente de trabalho, a primeira prioridade é garantir que o trabalhador recebe os cuidados médicos necessários.

Após o atendimento médico, é importante comunicar o acidente à sua seguradora para que o processo de indemnização ou reabilitação possa ser iniciado. A empresa deve garantir que todos os documentos exigidos pela seguradora sejam entregues dentro dos prazos estabelecidos.

  • Como ponto de partida, pode utilizar o Simulador de ocorrências de Acidentes de Trabalho disponibilizado pela APS.

Como prevenir acidentes de trabalho na sua PME?

A melhor forma de proteger os trabalhadores e evitar acidentes de trabalho é através da prevenção. Algumas medidas eficazes incluem:

  • Formação em práticas de segurança: todos os trabalhadores devem ser formados nas melhores práticas de trabalho, como o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
  • Manutenção regular de máquinas e equipamentos: As máquinas devem ser regularmente inspecionadas e mantidas para garantir que funcionam corretamente e de forma segura.
  • Organização do espaço de trabalho: Garantir que o ambiente de trabalho seja seguro, com boa iluminação, organização e sinalização adequada, pode evitar acidentes, especialmente quedas.

O que acontece se a empresa não tiver seguro de acidentes de trabalho?

Em Portugal, o seguro de acidentes de trabalho é obrigatório por lei.

Caso uma PME não contrate o seguro, a empresa pode ser responsabilizada pelos custos decorrentes de acidentes. Além disso, poderá ser sujeita a coimas severas, uma vez que a falta de celebração do seguro é considerada uma contraordenação muito grave. Para além disso, a falta de seguro coloca a empresa em risco financeiro, uma vez que terá de cobrir os custos do acidente com os seus próprios recursos.

Qual é a importância social do seguro de acidentes de trabalho?

O seguro de acidentes de trabalho tem um impacto social significativo, já que não apenas protege os trabalhadores, mas também as suas famílias. Em 2023, quase 775 mil apólices foram emitidas, refletindo a cobertura de cerca de 4,4 milhões de trabalhadores. Quando um trabalhador sofre um acidente, o seguro pode garantir que ele e os seus familiares recebem o apoio necessário para enfrentar as dificuldades financeiras resultantes de uma incapacidade ou da morte do trabalhador.

Como escolher o melhor seguro de acidentes de trabalho para a sua PME?

Ao escolher o seguro de acidentes de trabalho para a sua PME, é importante considerar alguns fatores, como:

  • Coberturas oferecidas: São coberturas uniformes, definidas legalmente, pelo que não existem diferenças significativas no mercado. Verifique se o seguro cobre todas as situações relevantes para a sua empresa, incluindo doenças profissionais (em alguns casos) e acidentes no trajeto.
  • Valor do prémio: O prémio deve ser adequado ao orçamento da empresa, mas sem comprometer as coberturas essenciais. O prémio terá em conta, essencialmente, a massa salarial a segurar, mas também considera outros fatores como a atividade económica da empresa (definida pela Classificação Portuguesa de Atividades Económicas) e fatores de risco específicos de cada empresa, por exemplo, a forma como as medidas de prevenção são implementadas.
  • Atendimento da seguradora: A qualidade do atendimento ao cliente e a rapidez na gestão de sinistros são essenciais para garantir que o processo de indemnização ou reabilitação seja eficiente.

O seguro de acidentes de trabalho é uma necessidade para todas as PMEs, não só para garantir o cumprimento da legislação, mas também para proteger a saúde financeira da empresa e o bem-estar dos seus colaboradores e das suas famílias. Além disso, a implementação de medidas de prevenção no local de trabalho, como o uso de EPI e a formação contínua, pode reduzir significativamente o risco de acidentes, permitindo que as PME funcionem de forma mais eficiente e segura.

Lembre-se: “Prevenir é melhor do que remediar”. Por isso, invista na segurança do seu ambiente de trabalho e garanta que todos os seus colaboradores estão devidamente protegidos. Para mais informações sobre como escolher o melhor seguro de acidentes de trabalho, consulte a sua seguradora ou corretor.

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Conhece os tipos de Seguros de Acidentes de Trabalho?

  • SegurosPME
  • 28 Dezembro 2024

Descubra os diferentes tipos de apólices de seguros de acidentes de trabalho e como cada uma pode proteger a sua empresa e colaboradores, garantindo segurança e coberturas adequadas.

O Seguro de Acidentes de Trabalho é uma proteção fundamental para qualquer trabalhador, oferecendo apoio financeiro e médico em caso de acidente. O seguro é obrigatório para todos os trabalhadores por conta de outrem em Portugal desde 1919 e para os trabalhadores independentes desde 2000. Este seguro cobre acidentes que ocorram no local de trabalho ou durante deslocações. Para as PME, este seguro não só é uma exigência legal, mas também uma forma de proteger a saúde financeira da empresa, garantindo a cobertura de custos em situações imprevistas.

O que cobre o seguro de acidentes de trabalho?

O Seguro de Acidentes de Trabalho oferece várias coberturas importantes, incluindo:

  • Assistência médica e hospitalar: Cobre tratamentos, cirurgias, medicamentos, reabilitação médica ou funcional para a vida ativa e até transporte para tratamento médico.
  • Reabilitação profissional: Inclui serviços para ajudar os trabalhadores a voltarem ao trabalho após um acidente, adaptando o posto de trabalho quando necessário.
  • Indemnizações: Em caso de incapacidade temporária, o seguro cobre a perda de rendimento. Em situações de incapacidade permanente, o trabalhador recebe uma pensão vitalícia proporcional à gravidade da lesão.
  • Cobertura para familiares: Se um trabalhador falecer devido a um acidente de trabalho, os familiares recebem uma pensão e subsídios para despesas com o funeral assim como apoio psicológico se necessário.

Tipos de seguro de acidentes de trabalho para as PME

Existem dois tipos principais de apólices de seguro de acidentes de trabalho para as PME:

  • 1. Seguro a Prémio Fixo: Ideal para empresas com um número fixo de trabalhadores. O contrato cobre um número previamente determinado de pessoas seguras, com um montante de retribuições antecipadamente conhecido. O prémio é fixado essencialmente com base no número de trabalhadores e na sua remuneração. Este tipo de seguro é simples de gerir, uma vez que o valor é sempre o mesmo durante o ano.
  • 2. Seguro a Prémio Variável: Utilizado quando a apólice cobre um número variável de pessoas seguras (trabalhadores), com retribuições seguras também variáveis, sendo consideradas pelo segurador as pessoas e as retribuições identificadas nas folhas de vencimento que lhe são enviadas mensalmente pelo tomador do seguro (empresa).

No final de cada ano civil, ou na fase de cessação do contrato, são efetuados acertos em relação à diferença verificada entre o prémio provisório e o prémio definitivo, calculado em função do total de retribuições efetivamente pagas durante o período de vigência do contrato (o segurador pode, em caso de desvios significativos entre as retribuições estimadas e as efetivamente pagas, proceder a acertos no decurso de vigência do contrato).

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OpenAI passa a ser parcialmente empresa com fins lucrativos

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2024

Com mudança de estatuto, a OpenAI, criadora do famoso ChatGPT, tem o objetivo fr obter mais capital para desenvolver os seus serviços de inteligência artificial.

A empresa tecnológica norte-americana OpenAI, criadora do famoso ChatGPT, anunciou esta sexta-feira que se vai transformar parcialmente numa empresa com fins lucrativos, para obter mais capital para desenvolver os seus serviços de inteligência artificial (IA).

A empresa tornar-se-á, assim, uma “Public Benefit Corporation” (Corporação de Benefício Público, PBC na sigla original) em 2025, ou seja, uma entidade com fins lucrativos mas que ao mesmo tempo prosseguirá uma missão social e operará de forma sustentável, afirmou a OpenAI num comunicado.

A PBC irá gerir e controlar as operações e a atividade da OpenAI, mas continuará a ser uma divisão sem fins lucrativos com a sua própria equipa de gestão, que deterá ações da empresa e realizará “iniciativas de beneficência em setores como a saúde, a educação e a ciência”.

No ano passado, o conselho de administração, até então independente e sem maioria acionista, tentou, sem sucesso, despedir o diretor executivo da empresa, Sam Altman, o que provocou receios entre alguns dos seus principais investidores, incluindo a Microsoft. Desde então, Altman tem estado a trabalhar na alteração da estrutura da empresa tecnológica.

Segundo a OpenAI, este modelo permitir-lhe-á equilibrar os interesses dos acionistas e o benefício público na tomada de decisões, assim como angariar o capital necessário para expandir os seus modelos linguísticos. Outras grandes empresas tecnológicas, como a Anthropic e a xAI, que concorrem diretamente com a OpenAI, também funcionam como PBC.

“As centenas de milhares de milhões de dólares que as grandes empresas estão agora a investir no desenvolvimento da IA demonstram o que é realmente necessário para que a OpenAI continue a cumprir a sua missão. Precisamos de angariar mais capital do que imaginámos”, afirmou a empresa.

No entanto, a entidade pode ter problemas para se transformar numa PBC. Elon Musk, um de seus fundadores, entrou com uma ação no tribunal federal no mês passado para impedir que ela se torne uma empresa com fins lucrativos.

A OpenAI foi fundada em 2015 como uma empresa sem fins lucrativos financiada por doações em dinheiro e créditos de computação (incluindo 1,8 milhões de dólares da Amazon e 50 milhões ou mais do Azure e Google Cloud, de acordo com a empresa).

No entanto, a empresa de tecnologia observou que “ao longo do tempo, tornou-se claro que a IA mais avançada utilizaria cada vez mais recursos informáticos e que a escala de grandes modelos de linguagem” exigiria “muito mais computação e, portanto, muito mais capital”.

Na quinta-feira o ChatGPT registou perturbações em todo o mundo mas na madrugada desta sexta-feira, a OpenAI avançou que voltou a funcionar “quase completamente”.

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Passagem de ano com temperaturas mínimas entre os -3°C e os 10°C no continente

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2024

O estado do tempo "será condicionado por um anticiclone localizado sobre a Península Ibérica, e por uma região depressionária nos níveis médios e altos, centrada junto ao golfo de Cádiz".

A noite de passagem de ano terá temperaturas mínimas a variarem entre os três graus Celsius negativos, no interior Norte e Centro, e os 10°C no Algarve, divulgou esta sexta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o comunicado do IPMA para o fim de ano, entre 31 de dezembro e 1 de janeiro, o estado do tempo “será condicionado por um anticiclone localizado sobre a Península Ibérica, e por uma região depressionária nos níveis médios e altos, centrada junto ao golfo de Cádiz”.

Para dia 31 prevê-se céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se em geral muito nublado no nordeste transmontano e na Beira Alta, com formação de neblina ou nevoeiro matinal nestas regiões, enquanto o vento soprará fraco a moderado do quadrante leste.

O IPMA destacou também que a temperatura máxima irá variar entre 5°C e 12°C no interior Norte e Centro e até 19°C no restante território, enquanto a temperatura mínima irá variar entre -3°C e 0°C no interior Norte e Centro, sendo entre 0°C e 7°C no restante território, com exceção do Algarve onde a temperatura mínima poderá atingir 10°C.

“Na noite de passagem de ano, o céu deverá estar geralmente limpo, com exceção do nordeste transmontano e da Beira Alta, onde deverá estar muito nublado, com formação de neblinas ou nevoeiros em alguns locais. Não se espera ocorrência de precipitação e o vento será de um modo geral fraco do quadrante leste”, pode ler-se.

Para 1 de janeiro, o IPMA prevê situação será “muito semelhante à de dia 31, embora a partir da tarde possa ocorrer um aumento de nebulosidade, em especial por nuvens altas”. “Preveem-se condições favoráveis à formação de geada no interior Norte e Centro”, acrescentou.

Relativamente à agitação marítima, na costa ocidental as ondas serão de noroeste com 1 a 1,5 metros de altura significativa e na costa sul as ondas serão de sueste com 1 a 1,5 metros de altura significativa, diminuindo gradualmente para 1 metro no dia 01 de janeiro.

Quanto ao Arquipélago dos Açores, o IPMA apontou que “uma depressão, centrada a oeste do arquipélago e com um sistema frontal associado, deverá provocar um agravamento gradual do estado do tempo em todas as ilhas”.

“No dia 31, é esperada precipitação a partir da madrugada no Grupo Ocidental, estendendo-se depois ao restante arquipélago, atingindo o Grupo Oriental a partir da noite. No dia 1 de janeiro, a precipitação manter-se-á em todas as ilhas”, detalhou o instituto.

São esperadas temperaturas mínimas a variar entre os 15°C e 17°C e as máximas entre os 18°C e 20°C. A ondulação será de sul com 3 a 5 metros de altura significativa, no dia 31 de dezembro, passando gradualmente ao quadrante leste no dia 1 de janeiro.

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