Introduzir novas taxas, delegando nos Estados-membros a responsabilidade de as cobrarem e redistribuírem, não garante que os apoios cheguem efetivamente a quem precisa.
Como se antevia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou, nesta quarta-feira, no seu discurso do Estado da União, em Estrasburgo, uma proposta para taxar os lucros extraordinários das empresas ligadas aos combustíveis fósseis, introduzindo ao mesmo tempo tetos para os preços praticados por aquelas que operam a partir de fontes renováveis (incluindo, de acordo com a atual taxonomia europeia, o nuclear). À partida esta parece ser uma medida inatacável, face à realidade de a guerra causada pela Rússia estar a gerar retornos elevados para alguns setores, enquanto outros, e os próprios cidadãos, estão a passar por dificuldades. O problema é que, tal como as coisas estão a ser apresentadas até agora, a Comissão Europeia corre o risco de produzir consequências