A imagem das chamas faz doer os olhos. Faz doer a alma. O fogo e as chamas em torno das árvores e dos homens. A desolação de um Portugal tomado pelas chamas. É Verão e anoitece.
A explosão dos fogos parece ter acordado e adormecido o Pais político. O Primeiro-Ministro permanece em Portugal para seguir o combate. O Presidente da República fica em Portugal para observar o combate. Por uma vez a decência inflama a inteligência política e os mais altos representantes eleitos da Nação ficam ao lado dos portugueses sobreaquecidos. Seja por calculismo político, seja por medo da indignação do País, a solidariedade e a responsabilidade das autoridades só funciona em tempo de catástrofe. É como se os portugueses fossem indigentes desgraçados que, retidos no jardim plantado em fogo à beira do Oceano, precisassem da presença paternal dos governantes. Presidente e Primeiro-Ministro não fazem mais do que a sua obrigação, pelo menos se Portugal ainda pensa ser um País sério,
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