Euribor a três meses cai para novo mínimo desde agosto

  • Lusa
  • 11 Junho 2024

A taxa Euribor desceu a três meses para um novo mínimo desde 3 de agosto de 2023 e subiu a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira.

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três meses para um novo mínimo desde 3 de agosto de 2023 e subiu a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira.

Com estas alterações, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que baixou para 3,739%, ficou abaixo da taxa a seis meses (3,751%) e acima da taxa a 12 meses (3,728%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, avançou para 3,751%, mais 0,003 pontos, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou para 3,728%, mais 0,003 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,739%, menos 0,004 pontos e um novo mínimo desde 03 de agosto, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

O BCE desceu na semana passada as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.

A média da Euribor em maio desceu em todos os prazos, mas mais acentuadamente do que em abril e nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em maio desceu 0,073 pontos para 3,813% a três meses (contra 3,886% em abril), 0,052 pontos para 3,787% a seis meses (contra 3,839%) e 0,021 pontos para 3,681% a 12 meses (contra 3,702%).

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Madrid terá Centro de Excelência em Modelling

  • Conteúdo Patrocinado
  • 11 Junho 2024

Karol Maciejewski, até então diretor na equipa de Seguros de Vida no escritório Milliman Paris, liderará agora a nova área de modelling no Ramo Vida.

A Milliman, Inc., uma empresa global de consultoria atuarial, anunciou a criação de um Centro de Excelência em Modelling em Madrid, Espanha. Este centro apoiará o setor segurador em Espanha e Portugal com o objetivo de melhorar a eficiência dos modelos atuariais e respetivos relatórios, particularmente relacionados com a nova norma contabilística IFRS17.

“Com este novo centro, seremos capazes de responder a todas as crescentes necessidades de modelling, processamento de dados e de automatização de processos dos nossos clientes”, disse Javier Muñoz, líder do Negócio do Ramo Vida, que lidera as operações da Milliman em Espanha e Portugal juntamente com José Silveiro, líder do negócio do Ramo Não Vida. “O escritório da Milliman em Madrid implementa, há vários anos, com sucesso, modelos atuariais em Espanha e Portugal. Este foi agora reforçado por uma equipa totalmente dedicada, tendo esta por objetivo a otimização e implementação de modelos atuariais eficientes de alta qualidade, no software FIS Prophet®”.

Karol Maciejewski, que ingressou na Milliman há 15 anos como consultor atuarial e, mais recentemente, assumiu o cargo de diretor na equipa de Seguros de Vida no escritório Milliman Paris, liderará o centro de Modelling do Ramo Vida. Até então, tinha liderado projetos de (re)desenho, implementação, integração e otimização de modelos para grandes grupos (res)seguradores nos principais mercados europeus, muitos dos quais utilizam o FIS Prophet®.

“Modelos atuariais são essenciais para a produção dos relatórios regulamentares de risco e financeiros, que continuarão a exigir investimentos significativos nos próximos anos. Como especialista em arquitetura de modelos atuariais e desenvolvimento de TI, estou ansioso para contribuir para o crescimento dos mercados de modelling espanhol e português”, concluiu Maciejewski.

Sobre a Milliman

A Milliman está entre os maiores fornecedores de soluções atuariais, de gestão de riscos e de tecnologia do mundo. Os nossos recursos de consultoria e análise avançada abrangem cuidados de saúde, seguros de propriedades e acidentes, seguros de vida e serviços financeiros, além de benefícios para funcionários. Fundada em 1946, a Milliman é uma firma independente com escritório nas principais cidades do globo. Visite a página em milliman.com.

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Europeias em números: De onde vieram e para onde foram os votos

A realidade numérica resultantes das eleições Europeias de 2019 e 2024 e o mundo não coincidem. Porque se orgulha o PS, lamenta o Chega e festeja o BE? Veja os números de quem perdeu e quem ganhou.

A aritmética eleitoral não consegue perceber a festa do Bloco de Esquerda e o ambiente de velório revelado pelo Chega na noite das eleições Europeias deste domingo. Comparando o que é comparável, as eleições para o Parlamento Europeu de 26 de maio de 2019 e as de 9 de junho de 2024, em termos absolutos, o BE foi o partido que mais perdeu votos e o Chega o que mais ganhou.

A análise dos resultados revela que 1.279.908 portugueses mudaram a sua intenção de voto entre 2019 e 2024. Como votaram 3.948.361 portugueses, conclui-se que 32,4% dos votantes alteraram a sua intenção de voto em relação a 2019, ou seja, muito aproximadamente 1 em cada 3.

Outra grande festa foi a do PS que, analisando os números, perdeu em quase tudo. Ainda ganhou à AD por 38.506 votos. De resto, cresceu em número de votos metade da coligação rival, perdeu 1,3% de eleitorado, reduziu o número de eurodeputados.

No entanto, a grande derrota foi para a abstenção e para os votos brancos e nulos. O total das pessoas que afinal decidiram ir votar, num dos 17 partidos concorrentes e sem se enganarem, foi de 791.528 quando comparada com as europeias de 2019.

De onde vieram os 1.279.908 votos que mudaram o seu destino de 2019? Essencialmente de quem perdeu votos e, por ordem:

  • Bloco de Esquerda (-157.083 votos). Elegeu Catarina Martins, mas, com 168.010 votos, perdeu quase metade dos eleitores e um eurodeputado em relação a 2019, passou de 9,8% para 4,2% dos votos e tornou-se o 5º maior partido quando foi 3º nas europeias anteriores;
  • PAN (- 119.183). A votação passou de 5,1% para 1,2%, baixou de 5º para 9º maior partido e o número de votos teve uma queda para 48.032, menos de um terço do resultado das eleições europeias anteriores. Perdeu o único eurodeputado que tinha, o que na prática já tinha perdido após Francisco Guerreiro ter abandonado o partido um ano depois de eleito, conservando o cargo de eurodeputado;
  • CDU (-65.314). A coligação entre comunistas e Os Verdes manteve um de dois eurodeputados apesar de descer de 6,9% para 4,1% da votação. Com 162.731 votos passou de 4ª para 6ª força mais votada;
  • Nós Cidadãos (-30.395). O partido passou de 34.634 votos em 2019, quando foi liderado pelo ativista Paulo de Morais, para 4.239 este ano, ou seja, uma redução de 88% na votação. Passou de 9º maior partido em 2019 para 17º e último nesta eleição;
  • Ergue-te (-7.595). Era PNR em 2019 e obteve 16.135 votos, 0,5% do total. Agora baixou para 8.540 votos, quase metade, mas subiu de 12º para 11º na lista geral;
  • PTP (-4.106). O partido reduziu votação para 4.306, pouco mais de metade em relação a 2019, passou de 0,25% para 0,1% e manteve-se em penúltimo lugar, este ano 16º, entre os participantes às Europeias;
  • MAS (-1.533). Conseguiu 5.079 votos, reduziu de 0,2% para 0,1% da votação, mas subiu de último em 2019 para 14º este ano;
  • Partidos que não concorreram (-102.371). Este ano não concorreu o Aliança que, com Paulo Sande a liderar, tinha sido o 6º partido mais votado em 2019 com 61.652 votos, igual a 1,86% do total. Também ausente esteve o histórico PCTP MRPP que tinha obtido 27.211 e o 11º lugar. O PURP, que tinha obtido 13.508 votos, também não foi a votos este ano;
  • Brancos e Nulos (-150.811). A seguir ao BE, a redução mais significativa foi nos votos brancos que foram 4,25% dos votos em 2019 e agora desceram para 1,2%, numa quebra para apenas 47.420 deste tipo de indecisos, menos 93.224 relativamente a 2019. Também os votos nulos desceram 57.587 unidades para 30.512, baixando de 2,6% para 0,8% do total de votos.
  • Abstenção: A grande perdedora. (-640.717). Mais portugueses votaram em relação a 2019 entregando 3.948.361 votos e fazendo a afluência aumentar de 30,7% para 36,6% do total. Os inscritos também aumentaram 73.380 pessoas para um total de 10.830.572. No entanto, a afluência em território nacional subiu para 3.916.668 votos, uma participação de 42,2%, maior que de 35,3% de 2019. Já a votação no estrangeiro, onde estavam inscritos 1.515.935 portugueses resultou numa participação de 29.727 votantes, uma abstenção de 98%. Ainda assim foi melhor que a abstenção de 2019 que atingiu 99%. Nesse ano, apenas votaram 13.406 pessoas de 1.400.322 inscritas.

Para onde foi exatamente cada um destes votos perdidos não se consegue apurar na análise numérica, mas verificando o sentido positivo dos mesmos 1.279.908 votos, é possível apontar para onde foram:

  • Chega (+337.232). Em 2019 o cabeça de lista da coligação Basta foi André Ventura, numa união transitória com pequenos partidos, enquanto esperava a aprovação do Chega. Nesse ano, o Basta teve 43.388 votos, 1,49% do total sendo o 8º maior partido. Em 2024, já como partido Chega, conseguiu o 3º lugar, multiplicou 9 vezes o eleitorado com 386.720 votos, igual a 9,8% do total e elegeu dois eurodeputados.
  • Iniciativa Liberal (+329.147). O partido conseguiu dois eurodeputados e passou de 29.114 votos em 2019 para 358.261 votos em 2024, 12 vezes mais. Há 5 anos foi a 10ª força mais votada e agora foi a 4ª;
  • AD +(298.089). PSD e CDS concorreram isolados em 2019, enquanto o PPM estava na coligação do Basta. Em conjunto obtiveram então 930.191 votos, 28,1% dos votos e conseguiram 7 eurodeputados. Este ano a votação atingiu 1.228.280, a percentagem do eleitorado foi de 31,1% e os eurodeputados mantiveram-se;
  • PS (+162.092). Ganhou as eleições com 1.266.786 votos e 32,1%, perdendo parte de eleitorado já que em 2019, tendo como cabeça de lista Pedro Marques, tinha conseguido 33,4%. Perdeu um eurodeputado, elegendo 8, e a diferença para a AD foi de apenas 38.506 votos.
  • Livre (+87.995). O partido da moda na extrema esquerda atingiu 148.441 votos, cerca de 2,5 vezes o número conseguido em 2019, então com Rui Tavares como cabeça de lista. Manteve-se como 7ª força mais votada, duplicando a parte do eleitorado para 3,8%;
  • ADN (+38.332). O partido apresentou-se com Joana Amaral Dias como cabeça de lista e ultrapassou o PAN e quatro outros partidos enquanto força política, triplicou os votos para 54.083 e a sua parte do eleitorado é agora 1,5%;
  • VOLT +(9.568). Em estreia nas Europeias o novo partido entrou diretamente para o 10º lugar com 9. 568, igual a 0,2% do eleitorado;
  • Novos partidos+(17.453): Três partidos, que não concorreram nas europeias em 2019, também obtiveram votos. A Nova Direita 6.446, o RIR 6.396 e o MPT 4.611.

Os dados de 2024 foram extraídos com 10.788.771 de um total de 10.830.572, por faltar apurar a votação em 10 consulados. A amostra foi assim de 99,6% dos votos possíveis mas, extrapolando de acordo com a abstenção verificada no estrangeiro, presume-se que ainda possam surgir apenas mais 420 votos válidos.

Algumas coincidências haverá. Juntos, Chega e Iniciativa Liberal obtiveram mais 666 379 votos que em 2019. A abstenção reduziu-se em 640.717. Tal como PS e Livre ganharam 250.087, enquanto BE e CDU perderam 222.397.

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Comissão Europeia tem de pagar juros de multas anuladas ou reduzidas a empresas

  • Lusa
  • 11 Junho 2024

Em causa não estão pagamentos de juros de mora, mas sim juros destinados a indemnizar a empresas, num montante fixo, a título da privação do gozo do montante em causa.

O Tribunal Geral da União Europeia (UE) determinou esta terça-feira que a Comissão Europeia tem de pagar juros no reembolso de coimas aplicadas a empresas por violação de regras de concorrência e anuladas ou reduzidas pela justiça europeia.

Segundo um comunicado de imprensa, o acórdão estipula que “quando o Tribunal Geral ou o Tribunal de Justiça anulam ou reduzem uma coima aplicada pela Comissão a uma empresa por violação das regras da concorrência, esta instituição tem não apenas de reembolsar a totalidade ou parte do montante da coima paga a título provisório pela empresa, como tem também de pagar juros relativos ao período compreendido entre a data do pagamento provisório dessa coima e a data do reembolso“.

Em causa não estão pagamentos de juros de mora, mas sim juros destinados a indemnizar a empresas, num montante fixo, a título da privação do gozo do montante em causa.

Na origem da decisão está uma queixa da empresa de telecomunicações alemã Deutsche Telekom, à qual o executivo comunitário terá de pagar juros que ascendem à taxa de refinanciamento do Banco Central Europeu, acrescida de 3,5 pontos percentuais.

Em outubro de 2014, a empresa foi multada por Bruxelas em 32 milhões de euros por abuso de posição dominante no mercado, paga em janeiro de 2015, já com um recurso da decisão a decorrer.

O Tribunal Geral reduziu a coima aplicada em 12 milhões de euros, tendo a Comissão devolvido, em fevereiro de 2019, 19 milhões de euros à Deutsche Telekom, recusando-se a aplicar juros.

A empresa recorreu ao Tribunal de Justiça, que confirmou a aplicação de juros, tendo Bruxelas recorrido para o Tribunal Geral, que confirmou esta terça-feira a decisão.

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Qual é o futuro da assessoria laboral? “Não existe uma receita mágica”, diz sócio da VdA

Colaboração interna e externa, intervenção de outras áreas não jurídicas e uma postura pró-ativa e preventiva do advogado são algumas notas sobre o futuro da assessoria laboral.

Os serviços e o mercado das relações laborais estão numa profunda transformação e não existe uma “receita mágica” para o futuro da assessoria laboral. Esta foi uma das conclusões de um dos painéis da 7.ª Edição da Advocatus Summit apresentada por Américo de Oliveira Fragoso, sócio de laboral da Vieira de Almeida (VdA). Ainda assim, existem alguns aspetos que podem definir o futuro das assessorias: colaboração interna e externa entre áreas de conhecimento e equipas e o próprio cliente; a intervenção de outras áreas não jurídicas, como a consultoria de Recursos Humanos na área de laboral; e uma postura pró-ativa e preventiva do advogado.

“Vivemos de facto, tempos incertos, mas muito estimulantes, quer na assessoria laboral, quer nos outros temáticos. Estamos em placas tectónicas em movimento, sem que percebamos muito bem onde é que vamos parar“, referiu Américo de Oliveira Fragoso.

O head of People & Strategy da VdA, José Cintra, explicou que existem várias tendências na área de recursos humanos, como a inteligência artificial (IA) e a transformação digital que está a provocar uma alteração profunda naquilo que são as práticas e os processos de gestão de recursos humanos. “O tema dos dados é um tema muito relevante”, disse, considerando que estamos a assistir a uma passagem de uns recursos humanos “muito administrativos” para uma posição “mais estratégica” na organização.

Também a sócia da VdA, Inês Antas de Barros, considera que cada vez mais a gestão de recursos humanos e a decisão que é tomada de composição de equipas, de avaliação, de desempenho, de avaliação de eficiências, tem por base dados, pessoais e não pessoais. “Há muitas soluções que já comportam IA desde o momento do recrutamento. E isso, obviamente, levanta também um conjunto de questões do ponto de vista jurídico e, em particular, olhando para o futuro do Regulamento Europeu de Inteligência Artificial”, referiu.

José Sintra, head of people strategy da VdA, Inês Antas de Barros, sócia da VdA, Luís Graça Rodrigues, head of legal department da INDRA, e Américo de Oliveira Fragoso, sócio da VdAHugo Amaral/ECO

“O tema da sustentabilidade no âmbito do ESG é um tema claramente que está em cima da mesa. Tudo o que seja ligado à diversidade, inclusão e igualdade de género têm sido tópicos que os recursos humanos estão a tocar e estão a trabalhar. É um tema que claramente se toca com a área de laboral”, notou ainda José Cintra. O head of People & Strategy da VdA explicou ainda que se passou de uma grande plataforma de estabilidade para uma de maior instabilidade, “por exemplo com aquilo que acontece no cenário pós-Covid com a adoção de modelos de trabalho híbridos”.

Já Luís Graça Rodrigues identificou alguns temas em que a Indra sente necessidade de ter apoio numa assessoria laboral, como a regulamentação, o exercício de poder disciplinar, a cessação do contrato de trabalho e no contencioso laboral.

“Continua a ser necessário exercer poder disciplinar, continua a ser necessário acautelar a empresa quando se faz uma cessação de um contrato de trabalho e continua a ser necessário não ter problemas quando vem uma inspeção da ACT”, revela. Mas o que mudou? Para o head of legal da Indra, hoje em dia o pesadelo das empresas, sobretudo de IT, é que as pessoas se vão embora, portanto o “paradigma é precisamente o oposto“. “Neste momento estamos com uma preocupação enorme em que as pessoas estejam connosco, estejam bem e não se queiram ir embora”, acrescentou.

No novo plano laboral, Américo de Oliveira Fragoso identificou cinco blocos de matérias: labour tech, ou seja, a utilização de tecnologia nos procedimentos de recursos humanos; diversidade, equidade e inclusão; trabalho remoto e plurilocalização; novos modelos de trabalho; e a sustentabilidade.

Sobre o cruzamento entre as diversas áreas na assessoria laboral, Inês Antas de Barros considera que é “inegável” que tem de existir uma colaboração, uma vez que os temas hoje em dia não são estanques.

“Espera-se que haja um papel de inovador na construção de uma solução jurídica e da identificação de medidas para mitigar o risco. Obviamente, isso é muito mais rico quando estamos num ambiente de colaboração, não só neste caso, entre as áreas de prática, mas também com o cliente”, acrescentou a advogada.

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Filha do casal Salgado paga despesas fixas de 40 mil euros por mês aos pais

  • ECO
  • 11 Junho 2024

Sentença do processo EDP revela que pensões de reforma de Ricardo Salgado e da mulher são “insuficientes” para pagar encargos fixos mensais, mas o casal mantém “estatuto económico elevado”.

Catarina Salgado, filha do ex-presidente do BES e residente na Suíça, envia 40 mil euros por mês à mãe, Maria João, para esta fazer face às despesas mensais do casal Salgado, revela o Correio da Manhã (acesso pago). Foi a própria mulher do antigo banqueiro quem revelou o montante dos encargos fixos do casal, no âmbito do caso EDP, tendo ainda indicado que foram declarados rendimentos em sede de IRS de mais de 91 mil euros em 2022.

Na sentença do processo, conhecida na semana passada, o coletivo de juízes assinala que as pensões de reforma do casal Salgado “são insuficientes” para colmatar os encargos fixos mensais relativos às despesas pessoais e de saúde e de manutenção dos imóveis e viaturas, “pelo que os mesmos são assegurados essencialmente por uma doação de 40 mil euros que a filha do casal faz mensalmente à mãe para a gestão da economia familiar”.

Mas, “ainda que dependente do apoio económico da filha, o agregado de Ricardo Salgado mantém um estatuto económico elevado“, ressalva o coletivo de juízes, perante os rendimentos de mais de 91 mil euros declarados pelo casal em 2022. A sentença aponta que “a resolução do BES pelo Banco de Portugal”, em agosto de 2014, “a paragem forçada de toda a atividade profissional” e “a envolvência em processos judiciais” levaram a uma mudança no estilo de vida de Ricardo Salgado, nomeadamente com a passagem à situação de reforma e o arresto de bens.

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Governo prepara novo apoio à compra de veículos elétricos

  • ECO
  • 11 Junho 2024

Em 2023, o Fundo Ambiental disponibilizou dez milhões de euros para a compra de veículos elétricos. Metade deste valor destinou-se à aquisição de ligeiros de passageiros 100% elétricos.

O Governo ainda está a “ponderar” as prioridades sobre os apoios a atribuir para a compra de veículos 100% elétricos, já que estes serão alvo de revisão, avança o Jornal de Notícias. O Ministério do Ambiente esteve a rever os protocolos de financiamento do Fundo Ambiental para este ano, preparados pelo executivo anterior, e vai fazer alterações, pois “as receitas para 2024 estavam praticamente todas comprometidas” quando o Governo de Luís Montenegro tomou posse, disse ao Público fonte oficial da tutela.

De acordo com o ministério tutelado por Graça Carvalho, “apenas 3,5% das verbas estavam disponíveis” quando o atual Executivo entrou em funções, tendo sido respeitados os protocolos já assinados. As outras rubricas do orçamento do Fundo Ambiental “foram avaliadas e alguns protocolos estão já preparados para serem preparados com as entidades”, acrescenta a mesma fonte.

“Quanto ao orçamento remanescente para 2024, o Governo está a ponderar as prioridades em relação aos apoios a atribuir”, disse o gabinete de Graça Carvalho. Isso justifica o facto de os formulários para as candidaturas aos apoios a carros elétricos, que por norma ficam disponíveis no site do Fundo Ambiental nos primeiros meses do ano, não terem ainda sido publicados. Os incentivos abrangem ligeiros de passageiros, bicicletas elétricas, motociclos e carregadores para veículos elétricos.

PS questiona Governo sobre fim do incentivo

Em reação à notícia avançada esta terça-feira pelo JN, os deputados socialistas enviaram uma pergunta à ministra do Ambiente e Energia sobre a intenção de deixar de incentivar a aquisição de veículos de emissões nulas, o que depreendem do anúncio do Fundo Ambiental, datado de 24 de maio, de que este incentivo “não se encontra previsto no orçamento do Fundo Ambiental” para este ano.

Em caso afirmativo, o grupo parlamentar do PS questiona o destino dos cerca de 64,3 milhões de euros que o anterior governo inscreveu na rubrica “Outros Projetos e Avisos” do orçamento do Fundo Ambiental, verba essa que estava designada para “continuar a incentivar este tipo de aquisições”.

“Torna-se evidente que o novo Governo da Aliança Democrática não pretende dar continuidade a esta política”, face ao que foi noticiado, apontam os parlamentares do PS, numa nota à qual o ECO teve acesso.

(Notícia atualizada às 13h10 com pergunta enviada pelo grupo parlamentar socialista ao Governo)

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Rock in Rio Lisboa utiliza drones para reforçar operações de segurança

  • Servimedia
  • 11 Junho 2024

O Rock in Rio Lisboa que se realiza nos dias 15, 16, 22 e 23 de junho em Lisboa, vai utilizar drones para reforçar as operações de segurança. A Prosegur Security é responsável pelo plano de segurança.

A operação de segurança conta ainda com o regresso de Yellow, um cão robô que tem como principal objetivo ajudar a reforçar a segurança das cerca de 85 mil pessoas (visitantes e staff) que estarão diariamente no maior festival de rock do mundo.

A Prosegur disponibiliza uma equipa liderada por um coordenador de segurança e doze supervisores que coordenam os cerca de 500 vigilantes encarregados de controlar o acesso ao recinto, proteger os parques de estacionamento, o perímetro, os bastidores e os palcos, bem como todo o recinto e os stands dos promotores e patrocinadores. Haverá um controlo de bilhetes em todas as entradas, seguido de um controlo de acesso. A empresa dará também apoio às revistas à entrada do evento.

Esta operação de segurança teve início em março e o maior desafio é garantir a segurança do pessoal e de todos os equipamentos e materiais trazidos para o recinto nos dias que antecedem o evento. Durante os dias do festival, as situações que merecem maior atenção por parte da equipa de segurança passam por garantir a segurança dos espetadores e qualquer tentativa de intrusão no espaço.

Por este motivo, o sistema dispõe de várias câmaras de videovigilância e drones que monitorizam permanentemente os 260.000m2 do perímetro. Toda a operação é gerida, supervisionada e assistida centralmente pelo iSOC (Security Operations Centre), que faz parte do Centro de Controlo Operacional (CCO), centro a partir do qual são geridos remotamente os serviços de segurança.

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Evolução positiva do setor dos Assuntos Públicos em Espanha: uma comparação internacional

  • Servimedia
  • 11 Junho 2024

O setor dos assuntos públicos e do lobbying sofreu uma notável transformação e crescimento em Espanha na última década, tanto na base profissional como nos serviços de consultoria.

Esta linha de trabalho, que conta com o primeiro relatório do Instituto Coordenadas para la Gobernanza y la Economía Aplicada (ICGEA), apresenta uma análise comparativa do desenvolvimento deste setor em Espanha, com as tendências observadas na Europa e nos Estados Unidos.

Identifica padrões de qualidade e áreas de oportunidade que podem ser aplicados no contexto espanhol para promover um crescimento sólido e maior, contextualizando a evolução para um crescente protagonismo empresarial, onde a interação entre instituições, autoridades, reguladores, administrações e empresas “não só é necessária, como positiva, ao proporcionar o conhecimento de setores altamente especializados, dando capilaridade aos instrumentos de execução das políticas públicas e conhecendo a sua eficácia e alcance, sobre os efeitos propostos e os efetivamente alcançados”, indica a entidade.

O responsável observa que o setor registou um crescimento significativo devido à complexidade crescente da legislação europeia, estatal, multiestatal e local, bem como à necessidade de as empresas interagirem eficazmente com o ecossistema político. Como tal, registou um aumento anual de 25% no volume de negócios nos últimos cinco anos. Empresas líderes como a LLYC, a Acento e a Vinces ultrapassaram os 25 milhões de euros de volume de negócios, expandindo as suas equipas e serviços.

Além disso, observa que surgiram novas consultoras, como a Estrategos e a BeBartlet, que se juntaram a clássicas como a Nitid, a Political Intelligence e a Reti; as agências de comunicação continuam a expandir-se ou a incorporar os assuntos públicos na sua oferta, como é o caso da Kreab, da Roman ou da Harmon. O valor atual do setor situa-se entre os 40 e os 50 milhões de euros, prevendo-se um aumento significativo até 2030; não incluindo nestas ponderações o bloco de consultoria pública das empresas de auditoria, especialmente as 4 “big four”.

PERFIL PROFISSIONAL

Os cargos de relações públicas empresariais estão a ganhar autonomia dentro das empresas através da criação de equipas específicas, com uma presença quase total no Ibex-35; e entre as grandes filiais de multinacionais sediadas no nosso país. O número total de profissionais situa-se atualmente entre 700 e 900 pessoas. As previsões de evolução profissional são muito positivas, atingindo 5.000 empregados em assuntos públicos até 2030.

No entanto, é preciso acrescentar que o setor em Espanha ainda carece de formação qualificada relevante para apoiar o crescimento esperado. A Universidade de Deusto tem um curso anual de 8 horas, a Universidade de Comillas com um curso de pós-graduação, a Universidade Católica de Ávila com um mestrado online e a Universidade Autónoma de Madrid com um curso de 10 sessões. Outra fonte muito importante de geração de profissionais são os políticos e altos funcionários públicos que terminam a sua carreira política ativa e optam por contribuir com os seus conhecimentos empíricos para o setor privado,

COMPARAÇÃO INTERNACIONAL

O Instituto acredita que a procura de assuntos públicos levará a uma duplicação de todos os valores representativos em Espanha a curto prazo; mas ainda haverá uma diferença significativa em relação à Europa. “O Reino Unido, a Alemanha e a França registaram um crescimento robusto, e a Espanha ainda tem espaço para crescer. No Reino Unido, o setor gerou mais de 2 mil milhões de euros no ano passado, com mais de 4.000 profissionais. Em Bruxelas, o epicentro dos assuntos públicos na Europa, estima-se que existam mais de 10.000 profissionais diretos”, afirma.

Segundo o Eurostat, o setor tem crescido 16% ao ano na UE. No entanto, ao contrário de Espanha, nestes países, há uma maior penetração das tecnologias digitais na consultoria de assuntos públicos. A integração de ferramentas analíticas avançadas tem sido fundamental para a análise política e a tomada de decisões estratégicas.

Nos Estados Unidos, o setor está muito desenvolvido, com cerca de 12.000 profissionais e uma receita anual de 10 mil milhões de dólares. A adoção de tecnologias avançadas tem sido fundamental para o seu sucesso, nomeadamente a integração de big data e inteligência artificial na análise política e na tomada de decisões estratégicas.

RECOMENDAÇÕES

Neste contexto, conclui que o setor da consultoria em assuntos públicos em Espanha está bem posicionado para continuar a crescer. “O modelo de registo da União Europeia é um caso de sucesso internacional que pode e deve ser extrapolado pelo governo espanhol. O estabelecimento de multinacionais especializadas em Espanha e as colaborações estratégicas e acordos com líderes em Bruxelas ou Washington podem ser importantes para melhor formar os operadores em Espanha”, explica.

Além disso, afirma que “a Espanha tem um défice de tecnologia aplicada ao setor e de programas educativos relacionados com os assuntos públicos, em comparação com o Reino Unido e os EUA, o que pode dificultar o crescimento. Surgirão fornecedores para satisfazer ambas as necessidades, e num curto espaço de tempo. A economia espanhola está preparada para duplicar o setor sem qualquer problema e, em 2030, aproximar-se dos principais países europeus, com uma estimativa de 5.000 profissionais e 200 milhões de euros de faturação anual para as empresas especializadas”.

Jesús Sánchez Lambás, vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada, considera que “os assuntos públicos são cada vez mais necessários na evolução política e empresarial do nosso país, com uma corresponsabilidade total entre ambos” e acrescenta que “é positivo para a sociedade, para o Estado e para a economia”.

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Hoje nas notícias: veículos elétricos, BCP e Ricardo Salgado

  • ECO
  • 11 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Ministério do Ambiente está a “ponderar” as prioridades em relação aos apoios a atribuir à compra de veículos 100% elétricos. O BCP vai aumentar algumas comissões que cobra aos comerciantes, nomeadamente pela disponibilização de um terminal de pagamento automático (TPA). Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Governo prepara novo apoio à compra de elétricos

O Governo ainda está a “ponderar” as prioridades sobre os apoios a atribuir para a compra de veículos 100% elétricos, já que estes serão alvo de revisão. Por norma, os formulários para as candidaturas ficam disponíveis no site do Fundo Ambiental nos primeiros meses do ano, mas até agora não foram publicados. De acordo com o Ministério do Ambiente, “apenas 3,5% das verbas estavam disponíveis” quando o atual Executivo entrou em funções. Os incentivos abrangem ligeiros de passageiros, bicicletas elétricas, motociclos e carregadores para veículos elétricos.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível)

BCP aumenta em 45% comissões de terminais de pagamento aos comerciantes

A partir de setembro, os comerciantes que sejam clientes do BCP vão pagar mais pela aceitação de pagamentos em cartão de débito ou de crédito. O banco liderado por Miguel Maya vai passar a cobrar mais 45% pelo terminal de pagamento automático (TPA) de nova geração, o que representa um aumento de 79 euros para 115 euros. Os custos de substituir o TPA vão crescer quase cinco vezes mais, passando a custar 120 euros face aos atuais 25 euros. Está prevista ainda uma tarifa mensal de inatividade, tanto nos terminais físicos (7,5 euros) como na aplicação Millennium Moove (dois euros).

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Filha de Ricardo Salgado paga contas de 40 mil euros por mês

Catarina Salgado, filha do antigo banqueiro Ricardo Salgado que reside na Suíça, dá 40 mil euros por mês à mãe, Maria João, para esta fazer face às despesas mensais do casal nesse valor. Foi a própria mulher do ex-presidente do BES quem revelou o montante dos encargos fixos do casal, no âmbito do caso EDP, tendo ainda indicado que o casal Salgado declarou rendimentos em sede de IRS de mais de 91 mil euros em 2022. Na sentença do processo, conhecida na semana passada, o coletivo de juízes assinala que, “ainda que dependente do apoio económico da filha, o agregado de Ricardo Salgado mantém um estatuto económico elevado”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Supremo condena IEFP a pagar 1,6 milhões a antigos formadores precários

Vários formadores integrados nos quadros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) avançaram com processos judiciais para reclamar os subsídios que não lhes foram pagos durante os anos em que estiveram com falsos recibos verdes. Tribunais inferiores decidiram pela condenação do IEFP e o Supremo Tribunal de Justiça tem vindo a confirmar as sentenças das primeiras instâncias. Nos processos já conhecidos, que envolvem cerca de meia centena de formadores de Vila Real, Viana do Castelo, Porto e Portalegre, está em causa o pagamento de 1,6 milhões de euros de subsídios de férias, de Natal e de refeição, a que ainda acrescem juros de mora.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Fim de banco de horas individual faz disparar o de grupo

Antes do fim do banco de horas por negociação individual, que foi revogado em 2019 (definitivamente acabou em 2020), havia 93 mil trabalhadores do privado sujeitos a esta figura, enquanto apenas 3,7 mil trabalhadores eram abrangidos pelo banco de horas grupal. Desde então, o número de trabalhadores sujeitos a esta última modalidade disparou, para um total de 73.485 em 2021, 65,9% dos quais são mulheres e 34,1% homens, segundo dados do relatório sobre o progresso da igualdade entre mulheres e homens no trabalho, no emprego e na formação profissional de 2022.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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DES2024 abre as suas portas e deixará um impacto económico de mais de 34 milhões em Málaga

  • Servimedia
  • 11 Junho 2024

De hoje a 13 de junho, o evento reunirá mais de 17 000 executivos de todo o mundo, tendo como pano de fundo as sinergias entre a IA generativa e as capacidades do talento humano.

O DES – Digital Enterprise Show 2024, o maior evento europeu dedicado às tecnologias exponenciais, abre hoje as suas portas e até à próxima quinta-feira, 13 de junho, volta a colocar Málaga no mapa dos eventos tecnológicos mundiais. A cimeira reunirá mais de 17.000 executivos de todo o mundo, que encherão a cidade de inovação, digitalização e oportunidades de negócio.

Prova disso é a elevada taxa de ocupação hoteleira na capital da Costa do Sol durante os três dias do evento, que é de 98%, segundo dados oficiais, com as reservas a chegarem mesmo a cidades próximas como Torremolinos e Benalmádena.

Assim, com a organização do DES – Digital Enterprise Show 2024, e as atividades paralelas que terão lugar em toda a cidade, será gerado um impacto económico de mais de 34 milhões de euros para Málaga, impulsionando a sua projeção internacional e consolidando-a como um pólo de inovação tecnológica no sul da Europa.

Neste contexto e sob o lema “Feel The Exponential Intelligence”, a oitava edição do DES é marcada pelas sinergias entre as tecnologias exponenciais, atualmente lideradas pela inteligência artificial generativa, e as capacidades do talento humano. Assim, a parte mais funcional das ferramentas digitais será estudada com o objetivo de maximizar a sua contribuição tanto para a sociedade, valorizando o lado ético, como para o ecossistema empresarial.

As 403 empresas expositoras do evento apresentarão as últimas tecnologias e partilharão exemplos práticos da sua utilização. No total, serão apresentadas 718 inovações relacionadas com IA, análise de dados, multicloud, cibersegurança, blockchain, hiperpersonalização, automação inteligente e IoT através de simulações, experiências imersivas e apresentações, entre outras ações. Algumas das marcas de renome mundial que estarão no DES são IBM, Oracle, Nvidia, Santander, T-Systems, Clear Channel, eBay, Fhios, Jirada, NP Digital, The Cocktail, Vass, Westcon e Zoho.

MÚLTIPLAS ABORDAGENS

O DES2024 volta a acolher o Digital Business World Congress, o maior fórum sobre digitalização da Europa, que reunirá 592 especialistas internacionais em mais de 375 sessões em 9 auditórios. Como novidade, o congresso criou as sessões #AI4Humanity by UN, que serão conduzidas por Carme Artigas, Co-Presidente do Órgão Consultivo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Inteligência Artificial. Este é um espaço de debate onde os principais líderes mundiais tentarão estabelecer um consenso sobre os riscos e desafios da IA, bem como identificar como alavancar a solução para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Da mesma forma, e pela primeira vez, o Digital Business World Congress analisará o caminho que está a ser percorrido pelo setor do entretenimento na digitalização, como precursor na integração de tecnologias exponenciais, especificamente IA generativa e diferentes modelos de virtualidade. Outra novidade do fórum são as estratégias de sustentabilidade e ESG, que serão abordadas na perspetiva da regulamentação e da utilização de soluções tecnológicas com vista a acrescentar valor ao conceito de negócio, maximizar a eficiência e contribuir para a descarbonização.

Entre a lista de prestigiados oradores mundiais que participarão no congresso estão Zondwa Mandela, neto de Nelson Mandela e presidente da Mandela Legacy Foundation, uma fundação que luta pela igualdade e pelos direitos humanos; Wendy Hall, pioneira no desenvolvimento da ciência para a criação da World Wide Web e perita no comité consultivo do Governo do Reino Unido sobre IA, ou Linghan Zhang, membro do Órgão Consultivo de Alto Nível da ONU sobre Inteligência Artificial.

Outros participantes incluem Mark Minevich, conselheiro da ONU e copresidente da AI for the Planet Alliance; María Weaver, presidente do Warner Music Group; Neil Patel, classificado pela Forbes como um dos 10 maiores especialistas em marketing; Jassim Haji, presidente da IGOAI, o grupo internacional de IA conhecido como um dos principais coletivos globais de IA do mundo; Sara García Alonso, a primeira astronauta espanhola, e Pilar Manchón, diretora de estratégia de investigação de IA na Google Research.

A eles se juntarão CIOs, CMOs, CISOs, CMOs, CDOs, diretores de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Inteligência Artificial, entre outros perfis executivos, de marcas da magnitude de L’Oréal, ING, Just Eat, Nestlé, Iberia, Ikea, Sanofi, Tous, Iberdrola, Repsol, Nivea, Isdin, Coca-Cola, Mapfre, Ferrovial, Pfizer e Almirall. Ao mesmo tempo, estarão presentes altos funcionários do Banco de Espanha, do Congresso dos Deputados, do Ministério do Interior, do Ministério da Presidência, do Ministério da Justiça, da Junta da Andaluzia e da Comunidade de Madrid para explicar as suas histórias de sucesso em termos de digitalização.

TALENTO EMERGENTE

O talento empreendedor também terá o seu lugar no DES2024 com o The Scale-Up! World Summit, que promoverá as propostas tecnológicas que as startups estão a promover nos domínios económicos da banca, fabrico, saúde, mobilidade, retalho, turismo e entretenimento. Como resultado, uma seleção de startups de cada setor, escolhidas por um comité de especialistas, poderá apresentar a sua solução a investidores e potenciais parceiros, de entre os quais serão escolhidas as mais disruptivas.

E, enquanto plataforma transversal de negócios, o DES vai potenciar o networking com um conjunto de atividades e promoção de sinergias. Por este motivo, será realizada uma “Festa de Encerramento” inédita, que reforçará ainda mais as alianças empresariais, onde atuará o Cirque du Soleil, aproveitando o facto de a companhia estar em Málaga com o seu espetáculo Alegria.

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Bluewave Days, promovido pelo ISDIN, organiza mais de 60 atividades para promover a proteção e a recuperação do Mar Mediterrâneo

  • Servimedia
  • 11 Junho 2024

Até 13 de junho, a Bluewave Days realizará atividades ao longo da costa espanhola para sensibilizar para os desafios que o Mar Mediterrâneo enfrenta e convidar as pessoas a fazerem parte da solução.

A Bluewave Alliance, promovida pelo laboratório de fotoprotecção e dermocosmética ISDIN, organiza esta semana a segunda edição dos Bluewave Days, uma proposta com mais de 60 atividades que terão lugar em diferentes locais da costa mediterrânica e que visam sensibilizar o público para a importância de proteger e regenerar os nossos mares e oceanos.

A iniciativa foi lançada este fim de semana e terá a duração de seis dias, durante os quais se espera que o número de participantes triplique após o sucesso da primeira edição, com mais de 2.800. O evento principal dos Bluewave Days terá lugar na quinta-feira, 13 de junho, no Auditório do Porto Olímpico de Barcelona, onde se realizará um Simpósio com a participação de cientistas especializados, empresários da sustentabilidade e empresas empenhadas que partilharão ideias e soluções para conservar e proteger o ecossistema marinho.

Durante o evento, serão realizadas um total de quatro mesas redondas que abordarão temas tão variados como os últimos avanços na matéria, as ações que estão a ser realizadas no âmbito da proteção efetiva dos espaços marinhos ou a combinação de ciência, tecnologia e arte como solução para rejuvenescer o Mediterrâneo através do projeto Sea Spores.

O Diretor-Geral do ISDIN, Juan Naya, abrirá o Simpósio, que contará com a presença de investigadores de renome do CSIC, como a bióloga marinha Emma Cebrián e o cientista Enric Ballesteros, do CEAB (Centro de Estudos Avançados de Blanes), e Josep Lluís Pelegrí, do Instituto de Ciências do Mar. Miquel Canals, professor da Universidade de Barcelona, também participará. Participarão igualmente representantes das mais de 24 empresas e organizações colaboradoras.

Para além disso, a minissérie Waves of Tomorrow, criada pela Bluewave Alliance e Odicean Expeditions para inspirar sobre as Áreas Marinhas Protegidas, também será apresentada durante o dia. A apresentação de encerramento será feita por Manu San Félix, biólogo marinho, explorador da National Geographic e fundador da Associação Vellmarí. San Félix tem dedicado a sua vida à investigação e ao cuidado da natureza.

PRÉMIOS

O simpósio será seguido de uma gala e da entrega dos Prémios Bluewave, que reconhecerão o trabalho de Michel André, um especialista em tecnologia acústica aplicada à proteção do ambiente marinho; Lorenzo Quinn, um escultor contemporâneo que contribuiu para a sensibilização para a importância da proteção do ambiente, e ainda Iosune Uriz, um cientista de renome especializado na taxonomia, biologia e genética das populações de esponjas marinhas.

Para além do evento principal, estão a ser organizadas várias atividades em toda a Espanha durante os Bluewave Days. Entre elas, destaca-se a Semana do Mergulho Sustentável em diferentes cidades da Costa Brava, que tem por objetivo incentivar a participação do público em diferentes iniciativas de investigação e facilitar a descoberta do mundo subaquático a grupos com necessidades especiais. Durante a Semana do Mergulho Sustentável, realizam-se conferências, exposições, limpezas marinhas e subaquáticas, workshops, passeios para grupos com necessidades especiais e concursos de fotografia.

Na costa de Barcelona, na Costa Daurada, nas Ilhas Baleares e na costa de Málaga, realiza-se também uma semana de atividades subaquáticas, como jornadas de fotografia subaquática e limpezas de praias e portos. Estas ações são complementadas por ações de formação em escolas e institutos e por projetos desportivos sustentáveis que irão abranger mais de 1.000 crianças.

 

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