Desafios e oportunidades na gestão de recursos humanos em 2024
A gestão de recursos humanos requer uma abordagem estratégica e flexível, focada na compreensão das dinâmicas do mercado de trabalho. Essa abordagem posicionará as empresas para prosperar no futuro.
O cenário empresarial português está em constante evolução, e as recentes conclusões do General Industry Survey da WTW lançam luz sobre os desafios que os empregadores portugueses enfrentam na gestão de recursos humanos ao longo dos próximos tempos. A pressão inflacionista surge como o principal fator que influencia as alterações nos orçamentos salariais, citada por mais de 70% dos empregadores, o que destaca a necessidade de equilibrar as finanças das empresas num ambiente economicamente desafiador.
O segundo ponto de preocupação é o mercado de trabalho mais restrito, quase metade dos empregadores portugueses a mostrar inquietação. A competição por talentos digitais torna-se evidente, com a remuneração em dinheiro, bónus de admissão e a capacidade de impactar o desempenho organizacional a emergir como fatores-chave na atração e retenção de talento.
Contudo, ao analisarmos as opiniões dos responsáveis das empresas em comparação com as dos colaboradores, observamos um desalinhamento notável. O destaque vai para os planos de reforma, com 43% dos colaboradores a expressar interesse em contraste com apenas 15% das empresas que priorizam esse benefício. Este desvio revela uma desconexão significativa na importância atribuída a certos benefícios entre empregadores e colaboradores.
Outro ponto de discordância encontra-se no suporte fornecido aos colaboradores na tomada de decisões sobre benefícios, com um desvio de 16% nas opiniões. Isto ressalta a necessidade de as empresas reavaliarem as suas abordagens para garantir que ofereçam benefícios alinhados com as expectativas e necessidades da sua força de trabalho.
No entanto, é animador constatar que há áreas de convergência. A adoção de um regime de trabalho flexível e a valorização das relações sociais no trabalho parecem indicar uma sintonia entre empregadores e colaboradores no reconhecimento da importância da flexibilidade e da construção de ambientes de trabalho saudáveis.
Por outro lado, à medida que os mercados de trabalho se transformam e se tornam mais competitivos, as empresas são desafiadas a alinhar suas estratégias de gestão de recursos humanos com os objetivos de ESG (Ambiental, Social e de Governança), flexibilidade, inclusão, transparência salarial e benefícios. A retenção do talento certo para impulsionar os resultados de negócios torna-se crucial.
Conhecer como cada empresa se posiciona em relação aos concorrentes em termos de atratividade para os talentos, bem como compreender o que os colaboradores valorizam, é essencial para a tomada de decisões informadas. A adaptação rápida às mudanças nos mercados de talentos e às tendências salariais é crucial para garantir uma força de trabalho envolvida e motivada.
Em resumo, a gestão de recursos humanos de hoje requer uma abordagem estratégica e flexível, focada na compreensão das dinâmicas do mercado de trabalho, na escuta ativa dos colaboradores e na criação de ambientes de trabalho que incentivem o crescimento mútuo. Essa abordagem não apenas enfrentará os desafios atuais, mas também posicionará as empresas para prosperar num futuro cada vez mais dinâmico.
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