Câmara de Alcácer do Sal aprova suspensão parcial do Plano Diretor Municipal

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

A autarquia “aperta as regras do PDM para evitar abusos no uso do solo”, numa “altura tão crítica quanto às preocupações ambientais”, segundo presidente do executivo camarário.

A Câmara de Alcácer do Sal aprovou a suspensão parcial do Plano Diretor Municipal e a adoção de medidas preventivas para apertar as regras a processos de licenciamento em zonas sensíveis, evitando “abusos no uso do solo”.

A proposta de suspensão parcial do Plano Diretor Municipal (PDM) de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, e a implementação de medidas preventivas foi aprovada em reunião do executivo municipal, de maioria comunista, na última quinta-feira. Esta proposta, “que não contempla aglomerados nem solos urbanos”, encontra-se “em período de participação pública, pelo prazo de 15 dias”, precisou o município, numa nota publicada esta segunda-feira na sua página oficial na Internet e consultada pela agência Lusa.

Esta medida será remetida à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo para “conhecimento do teor da deliberação e para que esta possa acompanhar o respetivo procedimento de alteração”, pode ler-se. Após este período, indicou, a proposta será “submetida à aprovação da Assembleia Municipal” de Alcácer do Sal.

Segundo a autarquia, a adoção de medidas preventivas e a suspensão parcial do PDM visam “qualquer projeto que venha incidir nas áreas da ZEC [Zona Especial de Conservação] Comporta-Galé, Reserva Natural do Estuário do Sado, ZEC e ZPE [Zona de Proteção Especial] do Estuário do Sado e ZPE do Açude de Murta”.

Citado no comunicado, o presidente da câmara, Vítor Proença, sublinhou que, desta forma, a câmara “aperta as regras do PDM para evitar abusos no uso do solo”, numa “altura tão crítica quanto às preocupações ambientais”. E, assim, novos processos de licenciamento vão ter “de aguardar pela alteração ao instrumento de gestão do território”, cujo período não foi avançado.

Contactado pela Lusa, Vítor Proença, explicou que “a proposta baseia-se no facto de se ter iniciado um processo de alteração ao PDM”, cuja última revisão data de 2017.

De acordo com o autarca, no designado corredor entre Alcácer e Comporta, que compreende a freguesia da Comporta e parte da União de Freguesias de Alcácer do Sal, “há zonas muito sensíveis” e existe a “necessidade de densificar um conjunto de critérios relativamente aos processos de licenciamento”.

Segundo Vítor Proença, “matérias como a instalação de painéis fotovoltaicos ou processos para licenciamento de unidades turísticas devem ter em conta a classificação do uso do solo, particularmente naquilo que é o solo florestal que não pode, sob determinados argumentos, ser transformado em solo agrícola ou solo com vocação para albergar projetos turísticos”.

“Isto é indispensável do ponto de vista da defesa ambiental, dos recursos hídricos e porque o PDM de Alcácer do Sal aprovado em 2017 já contém um conjunto de matérias importantes em termos regulamentares, mas é necessário densificar ainda mais e particularizar os limites em que os investimentos podem acontecer para preservar o meio ambiente”, considerou.

Perante “interesses” ou “objetivos” que “grupos empresariais possam ter” neste território, “é necessário dar uma melhor particularidade aos critérios para não serem arbitrários ou de cariz subjetivo”, notou.

Esta alteração “é apenas e exclusivamente em solo rústico e com maior particularidade no solo florestal, tendo em conta a pressão que há e vai haver nos fotovoltaicos, com as questões de investimentos de natureza imobiliária e turística e também com projetos agrícolas” que, apesar de “serem bem-vindos”, devem “ser adequados à classificação de solo”, vincou.

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Trabalhadores da dona da Visão lamentam plano de reestruturação tardio e esperam outras propostas

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

Para os trabalhadores a expectativa "é que apareçam mais planos de recuperação, que apareçam propostas de compra e que seja possível salvar títulos e salvar postos de trabalho".

Os trabalhadores da Trust in News (TiN) lamentaram que o plano de reestruturação da empresa só agora tenha sido apresentado, depois de perder “capacidade de pagar salários” e esperam propostas alternativas.

Segundo a delegada sindical Clara Teixeira, “do ponto de vista dos trabalhadores quaisquer medidas de reestruturação, estas deste plano ou outras quaisquer, fariam todo o sentido há um ano antes de a empresa perder a capacidade de pagar salários“.

A jornalista lembrou “13 meses de salários em atraso com PER [Processo Especial de Revitalização] pelo meio, que foi chumbado” e “uma injeção de capital com que o acionista se comprometeu, mas que não cumpriu que permitiria pagar os salários em atraso e impostos ao Estado”. “Quando nada disso foi feito, o que é que nós podemos dizer sobre este plano“, lamentou.

“Qualquer credor pode apresentar um plano de recuperação e qualquer potencial investidor pode apresentar propostas de compra dos títulos que permitam salvar postos de trabalho”, referiu.

Para os trabalhadores a expectativa “é que apareçam mais planos de recuperação, que apareçam propostas de compra e que seja possível salvar títulos e salvar postos de trabalho”, disse Clara Teixeira.

O plano de reestruturação da Trust in News (TiN) prevê, entre as principais medidas, a suspensão de oito títulos e ajustar a periodicidade de mais quatro, a redução em cerca de 50 pessoas o quadro de funcionários e pagar 40% da dívida aos credores comuns em 15 anos, com bullet (amortização única) de 60% na 150.ª prestação.

O plano prevê também reforçar as publicações rentáveis e reestruturar dívidas com credores, tendo sido entregue no dia 27 de dezembro, tal como o presidente da TiN, Luís Delgado, tinha avançado no parlamento, em 18 de dezembro.

A TiN “propõe um plano de renegociação das dívidas”, sendo que “esse esforço reflete o compromisso da empresa em regularizar as suas obrigações financeiras de forma equilibrada e viável”.

Fundada em 2017, a Trust in News é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e digital – Visão, Exame, Exame Informática, Courrier Internacional, Jornal de Letras, Visão História, Caras, Ativa, TV Mais, Visão Júnior, Telenovelas, Caras Decoração, Visão Saúde, Visão Biografia, Visão Surf, This is Portugal, e A Nossa Prima, e ainda um website informativo Holofote -, está em insolvência e tem assembleia de credores marcada para 29 de janeiro.

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PS pede apreciação parlamentar do diploma que define salário de Hélder Rosalino

Socialistas querem esclarecimentos do Governo sobre o critério de oportunidade das alterações ao diploma que define o estatuto remuneratório dos dirigentes da Secretaria-Geral do Governo.

O grupo parlamentar do PS vai pedir a apreciação parlamentar do diploma que define o estatuto remuneratório dos dirigentes da Secretaria-Geral do Governo. Em causa está a alteração ao diploma, que permite a Hélder Rosalino manter o salário de mais de 15 mil euros.

“Apesar de não ser matéria de reserva da Assembleia da República, a definição do quadro remuneratório do pessoal dirigente – em particular com regras de exceção que permite a dirigentes receber mais do que o Presidente da República – é aconselhável que o Parlamento seja parte na decisão desta matéria“, refere o grupo parlamentar socialista em comunicado divulgado esta segunda-feira.

O PS solicita assim a “apreciação parlamentar deste diploma, para que o Governo possa esclarecer o critério de oportunidade desta alteração legislativa e a sua justificação à luz de critérios gerais e abstratos“.

Em causa está o diploma aprovado pelo Conselho de Ministros em 12 de dezembro e publicado em Diário da República em 26 de dezembro, que cinco meses depois da definição do estatuto remuneratório dos dirigentes da Secretaria-geral do Governo altera as regras.

O novo estatuto permite a “opção pelo vencimento e retribuição base da situação jurídico-funcional de origem (com o limite do vencimento do primeiro-ministro)”, a opção pelo estatuto remuneratório correspondente ao posto de trabalho ou categoria detidos na origem, sem o limite do vencimento do primeiro-ministro, e uma regra para determinação da “retribuição base” ou “estatuto remuneratório”, determinando que o seu cálculo se faz pela “média efetivamente [percebida] durante o ano anterior à data do despacho de designação”.

Hélder Rosalino optou por continuar a receber o mesmo salário que recebia enquanto ex-administrador do Banco de Portugal (BdP). Contudo, o governador do regulador, Mário Centeno, já veio dizer que o supervisor não vai arcar com os custos, invocando estar proibido pelo Eurosistema. “Como está legalmente previsto, cabe, inclusive, à Secretaria-Geral reembolsar o Banco de Portugal de alguma componente do regime da proteção social que tenha sido processada diretamente, em resultado do quadro legal aplicável”, lê-se num comunicado emitido pelo BdP em 28 de dezembro.

O Chega entretanto também anunciou que vai pedir a apreciação parlamentar de “todos os atos” relativos a esta nomeação. André Ventura, adianta a agência Lusa, vai “pedir todos os elementos ao Governo sobre esta matéria” e levar a “plenário da Assembleia da República toda a fiscalização que envolva esta nomeação”.

O líder do Chega sublinhou que “alguém que é do partido do Governo estar num cargo de consultor a receber 16 mil euros brutos por mês e ser-lhe criado um cargo específico, também no Governo, abaixo do primeiro-ministro, a ganhar 40% mais do que o primeiro-ministro” levanta suspeitas do crime “de prevaricação”.

Também o PAN apresentou esta segunda um requerimento dirigido ao primeiro-ministro para que seja enviada à Assembleia da República “toda a documentação” sobre a nomeação de Hélder Rosalino para o cargo de secretário-geral do Governo e respetivo custo. A deputada única, Inês de Sousa Real, considera que “os termos e os valores salariais associados a esta nomeação são graves e exigem cabal esclarecimento da parte do senhor primeiro-ministro, Luís Montenegro”.

O PAN pede ainda “a lista de nomes ponderados para o lugar (se existir), métodos de seleção utilizados e correspondência oficial sobre o processo trocada entre o Governo e o nomeado e entre o Governo e a entidade empregadora de origem (Banco de Portugal)”.

(Notícia atualizada às 18h47 com a posição do Chega)

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Tribunal de recurso confirma decisão em caso de abuso sexual contra Trump

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O tribunal de recurso sustentou a indemnização de cinco milhões de dólares que o júri de Manhattan concedeu a E. Jean Carroll por difamação e abuso sexual.

Um tribunal de recurso dos EUA confirmou esta segunda-feira a decisão do júri num processo civil em que o Presidente eleito Donald Trump foi condenado por abusar sexualmente de uma escritora numa loja em meados da década de 1990.

O tribunal de recurso emitiu um parecer escrito sustentando a indemnização de cinco milhões de dólares (cerca de 4,8 milhões de euros) que o júri de Manhattan concedeu a E. Jean Carroll por difamação e abuso sexual.

A escrita e colunista de revistas testemunhou num julgamento de 2023 que Trump transformou um encontro amigável num ataque sexual depois de terem entrado no camarim de uma loja, na primavera de 1996.

Trump faltou ao julgamento depois de negar repetidamente que o ataque tivesse acontecido, mas testemunhou num julgamento subsequente, no início deste ano, que resultou na condenação a pagar uma indemnização de 83,3 milhões de dólares (cerca de 80 milhões de euros).

Este segundo julgamento resultou de comentários feitos pelo então Presidente Trump em 2019, depois de Carroll ter feito as acusações publicamente pela primeira vez num livro de memórias.

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Nova lei dos solos trava especulação com casas construídas a preços moderados

Lei publicada nesta segunda-feira impõe que limite ao preço de venda seja definitivamente inscrito no registo predial, aplicando-se a futuras transações.

A nova lei dos solos, inserida no plano “Construir Portugal”, foi publicada nesta segunda-feira em Diário da República, definindo os critérios para que terrenos rústicos sejam convertidos em “habitação pública e acessível a custos controlados”. A reclassificação do solo de rústico para urbano fica “limitado aos casos em que a finalidade seja habitacional ou conexa à finalidade habitacional e usos complementares”.

Uma das dúvidas que autarcas deixaram ao ECO/Local Online aquando do anúncio da nova lei, no final de novembro, foi a forma como seria prevenida uma futura especulação das habitações construídas ao abrigo desta medida e que, obrigatoriamente, terão de cumprir critérios de custos controlados – “é importante garantir que haja um bom acompanhamento para evitar abusos ou especulação”, alertava então o autarca de Portimão, Álvaro Bila.

No artigo 72-B, o Governo deixa explícito que o limite do preço de venda terá de ficar inscrito no registo predial – “a afetação a habitação de valor moderado e a sujeição a limite do preço de venda de cada fração autónoma de edifício em propriedade horizontal e de cada prédio urbano destinados a habitação são factos obrigatoriamente sujeitos a registo predial”.

Adicionalmente, fica assegurado que, num contrato de promessa compra e venda e num registo de venda, será inscrito que se trata de habitação de valor controlado e com limite do preço de venda.

Ou seja, em futuras transações aplicam-se sempre os critérios de preço definidos na legislação. Para estabelecer o “valor moderado”, o preço do metro quadrado de área bruta privativa (o que cada um tem no imóvel para seu uso privado) tem por teto máximo 125% da mediana do concelho onde está o imóvel ou 225% da mediana nacional.

Caso esta medida seja desrespeitada, a penalização será a “anulabilidade”, escreve o Governo na lei promulgada pelo Presidente da República no dia 26 e agora publicada.

Tal como já era sabido desde a criação desta medida no Conselho de Ministros do final de novembro, 70% da área acima do solo nestes imóveis têm de se destinar a habitação pública e à venda por valores moderado. O termo “moderado” é realçado na lei, ficando claro que “não se confunde com outros conceitos, como ‘custos controlados’, na medida em que procura abranger o acesso pela classe média, ponderando valores medianos dos mercados local e nacional, e definindo valores máximos para assegurar maior equidade”.

Segundo realça este diploma, a construção de casas novas decaiu acentuadamente do início do século para esta década, com todo o volume de meio ano de 2022 a corresponder a um só mês de 2002, pelo que “o aumento do número de solos destinados à construção de habitação não só contribui para a expansão e concretização do plano «Construir Portugal», como também fortalece a capacidade do Estado em promover políticas habitacionais eficazes, sustentáveis e alinhadas com as necessidades da população”.

Para estabelecer estas novas zonas de construção, deverão ser escolhidos locais que confinem com áreas urbanas existentes, obrigatoriedade que se exclui na habitação para trabalhadores agrícolas, o que abre porta à construção em locais hoje sem qualquer ligação a perímetro urbano.

De fora da reclassificação do uso do solo para urbano ficam “unidades de terra com aptidão elevada para o uso agrícola, nos termos da Reserva Agrícola Nacional”, bem como várias tipologias de terrenos identificadas no Artigo 72-B. Estas incluem, entre outras, áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas, áreas abrangidas por programas especiais da orla costeira, albufeiras de águas públicas e estuários, zonas de inundação, aproveitamentos hidroagrícolas, terrenos de Reserva Ecológica Nacional (REN), faixa marítima de proteção costeira, praias, dunas, arribas, e zonas ameaçadas pelo mar ou por cheias.

Para levar adiante estas alterações, haverá “deliberação da assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal, refletindo, assim, um processo de decisão colegial, transparente e suscetível de integral escrutínio”, explana o Decreto-Lei. Ao município é conferido “direito de preferência após a primeira transmissão de prédios ou de frações autónomas construídas em solos reclassificados”, lê-se ainda, embora não fique esclarecido se este direito acrescenta algo ao que a legislação portuguesa já prevê para as transmissões normais de imóveis realizadas em qualquer parte do país.

Quanto à preocupação de abuso da simplificação da alteração de uso do solo, deixada por autarcas ao ECO/Local Online, esta não fica afastada, ao colocar a decisão apenas dependente do Executivo municipal e da assembleia municipal, que em casos de uma mesma força política maioritária, deixa de ter de cumprir critérios hoje obrigatórios numa alteração de Plano Diretor Municipal.

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Nomeado novo conselho de administração da ULS da Região de Leiria

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O médico Manuel Carvalho vai presidir ao Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria. Paulo Pereira Lopes, Filipa Alves Esperança e Neusa Magalhães também entram na unidade.

O novo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria, presidido pelo médico Manuel Carvalho, foi esta segunda-feira nomeado, segundo uma circular informativa à qual a agência Lusa teve acesso.

Na circular, assinada por Manuel Carvalho e dirigida a todos os profissionais da ULS, lê-se que, por despacho do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra D’Almeida, foram designados para exercer funções no Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria o enfermeiro diretor Paulo Pereira Lopes e as vogais executivas Filipa Alves Esperança e Neusa Magalhães.

Catarina Faria (diretora clínica para a área dos cuidados de saúde hospitalares) e Denise Cunha Velho (diretora clínica para a área de cuidados de saúde primários), ambas reconduzidas, completam o Conselho de Administração. O despacho produz efeitos desde esta segunda.

Numa mensagem de cessação de funções, o ex-presidente da ULS, Licínio de Carvalho, afirmou que terminou esta segunda-feira o seu mandato por decisão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantindo que o Conselho de Administração sai de “consciência tranquila, com sentimento de dever cumprido”.

Agradecendo a todos os que acompanharam nesta missão, Licínio de Carvalho adiantou que servir o SNS “foi uma grande honra e uma enorme responsabilidade”.

“Honra que sempre procurámos enobrecer, responsabilidade que sempre assumimos independentemente dos custos” pessoais, familiares, sociais, laborais e profissionais inerentes, acrescentou. No sábado, a Lusa noticiou que o Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria foi demitido pelo Ministério da Saúde.

Nesse dia, a Direção Executiva do SNS fez saber que “procedeu a mudanças em alguns conselhos de administração de ULS de acordo com novas estratégias e abordagens de gestão”. O médico Manuel Carvalho foi até há cerca de um mês coordenador da Unidade de Saúde Familiar de Santiago, nos Marrazes, concelho de Leiria.

A área de influência da ULS da Região de Leiria corresponde aos concelhos de Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Ourém, Pombal e Porto de Mós. Compreende três hospitais (Leiria, Pombal e Alcobaça) e 10 centros de saúde.

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Marcelo ouve partidos a 7 de janeiro sobre crise na Madeira

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O Presidente da República agendou a para a próxima semana a audição dos partidos, com lugar na assembleia regional da Madeira, após uma moção de censura derrubar o governo de Miguel Albuquerque.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir os partidos representados na Assembleia Legislativa da Madeira em 7 de janeiro, na sequência da moção de censura ao Governo Regional aprovada em 17 de dezembro.

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado vai ouvir na terça-feira, a partir das 13:00, “nos termos constitucionais”, os partidos políticos representados no parlamento madeirense, pela seguinte ordem: PSD, PS, JPP, Chega, CDS-PP, IL e PAN.

O artigo 133.º da Constituição da República estabelece que compete ao Presidente da República “dissolver as Assembleias Legislativas das regiões autónomas, ouvidos o Conselho de Estado e os partidos nelas representados”.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou, na véspera de Natal, que iria ouvir os partidos representados na Assembleia Legislativa Regional da Madeira no início de janeiro e convocar o Conselho de Estado, após ter recebido o representante da República para esta região autónoma, Ireneu Barreto.

“Recebi ontem o Representante da República, que me explicou que tinha tentado o que estava ao seu alcance para formar um governo com base na atual composição da Assembleia Legislativa, não foi possível, todas as forças políticas quiseram eleições, umas mais depressa, outras menos”, relatou.

O chefe de Estado referiu que, nos termos da Constituição, tem de ouvir os partidos e convocar o Conselho de Estado para poder exercer o poder de dissolução da Assembleia Legislativa Regional. Interrogado se já se tinha decidido pela dissolução, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Ainda não, tenho de ouvir os partidos. Eu vou ouvir os partidos e, portanto, na altura, naturalmente, chegarei à conclusão de qual é o seu ponto de vista”.

A Assembleia Legislativa da Madeira aprovou em 17 de dezembro, com votos a favor de todos os partidos da oposição – PS, JPP, Chega, IL e PAN, que juntos somam mais de metade dos deputados – a moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo Regional minoritário do PSD chefiado por Miguel Albuquerque.

PSD e CDS-PP votaram contra. Os dois partidos que suportam o Governo Regional têm um acordo parlamentar, mas não asseguram maioria absoluta.

A aprovação da moção de censura, inédita na Região Autónoma da Madeira, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 6 de junho, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo. Este executivo tomou posse após as eleições regionais antecipadas de 26 de maio, que ocorreram devido à queda do anterior executivo por demissão de Miguel Albuquerque, após ter sido constituído arguido num processo sobre suspeitas de corrupção no arquipélago.

A Assembleia Legislativa Regional da Madeira é composta por 47 deputados, dos quais atualmente 19 são do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega e dois do CDS-PP, enquanto IL e PAN têm um representante cada. O Chega apresentou esta moção de censura em 6 de novembro e justificou-a com as investigações judiciais que envolvem Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos.

Entretanto, o representante da República ouviu os partidos com assento no parlamento regional e comunicou que todos defendem eleições “o mais depressa possível” e que não foi possível encontrar uma solução governativa no atual quadro parlamentar. Segundo o artigo 19.º da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, em caso de dissolução, o Presidente da República deve marcar a data da eleição dos deputados “com a antecedência mínima de 55 dias”.

Ireneu Barreto adiantou que a data “mais provável” para a realização de eleições antecipadas é 9 de março, ressalvando, no entanto, que esse cenário “depende exclusivamente da vontade do senhor Presidente da República, depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado”.

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PS pede audição da ministra da Saúde para explicar demissões em três unidades de saúde

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

Num "período crítico de resposta" nas urgências, o PS defende que "o foco deveria estar na boa articulação de recursos" e não numa "mudança de cadeiras" com motivo de "gestão partidária".

O PS anunciou esta segunda-feira o pedido de audição parlamentar da ministra da Saúde para explicar as recentes exonerações das administrações de três Unidades Locais de Saúde (ULS), considerando que a motivação do Governo foi a “gestão partidária” destes cargos.

“O Grupo Parlamentar do PS vai chamar a ministra da Saúde ao parlamento para esclarecer as exonerações das administrações das unidades locais de saúde de Leiria, da Lezíria e do Alto Alentejo, ocorridas nos últimos dias deste ano”, pode ler-se num comunicado enviado às redações.

O objetivo deste pedido de audição de Ana Paula Martins, segundo os socialistas, é que sejam explicados os motivos que levaram o Governo a decidir estas exonerações quando se enfrenta “um período crítico de resposta aos utentes nas urgências” e “o foco deveria estar na boa articulação de recursos para responder aos utentes”.

“É precisamente neste contexto, que o Governo enceta uma mudança de cadeiras, que só pode ter como motivo a gestão partidária e pouco transparente dos cargos de responsabilidade pública”, acusam os deputados do PS. Segundo o PS, estas exonerações acontecem depois de “um verão onde o Serviço Nacional de Saúde deu várias mostras de incapacidade ao nível da resposta às populações” e na sequência da demissão do então diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.

“A política de saúde deste Governo tem sido demitir, exonerar e substituir”, condenam. O PS refere ainda a reação da Associação dos Administradores Hospitalares que apontou “a injustiça de muitas das substituições agora feitas durante este período de festas, bem como o perigo da politização de cargos eminentemente técnicos e não de natureza política”.

Os socialistas comprometem-se a continuar a acompanhar este tema, acusando o Governo “de total incapacidade em cumprir o que prometeu aos portugueses em campanha eleitoral”. O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria foi demitido pelo Ministério da Saúde, informou na noite de sábado a própria estrutura dirigente numa mensagem de despedida.

Também no sábado o Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria, presidido por Licínio de Carvalho, foi demitido pelo Ministério da Saúde, disse então à agência Lusa fonte da tutela. Na sexta-feira, a SIC Notícias revelou que o até à data Conselho de Administração da ULS do Alto Alentejo, presidido por Joaquim Araújo, tinha sido demitido pelo Governo.

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Excedente orçamental volta a encolher. Despesa sobe 10,4% e receita de IRS cai 5,4%

Saldo das contas públicas reduz-se em 7,5 mil milhões de euros face a novembro de 2023. Evolução resulta da variação da despesa (10,4%) ser superior à da receita (5,3%).

O excedente orçamental do Estado encolheu para 2,1 mil milhões de euros até novembro, na ótica de caixa, uma redução de 1,2 mil milhões de euros face a outubro e de 7,5 mil milhões de euros face ao período homólogo, de acordo com os dados da Direção-Geral do Orçamento divulgados esta segunda-feira. Esta evolução resulta da variação da despesa (10,4%) ser superior à da receita (5,3%).

Este resultado encontra-se influenciado pela transferência, em 2023, da totalidade das responsabilidades asseguradas através do
Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (FPCGD) para a Caixa Geral de Aposentações (CGA). Descontando este efeito, o excedente reduziu-se menos face a igual período do ano passado: cerca de 4,5 mil milhões de euros.

A despesa aumentou 10,4% face ao período homólogo, tendo a despesa primária registado um acréscimo de 10,9%. Esta evolução resulta, em parte, do aumento de 13% verificado nas transferências devido ao comportamento das pensões e de outros abonos e das restantes prestações sociais, em particular as destinadas às instituições sem fins lucrativos e as relativas ao abono de família.

Paralelamente verificou-se uma subida de 8,5% das despesas com pessoal, influenciada pela atualização generalizada das remunerações para todos trabalhadores em funções públicas, e, em menor nível, do efeito resultante da medida especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras na Administração Pública.

A pressionar esteve também a despesa com a aquisição de bens e serviços, que registou um acréscimo de 10,4%, destacando-se o crescimento ocorrido no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com realce no pagamento de medicamentos e serviços de saúde, bem como a evolução do subsetor da Administração Local.

Receita com IRS recua

A receita fiscal do Estado subiu 2,2% para 53,7 mil milhões de euros até novembro face ao período homólogo. Para este resultado contribuem principalmente os desempenhos do IRC, com uma subida de 15,4%, do IVA, com um aumento de 2,2%, e do ISP, comum acréscimo de 10,9%.

A receita arrecadada com estes impostos mais do que compensam a quebra de 5,4% do IRS, cuja trajetória ligeiramente crescente até setembro (+1,1% em termos acumulados) se inverteu devido à aplicação das novas tabelas de retenção na fonte, assinala a DGO.

Deste modo, até novembro, a receita com os impostos diretos subiu 0,6% para 23,5 mil milhões de euros e com os impostos indiretos aumentaram 3,5% para cerca de 30,2 mil milhões de euros.

Paralelamente, as contribuições para os sistemas de proteção social aumentaram 9,8%, fundamentalmente devido à evolução das contribuições para a Segurança Social (10,3%). No entanto, a DGO salienta também o crescimento das contribuições para a CGA (7%), influenciado pelo perfil de entregas de quotizações por parte das entidades empregadoras, pela variação do número de subscritores da CGA e pelo incremento da massa salarial face ao mês homólogo de 2023.

(Notícia atualizada às 16h19)

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Madeira não acatou normas orçamentais de utilização de saldos bancários em 2023, avança TdC

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O relatório do Tribunal de Contas destaca que “permanecem os constrangimentos relacionados com os pagamentos através de contas bancárias junto da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública”.

O Tribunal de Contas (TdC) indicou esta segunda-feira que o Governo da Madeira não deu “pleno acatamento” em 2023 à recomendação que apontava para o “estrito cumprimento das normas orçamentais sobre a utilização de saldos bancários e de tesouraria”.

De acordo com o relatório de Verificação Externa da Conta do Tesoureiro do Governo Regional de 2023, “permanecem os constrangimentos relacionados com os pagamentos através de contas bancárias junto da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública”.

O Tribunal de Contas considera que tais constrangimentos “complexificam significativamente a revisão e o controlo das operações, nomeadamente por entidades externas”.

Apesar das melhorias instrutórias dos procedimentos, considera-se que não foi dado pleno acatamento à recomendação formulada à Secretaria Regional das Finanças [em 2022] que visava o estrito cumprimento das normas orçamentais sobre a utilização de saldos bancários e de tesouraria”, lê-se no relatório.

O TdC esclarece que, em 2023, o Governo Regional da Madeira, na altura de coligação PSD/CDS-PP, não respeitou a “fundamentação concreta e a comprovação expressa do preenchimento dos requisitos legais exigidos” em momento anterior ao das operações executadas nesse âmbito.

No relatório, o Tribunal de Contas renova a recomendação ao secretário regional das Finanças para o “estrito cumprimento das normas orçamentais sobre a utilização de saldos bancários e de tesouraria”, bem como para que “diligencie pela apresentação ao ministro das Finanças de uma proposta de regularização legislativa das classificações económicas da receita e da despesa em uso pela Região Autónoma da Madeira”.

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BCE e Alemanha devem ter reservas em criptomoedas, defende ex-ministro das Finanças alemão

Christian Lindner argumenta que Trump vai adotar uma "política extremamente progressista em relação às criptomoedas" e a Europa não deve ficar para trás, tornando-se dependente dos EUA.

O ex-ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, defende que o Banco Central Europeu e o Bundesbank deveriam incluir criptomoedas, como a bitcoin, nas suas reservas, além do ouro e divisas estrangeiras. O líder dos liberais (FDP) argumenta que a Europa não deve ficar dependente dos EUA nesta matéria.

“A nova administração Trump está a prosseguir uma política extremamente progressista em relação às criptomoedas, como a bitcoin”, disse Lindner à agência de notícias alemã. Os EUA querem tornar-se líderes no setor cripto, além de deterem a moeda de referência mundial, o dólar.

Em Washington, fala-se até sobre o banco central americano adicionar criptoativos às suas reservas juntamente com moedas e ouro”, acrescentou Lindner.

Apesar de reconhecer que tanto o BCE como o Bundesbank são independentes nas suas decisões, o ex-ministro alemão, demitido no mês passado por chanceler Olaf Scholz, a Alemanha e a Europa não deveriam deixar-se ficar para trás e deveriam equacionar a possibilidade de constituir reservas em criptomoedas.

De acordo com o líder do FDP, a inclusão de criptomoedas nas reservas seria uma forma de fortalecer a resiliência destas reservas, uma vez que estes ativos representam agora uma parte significativa do aumento da riqueza a nível global.

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Cartão CCB passa a gratuito para jovens até 25 anos

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O cartão CCB vai permitir a quem tenha menos de 25 anos entrar livremente no Museu de Arte Contemporânea durante um ano e ter 30% de desconto em espetáculos produzidos pelo Centro Cultural de Belém.

O Centro Cultural de Belém (CCB) vai disponibilizar gratuitamente a jovens até aos 25 anos um cartão que dá acesso livre ao Museu de Arte Contemporânea e 30% de desconto em espetáculos de produção própria, anunciou esta segunda-feira a instituição.

Esta iniciativa consiste em tornar gratuito para os jovens daquela faixa etária o cartão CCB, permite entrar livremente no Museu de Arte Contemporânea (MAC/CCB) durante um ano e ter 30% de desconto em espetáculos produzidos pelo Centro Cultural de Belém.

Além destes benefícios, o cartão de fidelização oferece descontos em atividades do Serviço Educativo e de Mediação do Museu, nomeadamente cursos de artes, convites para ações exclusivas, como visitas guiadas e conversas com curadores, a oferta de um bilhete para um espetáculo à escolha no aniversário do portador do cartão, estacionamento gratuito em dias de espetáculo e descontos nas lojas e espaços de restauração, acrescenta o CCB, em comunicado.

Com a gratuitidade deste cartão, “a Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB) pretende aumentar este segmento de público e potenciar o seu acesso à atividade cultural do CCB, quer no campo das artes performativas e do pensamento, quer das artes visuais, patentes no novo MAC/CCB”.

A administradora da FCCB, Madalena Reis, de uma “programação bastante diversificada e eclética” para o próximo ano, já anunciada em novembro, destaca uma linha muito virada para o público mais jovem, como é o caso do espetáculo “Sol em Gémeos”, de Filipe Sambado & Luca Argel, em maio.

Outro exemplo deste alinhamento mais juvenil é a mostra “31 Mulheres. Uma exposição de Peggy Guggenheim”, que estará patente entre 26 de fevereiro e 15 de junho no MAC/CCB, com co-curadoria de Patricia Mayayo e Nuria Enguita, diretora artística do MAC/CCB.

À boleia deste livre-trânsito, os jovens portadores do Cartão CCB poderão ainda assistir, em fevereiro, ao regresso do Ballet de Lorraine ao Grande Auditório do CCB, 30 anos após a sua última performance no mesmo espaço.

Este grupo apresentará, em parceria com o Centro Coreográfico Nacional, os espetáculos “A Folia”, do coreógrafo português Marco da Silva Ferreira, e “Static Shot”, de Maude Le Pladec.

O MAC/CCB irá também receber a exposição “Chantal Akermann. Viajando”, com curadoria de Laurence Rassel, entre abril e setembro, e um debate sobre o “Ativismo Climático”, em fevereiro, no âmbito do programa de micro-conferências do Museu.

O administrador da FCCB Delfim Sardo sublinha que o sistema de venda de bilhetes demonstra a necessidade de continuar “a atrair o público mais jovem”, o que se consegue através de uma programação que vá “ao encontro dos seus interesses artísticos, mas também criando-se condições de democratização no acesso à cultura”.

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