7 regras de ouro para criar um CV tecnológico

  • João Maria Costa
  • 23 Janeiro 2023

Dada a escassez de talento, pode não parecer essencial ter um CV relevante e bem estruturado, mas a verdade é que, para qualquer oportunidade de trabalho, este documento é sempre solicitado.

O mercado de trabalho das Tecnologias de Informação (TI) continua extremamente competitivo e volátil, palco de uma constante mudança. Para os profissionais desta área – e dada a escassez de talento – pode não parecer essencial ter um currículo relevante e bem estruturado; mas a verdade é que, para qualquer oportunidade de trabalho, este documento é sempre solicitado.

Neste artigo, apresentamos sete regras de ouro que, quando aplicadas na criação de um CV, ajudam os candidatos a destacar-se e a acelerarem os processos de recrutamento que integram.

Escolher um template simples

O foco deve estar na legibilidade e compreensão da informação que queremos transmitir. Isto significa que, idealmente, devemos escolher um template o mais clean e moderno possível, que nos permita organizar a informação de uma forma simples de encontrar e ler. Há várias plataformas online e apps gratuitas (como o Resume.com) em que é possível criar CV com templates predefinidos.

Ter atenção à escrita e gramática

O ideal é escrever frases curtas e diretas, com uma linguagem simples e acessível a qualquer pessoa. Aliado à simplicidade da escrita, devemos usar uma gramática sem falhas e uma pontuação correta. Há várias apps gratuitas (como o Grammarly) que se podem instalar e que nos ajudam a evitar erros comuns.

Estruturar o currículo de forma ordenada

Existem melhores práticas que podemos adotar para estruturar o nosso CV. Por exemplo: organizá-lo por secções temáticas (Experiência Profissional; Educação e Formação; Stack Tecnológico; Competências Técnicas e Sociais; Competências Linguísticas, etc.), ordenando a informação por atualidade (das atividades mais recentes às mais antigas) ou relevância (da experiência mais relevante para a posição pretendida para a experiência complementar).

Detalhar a experiência profissional

Esta é talvez das secções mais importantes de um currículo na área das TI. A descrição de cada experiência profissional deve incluir informações como: tech stack com que trabalhámos, principais responsabilidades e tarefas realizadas, conquistas e sucessos, aprendizagens que retirámos da experiência, factos quantitativos sobre a nossa contribuição no projeto ou aspetos qualitativos sobre o nosso impacto em cada projeto e equipa.

Incluir formação académica e outras certificações

Organizar esta informação de forma sucinta e direta é o ideal, sendo relevante colocar a área de estudo, datas de início e conclusão e a instituição ou plataforma onde foi feita a formação. Caso tenha sido feita alguma certificação técnica complementar, também é importante mencioná-la nesta secção.

Enumerar as competências tecnológicas, técnicas e sociais

No mercado das TI, é essencial enumerar quais as principais tecnologias, frameworks, metodologias, etc., com as quais já tivemos contacto, devendo: 1) apostar nas palavras-chave, recorrendo à organização por bullet points ou tabelas; 2) enumerar o máximo de conhecimentos (relevantes) adquiridos; 3) descrever o nível de conhecimento/experiência para cada competência apresentada.

Incluir informação pessoal detalhada

Colocar os contactos (como o email e telemóvel) é indispensável, mas existem outros dados que também são relevantes ter num CV tecnológico. Por exemplo, o hyperlink para o perfil de LinkedIn e/ou para outros perfis (como o do GitHub). Importa ainda mencionar as localizações em que estamos disponíveis para trabalhar e/ou o regime de trabalho (full remote, híbrido ou outro) que estamos dispostos a adotar.

Bónus: informação adicional

Depois das informações mais relevantes sobre o nosso percurso profissional e académico, podemos ainda incluir no nosso CV outras secções que criam impacto, tais como: 1) competências linguísticas (cruciais para candidaturas a projetos internacionais); 2) outras experiências profissionais (como contribuições feitas para comunidades tecnológicas ou projetos freelance); 3) experiências de voluntariado, hobbies e similares que ajudem a conhecer a pessoa por detrás do profissional.

Em suma, criar um currículo com impacto no mercado das Tecnologias de Informação pode ser determinante no momento de conquistar novas oportunidades profissionais. Mais do que um suporte físico/digital para partilharmos com os nossos potenciais empregadores, o currículo é uma demonstração da nossa marca pessoal, e da nossa presença, influência e potencial no mercado de trabalho. E deve ser encarado como tal.

  • João Maria Costa
  • Talent Acquisition Consultant na Neotalent

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